quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Kiko Franco e Negra Li - Já sei namorar (remixes) - (Single digital)

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Hoje  trazemos  uma  regravação  bem  legal  feita  pelo  produtor  e  Dj  Kiko  Franco  com interpretação da cantora Negra Li. Trata-se da música Já sei namorar, que foi originalmente composta pelo grupo Tribalistas (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown), lá em 2002.

Negra Li  e DJ/produtor Kiko Franco (reprodução)

Os novos remixes da canção foram lançados pela Alphabet records, em  single digital em 2018/2019. No entanto, o possível sucesso que estava praticamente pronto, não alcançou o seu estrelato em todo o Brasil, porque o país está passando por uma instabilidade musical.

Definindo o que chamamos de "instabilidade musical"

Para entender o que chamamos de “instabilidade musical” é preciso:

Pegar a audiência obcecada pelo o número de curtidas, 
+ a inexperiência musical da juventude que substituiu os mais velhos, 
+ a enorme quantidade de opções musicais disponíveis,
+ a substituição da melodia pelo blá-blá-blá vingativo repleto de desafetos sociais entre pobres/ricos, pretos/brancos, héteros/LGBTQIA, Etc...
+ a pandemia que forçou as pessoas a ficarem em casa e se distanciarem de tudo e de todos,
+ a educação musical confusa ou inexistente da sociedade, que se deixou seduzir por sucessos musicais baratos e descartáveis.

Pronto! Listando apenas alguns itens, podemos observar o tamanho da bolha  musical ao qual o Brasil se meteu. E pior, segundo especialistas no assunto, não há solução em curto prazo. Todos devem se adaptar e tentar remontar o caminho da normalidade.

A pista de dança em muitos clubes ficou confusa e foi invadida por diversos estilos musicais alheios a dance music, que se aproveitaram do espaço das danceterias para impor o seu estilo musical. Seja ele temporário ou oportunista.

Diversas emissoras de rádio redefiniram sua programação em pról da audiência fácil e modista. Ao agir de forma desesperada em busca da audiência, acabaram descartando, toda uma história musical construída ao longo dos últimos 50 anos (1970/80/90/00/10/2020).  

Por isso, quando a equipe do blog comentou no segundo parágrafo do texto, que o novo remix da canção Já sei namorar não foi um sucesso em todo o Brasil – quando naturalmente deveria ter sido; significa que os novos remixes se perderam em meio a toda essa instabilidade musical das rádios e dos clubes. 

Lembramos que a Dance Music internacional continua normalmente. Entretanto, a Dance Music Made in Brasil, deverá se reorganizar e reconquistar o seu espaço perdido. Fica a dica, o trabalho continua.... 

O single digital registra as seguintes versões: 

1 - Já sei namorar – David Hopperman remix
2 - Já sei namorar – Eme, Lu Groove remix 
3 - Já sei namorar – Skullwell, Ray Br remix 
4 - Já sei namorar – Skulptor & Lost Memory remix 
5 - Já sei namorar – Wadd, Low disco & Why Not music remix 

* Infelizmente o single com remixes da canção Já sei namorar foi lançado apenas no formato digital. Esse é um outro problema que tem contribuído de forma silenciosa, com a descartabilidade musical. Ou seja, de um lado não existe o registro físico da canção com vinil ou CD. E, do outro, a memória curta das pessoas, acaba diminuindo a importância da obra e antecipando o seu esquecimento e descarte. 

** Para ouvir os remixes, sugerimos acessar o site do Youtube. Lá não precisa se registrar ou pagar para ouvir. 

domingo, 14 de novembro de 2021

Vivi Seixas - Geração Luz (Raul Seixas remixes / compilação)

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O leitor já sabe que parte da história da dance music nacional passa por aqui, e como não poderia ser diferente, com  muita satisfação a equipe do blog recebeu a notícia da coletânea de remixes de algumas canções Raul Seixas. A compilação foi produzida por Vivi Seixas, que é filha do cantor e também trabalha como Dj.

Encarte 1

Dizem que determinadas músicas são tão clássicas por sua importância, que não podem ser mexidas. A equipe do blog discorda desse entendimento, quando parte do princípio de que todo o artista é livre para montar ou desmontar a estrutura melódica de sua obra ao bel prazer, quantas vezes desejar. Ou seja. É óbvio que a versão original permanece intacta. Mas vivemos em um mundo líquido e nada impede que o artista, o fã, o admirador ou qualquer pessoa mexa ou remexa na canção, para criar uma nova releitura ou um novo sentido musical para a obra.

A coletânea de remixes apresentada na postagem de hoje, possui várias camadas de interpretação, e não há consenso de público se o resultado é bom ou ruim, pois irá depender da educação musical e do interesse de cada ouvinte. A equipe do BR entendeu a proposta dos remixes e gostou de todas as releituras feitas para as onze canções de Raul Seixas.

Encarte 2 

A compilação não registra uma remixagem apoteótica ou turbinada para arrasar na pista dos clubes e das raves. Mas isso não significa que as versões não tenham ficado legais. A nova sonoridade musical é inquieta, provocativa e eclética, pois desconstrói sutilmente a zona de conforto do ouvinte doutrinado pelo passado, refletindo uma nova “metamorfose musical” bem ao estilo de Raul.

Nesse trabalho, Vivi Seixas manteve a voz original do cantor ao repaginar as canções com diversas referências musicais que passam pelo Mangue beat, Pop, House e Drum n´ bass. A seleção é ótima pra tocar em programas de rádio e em bares.

O ponto negativo do trabalho se deve a divulgação da coletânea. Segundo análise da equipe do blog, o título não associa – diretamente - o nome da pessoa homenageada “Raul Seixas” com a palavra “remix”, que é o principal objetivo do produto. Por isso que a parte interessada, (Djs, músicos, rádios, fãs e o público CONSUMIDOR)  não localizou ou nem sabe da existência de uma compilação de remixes do cantor.  

Encarte 3

Ou seja, a comunicação funciona da seguinte forma: Em nosso cotidiano, as pessoas possuem uma avalanche de informações musicais, que diariamente são jogadas em todo o sistema comunicativo social, representado por jornais, revistas, emissoras de rádio e TV, sites na internet e dezenas de plataformas nas redes sociais. São tantas as informações que a sociedade NÃO tem mais tempo de ler tudo ou saber sobre tudo e sobre todos 24 horas por dia. As pessoas filtram informações ou utilizam palavras “chaves” de procura para localizar os assuntos de seu interesse.

Quem busca ou está interessado em “remix” vai procurar pela palavra remix e não apenas pelo nome do autor até então desconhecido. O blog do Brasilremixes não se chama “Brasil Remixes” por enfeite. Escolhemos esse nome porque vamos direto ao assunto que envolve remix + música brasileira. Ponto.

Contracapa

Nós temos certeza, que as vendas da compilação produzida por Vivi Seixas não foram tão expressivas quanto poderiam ter sido. A razão não se deve ao fato da coletânea ser ruim, pelo contrário, mas o motivo real foi que o produto não despertou o interesse do público, por não associar Raul Seixas + Vivi Seixas + remix. Muitas pessoas pensaram que Vivi Seixas era apenas uma cantora regravando sucessos de Raul. 

Lembramos que a estética/objetivo musical do rock é um e a estética/objetivo da dance music é outra. Não existe comparação de melhor ou pior. O que fica é a afinidade/doutrinação e a versatilidade que o publico possui para escolher a sensação musical mais agradável para si.

CD

A coletânea de remixes foi lançada em 2013 pela gravadora Warner e contém as seguintes faixas:

1- Introdução (Dj Vivi Seixas Remix)
2- Metamorfose Ambulante (Dj Vivi Seixas Remix) - Versão Espanhol
3- Aluga-Se (Dj Vivi Seixas Remix)
4- O Carimbador Maluco (Dj Vivi Seixas Remix)
5- Rock Das Aranha (Dj Vivi Seixas Remix)
6- Super Herói (Dj Vivi Seixas Remix)
7- Mosca Na Sopa (Dj Vivi Seixas Remix)
8- A Geração Da Luz (Dj Vivi Seixas Remix)
9- Só Pra Variar (Dj Vivi Seixas Remix)
10- Conversa Pra Boi Dormir (Dj Vivi Seixas Remix)
11- Como Vovó Já Dizia (Dj Vivi Seixas Remix) - Versão Censurada

* Ainda é possível comprar o CD em lojas virtuais ou em lojas físicas que vedem discos e produtos musicais. As canções no formato digital também estão disponíveis em sites pela internet.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

DUNE - State of Mind / Progressive Trance Journey (CD – álbum)

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Nessa postagem relembramos o álbum State of Mind / Progressive Trance Journey do  NUDE (Marcelo Gallo & Gonçalo Vinha), que foi lançado pela gravadora Azul Music, em 2004.

NUDE é um projeto 100% brasileiro que explora o conceito melódico do Trance. O estilo musical é versátil e dependendo da velocidade do ritmo,  pode estar voltado para as pistas de dança ou para lugares mais calmos chamados de Lounge ou Chill out.

State of Mind / Progressive Trance Journey é o segundo álbum da dupla e possui todas as atenções voltadas para o club. O Trance faz parte do conceito eletrônico e não possui referências brasileiras, porque não fomos nós que inventamos ou desenvolvemos a sua estrutura melódica. Nós (brasileiros) apenas seguimos os interesses musicais presentes em nossa sociedade com as referências existentes, sejam elas nacionais ou internacionais. O mundo inteiro funciona dessa forma. Para ilustrar, os japoneses gostam muito do estilo musical da Bossa Nova e, mesmo que a galera japonesa não tenha inventado a Bossa, eles seguem o estilo brasileiro e está tudo bem. Puristas não façam escândalo, por favor.

Na música não existe vitória e nem derrota, apenas diversão e entretenimento. Todo mundo copia todo mundo e todo mundo segue as influências e referências musicais mais agradáveis para si, independente do tempo – passado, presente, futuro.

Existem milhares de trabalhos musicais pelo mundo que utilizam as vibrações melódicas do Trance. Alguns estão mais avançados, outros moderados e outros possuem uma característica bem experimental. A parte importante que é desenvolvida pelo projeto DUNE, se destaca pela habilidade melódica da dupla, em formatar canções que utilizam a estética do Trance, num país (civilização) que tem grande parte de sua história musical criada encima do batuque. Inclusive, já falamos em outras postagens que o Brasil possui excesso de batuque e pouca melodia.

Essa sonoridade não é certa e nem errada. Ela apenas registra o nosso jeito de ser, a nossa educação musical, nossas referencias e interesses melódicos que ao longo dos anos foram moldados e que continuam em evidência até encontrarmos o equilíbrio. Em alguns países a história musical é outra e se desenvolveu através da música clássica, da música instrumental e erudita. O estilo melódico do Trance seria a evolução desse jeito de fazer música. Ou seja, nem certo e nem errado, é apenas um jeito de fazer música explorando a melodia ao máximo.

Contracapa

State of Mind / Progressive Trance Journey conta com a participação de Fernando Deluqui (ex-RPM) tocando guitarra na faixa Life Style e do cantor Maurizio Bonito, que também atende pelo pseudônimo de Moritz Schoenermann (Individual Industry / 3 Cold Men /  Volv Uncion), que faz os vocais na faixa Disconnection (1997 Experience).

O resultado final do trabalho é expressivo, a sonoridade do álbum foi bem masterizada em não perde qualidade diante de artistas musicais similares de Trance, na esfera internacional.

O álbum contém as seguintes faixas.

1- Bit  5:05
2- Make Me Feel  6:49
3- High  5:45
4- Main Frame  5:12
5- Tibutt  5:38
6- Club Girl  4:56
7- Rave's Heart 2  4:56
8- Pleasure Zone  7:17
9- Life Style  6:07
10- State Of Mind  7:17
11- Cosmic Comunication 3:52
12- Nude 21st  6:01

Faixa Bônus

13- Disconnection (1997 Experience) 5:01

Ainda é possível comprar o Cd em lojas de discos e produtos musicais. Mas se preferir a versão digital, também está disponível à venda em sites especializados na internet.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Fernanda Abreu - 30 anos de baile (remixes) compilação

Capa 

30 anos de Baile não marca apenas o tempo de carreira da cantora e compositora Fernanda Abreu. Para quem nasceu na década e 70/80, esse período também registra a evolução dos remixes produzidos no Brasil e as opções de Dance Music que passaram e que continuam agitando os clubes pelo país.

Se antigamente a estética musical era limitada, em 30 anos, as opções se transformaram em possibilidades infinitas. Lembramos que aquela conversa de falta de equipamentos, de tecnologia ou de educação musical ficou no passado. Hoje, com muita habilidade técnica, é possível inserir e combinar (se preciso for) todos os estilos musicais dentro de uma única melodia com cinco minutos de duração, por exemplo. Do rock ao Techno e todos os seus subgêneros. Como se a música fosse apenas um corpo que pudesse ser vestido com diferentes tipos de roupa e adereços.

Fernanda Abreu em 2021. Foto: Murilo Alvesso 

Até o momento, 30 Anos de baile foi dividido em dois formatos. Vamos dizer que o primeiro volume (de capa preta), apresenta um total de treze remixes editados para atender a programação musical de rádios. A outra parte (de capa branca) apresenta oito remixes mais longos, direcionados  para os clubes e programas de rádio com musicas dançantes.

Há comentários, e até a própria cantora já falou em entrevista pela internet, que no futuro existe a possibilidade de ser editada mais uma compilação com outros remixes. Mas, seguido no tempo presente, 30 anos de Baile de Fernanda Abreu, conseguiu reunir uma equipe de respeito de Djs e produtores, que estão envolvidos numa estética musical muito bem sintonizada com as referências atuais. 

A compilação formatada para o público e para agitar a programação radiofônica contém os seguintes remixes:

1. Jorge Da Capadócia (Gui Boratto Revisita)

2. Kátia Flávia, A Godiva Do Irajá (Bruno Be Remix)
3. A Noite (DJ Zé Pedro & DJ Meme Nightlife Mix)
4. Bidolibido (Vintage Culture & Shapeless Remix)
5. Rio 40 Graus (Ani Phearce Remix)
6. Veneno Da Lata (Tropkillaz Remix)
7. Você Pra Mim (feat. Projota) [Remix Dennis DJ]
8. Saber Chegar (Corello DJ & Douglas Marques Remix)
9. Deliciosamente (DJ Meme Short Remix)
10. Torcer Pela Pista (Fancy Inc Remix)
11. Tambor (Danny Dee 808ies Remix)
12. Outro Sim (feat. Emicida) [Ruxell Remix] 
13. Space Sound To Dance (Millos Kaiser Mix)

Capa

Para agitar os clubes e as festas em qualquer lugar que o público queira fazer, foi editada uma outra compilação chamada de: 30 anos de baile – Extended versions. É justamente nessa parte que a equipe do blog vai se deliciar na sequência. Acompanhe....

1 – Jorge da Capadócia (Gui Boratto revisita extended) 
Análise: O produtor e Dj Gui Boratto teve a difícil tarefa de remexer em uma das principais canções de sucesso de Fernanda Abreu e conseguiu criar uma atmosfera bem diferente da versão original. Ao ouvir a faixa, a equipe do blog notou a presença de referências melódicas da French House, de Cassius, de Rinoçerôse e de Daft Punk. Prepare as bebidas e ajuste o som, pois a festa só está começando.

2 – Kátia Flávia, a godiva de irajá (Bruno Be extended mix) 
Análise: Uau! Um remix bem bacana pra agitar a pista nos clubs e as festas ao ar livre. Essa versão nos surpreendeu. Bruno Be utilizou uma linha de sintetizador que pode lembrar a vibração do remix produzido pelo Groove Armada na canção Music da Madonna. O baixo sintetizado até poderia ter ficado mais grooooove e mais acentuado. De forma geral, o remix ficou muito bom e pode até ser tocado pela cantora num show ao vivo! Merece destaque. 

3 – A noite (Dj Zé Pedro & Dj Meme nightlife club mix) 
Análise: Os djs Zé Pedro e Memê optaram por fazer uma releitura dançante moderada para a canção que é um clássico da música pop nacional anos 90. O remix possui referências do House e vai ao encontro da estética dançante ao qual a Dance Music está passando. O destaque do remix é o break no meio da canção que poderá lembrar, veja bem – não é igual!, poderaaaaaaaaaaá lembrar sutilmente, os gemidos da música French kiss do Lil Louis, de 1989. Para dar mais gás na pista, sugerimos que os djs aumentem o pitch* da canção. Festa garantida. 
(*) Pra quem não sabe, o “pitch” serve para acelerar ou desacelerar a música e também para encaixar os bpm´s das mixagens feitas pelos djs, durante a festa. 

4 – Saber chegar (Corello Dj & Douglas Marques extended mix) 
Análise: O que temos aqui? Um remix diferente que foge do agito das pistas. Produzido por Dj Corello e Douglas Marques, ambos captaram muito bem a vibe de lugares e espaços voltados para o Lounge e Chill out. Bela versão para ser apreciada no final de tarde e naqueles momentos bem açucarados de namoro a dois. 

5 – Deliciosamente (Dj Meme club mix) 
Análise: Esse remix produzido pelo Dj Memê faz jus ao nome da canção. Uma faixa convidativa e deliciosamente produzida para ser dançada. Tudo está perfeito nessa versão. Desde os riffs de guitarra, a bateria, a harmonia, o timbre de teclado, a proposta melódica, a masterização....Se joga! 

6 – Torcer pela pista (Fancy Inc extended mix) 
Análise: Put* mer**! Peço aos leitores que desculpem o palavrão, mas letra da música já é 100% club, e esse remix com referências do Tribal House ficou da hora!!! Que versão legal pra dançar com a galera! Que saudades da pista, dos clubes, das luzes estroboscópicas, do raio laser, da fumaça....... Aumenta o som ai DJ!!!!!!!!!!!!!!!!! 

7 – Tambor (Danny Dee 808ies long mix) 
Análise: Esse remix produzido pelo Danny Dee é voltado para galera do Funk. Então quem gosta do estilo vai se divertir muito. É importante ter um remix diferente do establishment no meio da compilação, para que o dance não caia ou fique preso ao padrãozinho básico de se fazer dance. O Rock n´ roll ficou preso ao "padrãozinho" e deu no que deu, saturou, cansou. Então, sob o ponto de vista atual da equipe do Brasilremixes, esse tipo de remix fora de contexto, é importante para não cair na mesmice. 

8 – Space sound to dance (Millos Kaiser extended mix) 
Análise: A equipe do blog já declarou em outras oportunidades que é fã dessa melodia. Essa versão sendo apresentada agora (30 anos após o lançamento original) nos faz pensar que era exatamente esse remix que deveria ter sido feito lá em 1990. Mas valeu a pena esperar porque essa canção é atemporal e praticamente pronta para qualquer tipo de remix. Os riffs de piano ao estilo Italo House nos fazem lembrar da canção It´s alright dos Pet Shop Boys. A voz perdida da cantora em segundo plano – levemente sussurrada – ficou top. Belo remix produzido por Millos kaiser. Recomendamos! 

*  Por enquanto, não há registro que a compilação tenha sido lançada em vinil ou CD.

**  Os remixes foram feitos. Resta saber se as emissoras de rádio e os Djs irão tocar os remixes nas festas.

*** As duas compilações estão à venda nas plataformas digitais. Lançamento da gravadora Universal Music. Aproveite!

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Paralamas do Sucesso - O amor não sabe esperar remix (Single promocional raro)

Capa

A postagem de hoje se destina apenas em cumprir formalidades. 

Destacamos o single promocional com remixes para a canção “O amor não sabe esperar” da banda Paralamas do sucesso, com participação especial da cantora Marisa Monte.

Como podemos ver,  a foto da capa do single é,  até o momento,  a única imagem disponível desse trabalho.  Não  há detalhes da contracapa  ou  do CD.  Existe outro single promocional para a canção original, mas não se trata de remix. 

A música foi originalmente apresentada pela banda em 1998, através do álbum Hey Na Na, que foi lançado pela gravadora EMI.  

O CD apresenta um total de cinco versões (Extended, Radio Edit 1, Radio Edit 2, Radio Edit 3, Radio Edit 4). Os remixes receberam influências do Dance hall com pitadas de Raggamuffim e são ótimos para serem tocados em bares ou em programas de rádio. Porém, não funcionam na pista de dança e servem como registro, apenas. Não há informações sobre a autoria dos remixes que, para algumas pessoas, poderá lembrar o trabalho do pessoal do Hitmakers.

A música “O amor não sabe esperar” também fez parte da trilha musical da novela Meu bem querer, que foi produzida pela emissora de TV Globo, entre 1998/99.

O fato da banda ser ou ter sido sucesso nacional, não garante que todas as canções lançadas pelo grupo sejam sucesso, mesmo com a utilização do remix para promover a faixa.

Até o momento não há outras informações adicionais para essa postagem. Como também, não há qualquer registro de que os remixes tenham sido lançados em vinil ou que estejam disponíveis nas plataformas digitais. 


OBS: Informamos que se houver informação adicional, essa postagem será atualizada.

terça-feira, 20 de julho de 2021

Rita Lee - Classic Remix Vol. I - II - III

Volume I

Lista de canções:

01 - Mutante (Gui Boratto Rework)

02 - Mania De Você (Dubdogz Watzgood Remix Radio Edit)

03 - Cor De Rosa Choque (Mary Olivetti Remix)

04 - Caso Sério (DJ Marky Latin Love Song Remix)

05 - Lança Perfume (The Reflex Revision)

06 - Vírus Do Amor (Krystal Klear Remix)

07 - Doce Vampiro (Inner Soto Rework)

08 - Mania De Você (Harry Romero Remix)

09 - Saúde (Tropkillaz Remix)

10 - Caso Sério (DJ Marky Drum And Bass Remix)

11 - Atlântida (Renato Cohen Remix)

12 - Nem Luxo Nem Lixo (Chemical Surf Remix)

A equipe do blog parabeniza a organização e produção desse ótimo trabalho da cantora Rita lee, mesmo diante das divergências de opinião que o resultado possa causar no público, fãs e amantes de Dance Music. É importante compreender que os produtores escolheram – nesse momento – o caminho certo. Isso significa que não adiantaria fazer remixes “apoteóticos”, pois o público atual não iria se empolgar tanto quanto foram os remixes no passado.

Não vamos negar que a nossa expectativa “supervalorizava” os remixes desse projeto audacioso com três coletâneas musicais do mesmo artista, sendo lançadas simultaneamente!!!!. A justificativa ocorre por dois motivos. De um lado, sabíamos que as canções originais por si só já eram boas. Do outro, também conhecíamos a capacidade dos djs e produtores responsáveis pela releitura dos sucessos. Entretanto, durante a audição dos remixes, percebemos que havia uma peça no quebra-cabeça melódico que não estava se encaixando. Ou seja, é necessário que o ouvinte e os fãs tomem um  “banho de realidade musical atual”, ao acompanhar o que se passa ao nosso redor no tempo presente. Também é importante  sair da “bolha musical confortável do passado”, que foi projetada pela estética de remixes dançantes nos últimos 30 anos.....

ANÁLISE DO TEMPO

A partir do ano de 2000 houve grandes mudanças que mexeram no conceito musical de fazer, de ouvir, de perceber, de seguir, de dançar, de curtir e de divulgar música. Vamos listar de forma rápida, alguns momentos que fazem diferença:

- A migração do sistema de rádio de AM para FM:

Foi apenas uma mudança de tecnologia, masssssssssss, se antes a FM ostentava uma programação musical vendida como diferenciada, urbana, “mais evoluída” e  sofisticada; com essa mudança no sistema, a proposta musical usada pelas rádios AM bagunçaram tudo. Hoje é possível ouvir lado a lado, na mesma frequência do rádio, músicas de 15º categoria com músicas top de qualquer gênero musical.

- Houve uma ruptura no conceito de diversão dançante:
A dance music saiu da pista de dança e ampliou seu caminho dividindo-se em rave, em club, em bar e em lounge.

- Alguns aplicativos de celular, por falta de negociação com as gravadoras, limitaram o acesso popular do catálogo musical das décadas de 60-70-80 e 90. 

Quem deseja fazer um vídeo PROFISSIONAL no celular e colocar uma música do passado, vai ter acesso limitado ou vai ter que se contentar com a lista musical atual DE MERDA!!!!!! gratuita, “pré-escolhida e formatada”, pelo interesse DE MERDA!!! dos criadores do aplicativo DE MERDA!!!.

- Radialistas se aposentaram ou foram substituídos pela nova geração CONFUSA.

Isso significa que grande parte da juventude atual, está agindo de forma “preguiçosa”, confusa, escrava e dependente do “número de curtidas” de páginas de youtubers, instagramers e de pessoas que não viveram a “vibe” (empolgação), das festas e das pistas de dança nos anos 80 e 90. Logo, as referências musicais ou são inexistentes, ou ficaram no passado, ou são relembradas de forma superficial e desorganizada. Em alguns casos, o passado foi solenemente ignorado, para dar espaço a estética e a representatividade musical CONFUSA da nova geração, apenas por ser novo – independente se é bom ou ruim....

- O público atual passa/está passando pelo grave problema causado pela pandemia do Corona vírus.

Com muitas limitações, o público ficou disperso e se distanciou de qualquer tipo de festa, de clube e de rave. Ao permanecer protegido em casa, as pessoas ficaram expostas a uma lista musical limitada ou  determinada pelas emissoras de rádio e pelos interesses particulares e limitados dos influenciadores digitais.  Dessa forma, o público foi silenciosamente se afastando e perdendo o jeito de dançar, de curtir, de ouvir, de ver os outros dançarem, de estar em grupo e de brincar de fazer estilo, etc....

Ahhh mas tem os vídeos no tik tok e similares!!! Certo! Os vídeos nas redes sociais são localizados e estereotipados. Os vídeos representam o jeito de dançar de pessoas, de grupos, de guetos, de músicas coreografadas, de interpretações pessoais. O público atual perdeu um pouco daquele sentido de dançar em multidão, com aglomerações que havia antes da pandemia.  Quem viveu intensamente o “sentido club/rave de fazer festa na década de 90”, envelheceu e saiu da pista, deixando a juventude com poucas referências! Portanto, os jovens  não chegaram a observar o sentido de diversão do público mais velho. Parte da nova geração está procurando um novo sentido para as coisas e estão um pouco distantes e perdidos daquele conceito dance club que era tradicional. Toda essa situação + o fato do conceito melódico do lounge ter se misturado com a dance music nos últimos 20 anos, temos como resultado diversos remixes atuais que puxaram o freio na velocidade. É provável que daqui um, dois ou três anos a estética mude. Até porque os conceitos estéticos musicais mundiais estão em constante metamorfose. Mas na linha musical atual de clubes, rádios, bares, restaurantes e festas particulares, segue o conceito dançante igual à proposta apresentada pelos remixes atuais da cantora Rita Lee.

Volume II

Lista de canções: 

1. Nem Luxo Nem Lixo (The Reflex Revision)

2. Lança Perfume (Vintage Culture & Bruno Be Remix / Radio Edit)

3. Pega Rapaz (Eric Kupper Remix)

4. Caso Sério (Phonique Vocal Remix)

5. Baila Comigo (Leha & Eze Remix)

6. Corre-Corre (Vivi Seixas Remix)

7. Mania De Você (Rodrigo Ferrari Remix)

8. Atlântida (DJ Meme Remix)

9. Saúde (Beto Cury & Pedro Turra aka Clickbox Remix)

10. Jardins Da Babilônia (João Lee Remix)

11. Agora É Moda (The Reflex Revision)

12. Caso Sério (Phonique Stripped Out Remix)

13. On The Rocks (feat. Apollo 9) [Apollo 9 & Beto Lee Remix]

OS REMIXES

Com a pandemia sendo controlada, aos poucos os clubes começam a reabrir e receber o público que até então estava fechado no seu umbigo de proteção.  A proposta dos remixes das três compilações são bem legais e seguem a estética melódica atual. É claro que o povo LGTQIA+ e o povo das raves continuam dançando, curtindo remixes apoteóticos em várias partes do mundo. Mas para os clubs, festas particulares, bares, restaurantes e o público em geral, os remixes atuais então moderados e mais suaves. Por isso que, ao ouvir os remixes da cantora Rita Lee nos três cds, não há todo aquele frenesi dançante ou apoteótico, ao qual, estávamos acostumados, no passado recente.

A linguagem musical é bastante líquida. É provável que amanhã, daqui um ano, ou mais, a proposta de remixes seja completamente diferente e a vida segue o seu percurso.....

Melodicamente falando, para entender o que poderia ser considerado apoteótico, underground ou club, vamos utilizar como exemplo uma canção que todos conhecem. Ela se chama Dancing days do grupo Frenéticas, que ao longo dos anos passou por várias releituras.

Exemplo de remix apoteótico: Dancing days gravado pelo Ponte aérea.

Exemplo de remix underground: Dancingdays gravado pelo grupo Que fim levou Robim?

Exemplo de remix pra rádio /club: Dancing days gravado pelo músico Lulu Santos.

As três interpretações da canção são ótimas, mas cada uma possui uma vibração completamente diferente da outra. É isso que a equipe do blog tenta explicar nessa resenha. Por enquanto, remixes “apoteóticos” estão sendo feitos só pra tocar nas Raves ou nas festas para o público LGBTQIA+. Nos outros ambientes, neste momento, o dance continua de forma mais comportada com menos delírio.

Volume III

Lista de canções: 

1. Só de você ( Coppola remix)

2. Pega rapaz (Gui Boratto & Junior C remix)

3. Banho de espuma (Fatnotronic & Emmo remix)

4. Nem luxo nem lixo (Reboot remix)

5. Tabitati (Renato Ratier feat. Tqt remix)

6. Shangrilá (Elekfantz remix)

7. Lança perfume ( Alex Boman remix)

8. Saúde (Dee:vision remix)

9. Agora é moda (Cobblestone jazz remix)

10. Mania de você (Gutti feat. Sarks remix)

11. Chega mais (Diogo Accioly e Nuven remix)

12. Doce vampiro (Kolombo rework)

13. Caso sério (L_cio & Tessuto remix)

14. Lança perfume (Filhos do Rock remix)

15. Corre-corre (Ney Faustini remix)

16. Atlântida (Alex Justino remix)

17. Vítima (Morganna remix)

Vale lembrar que lá no inicio da década de 90, diversas canções pop ou românticas foram transformadas em musicas dançantes. Exemplos: -  Please don´t go - Double You (versão original do KC & The Sunshine band), Nothing Compares 2 U do Chyp-Notic (versão original da Sinead O'Connor ) Ride Like the Wind do Another Class (versão original do Christopher Cross),  Baker Street do Undercover (versão original de Gerry Rafferty), Aways on my mind do Pet Shop Boys (versão original do Elvis Presley), Alive & Kicking do East side Beat (versão original do Simple Minds), Smells Like Teen Spirit da Abigail (versão original da banda Nirvana), ... entre outros.

Agora em 2020/2021 (30 anos depois), o dance parece repetir o caminho ao contrário. Isto é, não em direção a música romântica, mas misturado com o conceito melódico e contemplativo das canções feitas para o ambiente de lounge. Porém, é fundamental perceber que amanhã a vibe dançante poderá ser completamente diferente. E o recurso do remix possibilita novas interpretações para acompanhar a metamorfose do tempo.

As três compilações estão a venda nas plataformas digitais. Divirta-se!

sábado, 19 de junho de 2021

Metrô – Olhar (álbum + remix (edição comemorativa – Item de colecionador)

 Capa/edição comemorativa

A equipe do Brasilremixes gosta de fazer resenhas de singles, porém em alguns casos especiais, também falamos sobre coletâneas,  álbuns ou edições comemorativas como na postagem de hoje com a banda Metrô

Banda Metrô em 1985

Se existem duas canções que se encaixariam na expressão “longínqua disco music sussurrada”, com certeza as melodias de Beat Acelerado e Tudo pode mudar estariam nessa lista. Era uma vez o Brasil da década de 80. Um pouco inocente e distante do mundo, mas nem tanto. Muita informação, muitas novidades, muito sol, muita música, as praias quase lotadas e as emissoras de rádio tocando as melhores canções nacionais e internacionais da melhor qualidade. Quer dizer..... quase tudo, enfim.

Em termos de festa, o Brasil conhecia o carnaval e alguns movimentos populares, comunitários e regionalistas. Mas, aos poucos, o cenário festivo tupiniquim aumentava as possibilidades e abraçava novas propostas musicais.

Brasil interior

Nesse movimento, meio pop, meio rock, meio new wave, a inquieta cena musical e cultural brasileira se adaptava, se equilibrava e sobrevivia da forma que era possível. Em termos de grande alcance, quem levava vantagem eram as emissoras TV. Localizadas em sua maioria, no estado de São Paulo ou no Rio de Janeiro, as emissoras de TV – dadas às proporções – seguiam interesses $$$$ e ditavam as regras musicais e o sucesso no Brasil. Coisas do tipo: - Se aparecia na TV era bom.

A visão comercial se tornava interessante para os negócios, mas alienava a população inteira e doutrinava a sociedade com a falsa ideia de que - se fosse sucesso no Rio de Janeiro ou em São Paulo, com certeza era sucesso ou seria sucesso em todo o Brasil. Porém, na verdade, estudiosos afirmam que não era bem assim que funcionava a história. Ou seja, parte do Brasil (apático / preguiçoso / doutrinado e subserviente) a programação televisiva, ficava esperando qual seria a próxima moda ditada por São Paulo ou Rio de Janeiro. Por esse motivo, pouco criava ou pouco se desenvolvia musicalmente, de forma democrática em TODO o país. Diante desse cenário, a outra parte do Brasil se sentia reduzida, silenciada e minimizada pelo fato de não estar em São Paulo ou Rio de Janeiro que era vendido no Brasil como o “centro do sucesso nacional”, para ser ouvido - aplaudido e respeitado.

Brasil exterior

O pensamento voltado para São Paulo e Rio de Janeiro era/é tão forte que, até hoje, grande parte da mídia e dos turistas estrangeiros acredita que o Brasil  é igual a São Paulo ou Rio de Janeiro.  Que TODOS os brasileiros jogam bola, que TODOS os brasileiros brincam no carnaval, que TODOS os brasileiros moram em cidades litorâneas, que TODOS os brasileiros conhecem a Amazônia, que todos os brasileiros dançam Funk, etc e tal. Sociólogos argumentam que essa situação ocorre por pura preguiça de compreender a realidade dos fatos. E, na década de 80 a situação não era diferente. Os artistas internacionais que se apresentavam no Rio de janeiro e São Paulo, diziam que se apresentaram no Brasil. Mal sabiam ou tinham a real percepção de que na verdade, o show não foi para o Brasil. O show foi para o ESTADO do Rio de Janeiro, ou para ESTADO de São Paulo, apenas.                      

BEAT ACELERADO

Se de um lado existia uma pujante cena musical, do outro, estávamos diante de um mercado afetado pela falta de informação e percepção da realidade. Então, em 1984, a gravadora Epic (atual Sony) lançou um disco compacto 7” e ao mesmo tempo distribuiu para emissoras de rádio um single promocional 12”, de uma canção chamada Beat Acelerado – da promissora e até então desconhecida banda Metrô. Com o sucesso comercial da música, no ano seguinte (1985), foi lançado em todo o Brasil, o álbum Olhar, contendo outras canções que também se tornariam sucessos como Johnny love, Tudo pode mudar, Sândalo de Dândi  e a (ótima!!!) versão bossa nova para a canção Beat Acelerado versão II....., que já era conhecida do público.

Metrô em 1985

Origens... 

A banda se reuniu em 1978 com o nome de “A gota suspensa”, mas somente em 1984 se transformou em Metrô com a participação de Virginie Boutaud nos vocais, Dany Roland na bateria e percussão,  Alec Haiat na guitarra, Yann Laouenan no teclado e Xavier Leblanc no baixo. De acordo com integrantes do grupo, o nome “Metrô” vem da palavra “metropolitanos”.

Traçando uma linha do tempo entre as décadas de 80 e 2000, podemos identificar a existência de um pensamento social de mundo “globalizado”. Óbvio, muitos diriam! Mas essa percepção não é, e, não era tão óbvia em toda a sociedade brasileira regrada, ora pelo sentimento bairrista e outrora pela simplicidade de nascer/crescer/se reproduzir e morrer, apenas.

Um detalhe interessante entre o vinil compacto e o single vinil promocional da canção Beat acelerado, é que o compacto possui o tamanho de 7” e na capa está escrito o nome da canção no roda pé. Já, o single possui o tamanho de 12” e não aparece o nome da canção escrita na capa, como você pode ver nas imagens seguintes.

Imagem do compacto 7” vendido no mercado com as canções: Beat acelerado e Sândalo de Dandi

Capa compacto
Contracapa

Imagem do single promocional 12” distribuído para emissoras rádio com a canção Beat acelerado. 

Capa promocional single

Contracapa 

TiTiTi

Imagem do single promocional 12' c/ adesivo

Naquela ocasião, a banda Metrô também foi responsável por outra grande música de sucesso chamada TITITI. Originalmente composta pela cantora Rita Lee, a canção só foi incluída oficialmente no álbum Olhar, numa outra edição do disco lançada em 1986, e, em CD, em 1995. Quem quisesse ouvir a música no tempo real em 1985, tinha duas opções. Uma delas era adquirir a trilha sonora da novela TITITI da rede globo, ao qual a música foi tema de abertura. E, a outra opção, era adquirir a coletânea Dance-Mix Vol. 1, que trazia a música TITITI em versão remix, a qual já foi postada pelo blog. Para rever clique aqui.

Na imagem seguinte podemos ver a capa e a contracapa do compacto 7" da música TITITI acompanhada da canção Tudo pode mudar.

Capa

Contracapa

Aqui podemos visualizar a capa do disco da trilha sonora nacional novela Tititi.


Outro detalhe engraçado nessa história, engraçado, para não dizer estranho - no conturbado mercado musical brasileiro - se refere ao fato de que um dos principais sucessos da banda, que era a canção Beat acelerado, não foi incluída no álbum original (???). Ficando "solta" em coletâneas musicais diversas que foram lançadas pela gravadora na época. Ok, certo, a música aparece no álbum numa ótima versão diferente com pífios 1:12 segundos (!!!????). Legal por um lado, mas desrespeitava os fãs que também buscavam a versão original, já lançada em compacto simples em 1984.

Não há muito o que acrescentar no trabalho feito pela banda - além de tudo o que já foi divulgado em dezenas de sites pela internet. É possível compreender que o conceito musical da banda Metrô tinha uma proposta melódica inocente e despretensiosa, se comparada com outros grupos musicais brasileiros, que transitavam pelo pop rock naquela época. Essa característica é positiva, pois garante autenticidade e originalidade ao trabalho musical do grupo, que não caiu no padrão pop rock "rebelde holofote" de outras bandas. 

A equipe do blog lamenta, a perda de oportunidade naquela ocasião, pois infelizmente não foram (e deveriam ter sido!!!!) produzidos remixes ao estilo anos 80, para as canções Beat Acelerado e Tudo pode Mudar. Entretanto, para a alegria dos fãs e de colecionadores, em 2016, o álbum Olhar foi relançado com faixas bônus e ganhou um CD adicional, que inclui uma versão remix atualizada que foi produzida pelo Dj Zé Pedro para música Beat acelerado, algumas versões demos + versões ao vivo de alguns sucessos da banda. 

 

Capa

Contracapa

Encarte  1 

Encarte  2

Encarte 3

Encarte 4

Encarte 5

Encarte 6

Encarte 7

Encarte 8

Encarte 9

Encarte 10

CD 1

CD 2

Na imagem seguinte podemos ver a capa do álbum Olhar lançado em Cd em 1995.


A edição em vinil lançada em 1985 possui encarte. A equipe do blog conseguiu imagem da contracapa autografada pela banda. 

Capa

Contracapa autografada


Encarte promocional - frente/verso

* O álbum foi produzido por Luis Carlos Maluly e Alexandre Agra.

** Também é importante registrar que a música "Johnny Love" entrou na trilha sonora do filme nacional chamado Rock Estrela.

*** Quem deseja mais informações sobre a banda, basta acessar https://www.metrobr.com/

**** Agradecimento especial ao Dj Everton por ter fornecido algumas imagens que ilustraram a postagem de hoje.