sábado, 16 de julho de 2016

Tune Series vol.4 - CROSSOVER [Julio Torres+Amon Lima]

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Depois que o Brasil viveu o primeiro “boommm” da música eletrônica no país - na virada do século, a cena ganhou maturidade e até já pode comemorar um avanço melódico bem promissor na formatação de suas canções. Como prova do desenvolvimento no conceito musical elétrico, apresentamos a ótima compilação Tune Series vol.4 - CROSSOVER (Julio Torres+Amon Lima).
Encarte 01

O conceito de misturar a parafernália eletrônica com instrumentos musicais orgânicos vindos da escola musical popular, folclórica e erudita/clássica, não é novidade. Vários artistas internacionais já beberam dessa fonte e o resultado final mostrou trabalhos melódicos muito bem estruturados e criativos. No Brasil também existem alguns exemplos. Porém, não é muito comum esse tipo de contato musical em terras tropicais, tanto por parte do público de conhecimento limitado como por parte de alguns artistas acomodados. 
Encarte 02

A coletânea organizada pelo Dj Julio Torres e o músico (violonista) Amon Lima que formam a dupla CROSSOVER, apresenta diversas canções de vários artistas nacionais. Todas as melodias são acompanhadas pela sonoridade do violino + a vibração eletrônica com levada House bem característica das festas mais tops do país. Além de ter uma boa masterização, as canções estão no mesmo nível de trabalhos musicais internacionais semelhantes. O que pode ser considerado uma ótima surpresa!!!
Contracapa

Também lembramos que a textura melódica das canções possuem o objetivo de satisfazer um público musical mais selecionado e exigente. São pessoas legais que não querem saber de baticum brasileiro, apenas. Porque o baticum brasileiro elas ouvem em todo o lugar. Portanto, mesmo estando no Brasil, elas ou qualquer outra pessoa tem o direito de se divertir com um estilo musical mais sofisticado. Recomendamos! Ouça sem culpa de ser feliz!  A compilação foi lançada em 2011 pela LK2Music.

A coletânea apresenta o seguinte playlist:

1. Andre Guarda – Hot Deep (Original mix) 8´05
2. Yosh (Sato),Gabriel Rocca – The Events (Original mix) 5´59
3. Paolo Mojo – Play Your Hand (Talking Props Remix) 6´45
4. Rafael Noronha – All I Need (Original mix) 4´56
5. Julio Torres – Lights Off (Original mix) 8´03
6. Gabriel Rocca, Kill your Tv & Yosh (Sato) – LeCat (Original mix) 4´25
7. Glocal – Feels Like I Do (Anhanguera Remix) 4´25
8. G. Castro & Truati – The One (Original mix) 7´32
9. Kill your Tv – If it Moves, Funk It (Original mix) 5´43
10. One & Raff Man – You Git The Funk (Original mix) 5´12
11. Daniel Marques & Marcello V.O.R – In Our Days (Anhanguera Remix) 4´09
12. Dexterz – I Like That (Original Mix) 5´12
13. Crossover – Space Invaders (Original Mix) 3´32
CD 

* Não há registro que a compilação tenha sido lançada em vinil. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Carrapicho - Tic, Tic Tac Club remixes (single comercial)

Capa

De acordo com especialistas na área de entretenimento, essa canção se enquadra naquele grupo de melodias que fazem parte do "respiro".
- Respiro? O que quer dizer com isso?
Trata-se de uma melodia de um determinado estilo musical, feito para contemplar/agradar/representar a um tipo de consumidor bem específico. Entretanto, quando a canção ultrapassa fronteiras e faz sucesso além do público direcionado, significa que a sociedade está aberta a novos conceitos musicais ou que está saturada com a repetição melódica, e procura um pouco de alívio para os ouvidos.

Esse fenômeno, pode explicar porque certas canções envolvidas com um aparato teatral ou exótico, acabam chamando mais atenção do que outras musicas melhor elaboradas. Segundo psicólogos, esse tipo de comportamento é algo normal nos seres humanos e o blog do Brasilremixes, é um dos poucos sites musicais a mencionar essa situação em suas resenhas. Dizem que o artista pode fazer a melhor música do mundo, mas se em determinado momento o público estiver enjoado, tenha certeza, o artista não vai alcançar o sucesso pretendido e sua carreira poderá se transformar numa loteria repleta de tentativas.

Pausa X Cansaço

Em todas as décadas na cena musical brasileira ocorreram exemplos semelhantes. Rock, Poprock, MPB, Pagode, Samba, Dance, Axé, Hip Hop, Rap, Bossa Nova, regionalismos, folclore, música Clássica, estilos eletrônicos variados e demais gêneros musicais, já passaram ou irão enfrentar o mesmo problema. Ou seja, sob o ponto de vista musical do público consumidor, não significa – necessariamente – que uma determinada melodia bem produzida seja ruim; mas se ela não fizer sucesso, pode sugerir que o público está cansado da mesma estética e procura outras possibilidades de entretenimento musical. Esse fato, mesmo que passageiro, pode justificar o sucesso de determinadas canções em ambientes musicais com públicos diferentes.

Para ilustrar essa situação, estudiosos observam que vários artistas, “fora do padrão ditado pelo mainstream”, sacudiram os clubes e emplacaram diversos hits nas pistas de dança. Kaoma - Lambada, Proyecto uno – Está pegao/ El tiburóm, Lou Bega – Mambo Number 5 , Tarkan – Simarik, Los del Rio – Macarena, Khaled - El Arbi, OMC – How Bizarre, Brazil attacks – É o tchan, Mercosur – Carnavalito e até Tic, Tic Tac da banda Carrapicho, compõem a rede de canções surpresas, que seduziram parte do gosto do musical dos consumidores. Entre os exemplos atuais, poderíamos citar o caso do cantor Michel Teló com a canção “Ai se te pego” e Gustavo Lima com a música “Balada (Tchê Tcherere Tchê Tchê)”. Ambas, atingiram o sucesso internacional.

Não! Não vamos misturar o assunto com as Spice girls, os Backstreet boys, Britney Spears e artistas semelhantes. Nosso exemplo segue uma linha direcionada aos conceitos musicais praticados no interior, na periferia e no folclore popular. Os quais, de certa forma, acabaram fazendo grande sucesso comercial no ambiente urbano. Portanto, o fenômeno das Spice girls, dos irmãos Hanson, dos Backstreet boys, da Britney Spears e boybands da vida, já são produtos urbanos e se incluem em outro tipo de categoria.

Banana Business

Há 20 anos, o grupo Carrapicho surgiu no cenário musical tupiniquim, como representante da turma do folclore e do regionalismo da região norte do Brasil. A canção “Tic, Tic Tac” foi originalmente gravada pelo grupo folclórico Boi Garantido, mas em 1996 caiu nas graças de produtores musicais europeus e se tornou um grande sucesso internacional. A melodia ganhou diversos singles e remixes editados em vários países e virou Top-hit comercial entre 96/97.

Entre os singles e os discos promocionais da canção Tic, Tic Tac que foram oficialmente lançados, a equipe do blog vai ilustrar apenas os mais importantes:

Nos Estados Unidos foi lançado em 1996 um single editado em vinil com as seguintes versões:
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A  - Tic Tic Tac (Rosabel Tiki-Tiki Dub) 11´41
B1 - Tic Tic Tac (Rosabel House Mix) 8´41
B2 - Tic Tic Tac (Mardi Gras Cha Cha Mix) 7´07

C1 - Tic Tic Tac (Bang Da Drum Mix) 7´00
C2 - Tic Tic Tac (Bang Da Drum Dub) 7´00

D1 - Tic Tic Tac (Play Hard House Mix) 6 ´14
D2 - Tic Tic Tac (Batucada HNRG Mix) 4´30

Nos Estados Unidos foi lançado um outro single promocional editado em Cd com os seguintes remixes:
Capa
Contracapa
CD

1- Tic Tic Tac (6 Nylon Radio Edit) 3´41
2- Tic Tic Tac (Rosabel Radio Edit) 3´49
3- Tic Tic Tac (Calderone Radio Edit) 3:45
4- Tic Tic Tac (Original Radio Edit Spanish) 3´23
5- Tic Tic Tac (Rosabel Tiki Tiki Dub) 11´43
6- Tic Tic Tac (Rosabel House Mix) 8´43
7- Tic Tic Tac (Bang Da Drum Mix) 7´00
8- Tic Tic Tac (Play Hard House) 6´15
9- Tic Tic Tac (Batucada NRG Mix) 4´32

Em 1996/1997 foi editado no Brasil um Cd single com remixes do Dj Cuca apresentando as seguintes versões: 
Capa

1- Tic Tic Tac (Dance Cool Mix) 3´40
2- Tic Tic Tac (Ska Reggae Mix) 3´40
3- Tic Tic Tac (Eurodance Remix) 4´50
4- Tic Tic Tac (Eurodance Edit) 3´30
5- Tic Tic Tac (Underground Remix) 4´30
6- Tic Tic Tac (Underground Edit) 3´30
7- Tic Tic Tac (Club Mix) 4´54
8- Tic Tic Tac (Album Version) 3´35

Na Italia foi editado em 1997 um single vinil 12” apresentando as seguintes faixas:
Capa
Contracapa
A1- Tic, Tic Tac (M2 Remix) 4´48
A2- Tic, Tic Tac (Cuban Remix) 4´40
B1- Tic, Tic Tac (Club Mix) 4´50
B2- Tic, Tic Tac (Single Edit) 3´17

No continente Europeu foi lançado um Cd single com quatro remixes apresentando uma cantora chamada Chilli (???):
Capa
CD

1- Chilli Featuring Carrapicho / Tic Tic Tac (Radio Edit 1) 3´45
2- Carrapicho Featuring Chilli / Tic Tic Tac (Radio Edit 2) 3´45
3- Chilli Featuring Carrapicho / Tic Tic Tac (Club Mix) 6´50
4- Carrapicho Featuring Chilli / Tic Tic Tac (Copacabana Drive Mix) 6´46

O mesmo single também foi distribuído na Europa de forma promocional, mas com a imagem de capa diferente:
Capa
Contracapa
CD

Na Alemanha o Cd single editado 1997 ganhou uma capa azul e as mesmas versões que o single editado na Europa:
Capa
Contracapa
CD

1- Chilli Featuring Carrapicho / Tic Tic Tac (Radio Edit 1) 3´45
2- Carrapicho Featuring Chilli / Tic Tic Tac (Radio Edit 2) 3´45
3- Chilli Featuring Carrapicho / Tic Tic Tac (Club Mix) 6´50
4- Carrapicho Featuring Chilli / Tic Tic Tac (Copacabana Drive Mix) 6´46

O Brasil, os índios, a confusão e o descaso.

A equipe do blog Brasilremixes seria covarde ao falar da canção do grupo Carrapicho, fingindo que está tudo bem e que a vida é normal. Mas não está e nunca esteve normal em se tratando do Brasil.

Podemos afirmar que o povo brasileiro vive uma confusão ideológica/educacional. Essa história de concentrar a maior diversidade étnica e cultural do mundo fez com que o país perdesse o foco. Ao longo dos anos as pessoas observam de forma passiva, os seus representantes musicais serem transformados em artistas de gueto. Cada estado do Brasil inventou o seu folclore musical particular e a população distraída faz de conta que aceita sem ter opção/conhecimento, e principalmente – sem ser consultada! Caminhando pelas ruas no país é fácil perceber que não existe um folclore único. A unidade cultural do povo, além de ser superficial, (o Brasil não conhece o Brasil) começa onde algumas redes de televisão mostram a cultura que lhe convém, de acordo com o entendimento educacional que possuem e de acordo com o dinheiro com que lhe pagam para divulgar as informações. Tudo é mostrado sob o olhar atento da elite cultural dominante e dos patrocinadores que sustentam os donos da mídia.

- Como a população gostaria de se ver representada?
- De que forma a população gostaria de ser representada musicalmente?

Questionamentos sem respostas se tornaram frequentes. A cartilha do comportamento brasileiro sugere que as pessoas que moram na região sul devem curtir a música que as pessoas do sul acham interessante. Quem é da região norte deve prestigiar as melodias produzidas na região norte, apenas porque moram nesse local e assim sucessivamente em todo o território nacional. Cada região (Norte/Nordeste – Centro – Sudoeste/Sul) defende que sua música e seus artistas - comerciais ou não - são mais importantes que os outros. Para piorar, o interesse cultural simplório e confuso das pessoas tem se transformado em narrativa com ares de fundamentalismo musical. Tentar entender a musicalidade brasileira é como entrar numa guerra e se deparar com vários conflitos e interesses em todas as esferas sociais. Para isso, listamos alguns exemplos e situações mal resolvidas, que prejudicam o desenvolvimento cultural do Brasil e alimentam o ego daqueles que se acham mais fortes:

Música de pessoas ricas X música de pessoas pobres
Música de branco X música de preto X música de índio
Música caipira X música urbana
Música de brasileiros nacionalistas X música de brasileiros pluriculturais
Música de diversão X música de protesto
Música para pessoas tradicionais X música de pessoas modernas
Música comercial X música underground
Música de homem X música de mulher X música de gay
Música de jovem X música de velho
Música de pessoas desenvolvidas X música de pessoas atrasadas X musicas de pessoas indiferentes
Música religiosa X música profana (fenômeno mais recente)

A babilônia cultural brasileira que era divertida se transformou num pesadelo, que vai além da competitividade! Para muitas pessoas envolvidas com a cena musical tupiniquim, o assunto pode até ser visto como novidade. Mas, para a equipe do blog, essa situação representa o quanto as pessoas são mentalmente limitadas ao julgamento musical simplório do gostar ou não gostar e nem perceberam o tamanho da confusão ideológica do povo que está a seu redor. 

* Agradecimento especial ao Dj Max que colaborou com a postagem de hoje! 

quinta-feira, 30 de junho de 2016

TRAMA promo nacional 2003 - originais e remixes (compilação promocional)

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Para colecionadores e pra quem gosta de remixes, esta compilação promocional é uma das melhores coletâneas distribuídas pela gravadora TRAMA. Estávamos em 2003, seja por modismo ou por amor próprio - para não ficar distante das novidades musicais que sacudiam os países de primeiro mundo - o Brasil incluía os beats eletrônicos em sua babilônia sonora. Afinal, segundo antropólogos, quando o país foi descoberto/invadido pelos portugueses o planeta já estava na metade do desenvolvimento. Portanto, não há sentido em voltar no tempo, apenas para passar por uma experiência musical daqueles que acreditam que devem recomeçar do zero! Não há tempo de voltar atrás. Segue o barco adiante. Tá confuso? Então se era para permanecer no passado você nem deveria ter nascido nesse período! Lamento!

A compilação TRAMA PROMO NACIONAL 2003 trouxe um total de 21 canções. Entre elas, estão 12 remixes com a estética melódica comercial que agitava o povo nos melhores clubes e festas espalhadas por alguns lugares no Brasil. Entretanto, também não podemos ignorar que naquele momento o Psy Trance, o Trance, o Hard Trance e o Trance progressivo arrastavam multidões para as raves.

A coleção de músicas do Cd promocional da TRAMA apresentou remixes oficiais dos artistas: Claudio Zoli, Fernanda  Porto, Elis Regina e Tom Jobim, Patricia Marx, Jair Oliveira, Technozoide, Silvera, entre outros. Porém, mesmo diante de todo esse momento eletrônico, uma grande parte do Brasil era lento em absorver as novas concepções musicais.  Aliando isso a péssima distribuição logística de informações, mais a vontade limitada em se desenvolver, o resultado fez com que o processo "de modernidade" no país, não fosse tão rápido quanto se possa imaginar.

Muitos falam que viveram grandes emoções na esfera musical eletrônica, é verdade! Entretanto, Não foi bem assim com todas as pessoas. Tinha gente que dormia e sonhava com a estética moderna, mas na prática, acordava e seguia em meio a uma vida social insonsa.

As versões originais apresentadas na compilação são iguais as versões originalmente lançadas nos respectivos álbuns de cada artista. Quanto aos remixes a coletânea apresenta versões que vão desde R´n´B, Black music, Pop, Bossa, Eurodance, Drum´n bass e French house. Todas as canções são ótimas para serem tocadas no rádio. Pra quem gosta de dançar, os melhores remixes são: Patricia Marx – Nova Dimensão (Space Remix), Wilson Simoninha – Mais um lamento (Mad Zoo & Patife session mix radio edit) e Elis Regina e Tom Jobim – Só tinha que ser com você (Mad Zoo Classics sessions). 

Lembramos também que o Cd promocional serve para quem não conseguiu receber os singles promocionais individuais de cada cantor. Ou seja, a seleção seria a chance de algumas rádios obterem na repescagem, as musicas de trabalho da gravadora.
A compilação possui as seguintes faixas:

1- Claudio Zoli – Flor do Futuro (Smooth r´n´b remix ) 4´29
2- Claudio Zoli – Flor do Futuro (Smooth SLS remix ) 3´43
3- Claudio Zoli – Flor do Futuro (Cyber break remix ) 4´06
4- Claudio Zoli – Flor do Futuro (Original radio edit ) 3´47

5- Fernanda Porto – Tudo de bom (original radio edit) 2´27
6- Fernanda Porto – Tudo de bom (Rhytm´n´bossa remix) 3´34

7- Max de Castro – Sonho de verão (Angela´s radio edit) 3´31
8- Max de Castro – Sonho de verão (Original radio edit) 4´38
9- Max de Castro – Os óculos escuros da cartola (Original radio edit) 4´14

10- Wilson Simoninha – Essência (Original Version) 2´21
11- Wilson Simoninha – Mais um lamento (Mad Zoo & Patife session mix radio edit) 4´35

12- Patricia Marx – Nova Dimensão (Space Remix) 4´04
13- Patricia Marx – Nova Dimensão (Original radio edit) 3´44

14- Silvera – Vem ficar comigo (Party remix) 3´51
15- Silvera – Vem ficar comigo (Original radio edit) 3´26

16- Technozoide feat. NANNI – Air love the sun (Mad Zoo Nu House remix radio edit) 3´17
17- DJ Marcelinho – Não entendo (Original radio edit) 3´29
18- Pedro Mariano – De repente (Daniel Carlomagno DJC) 3´25
19- Elis Regina e Tom Jobim – Só tinha que ser com você (Mad Zoo Classics sessions) 3´44

20- Jair Oliveira - Todas as Letras (sou teu nego) (Dj Marcelinho remix) 3´49
21- Jair Oliveira – Falso Amor (Original radio Edit) 3´05

* Até o momento não há informação que a coletânea tenha sido lançada em vinil.

**Alguns remixes que fazem parte da compilação promocional foram lançados comercialmente na coletânea TRANSAMÉRICA REMIX, edição de número 42 da revista da rádio Transamérica.

sábado, 25 de junho de 2016

Garotos da rua - Tô de saco cheio remix (Single promocional - item de colecionador)

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Hoje a equipe do blog se lembrou  de uma época em que o rock se confundia com a música pop. Por isso, apresentamos o single promocional da banda Garotos da rua. Lançado em 1986 pela gravadora RCA/Victor, o disco registra três canções : Tô de saco cheio – original, Tô de saco cheio -  remix e Me leve embora. Também informamos que este single não é representativo pro pessoal que gosta de dance e de música eletrônica, pois a canção está voltada pra galera que curte rock n´roll.
Contracapa

A letra da música de conteúdo adolescente/familiar é interessante e ao mesmo tempo provocativa, mas o remix não apresenta novidades. Apenas mantém as bases originais da canção com destaque nas partes instrumentais. Algo bem típico dos remixes produzidos na década de 80 e que atendiam o seguimento roqueiro brasileiro. Analisando o produto, percebemos que não há créditos para a produção do remix. A situação indica que a remixagem da melodia pode ter sido realizada pelo próprio produtor da gravação, para atender uma demanda de mercado sem que houvesse o comprometimento da gravadora e da banda com a estética dançante, que sacode o povo na pista dos clubes. Vale pelo registro.

O disco apresenta as seguintes canções:

LADO A
1-Tô de saco cheio - remix 5´30

LADO B
1- Me leva embora 3´05
2- Tô se são Cheio original 3´28

Até o momento não há registro que o remix tenha sido editado em CD. 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Cidade Negra - A cor do sol remix (single promocional - Item de colecionador)

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Essa é a típica postagem musical que pouquíssimas pessoas conhecem e somente a natureza saberia explicar como ela foi parar nas mãos da equipe do Brasilremixes. Ligeiramente fora da pista de dança, mas não menos interessante, hoje lembramos o Cd single remix da canção A cor do sol da banda Cidade Negra. Editado pela gravadora SONY, o single que virou artigo raro de colecionador, foi distribuído como item para promover a compilação Hits/Dubs, que reunia diversos sucessos do grupo.
Encarte 01
Encarte 02 

Tanto a compilação quanto o single foram lançados em 1999/2000. A canção apresenta uma estética melódica voltada para o estilo pop/reggae/dub/raggamuffin/dancehall que representa muito bem a sonoridade característica da banda. O remix é levemente dançante e ótimo para ser tocado em programas de rádio. A versão foi produzida por Paul Ralphes, mas infelizmente, a proposta do remix não possui a sedução da pista de dança nos clubes. Porém, não há nada que impeça que novos remixes possam ser produzidos no futuro. Vale pelo registro.
Contracapa 

Cadê o remix?

Apesar da música "A cor do Sol" ilustrar o Cd single que promovia o álbum duplo da banda, em seus 15 anos de carreira; por incrível que possa parecer (???), o remix não foi incluído na compilação oficial. Restando apenas a versão original para consolo dos fãs.

O single possui as seguintes versões:

1 – A cor do Sol – Versão álbum 4´34
2 – A cor do Sol – Paul´s Rock Steady mix 4´25
CD 

* Não há registro que o single tenha sido editado em vinil.

**Na imagem seguinte podemos ver a capa do álbum duplo com vários sucessos do grupo, mas sem a versão remix. 

terça-feira, 7 de junho de 2016

TRASHMIX - Parte 2

Nem todos os remixes brasileiros que foram lançados ou distribuídos ao longo dos últimos 30 anos no país, serão postados pelo blog de forma individual. Entretanto, realizamos um mutirão para reunir imagens, que marcam o registro desses trabalhos. Para evitar especulações, a equipe do blog fez uma lista de razões, justificando a não postagem individual dos remixes:

- Remixagem fraca e de qualidade simplória,
ou
- A proposta musical não convenceu,
ou
- Artistas desconhecidos do grande público,
ou
- Conceito melódico confuso, cafona e brega,
ou
- Falta de comprometimento do artista e da gravadora,
ou
- Canções religiosas na pista de dança não vale,
ou
- Remix excessivamente interiorano/bairrista,
ou
- Boybands ou cantores passageiros/modismos e oportunistas
ou
- Público consumidor apático.

A lista é variada e será dividida em diversas partes. Na postagem de hoje trouxemos mais alguns projetos de remixes ou quase isso:

Tiazinha – Faz a festa (Cd álbum)
Sony music
Ano 1999
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Elba Ramalho – Boca do balão remix (single promocional)
Polygram
Ano 1986
Capa
Contracapa
Boca do balão remixado por DJ Grego

Luiz Caldas – Tieta remix (single promocional)
Polygram
Ano 1989
Capa
Contracapa

Tieta remixada pelo Dj Memê

Sidney Magal remixes (Cd compilação)
Paradoxx music
Ano 1998
Capa
Contracapa

Grupo remix samba – Em busca do prazer (Álbum)
BMG Ariola
Ano 1995
Capa

Aqui o problema foi que alguém se apropriou do termo “remix” para juntar a palavra ao nome do grupo. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra! Fuja! (risos)

Flippinho  – Tilt “A banda eletrônica” (single promocional)
Polygram
Ano 1983
Capa

Nesse caso, alguém utilizou a frase “A banda eletrônica” para ilustrar a capa de um disco de uma banda de rock. Não se engane, aqui não tem nada de dance ou eletrônico. Pode abandonar!  

Angélica – Vou de taxi remix (single promocional)
CBS/SONY
1988
Remixado pelo produtor Mazzola