Mostrando postagens com marcador pense e dance remix. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pense e dance remix. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Barão Vermelho - Pense e dance remix (single promocional)


Single promo




















Em 1989 a gravadora WEA (Warner music Brasil) distribuía para algumas emissoras de rádio e para alguns djs no Brasil, o remix da música “Pense e Dance” da banda Barão Vermelho. A canção marca uma fase do grupo sem a participação do cantor e compositor Cazuza que seguia  em carreira solo desde 1985. “Pense e Dance” foi lançada originalmente no álbum chamado "Carnaval" em 1988 e também foi distribuída promocionalmente no mesmo ano em single 12” conforme imagem abaixo.
A canção original é uma uma melodia rock n´roll feita por uma banda de rock n´roll. Logo, o remix não acrescenta muitas alterações mantendo a pegada roqueira e alguns momentos “Dub” (bases instrumentais) para deixar a versão principal mais longa. O que se confirma com o tempo de duração da melodia que saltou de 3´59 da versão original para 6´00 minutos no remix que recebeu o nome de extended play.

Extended ou extended play possui o mesmo significado. Isto é, uma versão mais estendida ou mais longa. Mantendo as bases melódicas originais, o remix foi produzido por pelos DJs Ippocratis “Grego” Bournellis, Claudio Vizeu e Silvio Müller. Este single promocional de número 51 possui no lado A dois remixes do Barão Vermelho. Uma versão mais longa (Extended play) e uma versão mais curta para tocar no rádio. No lado B, o single traz as musicas “Manuel” do cantor Ed Motta e “Projeto de lei” da banda Luni, ambas em versões originais. Para ouvir o remix de "Pense e Dance" clique aqui:




  Como assim um remix mais curto e mais longo?

De forma simples a gente explica: Os remixes mais longos são produzidos para que as musicas possam ser “apreciadas” por mais tempo, sem a necessidade de repetir a melodia por várias vezes.
O remix editado ou numa versão mais curta é para ser tocado nos programas de rádio porque as emissoras estão abarrotadas de músicas legais em todos os estilos e não há tempo de tocar tudo tanto quanto as emissoras de rádio gostariam. Por isso, a versão remix editada passa a ser uma alternativa de mostrar  ao público um pouco do "gostinho musical" dos remixes que agitam as pistas de dança nos clubes, para sair da simploriedade (superficialidade) das musicas em versões originais *. 

* Neste item existe uma controvérsia educacional interessante que o jornalista Cédrik Damábiah explica: 

"Grande parte do público educado (doutrinado) por modelos musicais construídos no passado, bem como, muitos artistas e seus fãs “xiitas” não admitem que o remix (sofisticado ou melhor produzido) seja ou possa ser considerado melhor que música original (simplória). 

São pessoas queridas, mas com uma visão de tempo confusa e ainda defendem critérios musicais empíricos e imaculados do tipo: “A gente sempre fez assim, pra quê mudar?” Lembramos que na música tudo é relativo e nada mais pode ser considerado absoluto. Aquele momento musical orquestrado, música clássica, música erudita entre outros estilos no mundo inteiro é muito bonito, mas não passa de um atrativo musical de um modelo social construído por pessoas no passado. A música folclórica também é muito bonita, mas registra apenas um entendimento de um grupo de pessoas de um determinado condicionamento cultural que entendia fazer do jeito que era conveniente junto aos seus simpatizantes. 

Utilizar esse modelo de concepção musical como ordem para produzir melodias saudáveis e padronizadas e ao mesmo tempo denegrir os entendimentos melódicos atuais, é como engessar (escravizar)  a sociedade para que ela perpetue uma ideia musical de um passado distante que nada mais representa do que os interesses limitados de um pequeno grupo de pessoas que ditava ordens musicais para uma platéia ingênua, educacionalmente fraca ou criativamente presa a um interesse musical preestabelecido. Dessa forma, a sociedade passaria a sustentar o interesse musical ditatorial desse grupo de pessoas. Essa situação ocorre em várias esferas sociais no mundo inteiro. No Brasil, entre vários exemplos podemos citar o tradicionalismo do pampa gaúcho. Isto é, um estilo musical bonito que nunca irá evoluir porque a tradição é contra a evolução! São pessoas doutrinadas pelas regras tradicionalistas para manterem a sua músicalidade (condicionada por um grupo de pessoas por volta do século XVIII)  insubstituível, imaculada e imortal!

"As musicas atuais em todas as sociedades do mundo podem não ser perfeitas, mas para a infelicidade de alguns, o passado também não foi digamos,  toda a glorificação que defendem!!!!"

Esse entendimento não é tão óbvio quanto parece! Existem pessoas que tratam a música como se fosse algo sagrado. Mas, no final a música representa apenas uma combinação melódica de instrumentos musicais produzidos por pessoas com um interesse educacional de acordo com o seu tempo.  


Existem pessoas no tempo atual (século XXI) que fazem músicas de um tempo passado como homenagem, estudo ou brincadeira. Seriam pessoas atrasadas? 

Existe o livre arbítrio de cada ser humano. As pessoas tem o direito de escolher, de reciclar, de fantasiar, de brincar, mas não podem esquecer que sua vida é  no tempo presente. Muitas pessoas podem ficar aborrecidas com as musicas atuais e buscarem alternativas no passado - isso é normal - mas não podem impor no tempo presente uma ordem musical feita para satisfazer o ego do passado, como se fosse uma regra fundamentalista e ditatorial. Lembre-se que é apenas uma música vinda de uma concepção humana! Simples!


** Até o momento não há informação de que este remix tenha sido editado em Cd ou que tenha sido comercializado digitalmente. Com sorte, o single em vinil pode ser adquirido em algumas lojas de discos usados pelo país.