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sábado, 19 de junho de 2021

Metrô – Olhar (álbum + remix (edição comemorativa – Item de colecionador)

 Capa/edição comemorativa

A equipe do Brasilremixes gosta de fazer resenhas de singles, porém em alguns casos especiais, também falamos sobre coletâneas,  álbuns ou edições comemorativas como na postagem de hoje com a banda Metrô

Banda Metrô em 1985

Se existem duas canções que se encaixariam na expressão “longínqua disco music sussurrada”, com certeza as melodias de Beat Acelerado e Tudo pode mudar estariam nessa lista. Era uma vez o Brasil da década de 80. Um pouco inocente e distante do mundo, mas nem tanto. Muita informação, muitas novidades, muito sol, muita música, as praias quase lotadas e as emissoras de rádio tocando as melhores canções nacionais e internacionais da melhor qualidade. Quer dizer..... quase tudo, enfim.

Em termos de festa, o Brasil conhecia o carnaval e alguns movimentos populares, comunitários e regionalistas. Mas, aos poucos, o cenário festivo tupiniquim aumentava as possibilidades e abraçava novas propostas musicais.

Brasil interior

Nesse movimento, meio pop, meio rock, meio new wave, a inquieta cena musical e cultural brasileira se adaptava, se equilibrava e sobrevivia da forma que era possível. Em termos de grande alcance, quem levava vantagem eram as emissoras TV. Localizadas em sua maioria, no estado de São Paulo ou no Rio de Janeiro, as emissoras de TV – dadas às proporções – seguiam interesses $$$$ e ditavam as regras musicais e o sucesso no Brasil. Coisas do tipo: - Se aparecia na TV era bom.

A visão comercial se tornava interessante para os negócios, mas alienava a população inteira e doutrinava a sociedade com a falsa ideia de que - se fosse sucesso no Rio de Janeiro ou em São Paulo, com certeza era sucesso ou seria sucesso em todo o Brasil. Porém, na verdade, estudiosos afirmam que não era bem assim que funcionava a história. Ou seja, parte do Brasil (apático / preguiçoso / doutrinado e subserviente) a programação televisiva, ficava esperando qual seria a próxima moda ditada por São Paulo ou Rio de Janeiro. Por esse motivo, pouco criava ou pouco se desenvolvia musicalmente, de forma democrática em TODO o país. Diante desse cenário, a outra parte do Brasil se sentia reduzida, silenciada e minimizada pelo fato de não estar em São Paulo ou Rio de Janeiro que era vendido no Brasil como o “centro do sucesso nacional”, para ser ouvido - aplaudido e respeitado.

Brasil exterior

O pensamento voltado para São Paulo e Rio de Janeiro era/é tão forte que, até hoje, grande parte da mídia e dos turistas estrangeiros acredita que o Brasil  é igual a São Paulo ou Rio de Janeiro.  Que TODOS os brasileiros jogam bola, que TODOS os brasileiros brincam no carnaval, que TODOS os brasileiros moram em cidades litorâneas, que TODOS os brasileiros conhecem a Amazônia, que todos os brasileiros dançam Funk, etc e tal. Sociólogos argumentam que essa situação ocorre por pura preguiça de compreender a realidade dos fatos. E, na década de 80 a situação não era diferente. Os artistas internacionais que se apresentavam no Rio de janeiro e São Paulo, diziam que se apresentaram no Brasil. Mal sabiam ou tinham a real percepção de que na verdade, o show não foi para o Brasil. O show foi para o ESTADO do Rio de Janeiro, ou para ESTADO de São Paulo, apenas.                      

BEAT ACELERADO

Se de um lado existia uma pujante cena musical, do outro, estávamos diante de um mercado afetado pela falta de informação e percepção da realidade. Então, em 1984, a gravadora Epic (atual Sony) lançou um disco compacto 7” e ao mesmo tempo distribuiu para emissoras de rádio um single promocional 12”, de uma canção chamada Beat Acelerado – da promissora e até então desconhecida banda Metrô. Com o sucesso comercial da música, no ano seguinte (1985), foi lançado em todo o Brasil, o álbum Olhar, contendo outras canções que também se tornariam sucessos como Johnny love, Tudo pode mudar, Sândalo de Dândi  e a (ótima!!!) versão bossa nova para a canção Beat Acelerado versão II....., que já era conhecida do público.

Metrô em 1985

Origens... 

A banda se reuniu em 1978 com o nome de “A gota suspensa”, mas somente em 1984 se transformou em Metrô com a participação de Virginie Boutaud nos vocais, Dany Roland na bateria e percussão,  Alec Haiat na guitarra, Yann Laouenan no teclado e Xavier Leblanc no baixo. De acordo com integrantes do grupo, o nome “Metrô” vem da palavra “metropolitanos”.

Traçando uma linha do tempo entre as décadas de 80 e 2000, podemos identificar a existência de um pensamento social de mundo “globalizado”. Óbvio, muitos diriam! Mas essa percepção não é, e, não era tão óbvia em toda a sociedade brasileira regrada, ora pelo sentimento bairrista e outrora pela simplicidade de nascer/crescer/se reproduzir e morrer, apenas.

Um detalhe interessante entre o vinil compacto e o single vinil promocional da canção Beat acelerado, é que o compacto possui o tamanho de 7” e na capa está escrito o nome da canção no roda pé. Já, o single possui o tamanho de 12” e não aparece o nome da canção escrita na capa, como você pode ver nas imagens seguintes.

Imagem do compacto 7” vendido no mercado com as canções: Beat acelerado e Sândalo de Dandi

Capa compacto
Contracapa

Imagem do single promocional 12” distribuído para emissoras rádio com a canção Beat acelerado. 

Capa promocional single

Contracapa 

TiTiTi

Imagem do single promocional 12' c/ adesivo

Naquela ocasião, a banda Metrô também foi responsável por outra grande música de sucesso chamada TITITI. Originalmente composta pela cantora Rita Lee, a canção só foi incluída oficialmente no álbum Olhar, numa outra edição do disco lançada em 1986, e, em CD, em 1995. Quem quisesse ouvir a música no tempo real em 1985, tinha duas opções. Uma delas era adquirir a trilha sonora da novela TITITI da rede globo, ao qual a música foi tema de abertura. E, a outra opção, era adquirir a coletânea Dance-Mix Vol. 1, que trazia a música TITITI em versão remix, a qual já foi postada pelo blog. Para rever clique aqui.

Na imagem seguinte podemos ver a capa e a contracapa do compacto 7" da música TITITI acompanhada da canção Tudo pode mudar.

Capa

Contracapa

Aqui podemos visualizar a capa do disco da trilha sonora nacional novela Tititi.


Outro detalhe engraçado nessa história, engraçado, para não dizer estranho - no conturbado mercado musical brasileiro - se refere ao fato de que um dos principais sucessos da banda, que era a canção Beat acelerado, não foi incluída no álbum original (???). Ficando "solta" em coletâneas musicais diversas que foram lançadas pela gravadora na época. Ok, certo, a música aparece no álbum numa ótima versão diferente com pífios 1:12 segundos (!!!????). Legal por um lado, mas desrespeitava os fãs que também buscavam a versão original, já lançada em compacto simples em 1984.

Não há muito o que acrescentar no trabalho feito pela banda - além de tudo o que já foi divulgado em dezenas de sites pela internet. É possível compreender que o conceito musical da banda Metrô tinha uma proposta melódica inocente e despretensiosa, se comparada com outros grupos musicais brasileiros, que transitavam pelo pop rock naquela época. Essa característica é positiva, pois garante autenticidade e originalidade ao trabalho musical do grupo, que não caiu no padrão pop rock "rebelde holofote" de outras bandas. 

A equipe do blog lamenta, a perda de oportunidade naquela ocasião, pois infelizmente não foram (e deveriam ter sido!!!!) produzidos remixes ao estilo anos 80, para as canções Beat Acelerado e Tudo pode Mudar. Entretanto, para a alegria dos fãs e de colecionadores, em 2016, o álbum Olhar foi relançado com faixas bônus e ganhou um CD adicional, que inclui uma versão remix atualizada que foi produzida pelo Dj Zé Pedro para música Beat acelerado, algumas versões demos + versões ao vivo de alguns sucessos da banda. 

 

Capa

Contracapa

Encarte  1 

Encarte  2

Encarte 3

Encarte 4

Encarte 5

Encarte 6

Encarte 7

Encarte 8

Encarte 9

Encarte 10

CD 1

CD 2

Na imagem seguinte podemos ver a capa do álbum Olhar lançado em Cd em 1995.


A edição em vinil lançada em 1985 possui encarte. A equipe do blog conseguiu imagem da contracapa autografada pela banda. 

Capa

Contracapa autografada


Encarte promocional - frente/verso

* O álbum foi produzido por Luis Carlos Maluly e Alexandre Agra.

** Também é importante registrar que a música "Johnny Love" entrou na trilha sonora do filme nacional chamado Rock Estrela.

*** Quem deseja mais informações sobre a banda, basta acessar https://www.metrobr.com/

**** Agradecimento especial ao Dj Everton por ter fornecido algumas imagens que ilustraram a postagem de hoje.