quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sandra de Sá - Dou a volta por cima (single remix)

Capa

...Deeper, vai dançar, deeper, vai dançar, deeper, vai dançar …...é o refrão inicial desse remix que segue o estilo house (quase deep house) “comportado” e “classudo” e foi produzido pelo Dj Memê para a música “Dou a volta por cima” da cantora Sandra de Sá, também chamada de Sandra Sá! Falo remix “comportado” para expressar que se trata de uma versão house dançante, porém mais tranquila. Também chamo de remix “classudo” para expressar que se trata de uma versão mais glamurosa para ser tocada em festas ou em pistas de dança com público selecionado e menos eufórico. Este single possui uma versão longa para ser tocada nas pistas e o mesmo remix foi editado (tempo mais curto) para ser tocado no rádio.

Contracapa

"Classic House"  possui o sentido de expressar que se trata de uma versão que segue a linha  da escola musical de house music mais clássica. Com influências dos djs americanos como Frankie Knukcles, Tony Humphries e mais tarde com a participação do dj  David Morales. O número 12" adicionado ao nome da versão que aparece no lado B do disco significa "12 polegadas" que é o tamanho do diâmetro do long play (LP). O qual, na linguagem dos djs também significa entender que se trata de um single no formato de 12" e não de um álbum inteiro. Já o Cd single em si possui o tamanho de "5 polegadas". Dessa forma, ele também é chamado internacionalmente de "CD 5". O qual, também subentende-se que se trata de um single e não um álbum inteiro!  

Por sua vez, este single 12" remix foi distribuído de forma promocional para alguns djs e para algumas rádios brasileiras em 1994 pela gravadora BMG Ariola. O design de capa não possui créditos e a canção original aparece no álbum chamado D´Sá  lançado em 1993.

Lado A
Dou  a volta por cima (Memê´s house radio) 5´02

Lado B
Dou a volta por cima  (Memê´s Classichouse 12”) 7´14

Até o momento não há registro de que este  vinil 12” tenha sido lançado em  Cd single ou como faixa bônus em alguma coletânea de remixes da cantora ou em alguma coletânea de sucessos variados ou comercializado no formato digital.

* O single está fora de catálogo, mas é possível comprá-lo em algumas lojas de discos usados pelo Brasil.

** Infelizmente, até o momento dessa postagem, o site oficial da cantora não faz nenhum comentário sobre a existência dessa versão remix. Da mesma forma como outros cantores e artistas brasileiros também não fazem referência aos remixes de suas musicas.  Deve ser por vergonha, falta de afinidade ou pra não prejudicar a carreira do artista. Como se isso fosse prejudicar???!!! É uma pena, porque são pessoas legais mas de marketing limitado. Afinal, se todo mundo canta, onde está o diferencial dos artistas???

sábado, 22 de outubro de 2011

Ed Motta / Kid abelha (single remix promocional nº 14) Item de colecionador

























Este single remix foi divulgado de forma promocional em 1990, pela gravadora Warner/WEA Brasil. No entanto, aviso ao leitor que se trata de um remix realizado sob os mesmos critérios musicais de muitos remixes nacionais produzidos na década de 80 na linha poprock. Ou seja, muitos remixes foram produzidos por pessoas que não eram DJs ou não tinham nenhum conhecimento dançante propriamente dito. As músicas são ótimas, mas não tem aquele sabor de danceteria. Um exemplo clássico dessa situação são as musicas do cantor americano Prince. Algumas são ótimas para curtir em casa, na sala ou até para dançar no fundo do bar próximo ao banheiro, mas na balada não funcionam porque a vibe e a pegada é diferente. Aliás, já naquela época era diferente!
Se perguntar para qualquer Dj qual era o “hit” nas danceterias em 1990, com certeza entre centenas de sucessos ele irá responder dois: Technotronic e Madonna. Agora você pode imaginar a cena e entender porque esses remixes do Kid Abelha e do Ed Motta são classificados  por serem apenas uma tentativa de alguma coisa.
Lembro também que naquela época haviam alguns clubes no Brasil que tinham duas pistas de dança para separar a mistureba pop/rock/dance/axé/pagode brasileira da mistureba dance/techno/house/Italo/pop/rock da música internacional. 

Os remixes apresentados neste single vinil 12” são interessantes sob o ponto de vista do conhecimento e de parte do desenvolvimento musical brasileiro naquele período. A melodia da música Solução do cantor Ed Motta possui claras influências musicais do cantor Prince. Por outro lado, a  versão para a música Todo o meu ouro do Kid Abelha nada mais é do que um poprock animado bem ao gosto pop brazuka referenciado naquela ocasião. Observo que ambas as canções não tinham força para concorrer com os remixes produzidos pelos gringos. 

Lado A:

Ed Motta - Solução (remix) 5´36 - Produzido e arranjado por Ed Motta e Bombom














Lado B:

Kid Abelha e os Abóboras Selvagens - Todo o meu ouro (remix) 5´19 Produzido por Nilo Romero/ George Israel / Vitor Farias / Bruno Fortunato



Nesse assunto cabe uma explicação que ninguém disse até agora por falta de conhecimento ou falta de visão estratégica:
         “Se você quer fazer um remix dançante, no mínimo a levada do remix deverá ser muito próxima ao estilo dos remixes que estão “bombando” nas pistas no momento". E mesmo assim não há garantia nenhuma!!! Se os remixes de sucesso atual são internacionais, então o estilo do seu remix deverá ser, no mínimo,  igual a pegada dos remixes internacionais!!!!
Você pode fazer diferente, mas as pessoas não estão muito “ANTENADAS” com o diferente. (Lembre-se não é culpa sua pela limitação musical do povo) Aliás, até você convencer o povo acostumado com os remixes internacionais, de que o seu remix brasileiro é melhor???!!! Há, Há, Há vai levar muuuuuuuuinto temmmmmpo!
        A situação é simples. Você quer ser médico então você tem que estudar para ser médico! Você quer ser piloto de corrida? Então você tem que saber andar rápido! Você quer fazer um remix? Então você tem saber muito bem que tipo de remix está sendo feito por outros artistas no momento e o que você quer provar ao público com sua versão remix! Onde vocêr quer chegar? A quem voce quer impressionar?
"FAZER QUALQUER MONTAGEM E CHAMAR DE REMIX NÃO FUNCIONA! “

O leitor do blog deve ter percebido que essa crítica musical não foi muito favorável aos remixes nacionais. Sim. É verdade! Mas é preciso ir além e explicar um outro detalhe cultural que acontecia no Brasil:
“Não existia uma cultura de música dançante, ao menos naquela época”. As pessoas frequentavam os clubes para encontrar a sua cara metade, se distrair ou participar de um evento social festivo que reunisse gente, música e bebida. Dançar mesmo, havia mais tentativa do que dança. Dependendo do clube quase a metade dos frequentadores permanecia a noite toda escorada na parede do bar segurando uma cerveja ou um copo de bebida. Sem mencionar, é claro, que muitos clubes representavam apenas uma diversão passageira. Portanto, a partir do momento em que os frequentadores encontrassem alguém interessante, logo começavam a namorar e bye, bye festa! Então, produzir um remix “top” ou um remix “fraco” não iria fazer a menor diferença para uma parte desse público que infelizmente não sabe quando começa o início ou termina o fim. Então os artistas investiam e investem mais na carreira musical de shows e de rádio (com projeção satisfatória) do que na produção de um remix para ser tocado nas danceterias. Mas essa constatação não proteje e não impede de que os remixes sejam criticados diante de um resultado musical fraco. Afinal, uma pista de dança que se preze não pode ser tratada com simplicidade.
Quando elogiamos é porque vale a pela. Quando criticamos é porque tem problema! 
Sinto muito!  

domingo, 16 de outubro de 2011

Os Paralamas do sucesso - Uns dias/Óculos remix (Single promocional - item de colecionador)

Capa 

Este single também poderia ser considerado um remix histórico, mas ouvindo atentamente a melodia é preciso descer do pedestal e encarar a realidade simplória desta música. A banda Paralamas do Sucesso sem dúvida alguma merece todo o respeito por sua importância e seu destaque musical no Brasil e em parte da América latina. O estilo da banda até o momento  foi direcionado ao poprock brazuca com referências do Ska, o Dub, o Reggae, a MPB e até alguns efeitos eletrônicos em suas melodias. A música “Óculos” fez muito sucesso nas paradas musicais populares após o seu lançamento oficial em 1984, no álbum O Passo do Lui. No entanto, o remix dessa música só apareceu em 1988 em single 12” com outra canção chamada "Uns dias". 

O remix em si, nada mais é do que uma versão estendida ou alongada da versão original. Não foi estilizada, não foi desconstruída, não é dance, não é techno, não é house enfim. Trata-se de uma ótima melodia com levada mais pop do que rock, perfeita para tocar em programas de rádio bem longe das danceterias. A remixagem é uma mistura da versão original e uma versão, digamos, “dub” mais instrumental. Em resumo, de “remix” a música não tem nada, mas vale pelo registro. As canções foram produzidas  por Carlos Savalla e Marcelo Sussekind. Este single foi lançado pela gravadora Emi-Odeon. A direção de arte ou design da capa do disco não foram creditados.

* Não há informação que o single tenha sido comercializado na época. De qualquer forma ele foi distribuído promocionalmente para algumas emissoras de rádio e para alguns DJs, que tocavam música brasileira em festas variadas. 

** Até o momento também não há registros que o single tenha sido editado em Cd ou digitalizado como faixa bônus em relançamento de algum álbum da banda, porém é possível comprá-lo em lojas especializadas em discos usados.

LADO A

1- Uns dias 3´58

LADO B

1- Óculos remix 6´10 (produzido por Marcelo Sussekind)

Na imagem seguinte podemos ver a capa do single na versão original, editado em vinil com apenas a música "Uns dias".

Capa

Contracapa

Na sequência podemos observar a capa do compacto simples da canção "Óculos", que também foi lançado em 1984 pela gravadora Emi-Odeon, com duas versões: original e instrumental.
Capa
Contracapa 

Exclusividade do blog Brasil remixes!

Para a felicidade dos fãs, a equipe do blog conseguiu localizar a imagem de um single promocional ultra-mega-raro lançado pela gravadora EMI, com a música "Óculos". O single promo lançado em 1984, foi editado em disco vinil 12" azul e distribuído em cópias limitadíssimas! Sem dúvida, um item para tirar o sono dos colecionadores e fãs! (risos)

sábado, 8 de outubro de 2011

Jovem Pan REMIXES (coletânea / vários)

Capa

Verdade seja dita! O Brasil sempre foi muito pobre e limitado nos investimentos musicais destinados aos remixes e a música eletrônica. Dizem os pesquisadores que essa situação reflete um pouco do baixo e simplório interesse cultural da população, por acabar se tornando refém de limitações e atrasos musicais que nada mais representam além do óbvio. Nesse sentido, a música  sofre a interferência da falta de desenvolvimento ou acompanhamento melódico do que está ocorrendo em outras civilizações mais avançadas no mundo. Mas não existe um comparativo de melhor ou pior. É preciso refletir sobre onde estamos e para onde queremos chegar. Seguindo esse raciocínio, diversos trabalhos musicais brasileiros são tudo e ao mesmo tempo não modificam nada, diante de uma população musicalmente apática.  No Brasil existem diversos gêneros musicais que giram em torno de sí e representam apenas a continuidade do mesmo. Sejam eles comerciais, regionalistas ou contestadores, no final o resultado é o mesmo. Independente de compositor ou artista quando surge um talento outro similar morre ou opta por outras alternativas em busca de sobrevivência diante da banalidade musical e a repetição da mesma história.

Nesse contexto a rádio Jovem Pan tem se mostrado através do anos, uma grande incentivadora de artistas musicais na linha do poprock comercial ao eletrônico mais sofisticado. Aliás, são várias as compilações lançadas no Brasil com a marca da emissora de rádio, cujo os produtos estão voltados ao público jovem. Por incrível que pareça, nem a MTV possui tantos lançamentos musicais legais quanto a Jovem Pan. Em parceria com a gravadora TRAMA, em 2002 a Jovem Pan lançou uma coletânea de remixes nacionais com artistas de ponta como Fernanda Porto, Jota Quest, Claudio Zoli, Luciana Mello, Technozoide e Max de Castro. A maioria dos remixes apresentados nessa compilação foram editados para tocar em emissoras de rádio. A produção executiva ficou ao cargo de João Marcello Bôscoli.

1- Claudio Zoli – Noite do prazer (A domestic house mix radio edit) 3 ´37

Análise: Remix bem interessante com levada de house comportado produzido, arranjado e mixado pelo DJ Felipe Venâncio e Alex Reis. Na época de lançamento do cd, também foi apresentada uma versão mais longa que posteriormente será postada pelo blog.

2- Jota Quest – Na moral (Memê´s unreleased bootleg mix) 3 ´31

Análise: Belo remix para uma canção de sucesso do Jota Quest. Essa versão não lançada oficialmente pela banda em seus trabalhos comerciais, também está voltada para o estilo house festivo com influências da disco music. Ótima para o dance floor.

3- Fernanda Porto – Só tinha que ser com você  4´16

Análise: Essa música não é um remix, mas uma regravação de uma música escrita por Antonio Carlos Jobim. A nova versão recebeu um tratamento  eletrônico contemporâneo no estilo de drum n´bass. Ela é cantada por Fernanda Porto e rola muito bem em bares e lounges de conceito moderno.


4- Pedro Mariano – Pode ser (P.R. remix) 3 ´23

Análise: Remix interessante e cheio de suingue para uma canção composta por Jorge Vercilo. Na verdade não parece “necessariamente” um remix, mas uma ótima melodia pop turbinada para ser tocada no rádio e em barzinhos. Na pista de dança ficou fraca. 

5- Technozoide (feat. Nanni) – Air loves the Sun (Mad Zoo nu house remix) 5 ´24

Análise: Opa! Essa remixagem tem personalidade!!! A suavidade na voz da cantora Nanni combinou muito bem com a levada house. Essa versão possui bons arranjos iniciais, boa ambiência e harmonia e a mixagem certa com a  sobreposição de camadas musicais dos sintetizadores. Boa pedida para festas em lounges, em terraços ou na beira da piscina. Produzido por Mad Zoo. Recomendo! 
Detalhe do encarte

6- Luciana Mello – Assim que se faz (Memê radio Edit) 4 ´03

Análise: Remixagem super-dançante com forte ritmo percussivo, acompanhado por sons e efeitos especiais. No entanto, o remix não convenceu e apenas algumas danceterias no Brasil tocaram. Produzido pelo DJ Memê, essa versão possui uma levada Tribal House que no Brasil,  também é chamada por algumas pessoas de “Drag house”.
Drag o quê???
Drag house!!!! Na verdade o “Tribal house ou House tribal” é o estilo musical preferido pelas Drag Queens dançarem. No Brasil existe um jargão utilizado pelas Drag Queens que se chama “bate-cabelo”. O qual, significa rodopiar a cabeça por varias vezes durante a dança.
OK, mas ainda não entendi??!!!
É simples:  Drag queens são homens vestidos de mulher. Eles são geralmente homossexuais, mas com algumas excessões. Logo, Drag Queens também se divertem. Onde? Nos clubes GLS ou nos clubes gays que tocam musicas dançantes! Entre essas musicas dançantes as Drag Queens gostam de fazer performance na pista. De que forma? Arrasando no visual ou arrasando na dança! Como? Batendo o cabelo e rodopiando na pista! Que tipo de música as Drag queens preferem dançar? Elas dançam de tudo, mas  “adoooram”  Tribal House, que no Brasil é "maldosamente" rotulado de “drag house” para ser de fácil identificação. Um dos principais DJs do estilo Tribal House é o produtor e DJ Victor Calderone, mas vários artistas no mundo inteiro já trabalharam com esse conceito musical, independente, de Drag Queens!!!!

7- Claudio Zoli – Cada um cada um (a namoradeira) (Deeplick disco radio mix) 4 ´10

Análise: O produtor e DJ Deeplick mandou muito bem nesse remix com referências do French house  e sample de Daft Punk. A versão agitou as pistas de dança onde alguns DJs tinham ou tiveram a oportunidade de tocar musica brasileira dançante. Pena que nem todas as danceterias no Brasil aceitaram ou aceitam musicas dançantes cantadas em português.

8- Fernanda Porto – Tudo de bom (E samba remix)

Análise: Remix com referências de drum n´bass e levada atmosférica perfeita para lounges e chill outs ou para ser ouvido durante a viagem de carro rumo ao litoral. 

9- Pedro Mariano – Tem que ser agora (Memê´s radio hit) 5 ´10

Análise: Remix dançante com timbres musicais festivos e referências da Eurohouse. Mesmo que seja super-dançante, não chegou a convencer. Vale pelo registro. Produzido pelo DJ Memê.
10- Max de Castro – Mais uma vez, um amor (bônus track) 4´34

Análise: essa música também não é um remix, mas apenas uma melodia incluída no Cd como faixa adicional. 
Contracapa
CD

*** Até o momento não informações de que este CD tenha sido editado em vinil.

sábado, 1 de outubro de 2011

Benzina (a.k.a Scandurra) - REMIXES

Capa

Atenção leitores do blog! Quando Edgard Scandurra entra em cena a levada musical é outra! Bem-vindos ao Benzina a.k.a Scandurra REMIXES. Brincadeiras a parte o negócio é sério. O álbum de remixes “Benzina” do cantor, produtor e guitarrista Edgard Scandurra está recheado de timbres, efeitos e ritmos eletrônicos bem interessantes. Mas para quem pensa que o cantor abandonou suas referências musicais roqueiras está muito enganado! Na verdade, Edgard Scandurra ampliou seus sentidos e horizontes musicais, o qual, todo artista que se preze tem direito! Esse álbum de remixes foi lançado em 2004 pela gravadora ST2 Records e teve a participação dos produtores Ivo Barreto e Mad Zoo. Todos os remixes são de faixas originais extraídas do álbum chamado “Dream Pop” lançado pelo cantor em 2003, com exceção da música “Orgânico Eletro Rock”.

Edgard Scandurra foi guitarrista da banda “Ira”, mas no decorrer de sua carreira optou em diversificar seus trabalhos musicais que atualmente abraçam tanto a levada roqueira quanto a pegada eletrônica. De acordo com parte da crítica musical brasileira que entende de música eletrônica, este é um dos melhores trabalhos musicais voltados ao estilo até o momento, principalmente, pelo fato de ter sido lançado por um artista brasileiro. O álbum apresenta um total de oito remixes produzidos por vários DJs e produtores e ainda inclui duas faixas multimídia com clipes das musicas “Eu estava lá(Dirigido por: Raul Machado e Toro) e “Toda doce live” (dirigido por Alexandre Rossi e Sergio Chilvarguer).
Para outras informações sobre o trabalho do artista acesse: http://edgardscandurra.uol.com.br/
Encarte

1- Orgânico Eletro Rock

Análise: Essa música não é um remix, mas uma melodia nova que foi incluída no lançamento do álbum de remixes.

2- O Mostro – Camilo Rocha remix

Análise: Versão techno temperada com percussão brasileira e recheada de efeitos eletrônicos que lembram uma corrida de automóveis. Esse remix tem influências dos trabalhos musicais eletrônicos produzidos pelos brasileiros do M4J.

3- Dream pop – Eraldo Palmero Remix

Análise: Essa versão possui uma linha de baixo sintético muito apreciado pelos fãs de música eletrônica. Nesse trabalho podemos curtir um remix com levada pop para fazer “jus” ao nome da música. Os riffs de guitarra wah-wah foram bem colocados proporcionando uma bela harmonia musical entre o orgânico e o sintético. Versão perfeita para lounges e chill outs ou para curtir naquela viagem de carro rumo ao litoral. Versão remixada por Eraldo Palmero. Recomendo!


4- Bons Sonhos – Mimi Remix

Análise: Remix interessante produzido por Mimi com levada house  comportada e bass lines que lembram a sonoridade eletrônica do ballearic beats. É um remix para ser ouvido e não dançado. Perfeito para final de festa e volta pra casa ao amanhecer. 

5- Toda doce – Mystical VS Marcio S. remix

Análise: Esse remix parece house, porém é mais techno do que house. Diria house techno. Aliás house techno e tech-house são diferentes. Um é dos anos 90 e o outro é mais característico da nossa época. Ou seja, nesta primeira década do novo milênio. Essa versão  possui influências do old skoll techno europeu de grupos como 808 State e The Grid. Os riffs de guitarra sintetizada fazem toda a diferença e garantem o charme especial nessa remixagem.

6- Eu estava lá – Renato Lopes remix

Análise: Aqui os ouvintes podem conferir um versão bem típica dos remixes techno que eram produzidos na década de 90 e que sacudiam os night clubs mais alternativos e undergrounds da vibe eletrônica mundial. Imagine a cena: Um lugar do tamanho de uma sala de aula pintado de preto, no tento apenas a luz negra e a luz estroboscópica piscando, sound system em perfeita qualidade e na pista uma galera outsider usando óculos escuros. Não preciso dizer mais nada.....

CD

7- Orgânico Electro rock – Pet Duo remix

Análise: Pra quem conhece o trabalho da dupla Pet Duo já sabe que irá encontrar um remix contundente com bases eletrônicas furiosas, percussão de condução e ruídos distorcidos de sintetizador numa levada contagiante para garantir uma viagem musical recheada de beats sintéticos. Sem dúvida uma versão Hard Techno com referências de uma subdivisão do techno mais pesado conhecido como “Schranz”. Ótimo remix para ser tocado em pistas de techno nas raves.

8- Verani – Mad Zoo remix

Análise: Esse remix tem boa levada utilizando breaks e bases bem “nervosas” ao melhor estilo drum n´ bass, produzido por Mad Zoo. Fique parado se puder!

 9- Faixa multimídia
Contracapa

* Até o momento não informações de que este álbum tenha sido lançado em vinil.

sábado, 24 de setembro de 2011

Inimigos do Rei - Adelaide (single remix promocional) Item de colecionador


Capa

O final dos anos 80 e o início dos anos 90 foram uma época muito promissora para musicalidade brasileira.  Principalmente, na área de remixes. O que segundo pesquizadores, não vem ocorrendo no Brasil em tempos atuais devido a banalização e a descartabilidade musical.

O grupo Inimigos do Rei foi uma banda irreverente que utilizava em suas canções um tom humorístico e fazia um estilo voltado, digamos,  para o pop-rock-mpb.

Formado originalmente por Luiz Guilherme, Luiz Nicolau, Paulinho Moska, Marcelo Marques, Marcus Lyrio, Marcelo Crelier e o tecladista Lourival Franco. A banda lançou no mercado dois discos chamados: - “Inimigos do Rei” em 1989 e “Amantes da Rainha” em 1990.

Quem conhece a importância do remix para a música, quem viveu uma parte da noite dos anos oitenta e quem conhece a música pop brasileira contemporânea, sem dúvida alguma poderá se emocionar ao curtir o remix da canção Adelaide que é uma versão adaptada da música "You Be Illin" (Simmons, White e Mizell). Exageros a parte, pra quem entende de produção, esse remix pode ser incluído entre os 10 melhores remixes brasileiros lançados na década de 80. A produção foi coordenada por Torcuato Mariano e remixado pelos DJs Memê e Irai Campos.
O lançamento ocorreu no formato de single vinil 12” promocional para rádios e alguns DJs, em 1989, pela extinta gravadora CBS. Nessa época a galera internacional européia ainda vivia o momento Acid House com o famoso verão do amor (88/89). No  Brasil, além do país  estar naturalmente condenado a correr atrás do atraso, os lançamentos que acompanhavam a sonoridade e o desenvolvimento musical internacional eram poucos, senão raros! A produção do remix teve a participação de Fabio Fonseca e Joseph Patterson nos sintetizadores. Quem assina a Ilustração da capa do single é Mario Bag.

LADO A 
1- Adelaide – Serious house mix 7´03

Análise: Essa é uma versão contagiante que difere totalmente da musica original. Possui referências da Italo House e harmonia festiva para agitar qualquer pista de dança que se preze! Esse remix também possui efeitos da acid house e uma linha de baixo contundente com mixagem bem conduzida ao colocar cada camada musical no seu lugar sem o problema da sonoridade ficar “embolada”. A criatividade melódica, os efeitos, os breaks, a sobreposição de vozes, a levada dançante e a masterização equilibrada proporcionaram um resultado bem compatível ou até melhor que muitos remixes internacionais produzidos na época. Recomendo! 
***Atençao produtor Dudu Marote, você poderia se espelhar na mixagem de bateria eletrônica desse remix viu!!! Quem sabe suas produções musicais de alguns artistas brasileiros ficariam melhor masterizadas com uma bateria vibrante e não apagada como nós temos visto por ai! Se liga!!

2- Adelaide – Radio house mix 3´14

Análise: Essa versão segue o mesmo estilo do remix anterior, porém com menos duração para ser tocada no rádio. 

LADO B

1- Adelaide – The Porto Stroessner Dub 3´15

Análise: Esse remix  que recebeu o nome de “Dub” os leitores já sabem que não se trata de “Dub ou Reggae jamaicano”. Mas uma versão instrumental apenas. A graça do remix instrumental é a possibilidade de acompanhar os efeitos utilizados na música e o desenvolvimento melódico das "bass lines" da canção! “The Porto Stroessner” é uma analogia irônica que os produtores fizeram entre a letra da música que conta a história de  “Adelaide, minha anã paraguaia”, com o antigo nome da Cidade Do Leste (Ciudad Del Este) no Paraguai que antes de 1989 era conhecida como "Porto Stroessner"; que por sua vez era uma homenagem ao presidente do Paraguay chamado Alfredo Stroessner. Daí então o nome do remix se chamar “The Porto Stroessner Dub”.

2- Adelaide – Percapella mix  3 ´14

Análise: Essa é uma versão apenas cantada chamada no meio musical de “capella” ou “acapella". 
- Mas qual é a graça de fazer um remix assim?
Lembre-se que o remix não é apenas um “tum-tis-tum”. Já foi mencionado no blog em outras postagens que o remix possibilita a melodia uma criatividade inexistente no álbum. A música comum que aparece no álbum vendido em balaios de supermercado é como se fosse um fusca e o remix seria como um automóvel Mercedes Benz! Entendeu! Logo, nesse tipo de versão a graça é poder contemplar a voz do cantor com um acompanhamento melódico “propositalmente” mais discreto (simples) direcionado para os ouvintes que gostam de acompanhar a “performance vocal” do artista. Esse tipo de remix poderá ser tocado em ambientes como lounge e chill outs.

3- Adelaide – Versão LP

Análise:Essa melodia é igual a versão original do álbum e os leitores do blog já sabem que versão igual do álbum não é um remix.
Contracapa

* Infelizmente este single vinil está fora de catálogo, mas é possível comprá-lo em lojas de discos usados.  

** Até o momento não há informação de que este single ou qualquer versão musical deste trabalho tenha sido lançada oficialmente em Cd ou no formato digital.

*** É importante situar o leitor que estamos falando em musicalidade produzida na década de 80. Hoje a situação e a tecnologia musical é diferente e não existe comparativo!

domingo, 18 de setembro de 2011

Lulu Santos - HYPERCONECTIVIDADE (single remix promocional)

Capa





















Hoje postamos outro single remix interessante do cantor Lulu Santos para duas músicas: Hyperconectividade e Condição.

Hyperconectividade é a primeira faixa do Cd álbum chamado “Liga lá” lançado em 1997 pela gravadora BMG. Em paralelo, o single também apresenta o remix da música "Condição" que apareceu originalmente em 1986 no álbum do cantor chamado apenas de "Lulu". Ambos os remixes possuem uma produção voltada para o estilo eletrônico. 
Aliás, diga-se de passagem, no final do milênio houve a  efervescência musical eletrônica na maior parte do mundo, mas não atingiu todo o sucesso esperado no Brasil. Analistas afirmam que um dos motivos foi causado pelo atraso conceitual e musical de grande parte dos brasileiros sem noção e comprometimento com o progresso e a evolução.

Dessa forma, a musicalidade eletrônica acabou sendo tratada pela maioria como um modismo. Afinal, dizem que quem manda são os conceitos musicais ditados para satisfazer ao paladar da “velharia.“ Como a juventude não tinha força musical, o que prevaleceu foi a indiferença, com raras exceções como as apresentadas pelo cantor Lulu Santos. Mas quem mais sofreu com a situação foram as pessoas musicalmente desenvolvidas que ficavam reféns na musicalidade internacional!

Outro aspecto desse momento foi perceber que a Mtv e a maior parte do jornalismo musical brasileiro aos poucos foram abandonados por parte do público que estava cansado da mesmice roqueira. Naquela época, dezenas de jornalistas em rádio, jornal, televisão e internet, só sabiam e gostavam de falar em dois estilos musicais: MPB e Rock and roll. 

A Mtv sempre defendeu os interesses roqueiros americanos transparecendo em sua programação diária atitudes como: "Viva o rock´n´roll" e que os outros estilos servissem apenas para disfarçar. Então parte da imprensa brasileira por preguiça, burrice e ignorância também imitava o estilo Mtv de ser. Por outro lado, independente da Mtv, havia os saudosistas e correligionários naturais do rock n´ roll infiltrados em grande parte da midia tupiniquim. Essas pessoas também só conheciam e aprovavam o "jeito rock n´ roll de ser" como o mais saudável segundo seu entendimento próprio, quer dizer, segundo seu interesse pessoal!

Os simpatizantes do rock eram pessoas queridas mas não tinham a capacidade jornalística de separar os entendimentos e ver além do horizonte, salvo algumas exceções. A música eletrônica e até de outros estilos musicais eram vistos por muitas pessoas como se fossem uma ameaça ao estilo roqueiro que era apresentado como o mais inteligente e contemporâneo, entre todos os gêneros existentes. Afinal, o que os amigos de alguns jornalistas iriam pensar quando lessem uma notícia falando bem de um estilo musical eletrônico, que não era bem aquela música que os amigos tanto idolatravam!?

Essa situação me fez lembrar de um depoimento ao acaso, que li no site da dupla de djs americana chamada Harley & Muscle, os quais postaram em sua biografia afirmando que vários dos seus amigos americanos, ficaram desapontados ao saberem que ambos  gostavam de house music e não de rock n´ roll como as pessoas "doutrinadas pela mídia roquista" deveriam gostar, na década de 80. Visto que, a house music era uma evolução da disco-music. Porém parte da disco-music nos EUA era rotulada como música de negro e música de gay! Logo, a dupla Harley & Muscle - de etnia branca, financeiramente estável e de sexo masculino - não poderia gostar de outra música que não fosse o tal de rock n´ roll de gente branca e sexualmente “máscula”! Enfim, voltando para a musicalidade brasileira, esse tipo de pensamento sobrevive em muitas regiões e é apenas um dos inúmeros exemplos de burrice instalada no entendimento musical de diversas pessoas no país. 
Lulu Santos (fotografia by Márcia Ramalho)




















Conduta Sexual x Conduta musical

Da mesma forma como separam religião de política, particularmente, a equipe do blog BRASILREMIXES  sempre separou a opção sexual da música. Até porque, tudo passa e o que fica é o talento e a diversão! Porém, nem todo mundo consegue ter esse entendimento. Nem mesmo as gravadoras e seus funcionários pagos para distribuir promocionalmente o produto artístico no mercado consumidor e nem mesmo diversos radialistas que deveriam acompanhar a evolução musical da sociedade. São pessoas queridas, mas condenadas pelo policiamento sexual. 

Para muitos, quem dança são macacos ou gays. Afinal, entendem e defendem que o único motivo para o "homem macho" se divertir ou é através do esporte ou é através do sexo e da cerveja. Além de tudo, essas pessoas defendiam que a música deve passar uma mensagem e não aceitavam a melodia como diversão, apenas.

Diante de todas as atitudes homofóbicas, parte da galera rock n´roll se considerava superior e sempre apontava o dedo para conduta sexualmente incorreta da galera da música eletrônica. Basta ficar atento para perceber essa situação em nosso cotidiano. Em alguns países esse desentendimento já foi abolido e superado, mas no Brasil, atrasado e hipócrita, vai levar algum tempo para mudar. Afinal, o Brasil ainda está resolvendo o problema da reforma agrária e do salário mínimo, e nem sabe escolher presidente. O que esperar de um país assim?!!!
Verso





















1- Hyperconectividade (Fubá Mix)  2 ´58

Análise: Produzido por Ramiro Musotto (1964 – 2009), a sonoridade melódica oriental e a rima da palavra “Hy-per-co-ne-cti-vi-da-de” cantada por Lulu Santos  fazem toda a diferença nesse remix com levada house e riffs singelos de drum n´bass. Sem dúvida uma releitura simples e fácil de produzir por pessoas que estão conectadas com a musicalidade mundial e que entendem de percussão e programação tecnológica. Ao contrário de muitos produtores que só sabem tocar guitarra e produzir sons eletrônicos fajutas. Infelizmente.

2 - Condição (Remix radio edit) 3 ´37

Análise: Essa música foi originalmente lançada em 1986 no álbum chamado “Lulu”, porém reapareceu remixada 12 anos depois. Esse belo remix com riffs de piano lembrando a Ítalo house oitentista garante o charme dessa canção que tocou em muitas festas pelo Brasil e quase passou despercebida! Produzido por Nado Leal e Paulo Jeveaux (G-vô) para Monster Makers.

3 - Condição (Remix)  5 ´24

Análise: É o mesmo remix que a versão anterior, porém mais longo e destinado para os Clubs. Aliás, antes que caia no esquecimento, a música condição é cantada por Lulu Santos com a participação especial do cantor Milton Guedes.Também foi produzido por Nado Leal e Paulo Jeveaux (G-vô) para Monster Makers. Essa versão foi lançada comercialmente no álbum de remixes do cantor Lulu Santos chamado “Dance bem, Dance mal, Dance sem parar” que foieditado pela gravadora Som Livre/BMG.























CD

*** O single foi lançado em 1998 e teve a produção artistica de Jorge Davidson. Até o momento não há informação de que este single tenha sido editado em vinil.