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segunda-feira, 8 de maio de 2023

São Paulo Fashion Week Vol. 03 e Vol. 04 (CD compilação vários – item de colecionador)

Imagem institucional colorida

Em princípio iriamos falar de cada CD deforma individual. Depois optamos por uma postagem que mostrasse todas as edições. Por fim, escolhemos fazer uma resenha básica apresentando dois volumes de cada vez.

História

Na virada do milênio, o sentido, a atitude e o comportamento de algumas pessoas ligadas ao ambiente urbano e residente nas capitais do país, seguia o mesmo caminho de movimentos internacionais. Ao resumir o que aconteceu, digamos, havia um pensamento no ar que cutucava:

“...se Nova Iorque (EUA) tinha, se Paris (França) tinha, se Milano (Itália) tinha, e se outras cidades importantes do mundo tinham. Era necessário que o Brasil tivesse também...”

Dessa forma, quem? quando? onde? como? porquê?, as pessoas e profissionais de vários segmentos culturais começaram a articular um contexto de valorização de uma classe profissional e alternativa, que estava envolvida com moda, tecnologia e arte. Ou seja, um pouco de tudo que tivesse originalidade, criatividade e independência - que expressasse a cara do Brasil e que estivesse conectado com o mundo, naquele período.

Essa galera diversificada era fruto de vários movimentos sociais. Do underground, da periferia, do comercial, da vanguarda e de diversos núcleos culturais que emergiram no país no final dos anos 90.

Esse caldeirão de informações e conexões originou a semana de moda de São Paulo, que foi chamada de São Paulo Fashion Week.

Entretanto, para a resenha não ficar gigante, para não contar a história pela metade e para que o público brasileiro não fique no “vazio virtual de informações a respeito do assunto”; a equipe do Brasilremixes vai apenas registrar a existência das compilações musicais que foram lançadas - naquela época - em comemoração ao evento.

Para saber a história completa e seus desdobramentos, entendemos que A ORGANIZAÇÃO DO EVENTO É QUE VAI TER QUE DEIXAR REGISTRADA E DISPONÍVEL NA INTERNET. Pois, não somos nós e nem é a mídia que vai fazer isso. Essa tarefa é de responsabilidade da organização! Simples assim.

Portanto, no final do milênio, enquanto tudo acontecia, a gravadora TRAMA aproveitou a oportunidade e lançou uma série de coletâneas musicais, com artistas que faziam parte do elenco artístico da gravadora e convidados. Esse projeto rendeu um total de sete compilações.

Hoje vamos registrar as edições 03 e 04.

São Paulo Fashion Week vol. 03 (2002)
Capa
Encarte
Contracapa
CD

1- Macumbalada – Lauren My Source
2- M4J – Tropicália
3- Patricia Marx – Despertar (Anderson Soares Main Mix)
4- Max de Castro – Mais Uma Vez, Um Amor
5- AD – AD#13 (Impulsos Incontroláveis)
6- DJ Mystical & Márcio S. – Feeling
7- Daniel Carlomagno – Beira Mar
8- Insane Tubulators – Mdmario (Lipe Forbes Remix)
9- M4J – Brasil Menu
10- Otto – Samba Makossa
11- Drumagick – Cambraia

São Paulo Fashion Week vol. 04 (2002)
Capa
Encarte lado a
Encarte lado b
Contracapa
CD

1. Drumagick - Easy boom
2. Elis Regina & Tom Jobim - Só tinha de ser com você (Mad Zoo classic sessions)
3. JMB feat. Otto - Deixa o mar entrar
4. Dj Marky - Carolina carol bela (Dj Marky & Dj XRS remix)
5. Jair Oliveira - Bom dia anjo (Anderson Soares 12´mix)
6. Fernanda Porto - Tudo de bom (Mad Zoo está na Europa remix)
7. Claudio Zoli - Cada um cada um (Domestic house mix)
8. Bossa Cuca Nova & Roberto Menescal - Garota de Ipanema
9. Technozoide feat. Patricia Marx - Miracle
10. Max de Castro - Sonho de verão

De forma objetiva, as canções apresentadas nas coletâneas registram um pouco da sonoridade musical brasileira temperada com a estética melódica eletrônica que era moda naquela época.  A seleção das canções é muito boa e tem música para todos os gostos e ambientes. Tem House, Drum´n´bass, Downtempo, Mpb, Nu Bossa, Dance, Pop, Trance e Techno. Seja instrumental ou seja cantado em inglês e português, a linguagem sonora utilizada nas canções foi produzida por artistas envolvidos com o que era considerado mais moderno pra ocasião.

Todos Cds estão fora de catálogo, mas ainda é possível comprá-los em lojas físicas ou virtuais que vendem discos e cds novos/antigos/usados. Até o fechamento dessa resenha, não existe o registro no comércio das canções em formato digital; com exceção de alguns artistas, que já disponibilizam as tracks à venda, em algumas plataformas de streaming.

Divirta-se! 

domingo, 29 de março de 2015

TRAMA Sambaloco 1 compilação - Original e remixes (vários - promocional)

Capa

Quando entra em análise um Cd recheado com remixes de diversos artistas, a equipe do blog logo se emociona! Também pudera, de certa forma no Brasil, a escassez de remixes oficiais tem feito com que alguns apreciadores façam de tudo para ter um exemplar garantido na sua coleção!
Contracapa

Na postagem de hoje, revisitamos a compilação nacional TRAMA Sambaloco 1, com versões originais e remixes de diversas melodias de vários artistas, que faziam parte do elenco de trabalho da gravadora TRAMA. O Cd possui um total de 14 faixas. A coletânea promocional foi lançada em 2001.

A compilação apresenta as seguintes canções:

1- Dj Patife – Só tinha de ser com você (Cosmonautics extended remix) 7´00”
2- Dj Patife – Só tinha de ser com você (Cosmonautics edit remix) 4´58”
Análise: A música é cantada por Fernanda Porto e o remix foi produzido por Cosmonautics. A versão é muito boa e possui referências do Drumn´bass. Os remixes são iguais com apenas uma diferença de tempo de duração. Uma (extended remix) é para tocar nos clubes e a outra (edit remix) é para tocar nas rádios.

3- Dj Patife – Sambassim (Dj Patife extended remix) 8´05”
4- Dj Patife – Sambassim (Dj Patife edit remix) 3´36”
Análise: Outra melodia que traz a voz de Fernanda Porto com remix produzido pelo próprio DJ Patife. A remixagem com referências de cuíca e vários beats eletrônicos formam a autêntica malevolência do Brazilian Drum´n´bass. Uma versão é pra tocar nos clubes e a outra para animar programas de rádio.
Encarte 01

5- Dj Marky – Shake it (Extended version) 5´42”
6- Dj Marky – Shake it (Edit version) 5´42”
Análise: O estilo do Drum´n´bass é a característica principal da melodia que não possui créditos na interpretação da canção. Tá, mas os créditos falam num tal de “Shy FX”!? Certo! Mas esse tal de “Shy FX” é um músico inglês que disponibilizou a canção “Shake it” para ser incluída na coletânea “Áudio Architecture 2” mixada pelo DJ Marky!  Só isso! Uma versão é pra tocar nos clubes e a outra é para animar programas de rádio.

7- Dj Marky – Carolina Carol Bela (Dj Marky & XRSland extended remix) 5´59”
Análise: Mais um remix no estilo Drum´n´bass!


8- Dj Anderson Soares - My boo (Extended version) 9´05”
9- Dj Anderson Soares - My boo (Edit version) 5´02”
Análise: Aqui temos uma melodia original não remixada com referências da House Music. Melodia original não remixada - neste caso - significa que a canção já foi originalmente produzida dentro do conceito musical da House Music. A diferença é que uma versão é para tocar nos clubes e a outra para tocar nas rádios. Boa melodia pra quem gosta de House Music comportado.
Encarte 02

10-  Dj Anderson Soares – Sunday Shoutin’ (Original version) 5´41”
Análise: Também cantada em inglês como na canção anterior, “Sunday Shoutin´, não foi remixada e pertence a estética musical da House Music. Ótima para agitar o Warm up, a exemplo da melodia anterior, essa canção também faz parte da coletânea “Houses essencials” que foi organizada pelo DJ Anderson Soares.

11- M4J – Forró com F (Original version) 4’54”
Análise: Voltando ao Brasil, o projeto M4J apresenta uma ótima melodia com vibração sonora que faz uma ponte musical entre os ritmos folclóricos brasileiros e os beats eletrônicos modernos. Recomendamos! Em breve o álbum Folclore Nuts do M4J (que traz a mesma canção) será postado pelo blog.

12- AD – Ad#8 Contact (Original version) 4’05”
Análise: Com uma pegada eletrônica de alto impacto e uma linha de baixo quase “Trancedental” a dupla AD (Jarbas Agnelli e Waldo Denuzzo), impressiona e provoca os ouvintes ao som timbres sintetizados e uma ambiência musical tecno-científica! Muito bom!

13- O Discurso – Mr. Pharmacist (Cosmonautics samba jazz edit mix) 4´37”
Análise: O Discurso é um projeto do produtor e músico Bruno E. Essa versão foi  remixada pelo pessoal do Cosmonautics. A canção possui influências do Drum´n´bass com um sotaque samba-jazzístico da ginga musical tupiniquim.

14- Dj Patife – Esfera (Cosmonautics edit remix) 5´18
Análise: Pra fechar, a coletânea apresenta a canção  “Esfera” que possui os vocais de Rosy Aragão com a levada do Drum´n´bass.
CD

* Não há informação que esta compilação tenha sido editada em vinil ou que as canções tenham sido promovidas em singles individuais.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

AD - AD (CD álbum) Item de colecionador

Capa

Mais que o simples fato de deixar o nome gravado na história da música eletrônica brasileira, a dupla “AD” formada por Jarbas Agnelli (teclados e programação) e Waldo Denuzzo, (baixo e guitarra) apresentam um trabalho ousado e bem interessante ao experimentar novas texturas musicais sintéticas que trazem um pouco de rebeldia sonora ao ambiente pirotécnico dos clubs.
Capa alternativa

Lançado em 2000 pela gravadora TRAMA, no álbum de estreia (o único oficial até o momento), nota-se uma influência melódica bem forte que vai do Techno ao Broken Beats do tipo “Chemical Brothers e Proppelerheads”, com a utilização de colagens musicais, riffs de guitarra raivosos e um ambiência melódica tipicamente underground, repleta de loops musicais sobrepostos e distorcidos.

Entre várias melodias, o álbum apresenta um total de 12 faixas com direito a bônus track, trazendo um bom remix para a canção "A semana", que muitos consideram a versão mais pop e mais confortável do álbum inteiro, para ser ouvida por pessoas mais sensíveis, digamos assim.  O trabalho também traz a participação especial da cantora Fernanda Young que colabora nas canções “Plástico” e Tools;  e do cantor Márcio Mattos que participa da música “A noite inteira”.  
Encarte 01
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Encarte 03
Encarte 04
Encarte 05

Este álbum apresenta as seguintes melodias:

1  AD-20 (Keep Going)            
2  AD-27 (Get Down)           
3  AD-13 (Impulsos Incontroláveis)            
4  AD-17 (A Noite Inteira)            
5  AD-8 (Contact)           
6  AD-7 (Plástico)            
7  AD-2 (Tools)            
8  AD-22 (Rangido Ritmado)            
9  AD-6 (Piscina)            
10  AD-18 (What In Hell Is They Want?)            
11  AD-25 (Blá, Blá, Blá.)            
12  A Semana (Remix)

Contracapa
CD

* Ainda é possível adquirir este álbum em lsites que comercializam musicas no formato digital ou em lojas de discos usados.

** Não há registro que este trabalho tenha sido editado em vinil.

*** Para algumas pessoas “AD” é a abreviatura de “Anno Domini”, expressão em latim que significa - In the year of the Lord - “No ano do Senhor”.  

domingo, 1 de junho de 2014

Edson Cordeiro – Clubbing (CD álbum)

Capa 

Hoje revisitamos o álbum “Clubbing’ do cantor Edson Cordeiro, que foi lançado em 1998 pela gravadora Sony. Neste período o Brasil passava por um momento importante na música eletrônica. De acordo com pesquisadores, o aprimoramento tecnológico na concepção musical eletrônica se disseminou na cultura popular brasileira, a partir de 1995 e durou de forma contundente durante dez anos (até 2005). Desde então o estilo tem se estabelecido com normalidade.

- Mas qual foi o parâmetro utilizado nesta análise?

Didaticamente falando, haviam diversos gêneros musicais que conhecemos funcionando a todo o vapor no país. Ao mesmo tempo alguns desses trabalhos foram elaborados com bases eletrônicas e estavam sendo lançados no mercado brasileiro de forma tímida. Como evoluir é inevitável e o desenvolvimento também passa pela musicalidade em todas as partes do mundo, já era hora do Brasil explorar um novo conceito musical mais tecnológico e menos bairrista.

- É óbvio que o movimento cultural e tecnológico brasileiro foi influenciado pelos ventos de desenvolvimento sonoro, vindos de culturas mais independentes e evoluídas de outras partes do mundo. Se dependesse exclusivamente dos brasileiros e de uma "luz divina", o desenvolvimento não iria acontecer. Muitas pessoas são acomodadas e preguiçosas! Lamentamos dizer isso! Mas contra fatos não existem argumentos.   

Dessa forma, a partir da metade da década de noventa (1995) começou a surgir uma grande agitação de artistas brasileiros envolvidos com o conceito musical eletrônico. Essa característica foi se desenvolvendo ao longo dos anos e abriu caminho para novos talentos e novas concepções musicais que seguem o modelo de vida atual. Houveram diversas apresentações, debates e conferências envolvendo o trabalho de cantores, bandas e djs nacionais e internacionais. As raves e as festas ao ar livre tomaram conta e agitaram a galera em grande parte do país, até a metade da primeira década de 2000 (2005). Aos poucos o estilo eletrônico de fazer música foi se popularizando e atualmente já está inserido no contexto musical brasileiro.

Egoístas musicais

Pode parecer prático, mas o caminho não foi tão simples assim. Havia uma “tranqueira musical egoísta e ditatorial“ sustentada por várias pessoas em diversos seguimentos da cultura do passado e nos bastidores musicais brasileiros.  O desdém para com a música eletrônica, incluía pessoas que trabalhavam na mídia em geral e em algumas gravadoras – que tentavam a todo custo, menosprezar a musicalidade eletrônica no Brasil.

Fato semelhante ocorreu também no final da década de 60 e nos anos 70 quando, por exemplo, o rock´n´roll foi acusado de aberração satânica frente aos moldes sociais praticados na época. Parte da velharia musical acomodada chegou a descrever o rock como sendo “anti-cristo” apocalíptico!! Quando na verdade era apenas um tipo de sonoridade musical diferente. Pesquisadores afirmam que foram tempos em que as interpretações populares revelavam o medo, a falta de informação, a falta de desenvolvimento, o egoísmo e o preconceito de parte do Brasil em relação a tudo que era diferente do seu costume musical, pré-doutrinado e policiado por algumas pessoas que atuavam junto ao poder político cultural do país.  

Após 2005, a utilização de elementos musicais que abraçam a estética melódica eletrônica continuou de forma normal. Porém, algumas pessoas no Brasil ainda confundem timbres eletrônicos com música dançante superficial. Para se ter uma ideia, no continente europeu, a sonoridade eletrônica já existe na forma popular desde a década de setenta e possui estatus de música erudita.  Os mais velhos respeitam o desenvolvimento e o gosto musical dos mais jovens – o que não ocorre no Brasil, infelizmente.  Nos países europeus, diversos artistas conceituais, alternativos, comerciais e undergrounds já se esbaldaram em meio a timbres e blips eletrônicos. 

Contracapa 
O álbum de Edson Cordeiro não traz o perfil de ser uma obra-prima. Também não é comercial ou dançante, mas registra um trabalho musical simples e experimental ao utilizar o conceito eletrônico de forma inteligente.  Muito bem produzido pelo aclamado produtor (SUBA), falecido em 1999, as melodias transitam de forma harmônica entre bases do downtempo, passando pela música pop e abraçando a ambient music com algumas doses bem suaves de drum n´bass.

Além de cantar em inglês e em português, Edson Cordeiro faz uma boa releitura de canções como “Mercedes Benz” (Janis Joplin), “Menino do Rio” (Caetano Veloso), “Oye como vá” (Tito Puente) e “Lovin´you” (Minnie Riperton). Tudo é claro, embalado numa estética sonora eletrônica bem diferente aos padrões musicais brasileiros vividos em 1998. Por fim, os fãs e ouvintes são presenteados com dois remixes para a canção “Ave Maria”. Um deles foi produzido pela dupla “Thievery Corporation”, que recentemente lançaram o ótimo álbum chamado “Saudade”. O outro remix ficou sob a responsabilidade do pessoal do AD, que desapareceu de cena nos últimos anos.  Não é um trabalho que vai mudar a vida das pessoas, porém merece ser ouvido no quesito de conhecimento e história musical.
Encarte 01 
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Encarte 04 
Encarte 05

O álbum apresenta as seguintes canções:

1 Nightclubbing  3:30 
2 Nada  3:32 
3 A Saída  4:44 
5 Menino Do Rio  4:31 
6 Até O Fim Do Mundo  3:35 
7 Oye Como Vá  3:49 
8 Sometimes I'm Happy  3:31 
9 Viúva Negra  3:49 
11 You Make Me Feel Like Dancing  3:57  
12 Voz  5:50 
13 Ave Maria  4:59

CD

Na sequência você pode ver as imagens do single promocional raro editado em vinil 12" remix, que foi distribuído pela gravadora Sony em 1998. O single apresenta os dois remixes para a canção "Ave Maria" + a versão original da música "Oye como va". Lembramos que os remixes "AD Remix e AD Version" são iguais, apenas mudaram de nome. 

Sleeve 
LADO A
1- Ave Maria (Álbum version) 4´59
2- Ave Maria (Thievery Corporation remix) 4´00

LADO B
1- Ave Maria (AD Version) 4´50
2- Oye Como Vá  3´49 

* Não há informação que este álbum tenha sido editado em vinil. 

** Ainda é possível adquirir o álbum em lojas que comercializam musicas no formato digital ou em lojas que vendem discos usados.