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domingo, 19 de agosto de 2018

Hollywood rock by.... + remix (vários compilação promocional raridade)

Capa

Os leitores do blog Brasilremixes, em algum momento, poderão; (veja bem), poderão pensar que é muito fácil ouvir os remixes e dizer que eles são bons ou ruins, e que está tudo resolvido. Entretanto, a realidade não é tão simples quanto supomos que seja. A equipe do blog tenta ser mais objetiva possível, até porque são poucos os leitores que possuem paciência para fazer uma leitura interpretativa adequada para cada assunto.

Então, procuramos nos expressar de forma direta e esclarecedora a respeito dos remixes apresentados pelo blog. Hoje, localizamos uma compilação - que por uma lei do universo desconhecido - acabou caindo em nossas mãos como um passe de mágica; mas na realidade, é fruto da perseverança e do faro investigativo de nossa equipe. Para a surpresa de todos, não se trata de uma coletânea convencional com músicas açucaradas, que entopem os charts  radiofônicos de norte a sul do Brasil.

Muito pelo contrário, as canções incluídas na compilação estão mais voltadas ao conceito experimental. Aliás, diríamos bemmmmm experimental, para os padrões musicais brasileiros. Os remixes não são direcionados para os clubs, para os bailes, para as raves, programas de rádio ou festas em geral. As versões poderão agradar ou não aos colecionadores e fãs. Mas, pra quem procura e gosta de remixes dance-dance-dance, pode tirar a cavalaria inteira da chuva, porque infelizmente não há nada de dance nessa compilação.

Apesar da maioria das canções terem sido produzidas pelo respeitado produtor Liminha, o resultado e a seleção musical pode passar a impressão de que foi produzida às pressas, para atender a uma jogada de marketing, direcionada a um público específico. Também pudera, a compilação Hollywood rock by... de uso exclusivamente promocional, foi distribuída em 1995, pela gravadora Sony, durante a realização de um festival chamado Hollywood Rock. O CD registra diversas canções de seis artistas brasileiros que estavam em evidência naquele momento. São Eles: Skank, Cidade Negra, Barão Vervelho, Raimundos, Lulu Santos, Gilberto Gil e Chico Science. 
Contracapa

Olhando com atenção para o mercado internacional (Europa + USA), o conceito dos remixes utilizado nas canções de artistas e bandas similares aos que aparecem na compilação, é normal. Então, não há nada que possa ser considerado estranho, mas sim, diferente do costume 'de remixes dançantes" que o público adora. 

A compilação possui as seguintes canções:

1- Gilberto Gil – Guerra santa (versão original)
2- Barão Vermelho – Beijo exagerado (versão original)
3- Skank – A cerca (Pulso sonic jungle remix)
4- Lulu santos – Outras palavras (versão original)
5- Cidade Negra – Minha Irmã (Remix)
6- Chico Science & Nação Zumi – Manguetown (versão original)
7- Raimundos – O pão da minha prima (Remix)
8- Cidade Negra – Money in my pocket (remix)
9-Skank – A cerca (radical jungle remix)
CD

* Com exceção da música "Guerra santa" do cantor Gilberto Gil, não há informações sobre o lançamento de singles promocionais individuais com remix das outras melodias. Como também, não há registro que a compilação tenha sido editada em vinil.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dj Zé Pedro - Música para Dançar (remixes coletânea)

Capa
Ao digitar as palavras para compor esse texto, já estava praticamente pronta a minha artilharia apontada para a galera musical atrasada do Rio Grande do Sul. Porém, iriam surgir duas situações. De um lado o Brasil que acompanha esse blog não entenderia nada por que não sabe “ao pé da letra” o que se passa lá no final do seu país. E do outro, parte da própria gauchada de conhecimento limitado, não iria compreender a crítica a seu respeito pelo simples fato de ignorar a evolução musical, que de certa forma é vista como  uma afronta a fantasia do tradicionalismo gaúcho - perpetuado por pessoas desinformadas que compraram e vangloriam o ufanismo tradicional, desde o século XVIII como se fosse o exemplo máximo do bem para todos.


- Qual o motivo da briga?

"É que o estado do Rio Grande do Sul não é tão moderno quanto algumas pessoas acreditam. Tirando um punhado de cidades o resto é apenas interior e ponto.
A juventude gaúcha não tem vez! Se você quiser música tem que ser do jeito deles, do jeito da velharia, do jeito do passado, do jeito dos gaudérios para satisfazer uma época em nome de honras e heróis que morreram acreditando numa utopia de meia dúzia de pessoas que não queriam pertencer ao Brasil. O mundo é do futuro, mas eles não entendem e não querem isso! Desejam construir um futuro perpetuando o passado faz de conta. É como se o Brasil ignorasse tudo o que existe atualmente e voltasse a viver no tempo do império com a música clássica e música regionalista apenas, como se fosse algo sagrado!
Raízes?! Pelo amor de Deus pare de falar em raízes! No Brasil que reúne a maior diversidade étnica cultural do mundo, só os índios têm o direito de falar em raiz! O povo brasileiro é, e continua sendo formado por diversas raças e etnias de vários países! Logo, que papo de raiz é esse????? Paaaaaaaaaaaara com isso! Porque o resto é vaidade!"

- Espere um pouco! O que o DJ Zé Pedro tem com essa história?

O DJ Zé Pedro é um gaúcho que conseguiu romper a casca do ovo e se mandou pra São Paulo e Rio de Janeiro, onde a maior parte da cultura Brasileira acontece como um todo e não apenas num gueto! Motivos? Motivos? É fácil, pergunte para a modelo Gisele Bündchen, para a apresentadora Xuxa, aos parentes da cantora Elis Regina, entre outras dezenas de pessoas ligadas ao meio cultural, musical e artístico brasileiro, que seguiram suas vidas bem longe do Rio Grande do Sul. Infelizmente, o Estado gaúcho não dá suporte para sustentar a grandiosidade e o talento de determinadas pessoas. Não há nada pessoal. É apenas a triste realidade!

Mas voltando ao assunto que interessa, aqui está o Cd produzido pelo DJ Zé Pedro chamado “Música Para Dançar”. Lançado pela gravadora Universal em 2002, trata-se de uma coletânea de remixes de diversos artistas da música popular brasileira (MPB).
Não se trata dos melhores remixes e não significa que seja o melhor álbum de remixes de canções cantadas em português! É importante enfatizar essa parte, porque existem pessoas que não gostam e não irão gostar das musicas. Normal! Porém, não posso, em hipótese alguma, desmerecer a proposta desse trabalho pelo fato de conhecer o meio musical brasileiro e afirmar que tanto esse Cd como as outras coletâneas dançantes nacionais, representam alguma coisa no meio do nada!  
Em resumo, ou você se diverte com o que têm ou você fica sem nada! Triste legado na música brasileira com estética eletrônica...

Pra entender o conceito do trabalho é importante que o ouvinte esteja familiarizado com musicas dançantes comerciais e a música eletrônica em geral. Todas as faixas que compõem o Cd foram pesquisadas e escolhidas pelo DJ Zé Pedro, com o apoio de Binho Feffer para produzir os remixes. 
Lembro ao leitor que as versões apresentadas neste álbum não são definitivas e retratam um estilo musical voltado para a Dance music, de acordo com o entendimento do DJ no período em que a coletânea foi produzida. Afinal, o leitor sabe que nada é perpétuo e tudo se transforma diariamente.
Encarte





















1 - Alcione – Não deixe o samba morrer (Marrom mix) 4´41

Análise: Remix bem interessante com a levada de drum n´ bass, o problema é que a melodia original é um clássico do samba e faz parte do universo adulto. Logo, o público jovem, que é o principal consumidor do estilo dançante e de drum n´bass,  poderá achar a canção “madura” demais. 

2 - Clara Nunes – Morena de angola (Chocalho mix) 3´53

Análise: O remix ficou ótimo com influências do house latino (latin house) e toda a ginga nordestina que tempera a melodia para garantir o balanço nas pistas de dança que não sejam preconceituosas. O resgate melódico da canção foi bem importante, mas a nova roupagem irá funcionar com pessoas que já entendem do assunto.
Encarte












3 - Elis Regina – Vou deitar e rolar (Quá quará quá quá remix) 3´53

Análise: Remix com influências da house music, direcionado ao dancefloor mais “classudo” e merecia uma versão adicional mais longa. Uma das melodias mais legais do CD. Ótimo pra quem conhece!

4 - Milton Nascimento – Cravo e canela (Tempero mix) 3´29

Análise: Versão house para uma canção pouco conhecida. Funciona para um público limitado.

5 - Maria Bethânia – Um jeito estúpido de amar (Jogo perigoso) 4´30

Análise: Boa levada house para quem tem atitude. Se muitas musicas brasileiras famosas não funcionam na pista de dança, imagine uma melodia tirada do fundo do baú! Vale pelo registro.
Encarte

6 - Dorival Caymmi – Retirantes ( Lê rê lê rê mix)

Análise: Remix house discreto para manter a cadência original da melodia. Porém nem tudo que foi sucesso no passado significa que funciona no futuro. Boa escolha musical, mas merecia uma nova interpretação. A voz original do cantor Dorival Caymmi não combina na primeira audição. É preciso que o ouvinte se acostume.

7 - Joyce – Feminina (Menina mix)

Análise: Remix bossa-nova-house-turbinado, do jeito que a galera gringa gosta de ouvir quando passeia de ônibus pela orla marítima do Rio de janeiro.


8 - Gilberto Gil – Ela, toda a menina bahiana, refazenda, sitio do pica-pau amarelo (Flora mix)

Análise: Versão remix ao estilo drum n´bass muito fraca, sem fazer diferença alguma.

9 - Gal Costa – Sebastiana (Xaxado Mix)

Análise: Essa música é para pessoas do tempo do Êpa! Nem a versão remix ajuda. A voz da cantora então? Resgata uma Gal Costa que não existe mais.  Pule esta faixa, sinto muito!

10 - Amelinha – Frevo mulher (Cabeleira mix)

Análise: A melodia original dessa canção já possui um gingado marcante. Esse remix, infelizmente, ficou a desejar. Merecia algo mais turbinado! Quem sabe da próxima vez.
Encarte











11 - Caetano Veloso – Eclipse oculto (Eclipse tropical)

Análise: Esse remix recebeu o nome de “Eclipse tropical” e ficou horrível. Tecladinho eletrônico cafona, bateria enrolada tipo carnaval de boteco... Vamos pular de faixa e fingir que nada aconteceu.

12 - Edu Lobo – Ponteio (Violeiro mix)

Análise: A voz original não combinou com a reestruturação da música. A masterização ficou sem brilho. A letra da melodia não funciona na pista.  Nada a declarar. Passa!
Contra capa

















13 - Ney Matogrosso – Não existe pecado ao sul do Equador (Tucupi mix)

Análise: Ouvi diversas vezes essa versão e consultei a opinião de outros djs e até de músicos e programadores. Os arranjos iniciais do remix foram criativos, mas a bateria eletrônica fajuta e a mixagem sofrível prejudicaram o que poderia ser um dos grandes hits do Cd. A escolha da música e a ideia do remix são ótimas, mas o resultado final ficou desastroso. Faltou peso, faltou equalização, faltou definição de instrumentos (tá tudo muito embolado). Pena! O remix tinha tudo para ser uma festa de arromba! Se essa música caísse nas mãos tecnológicas dos gringos, pelo amor de Deus! Seria um mega sucesso! Quem sabe daqui alguns anos...

14 - Marcos Valle – Estrelar (Solar mix)

Análise: Ótima escolha musical, porém o remix ficou fraco. Faltou produção!!!! Que pena!

15 - Adriana Calcanhotto – Senhas, Marítimo, Vambora, Parangolé Pamplona, ....vamos comer Caetano, remix século XX, na pista de dança. (Jogo linguístico)

Análise: Remix mais alternativo do que dançante. Um medley, diria. O resultado é bem interessante, mas longe da pista!
CD

* A compilação de remixes não foi lançada em vinil. Porém, na sequência podemos ver a imagem de um single 12" promocional, que apresenta quatro canções editadas em disco.

LADO A
1- Gilberto Gil – Ela, toda a menina bahiana, refazenda, sitio do pica-pau amarelo (Flora mix)
2- Elis Regina – Vou deitar e rolar (Quá quará quá quá remix) 3´53

LADO B
1- Ney Matogrosso – Não existe pecado ao sul do Equador (Tucupi mix)
2- Dorival Caymmi – Retirantes ( Lê rê lê rê mix)