domingo, 21 de dezembro de 2014

Festa Mix vários + remix - Coletânea

Capa

Festa Mix é nome da compilação que apresenta diversas canções brasileiras e alguns remixes voltados para o público que gosta do estilo pop e pop comercial sem surpresas. Lançado pela gravadora Som Livre em 2001, a coletânea é uma ótima alternativa para fãs, colecionadores e público brasileiro ter acesso aos remixes promocionais que foram distribuídos pelas gravadoras de forma limitada para algumas emissoras de rádio, TV e para alguns djs, apenas.

Encarte 1
Detalhe
Encarte 2

A compilação destaca o trabalho de artistas conhecidos e também de novos talentos nacionais. Entretanto nem todas as canções foram remixadas. O Destaque vai para Rita Lee e o remix produzido por Alexandre Tausz, Fernanda Abreu e Luciana Mello com remixes produzidos pelo DJ Memê, Jorge Vercilo e SNZ com remixes produzidos por Paulo Jeveaux (G-vô) e Fat Family com remix editado por Hitmakers.

Esta coletânea apresenta as seguintes faixas:

1- Luciana Mello - Assim que se faz (remix)
2- SNZ - Nothings gonna change my love for you (eletro g-vo mix)
3- Fernanda Abreu - Paisagem de amor (Memê´s extended love mix)
4- Rita Lee - Saude (Tausz disco mix)
5- Djavan - Eu te devoro (remix)
6- Jorge Vercilo - Em orbita (G-vô mix)

7- Afroreggae - Me espere (radio mix)
Análise: Apenas versão original

8- Mr jam - Ninguém pode
Análise: Apenas versão original

9- Fat Family - Madrugada (Hitmakers “B” radio)
10- Ivete Sangalo - A lua que eu te dei (The groove radio mix)

11- Gem - De repente Califórnia
Análise: Apenas versão original

12- Bukassa - Coleção
Análise: Apenas versão original

13- Miryan Martin - Fora do ar
Análise: Apenas versão original

14- Zero 2 - Luciana toda dura
Análise: Apenas versão original


CD

Contracapa

* Não há informação que este trabalho tenha sido lançado em vinil.

** Algumas canções incluídas nesta coletânea foram distribuídas em singles individuais.

*** A compilação possui todas as faixas mixadas, ou seja sem intervalos entre as canções.

**** A música Me espere (radio mix) do Afroreggae não é um remix, mas apenas uma versão editada para tocar em programas de rádio e que foi chamada de “radio mix”. 

sábado, 13 de dezembro de 2014

Fernanda Abreu - Sla Radical Dance Disco Club remix (single promocional)

Capa

A letra da canção Sla Radical Dance Disco Club da cantora Fernanda Abreu, é do tempo em que as pessoas curtiam e se divertiam na noite. Bem como, suas qualidades, seu glamour, suas inquietações, seu prestígio e a malevolência de festas, que ocorriam até o sol raiar em clubes que celebravam o clima de uma longínqua disco music sussurrada.
Contracapa

Lançado promocionalmente em 1990, o single vinil 12" tinha o objetivo de promover o álbum, que levava o mesmo nome da canção e que também foi lançado no mesmo ano pela gravadora EMI-Odeon. Ao todo, foram distribuídos três singles para promover, de norte ao sul Brasil, o álbum da artista. São as musicas: - Sla Radical Dance Disco Club, Kamikazes do Amor e À Noite, ambos já postados pelo blog! Fernanda Abreu era ex-integrante da banda Blitz e estava iniciando uma carreira musical de sucesso.

A letra da canção e a estrutura melódica apresenta participações interessantes de Herbert Vianna (vocalista do grupo Paralamas do Sucesso) e do cantor Leoni (ex - Kid Abelha e o abóboras selvagens). O single destaca a versão original + o remix produzido pelo DJ Irai Campos (Sla Radical Dance Disco Club Remix) e + a canção Disco Club 2 (melô do radical) que também aparece no álbum da cantora.

O remix?

O remix é vergonhoso e fraco. Aliás, sinceramente falando, a equipe do blog não entende o que se passa na cabeça de alguns djs. A classe artística e o pessoal que trabalhava nas gravadoras - tudo bem! São pessoas que não sabiam de nada da vida noturna e nem sabem de nada a respeito do conceito do remix - então vamos dar um desconto. Mas os Djs???!!! Cara, pensa bem, você tem uma bela canção nas mãos e apresenta um remix insignificante com pífios 3´49min???! 

Fiasco total para o remix de uma música, que tinha tudo a ver com festas, agitos e baladas, mas acabou morrendo na praia por falta de atenção! Lamentável! O tempo da música é tão pequeno, que não dá nem para se levantar do banco e caminhar pra pista de dança que a melodia já acabou! Fazer um remix apenas para tocar no rádio é o mesmo que fazer um remix ignorando o povo do festerê. É importante saber que o público festeiro - além de sustentar a vida noturna - é o mesmo público que valoriza os remixes produzidos pelos próprios djs!!! Pense nisso!  

Quem sabe no futuro com um novo remix mais empolgante, a melodia possa ser celebrada tanto quanto merece!

O single possui as seguintes faixas:

LADO A
1- Sla Radical Dance Disco Club 2´54 (versão original)

LADO B
1 - Sla Radical Dance Disco Club 3´49 (remix) 
2 - Disco Club 2 (melo do radical) 2´18

* Não há informação que este single tenha sido editado em Cd.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Festa da Música vol. 2 / pop + remixes (Compilação oficial)

Capa

Festa da música volume 2 faz parte de um projeto musical lançado pela gravadora Som Livre em 1998. Ao todo são três compilações que apresentam diversos sucessos musicais de vários artistas brasileiros. As canções seguem o estilo pop e pop comercial, incluindo até versões remixadas.

- Ué! Mas pop e pop comercial não é mesma coisa?

- Não! Nem toda melodia pop é pop comercial!
Encarte 1

A coletânea apresenta um total de 14 faixas e contenta a todos os gostos populares com musicas de Ed Motta, Claudinho e Buchecha, Skank, Fat Family, Carlinhos Brown, Rita Lee, Mr Jam, entre outros.

Os Remixes!

Os remixes também seguem a proposta comercial da época. A compilação apresenta sete remixes que fizeram muito sucesso nos bailes e festas populares. A iniciativa da gravadora foi ótima. Pois deu uma chacoalhada musical no universo pop e permitiu o acesso do grande público aos remixes até então confinados a meia dúzia de Djs e algumas emissoras de rádio, somente. Os fãs agradecem!
Encarte 2

Visualmente falando, as imagens que aparecem na capa da coletânea, são apenas ilustrativas e representam uma parte do público que participava de festas comerciais. Esse público era diferente da galera clubber, da alta sociedade, do hip hop, do rock and roll, do público gay, entre outros. Ou seja, cada seguimento popular tinha seus adereços e se vestia de acordo com a sua característica financeira ou de acordo com o conhecimento e gosto pessoal de cada região. A equipe do Brasilremixes sabe que o assunto é altamente discutível, mas apenas lembramos que a imagem do Cd é meramente ilustrativa e não corresponde ao estilo de roupa que muitas pessoas usavam nas festas em 1998!  Tipo assim:

- Vamos ver a capa do Cd e fazer uma festa temática do estilo! 

- Não, não e não! A capa do Cd não serve de exemplo, pois registra uma mistura de roupas sem igual. Vejamos:

- O cabelo colorido era estilo de algumas pessoas que frequentavam a cena clubber! Nem a cantora Baby Consuelo - conhecida pelas mechas coloridas nos anos 80  - continuava pintando o seu. 
- Vestido de tubinho era usado em festas de casamento e ocasiões especiais pra fazer cara de paisagem e que não precisasse dançar muito!
- Camiseta de basquete era hit da galera rap , hip hop e funk carioca!
- Vestido de oncinha era considerado cafona e só foi reaceito na moda a partir de 2008!
- Boné pode, mas goro na cabeça foi tendência entre 1989 e 1992. Depois disso só era usado nos ginásios esportivos ou no período de inverno nas escolas
- Em 1998 os homens não usavam calça jeans com remendo quadrado costurado. A jaqueta preta com camiseta branca foi símbolo da juventude rebelde na década de 50 à la James Dean e não tem nada a ver com anos 90!

- Enfim ...santa confusão! 
Contracapa

A coletânea possui as seguintes canções: 

1 - Vinny – Heloisa, mexe a cadeira (Cuca eletro mix) 4´06
2 - Claudinho e Bochecha - Conquista 4´01
3 - Carlinhos Brown – A namorada (Hitmakers elektro remix) 3´29
4 - Skank – É proibido fumar 2´36
5 - Bicho Cabeludo – Coroné Antonio Bento 3´25
6 - Paulo Ricardo – dois (Hitmakers PAC mix) 3´46
7- Fat Family - Jeito Sexy (Shy guy) 3´40
8 - Pedro Luis e a parede – Pena de vida (Remix) 3´17
9 - Ed Motta – Vendaval (G-vô Monster remix) 4´18
10 - Dominó – Baila, baila comigo 3´03
11 - Hanoi, Hanoi – Totalmente demais (Must remix) 3´48
12 - Fernanda Abreu – Kátia Flávia, a godiva de Irajá 3´47
13 - Mr. Jam – Vai ser você (Cuca remix) 3´18
14 - Rita Lee – Nem luxo, nem lixo (ao vivo) 4´04
CD

* A compilação Festa da Música Vol 1, não apresenta remixes, infelizmente! 

** A compilação Festa da Música Vol 3 será postada em breve! 

*** Não há registro que este trabalho tenha sido lançado em vinil! 

domingo, 30 de novembro de 2014

Ronaldo Resedá - Marrom Glacé....e um pouco de história da Disco Music no Brasil

Capa

Em 1979 o ator e bailarino Ronaldo Resedá também conhecido como “Kid Discoteca”, lançou seu primeiro e único álbum pela gravadora Som Livre. O disco levava o mesmo nome do cantor, que iniciou sua carreira musical na metade da década de setenta. O artista nasceu no Rio de Janeiro e também lançou vários discos no formato de compacto simples, que era uma espécie de single comercializado naquela época. 

Na postagem de hoje, trazemos o compacto com a canção “Marrom Glacé principal sucesso do cantor em toda a sua carreira! A melodia virou tema de abertura da novela Marrom Glacé, que  foi produzida e exibida pela rede Globo entre 1979/1980, no período em que a Disco music fazia sucesso no Brasil. Para ver o video de  abertura da novela clique aqui!
Contracapa

Algumas pessoas confundem a canção “Plumas e paetés” com a melodia “Marrom Glacé” e vice-versa. Mas é bom ficar atento, porque se tratam de duas musicas diferentes. Entre elas, era óbvio que Marrom Glacé fizesse mais sucesso. Não apenas pela composição festiva, mas por seguir um estilo musical jovem (para a época) e voltado para Disco music, que ainda era uma novidade para grande parte da sociedade brasileira. O cantor Ronaldo Resedá faleceu em 1984 e seu trabalho artístico e musical é considerado muito importante para colecionadores e simpatizantes da Disco music made in Brazil! 

O compacto lançado em 1980 apresenta apenas quatro canções:

LADO A

1- Pif-Paf
2- Bobos da corte

LADO B

1- Quero me entregar pra você
2- Marrom Glacê

* O álbum lançado pelo cantor em 1979 possuía a mesma imagem de capa do compacto, porém o LP apresentava um total de oito canções.

...Disco music no Brasil

The Frenetic Dancin´Days Discoteque no RJ

A equipe do blog preparou – de forma livre - uma seleção de canções e artistas que estavam envolvidos com a Disco music na época ou ao menos, que tenham produzido alguma música de sucesso com influências do estilo. Todas as canções estão postadas no YOUTUBE e servem para os leitores pesquisarem e terem uma ideia de como as melodias eram. Entre os artistas brasileiros, alguns dos que mais se destacaram foram:

Ronaldo Resedá - Marrom Glacê
Ronaldo Resedá - Kitch zona sul
Frenéticas – Dancing days
Tim Maia – A fim de voltar
Sarah Regina – Carwash 
Sarah Regina - A última dança
Juanita – Sonho real (Ring my Bell
Fevers – Onde está o amor (Loves is the air)
Rita Lee – Chega mais
Ney Matogrosso - Não existe pecado ao sul do equador
Miss Lene – Deixe a música tocar
Miss Lene – Quem é ele
Lady Zu – A noite vai chegar
Elizângela – Pertinho de você
Cornélius – Eu perdi seu amor
Robison Jorge e Lincoln Olivetti – Rio Babilônia
Gretchen – Conga, conga, conga
Arlete - Quero ser sua mulher

As musicas tiveram ênfase nas rádios, nas discotecas e entre as pessoas que estavam sintonizadas com o movimento. Algumas melodias tocaram mais e outras melodias tocaram menos. Depende de cada região do país! 

A cantora Gal Costa e as canções “Balancê” e “Festa do interior” estão fora da lista. Não confunda marchinha de carnaval com Disco music!  Elas poderão ter jeito de festa, mas são bem diferentes. Gilberto Gil com a música “Realce”, Rita Lee cantando "Chega mais" e a banda Fevers com a canção “Elas por elas”, passaram perto e até possuem influências da sonoridade Disco, mas também não são consideradas representantes do estilo. 

...Um pouco de história da Disco Music

Studio 54 - O templo da Disco Music em NY

A Disco music surgiu nos Estados Unidos e brilhou no cenário musical aproximadamente por 10 anos. O estilo foi um movimento de liberdade de expressão utilizado por comunidades formadas por negros, gays, latinos heterossexuais, hippies entre outras pessoas, contra a dominância do rock n´ roll e a desvalorização da música dance na contracultura. 

Cena do filme Embalos de sábado a noite

A Disco music alcançou o auge entre 1977 e 1980. Sua grande popularidade foi impulsionada por filmes de Hollywood como Saturday Nigth Fever, com John Travolta no papel principal e uma trilha sonora empolgante, que incentivou a abertura de clubes no mundo inteiro. Entretanto, nos Estados Unidos diversos problemas sociais entre brancos e afros descendentes acabaram obrigando o estilo a se refugiar nos clubes underground e nos guetos da comunidade gay. A hostilidade contra a Disco music chegou ao extremo, com a realização do ato de protesto idealizado por roquistas, que ficou conhecido como “Disco sucks” ou “Disco Demolition Nights”.
"Disco Sucks" - Ato de protesto contra a Disco

Pelo volume de informações a respeito do assunto, a equipe do blog não vai entrar em detalhes nessa área. Até porque, diante de centenas de depoimentos e filmagens existentes entre as partes envolvidas, se percebe com evidência, que o problema foi muito além da musicalidade e se misturou a questões de preconceito racial e social. Essa situação se transformou num conflito “ideológico e egoísta” - entre alguns americanos, na busca pelo poder musical. Aliás, em parte do cenário artístico, não existe todo aquele amor que muitas pessoas “inocentes” imaginam. Os bastidores que envolvem diferentes estilos musicais fervilham na busca pelo poder cultural e dominação do público.

Pra quem deseja saber mais, existem dezenas de portais com imagens, vídeos, estudos universitários e depoimentos de participantes e pesquisadores espalhados pela internet, que relatam o ocorrido. Entre vários, neste momento, a equipe do blog sugere dois sites. 


Para saber o que aconteceu de forma resumida, acesse o portal "Today "com a resenha  When ‘Disco Sucks!’ echoed around the world - 30 years ago, a ‘Demolition Night’ riot marked the end of an era”.  Em tradução livre seria algo como: (Quando 'Disco Merda!' ecoou em todo o mundo - Há 30 anos, o protesto  'Demolition Night', marcou o fim de uma era).
Complementos e comentários:

Dizem que a canção Marrom Glacé fez sucesso por causa da novela e entre as pessoas que frequentavam as discotecas naquela época.

Comentário 1:

- Olha de novo a influência da TV na vida das pessoas. Educadores e sociólogos já explicaram e até o Daft Punk já cantou para a multidão: “Television, rules the nation” (A televisão regra a nação) enfim...Uma parte dos brasileiros parece não ter interesse em avançar musicalmente ou já naquela época, não possuía o desenvolvimento “nato” em suas ações. Talvez a preferência em “Deixar a vida levar para o desconhecido” fosse a expressão de ordem, que movia a sociedade. Por outro lado também tinha a rivalidade inútil entre a música de homem e música de mulher. Muitas pessoas também pareciam atuar (ou se deixaram doutrinar), como se aguardassem a autorização da TV ou,  que a TV tivesse a obrigação educacional de mostrar um caminho ao país, para somente depois as pessoas participarem. É como se a televisão exercesse um papel de avalista e orientador!  Santa confusão educacional do povo!!

Comentário 2: 

- Nem todas as pessoas frequentavam a discoteca. O local era direcionado para um público descolado, de classe alta e que estava sedento por novas emoções. Não havia internet e o celular era imaginação dos filmes de Jornada nas Estrelas. O Brasil não tinha muitas oportunidades e incentivos de desenvolvimento cultural em massa. Para algumas pessoas que estavam no poder, num determinado momento o Brasil tinha que ser Índio e no outro tinha que celebrar a Tropicália. De repente, o país parava para comemorar o carnaval e as festas folclóricas de cada região. Em outros momentos o Brasil era boi, vaca e galinha. Estresse! Um verdadeiro caldeirão de informações e conhecimentos que saiam de nenhum lugar em direção a lugar algum. Apenas massageavam o ego confuso da população, que tentava ser alguma coisa mostrando e vivendo obviedades e deslumbramentos do senso comum.

Comentário 3:

- Andando em círculos e com falta de noção de desenvolvimento, o tempo passava para parte dos brasileiros, que não percebiam seu estado de estupor.  Sem um projeto educacional voltado para o desenvolvimento da cultura e com falta de visão além do horizonte, as pessoas deslumbradas acabavam vivendo um comportamento raso, que repetia e imitava o passado ou que imitava outras culturas!

Comentário 4:

Sofisticação-desenvolvimento-tecnologia fazia parte da vida de um seleto grupo de pessoas, que conseguiam se livrar da mesmice.  Na corrida para acompanhar o sentido social mundial, não havia opções. Ou se permanecia atrasado e abandonado no interior ou se tentava compreender as novidades apresentadas por um novo conceito de vida, recheado de aspectos urbanos, vindos de outras culturas, digamos.....um pouco mais atualizadas e coerentes com o tempo presente.

Comentário 5:

É importante lembrar que a fazenda é uma coisa. A floresta é outra e a urbanidade é outra coisa! Quem tentar colocar o campo na floresta ou tentar reviver a fazenda na cidade ou colocar a cidade no campo, o resultado final será um choque de interesses culturais repletos de preconceito, atraso, escravidão cultural e confusão de sentidos.

Comentário 6:

Colhendo informações entre pesquisadores, sociólogos, parte da mídia e o público em geral, podemos compreender que a Disco music chegou ao Brasil graças ao trabalho dos Djs e da galera rica, que tinha a oportunidade de viajar e trazer as novidades para o país. Da mesma forma como a música eletrônica, não foi a galera pobre que sintonizou o Brasil com a sonoridade mundial. A música eletrônica também chegou ao país, devido a uma parcela da sociedade brasileira, que era mais informada e financeiramente estável. A popularização da música eletrônica ocorreu depois. O rock and roll também foi orquestrado  pela elite social, tanto quanto a jovem guarda, a música clássica, a música erudita, entre outros estilos...

Comentário 7: Porque as coisas são como são?

Porque muitas pessoas são limitadas, egoístas e preguiçosas em sua visão mundial. Como também em seu desenvolvimento de vida, recheados de confusão e dúvidas educacionais. São pessoas queridas, mas presas nas garras da simploriedade.

- Simploriedade é diferente de simplicidade. Veja os conceitos:

- Simploriedade é o trivial. É aquela pessoa ingênua que se contenta com migalhas por falta de desenvolvimento. Não tem iniciativa e é antievolutiva. Vive no conhecimento raso que se resume em nascer, crescer, reproduzir e morrer.  Não tem noção de sua importância para sociedade, do que representa e onde quer chegar.

- Simplicidade é a ausência de luxo. É uma pessoa que possui conhecimento, mas leva uma vida simples, sem ostentação e sem consumo exagerado. Simplicidade é um conceito de vida voltado para as coisas necessárias. 

* Essa foi a postagem mais longa já apresentada pela equipe do blog. Não é tão simples falar sobre Disco Music e ignorar todo o contexto social ao qual o estilo fazia parte! Por isso que a resenha ficou gigante! 

** Quem quiser saber um pouco mais da história da Disco music clique aqui:

*** Agradecimento especial para a colecionadora Patrícia Santos de Vargas por ter colaborado gentilmente com as imagens que ilustram a resenha de hoje! 

sábado, 22 de novembro de 2014

Pedro Mariano - Livre pra viver remix (single promocional)

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Hoje apresentamos o remix da canção “Livre pra viver” interpretada pelo cantor Pedro Mariano. Ao analisar seu estilo musical, percebemos que cantor já pertence a uma família de estrelas. Pedro Mariano é filho da cantora Elis Regina e do pianista Pedro Camargo Mariano. Também é irmão da cantora Maria Rita, meio-irmão do produtor João Marcelo Bôscoli e meio-irmão do multi-instrumentista Marcelo Mariano. Ufa! Boas influências musicais não faltam na carreira do artista!
Encarte 1

A música “Livre pra viver” foi composta originalmente por Cláudio Zoli e Bernardo Vilhena, o qual, também possuí uma parceria de sucesso com o cantor Ritchie. Aquele, da música “Menina Veneno” que foi um grande hit nos anos 80! Lembra? Enfim... deixando o passado e seguindo em direção ao tempo presente, o single  com a interpretação de Pedro Mariano, foi lançado promocionalmente pela gravadora TRAMA no ano de 2000.
Encarte 2

Observando o Cd rapidamente, o fã desatento poderá pensar que se trata de mais um “disquinho” comum, com uma música simples igual a versão que aparece no álbum. Entretanto, como diz a gíria entre algumas pessoas que nasceram no nordeste do país. Pó Pará!!!.....Não se trata de um single simples! Ele possui cinco versões da canção + uma faixa multimídia com imagens do vídeo Clip oficial da melodia que você pode ver clicando aqui!

A canção é simples e faz parte de repertório da MPB com ares de pop contemporâneo adulto. Este single apresenta apenas uma versão remix, ideal para tocar em programas de rádio, mas demasiadamente curta para agitar a pista nos clubes. Se bem que de certa forma, não adianta mesmo fazer uma melodia muito longa, pois uma parte do público nem sabe o que está dançando, outra parte dos djs nem dá bola para o que está acontecendo e a outra parte do público ainda está na fase da “tchu-tcha”!!! 
- Fase da tchu-tcha??? 
- Que tchu-tcha??? 
- A tchu-tcha!!! 
- Sabe aquela música que diz: - tchu-tcha, tcha, tchu-tchu, tcha......eu quero....tchu....
- Dizem que em italiano "tchu-tcha" é um apelido para mamadeira! Sem comentários....haha 

Este single apresenta as seguintes versões:

1- Livre pra viver – Aston Martin remix 3´49
Análise: Remix produzido por Aston Martin, que segue o estilo comportado com influências da House music. Bom para agitar festas com publico sofisticado e boa pedida para tocar em programas de rádio.

2- Livre pra viver – Aston Martin remix instrumental 3´49
Análise: Remix igual a versão anterior, mas sem os vocais. Em início de festa cai bem.

3- Livre pra viver – Versão Club 4´05
Análise: O nome da versão “Club” pode fazer o sangue do povo da balada ferver de vontade de dançar. Porém, entretanto, contudo, não se engane. A versão é muito boa pra tocar em bares com som ao vivo, mas infelizmente não funciona na pista!

4- Livre pra viver – Versão acústica 3´59
Análise: Ótima versão acústica para tocar em programas de rádio ou fazer cafuné no pescoço. Sabe como é.......livre para amar, morangos...gemidos...UIA!

5- Livre pra viver – Versão original 4´11
Análise: Versão original é a mesma versão lançada no álbum.

6- Livre pra viver – Versão multimídia – imagens do clip  4´12
Análise: Essa faixa contém imagens do video clip da canção.
CD

* Não há informação que este single tenha sido lançado em vinil 12”.

** Agradecimento especial vai para Alexandre de Andrade que gentilmente forneceu as imagens para ilustrar a postagem de hoje. 

domingo, 16 de novembro de 2014

Vanessa da Mata - Não me deixe só remix - (single promocional)

Capa

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz......

Com a inocência dessas palavras a cantora Vanessa da Mata abriu o caminho para conquistar o público brasileiro em seu álbum de estréia, trazendo a canção “Não me deixe só”. A música foi editada em CD single promocional em 2003 e distribuída pela gravadora SONY (Epic), para algumas emissoras de rádio e para alguns Djs. A canção original agradou aos fãs de MPB (Música Popular Brasileira) e a versão remix produzida por Deeplick & Ramilson Maia, agitou várias pistas de dança em diversos lugares pelo país.
Contracapa

A equipe do blog Brasilremixes não pode afirmar se a canção “Não me deixe só” fez sucesso nos clubes por ser uma melodia dançante ou se a canção fez sucesso porque o estilo eletrônico de Drum´n´bass estava no auge e contribuiu para dar uma impulsionada da carreira artística da cantora. O que todos sabem é que diversas musicas, no Brasil e no mundo, fizeram e fazem sucesso porque apareceram na novela, no filme, na publicidade, na TV, etc. Em outros momentos, algumas canções também fazem sucesso porque foram remixadas ou produzidas utilizando elementos musicais com influências modistas.
Vanessa da Mata / imagem reprodução

Não estamos afirmando que o Drum n´ bass foi moda. O Drum n´ bass é um estilo musical eletrônico que faz sucesso atualmente em vários lugares do mundo - independente do Brasil gostar ou ter esquecido que um dia já dançou como se o dancefloor fosse uma selva! (risos) O que estamos lembrando é que os produtores do remix aproveitaram a ocasião para transformar uma música voltada ao público que curte MPB, num hit de sucesso nacional utilizando o estilo eletrônico do Drum´n´bass. 
Imagem ilustrativa
A equipe do blog apenas associou os fatos e não pode afirmar se naquela época a canção iria obter o mesmo sucesso, se fosse produzida no estilo, ...digamos.... roqueiro, techno, house, sertanejo, funk, etc... Certo!

Este single possui três versões:

1- Não me deixe só – Versão álbum 3´09
2- Não me deixe só – DB remix Edit 4´08
3- Não me deixe só – DB remix Extended 7´16

CD

* Até o momento não há confirmação que o single tenha sido editado em vinil 12”

** O remix da canção “Não me deixe só” também foi lançado em CD na coletânea chamada:  Ramilson Maia Apresenta Drum'n'Bass Brasil em 2003.

*** O remix editado da canção “Não me deixe só”  foi incluído no primeiro álbum oficial da cantora, lançado pela gravadora Sony em 2003.

**** Agradecimento especial a Ricardo Mieira, por gentilmente ter fornecido as imagens que ilustram a postagem de hoje. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Waterfront House - UNMIXED (Cd álbum - item de colecionador)

Capa

Waterfront House é um projeto musical voltado para o estilo eletrônico, com influências da House music, Techno e algumas pitadas de Trance. Sua concepção foi idealizada pelo produtor Eraldo Palmero, que montou o Waterfront House em São Paulo, no ano de 1998. Em  seu primeiro álbum – que também marcou o lançamento do selo StartBiz Trax – os ouvintes podem conferir uma produção de qualidade internacional.
Encarte 01

Esse trabalho também poderia ser incluído na listagem musical e artística do "Brasil que não conhece o Brasil". Não sob o ponto de vista geográfico com dimensões continentais que o país possui. Mas pelo fato do público não prestar muito atenção naquilo que se passa ao seu redor. Enfim...um dia as pessoas irão acordar de sua escravidão musical.....
Eraldo Palmero / Imagem reprodução

Indicado para pessoas que já conhecem música eletrônica e já estão acostumados com os beats sintetizados, WTF supera as expectativas ao apresentar um conceito melódico elegante, que explora diversos ambientes que vão muito além da pista de dança. A equipe do blog Brasilremixes ficou surpresa com o desenvolvimento musical e a sonoridade do álbum. Sem dúvida, um trabalho altamente recomendado para pesquisadores e fãs de música eletrônica brasileira.  Todas as faixas foram escritas e produzidas por Eraldo Palmero. A canção “Burning the house” tem a participação da cantora Vera Medina. Waterfront House – UNMIXED foi lançado em 2002 pela gravadora independente SmartBiz Trax.
Encarte 02

A equipe do blog Brasilremixes conseguiu resgatar dois depoimentos do produtor Eraldo Palmero na época do lançamento do álbum UNMIXED que diz:

"Estou muito satisfeito e orgulhoso com o resultado. Claro que como produtor gostaria de ter feito mais, eu me preocupo em estar sempre aprimorando e aperfeiçoando o meu trabalho, ganhando experiência.” 

"Eu realmente me identifico com o Tech-house, gosto de house e techno. Mas acho que por ter uma formação musical, as minhas músicas e produções quase sempre tem algo melódico, e isso acabou se tornando uma característica do meu trabalho. Também gosto de músicas mais trabalhadas, com várias referências misturadas, componho outros estilos, como ambient , house , trip-hop, faço trilhas para desfiles, além de trilha pra comerciais e o que mais eu estiver afim de fazer."

Eraldo Palmero ( Waterfront House)

Este álbum apresenta as seguintes canções:

1- Beira mar - 4´35
2- Go to the rhythm - 8´18
3- Magnetic sound - 7´23
4- Duelo no asfalto - 6´07
5- Little funky - 4´46
6- Burning the house - 8´25
7- Looking for love - 6´24
8- Filter 80´s - 7´31
9- Arujá - 6´11
10- New beginning - 6´52
CD

* Não há informação que o álbum inteiro tenha sido editado em vinil.

**Na imagem seguinte podemos ver o single vinil 12” (raro) lançado em 2001, pelo próprio produtor Eraldo Palmero, através do selo Waterfrontrecords.

LADO A
A1 – Arujá
A2 – Filter 80´s

LADO B
B1 - New beginning

Detalhe do vinil: O sleeve impresso na ordem musical do disco está trocada.

Os depoimentos do produtor foram extraídos do site rraul.com, disponível em:  http://rraurl.com/cena/7/Eraldo_Palmero_-_Waterfront_House