segunda-feira, 4 de julho de 2022

Natiruts - Sorri, sou rei remix (Single digital)

Capa

Remixes oficiais X remixes caseiros

Nos últimos anos, a praticidade em lançar remixes através das plataformas musicais foi um grande trunfo para djs, músicos, produtores e artistas em geral. 

Entretanto, diante de oportunistas e farofeiros musicais, essa comodidade acabou gerando insegurança na autenticidade dos remixes. Muitas vezes, ficamos com a impressão que alguns produtores e paraquedistas musicais brasileiros descobriram uma fórmula, digamos, (descartável) para produzir novos remixes.

É muito simples! Você pega a canção original e passa ela por um software que faz um escâner da melodia. Daí separa as partes da música, mexe na estrutura, altera a velocidade, mexe nos graves, médios e agudos, reequaliza as frequências musicais, sintetiza os timbres, distorce, filtra e adiciona alguns efeitos no ritmo da canção. O próximo passo é criar um logotipo no editor de imagens e jogar tudo nas plataformas musicais. Pronto! 

No ambiente melódico do “Dance bem, dance mal, dance quem quiser ....” existem remixes interessantes, mas a grande maioria das versões atuais poderá cair na vala comum da descartabilidade, ao se transformarem num sucesso confuso e passageiro. 

Diga-se confuso, por falta de substância.....de qualidade.....de veracidade. E, diga-se passageiro, pela produção simplória - que dilui a arte de construir um remix e ao mesmo tempo superficializa a melodia - como se fosse um “vídeo descartável” do Tik Tok. 

Nesse ambiente inseguro, hoje trazemos a canção “Sorri, sou rei”, que foi originalmente lançada em 2009, pela banda Natiruts. Para a alegria do público, dos colecionadores e fãs, a faixa recebeu um remix em 2018. Aliás, não foi apenas um, mas três remixes no total, até o fechamento dessa resenha. 
Capa remix by KVSH

O primeiro remix oficial foi lançado em 2018 e apresenta um conceito melódico do Brazilian bass. A canção foi remixada por KVSH.

Brazilian Bass

Para quem não sabe, de forma resumida, o Brazilian Bass é um estilo melódico eletrônico com sotaque brasileiro, que está em processo de desenvolvimento. Ele possui características dançantes com múltipla formatação e adaptação, de vários outros subgêneros musicais eletrônicos como o House, o Techno, o Trap, Dub Step, Deep House, etc...

De acordo com o Dj Alok (um dos precursores do estilo) o elemento principal do remix estaria no grave, pois o Brazilian bass possui batidas 4×4, enquanto no bass convencional, elas seriam todas quebradas. Como citado em várias portais na internet, a discussão é polêmica e ainda não há uma definição oficial para descrever o estilo. Vamos aguardar....


Capa remix by Lupa e KZ-Jay

O segundo remix segue a estética dançante da House music e foi produzido por Lupa e Kz-jay com a participação de Lud Mazzucatti. A versão foi lançada em 2019.

Capa remix by Nico Parga

Continuando a festa, o terceiro remix foi produzido pelo Dj Nico Parga, em 2020. A equipe do blog entende que essa versão foi dividida em partes e depois formatada numa faixa única. Ou seja, o remix apresenta a versão original montada sob uma base de House music com referencias dançantes do Afrobeat misturado com efeitos eletrônicos atuais.

 
Todos os remixes podem ser ouvidos lá no Youtube ou comprados nas plataformas digitais. 

Porém, estávamos finalizando essa postagem quando alguém da equipe nos informou que no próprio site do Youtube e nas plataformas da Apple e Spotfy, apareceu alguém utilizando o mesmo remix produzido pelo KVSH, mas com outro nome. 

- Como assim???

Ao verificar e comparar as informações encontramos o remix do Natiruts sendo distribuído com outro nome, um tal de Orea seca

- O quê??

Sim! Um tal de Orea Seca, sem lenço e sem documento, utilizando o mesmo remix do KVSH, postado lá no Youtube e nas plataformas oficiais. Então fica a pergunta: Qual dos dois é o verdadeiro e oficial? O Natiruts possui registro no Discogs e em vários sites oficiais na internet. Mas esse tal de Orea seca – até o fechamento dessa postagem – não havia registro algum. Quem? Quando? Onde? Quanto? Como? e Porque? 

Bizarra essa situação e a grande mídia já percebeu isso. Tanto é que, por medo de fake news, pouco se fala nos remixes brasileiros atuais. Lamentável!

Na sequência podemos ver as imagens da tela da plataforma Spotfy com informações confusas sobre a autoria da canção. As duas faixas são iguais, com a mesma voz e mesma versão, mas com tempo diferente de duração. 
Spotfy Natiruts
Spotfy Orea Seca ? 

Desencontro de informações...

A confusão continua nas plataformas oficiais, quando percebemos a existência de um outro remix de uma música do falecido cantor Tim Maia. Quem produziu o remix, sequer fez menção ao cantor e a melodia original. Aparece apenas o nome da música e o nome do dj como se ele tivesse produzido, gravado e remixado a melodia inteira. Quando na verdade, quem conhece a faixa, percebe que o dj de fundo de quintal só manipulou a canção e fica divulgando nas redes sociais que é “o top das galáxias” dos remixes e dono de tudo. 

É muito prático utilizar uma canção qualquer, dar uma manipulada na estrutura melódica, distorcer os graves, médios e agudos, colocar alguns efeitos digitais e depois jogar tudo em qualquer plataforma musical sem compromisso com ninguém. Lembramos que a facilidade também ajuda a galera mal intencionada. Fica o recado.

terça-feira, 21 de junho de 2022

Sérgio Loroza - O descobridor dos sete mares remixes (single digital)

Capa

Após ouvir alguns remixes brasileiros atuais, a equipe do blog constatou que existem canções que são naturalmente boas e ficam muito bem remixadas. Porém, não significa que o remix – por si só - vai salvar ou melhorar aquelas musicas que são originalmente ruins. (pausa para pensar). 

Algumas pessoas acreditam que basta remixar que tá tudo resolvido. (hahaha...) LEMBRAMOS QUE NÃO É ASSIM QUE FUNCIONA. Nada está garantido para a canção remixada se não houver uma boa melodia original ou se o remix não apresentar uma sonoridade nova/contagiante. 

Também achamos engraçado o pensamento de alguns músicos, djs e produtores brasileiros que saíram da caverna na semana passada e agora estão utilizando o “baixo sintetizado”, na formatação melódica da canção. 

É bom lembrar que a utilização dessa ferramenta tecnológica, não significa que a música está automaticamente remixada. Utilizar o baixo sintetizado – por si só - não representa estar fazendo remix!!!!! Uma ferramenta musical sozinha tem pouca utilidade. No remix, é preciso se ater ao conjunto da obra....
Quem eles querem enganar? A si mesmos? 

Observamos que os remixes não precisam agradar aos músicos, os remixes precisam conquistar e agradar ao público na pista de dança! Sem histerismo, por favor - já falamos que o público não dança palavras. As pessoas dançam melodias.......
Sérgio Loroza / reprodução

Mudando de assunto e destacando o que interessa, hoje o blog registra um trabalho musical bem interessante produzido por André Werneck, Duda Santtos e Paulo Jeveaux (leia-se Paulo G-vô), que lançaram o single da música "O descobridor dos setes mares" interpretado pelo cantor Sergio Loroza

Na ocasião, em 2019, parecia mais uma simples regravação de um sucesso do saudoso Tim Maia - como outras tantas regravações que aparecem diariamente na programação das FMs brasileiras. Mas, o que era legal ficou melhor com os remixes lançados em 2020 e 2021. Não satisfeita, a galera pediu bis e a festa seguiu em frente com um novo single de remixes lançados no início de 2022. Para evitar o pula-pula de plataformas e sites onde cada remix ganhou uma capa diferente, a equipe do blog reuniu as informações e conta tudo pra você aqui bem rápido e prático. 

Organizando as  informações...

Capa/ ponto de partida

Quem? 
- Cantor Sério Loroza 

Quando? 
- Em 2019 

O quê? 
- Regravou a canção O descobridor dos sete mares 

Quem produziu? 
- Andre Werneck, Duda Santtos e Paulo Jeveaux 
Capa/  remixes parte I

Quem? 
- Cantor Sérgio Loroza 

Quando? 
- Em 2020 

O quê? 
- Lançou os remixes da canção O descobridor dos sete mares 

Quais remixes? 
1- O descobridor dos sete mares (Maurício Cury remix) 4´38 
2- O descobridor dos sete mares (Mak remix) 4´39 
3- O descobridor dos sete mares (Loroza remix) 3´26 
Capa / remix parte II

Quem? 
- Cantor Sérgio Loroza 

Quando? 
- Em 2021 

O quê? 
- Lançou um novo remix para a canção O descobridor dos sete mares 

Qual remix? 
1- O descobridor dos sete mares (Nick Garnet radio remix) 3´15 
2- O descobridor dos sete mares (Nick Garnet extended remix) 4´50 
Capa / remixes parte III

Quem? 
- Cantor Sérgio Loroza 

Quando? 
- Em 2022 

O quê? 
- Lançou novos remixes para a canção O descobridor dos sete mares. O single recebeu o nome de “Summer remixes”

Quais remixes? 
1- O descobridor dos sete mares (Duda Santtos remix radio edit) 3´56 
2- O descobridor dos sete mares (Dub House Project remix radio edit) 4´19 
3- O descobridor dos sete mares (Disco mix radio edit) 3´08 

Para a programação musical das emissoras de rádio, tanto a regravação quanto os remixes ficaram perfeitos. Entretanto, faltou a opção de remixes mais estendidos para a pista de dança curtir por mais tempo. Afinal, dizem que uma música pra pista de dança com duração muito curta acaba parecendo como se fosse uma ejaculação precoce. (hahaha) 

Além do tempo, percebemos também, que algumas versões ficaram muito parecidas - o que prejudicou a criatividade. Mas no contexto geral, o trabalho ficou muito bom. 

Para ouvir: Lá no Youtube tem. 

Para comprar: As versões estão disponíveis em algumas plataformas digitais. Mas, no momento de fazer download legalizado, tenha cuidado com a qualidade sonora. Muitas plataformas vendem musicas com péssima qualidade. Isso é um problema sério, pois desestimula o público comprador.

Para dançar: Nos clubes e nas festas com djs que tocam remixes brasileiros e músicas cantadas em português.  

terça-feira, 14 de junho de 2022

Vanessa da Mata - Ai Ai Ai remix Felguk e Cat Dealers (single digital)

capa

Toda música boa merece ser ouvida e festejada ao longo dos anos, e o conceito de remix sempre é uma boa oportunidade para atualizar a versão original. 

Utilizando como exemplo o hit de sucesso, Show me love da cantora Robin S, podemos observar que a canção foi originalmente lançada em 1992 e ganhou remixes em 1993, 1995, 1997, 1999 e 2000. A mesma música ultrapassou a barreira do tempo e na década de 10 do novo milênio, ganhou novos remixes em 2002, 2006 e 2008. Para a felicidade dos fãs a festa continuou e na década seguinte a melodia recebeu uma atualização em 2010 e 2012. Os anos passaram e já na terceira* década do novo milênio, a canção sobreviveu a concorrência e continua marcando presença nas clubes com novos remixes lançados em 2021. 

Pergunta: Se a canção "Show me love" da cantora Robin S pode receber diversos remixes ao longo dos anos, porque a música de sucesso "Ai, Ai, Ai," da cantora Vanessa da Mata não pode seguir o mesmo caminho??? 

Por isso, o destaque de hoje vai para a música Ai, Ai, Ai, da cantora Vanessa da Mata, que foi orginalmente lançada em 2004, ganhou remixes em 2006 e novos remixes em 2018, produzidos pelo pessoal do Cat Dealers e o DJ Felguk
Cat dealers / reprodução
Felguk / reprodução

A faixa manteve o clima festivo da versão original e recebeu alguns efeitos musicais de acordo com os beats eletrônicos que os clubes e as pistas de dança estão vibrando neste momento. 

Onde comprar o remix? 

Nas plataformas ou aplicativos que comercializam músicas no formato digital. Mas cuidado com a péssima qualidade de som que é oferecida aos usuários. Prefira sempre comprar ou baixar as canções na qualidade FLAC ou 320 KBPS - se for em MP3. 

Onde ouvir? Lá no Youtube também tem..... 

* Terceira década??? A explicação do tempo é a seguinte; 

Primeira década é de 2001 a 2010
Segunda década é de 2011 a 2020 
Terceira década é de 2021 a 2030
Parece que a virada do milênio 1999/2000 foi ontem, mas já se passaram 21 anos!!!!! 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Lunatics - Virado pra lua (CD álbum + single vinil)

 
Capa

Esse trabalho faz parte do estilo musical eletrônico que era produzido no Brasil, no início do novo milênio. Então para artistas e pesquisadores musicais brasileiros do tempo atual e do futuro, que desejam trabalhar com esse tipo de concepção melódica e queiram saber o que era feito no passado, aqui está um bom exemplo.

Manoel Vanni e Franco Junior em 2002 / reprodução 

Lunatics foi um trabalho paralelo de Manoel Vanni e Franco Junior. Ambos também faziam parte do M4J (outro projeto direcionado pra música eletrônica). Virado pra lua possui influências do House, Tech House e Downtempo temperados com musica regional brasileira. Lançado em 2002 pela Tropic Records, o CD também possui a participação do músico João Paraíba. 
Encarte 1 
Encarte 2 

O álbum possui as seguintes faixas: 

1. Algum lugar do tempo 
2. 9-Berwick ST. 
3. Pega no cavaco 
4. Genipabu 
5. Sex, joy of man's desiring 
6. Hunter's bar 
7. Parahyba's Groove 
8. Tá legal 
9. French family 
10. E meu nome 
11. Outer space 
12. Inhabited moon 

CD 

Contracapa 

Como pode ser observado na sequência, também foram lançados três singles em vinil 12”, com algumas faixas do álbum e remixes produzidos pelo Dj Mau Mau:

LADO A 

1- Hunter's Bar 
2- Outer Space 

LADO B 

1- Algum lugar do tempo 
2- Tá legal..

LADO A

1- E o meu nome 

LADO B 

1- French family 

LADO A 

1- Parahyba's Groove (DJ Mau Mau remix) 

LADO B 

1- Genipabu 
2- Genipabu II (DJ Mau Mau Technova Mix) 

* Algumas músicas podem ser ouvidas lá no Youtube. 

** O single em vinil e a versão em Cd do álbum, ainda podem ser adquiridos em sites na internet que comercializam produtos musicais, ou em lojas de discos e Cds antigos. 

*** A versão digital das canções TALVEZ pode ser encontrada em ALGUMAS plataformas musicais.

Esse é um dos problemas que as plataformas de streaming vão ter que resolver. Atualmente, elas disponibilizam as canções da moda ou que estejam em evidência no momento. Se não tiverem sucesso ou se passou mais de 20 anos desde o lançamento, as plataformas tiram a música do catálogo e quem não comprou vai ficar no vazio. A não ser que a pessoa interessada entre na fila de espera, até que o site recoloque e disponibilize a música novamente.
O problema de muitas musicas digitais é que elas não foram registradas fisicamente em vinil ou CD. (pausa para pensar....)

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Alceu Valença - Anunciação remix (single digital)

Capa 

O problema da divulgação musical no Brasil é tão grave e tão dispersa, que para grande parte do público consumidor, muitos remixes lançados no passado irão ter gosto de novidade. E, o remix da música "Anunciação", do cantor Alceu Valença, é um belo exemplo disso. 

Para ouvir determinadas canções do passado, não basta simplesmente pegar e ouvir. É preciso estar envolvido melodicamente com a vibração correta para o remix funcionar. Caso contrário a versão será vista apenas como uma música qualquer.

O blog do Brasilremixes é para um público que está familiarizado com a dance music e toda a movimentação de efeitos e beats musicais, festas, clubes, raves, rolês, e a vibe noturna em geral.

Quem não está acostumado com esse ambiente ou essa dinâmica musical, vai ter dificuldade de entender ou de gostar da sonoridade musical brasileira remixada. Ou seja, quem está preso exclusivamente ao dance internacional, vai ter dificuldades de assimilar as possibilidades e novidades dançantes cantadas em português, bem ao estilo “made in brazil!”

O remix de Anunciação possui uma carga técnica de efeitos dançantes bem simples e bastante eficaz na pista de dança. Não há o que tirar ou colocar nessa versão. Os beats programados pelo Dj e produtor Jopin estão corretos, o sintetizador está correto, a bateria está com o timbre certo, a guitarra certa, os efeitos bem distribuídos. Trata-se de uma versão dançante naturalmente beneficiada pela melodia original, mas que se encaixa perfeitamente numa play list repleta de remixes nacionais para agitar qualquer pista de dança.

A versão foi produzida por Jopin em 2018 e lançada pela Somax. - Ahhhhh mas o remix já é velho!!!!

Calma pessoal, muita calma nessa hora. O remix foi lançado em 2018, e, em 2019 começou a pandemia do corona. Na sequência, ninguém saiu de casa para dançar e dadas as proporções, nem havia clima para ouvir o remix em qualquer lugar que fosse.

Os anos passaram, mas a galera não viveu aquele momento dançante que deveria ter vivido. Então, para algumas pessoas o remix é velho e para outras não! Dizem que para 80% do Brasil (sim! Nós fizemos essa análise) o remix é novo, é atual e todo esse público não conhece essa versão. 

Dessa forma, na retomada da normalidade não podemos nos agarrar em desculpas de música nova ou música velha. É preciso resgatar o que não se viveu ou aquilo que não se curtiu e celebrar esses momentos antes que as oportunidades passem de novo.

Quem ainda não conhece a versão,  lá no youtube que tem.

Onde comprar?

Nas plataformas musicais de sua preferência!

* Pera ai! Mas o Dj Jopin não está com problemas com a justiça e a polícia por corrupção e tal? 

- Sim, mas isso não desqualifica a ideia do remix. A população brasileira não é saudável. No passado e no presente, centenas de artistas e músicos fizeram propaganda para vários políticos que foram presos ou estão metidos com todo o tipo de maracutaia. Centenas de artistas tiveram problemas com drogas e entorpecentes, brigas familiares e todo o tipo de contravenção jurídica e, nem por isso, as pessoas pararam de ouvir suas canções. 

Não temos culpa do Brasil ser assim. A equipe do blog apenas divulga os remixes e músicas que tentam alegrar ao público. Quando não sem tem a porta de saída dessa bobajada toda de planeta, não temos escolha. Ou é o nada ou é isso. 

terça-feira, 26 de abril de 2022

Adriana Calcanhotto - Remix Século XXI (vinil 12" - Item de colecionador)

Capa 

Vamos esclarecer algumas coisas e colocar ordem na pista de dança. 
Contracapa 

Qual é o público alvo das musicas dançantes? 
O que é importante para dançar? 
O que empolga e emociona as pessoas na pista de dança? 
O quê os hits dançantes de maior sucesso possuem em comum? 
O quê a música deve ter para fazer as pessoas dançarem? 

É fundamental falar algumas verdades sobre a MPB. Esse estilo musical possui as melhores composições, as melhores letras, as melhores palavras e a melhor poesia. No entanto, melodicamente falando, as canções deixam a desejar. As melodias da MPB não são empolgantes, não são grudentas e não convidam o público para serem dançadas na pista, infelizmente. 

A cantora Adriana Calcanhoto e grande parte dos artistas ligados na MPB são maravilhosos com as palavras, com a poesia, com inteligência e o apreço verbal. Mas apenas palavras, poesia, inteligência e coordenação verbal, NÃO SUSTENTA E NÃO ENCANTA A PISTA DE DANÇA!!! 

PIROTECNIA MELÓDICA

Não adianta colocar um “tum-tis-tum” se a canção não tiver melodia contagiante. Aliás, não é só o tum-tis-tum que move a galera, é toda uma pirotecnia melódica repleta de efeitos e incentivos dançantes que tem o objetivo de causar uma sensação de movimento festivo e prazer. Um belo exemplo disso, são os videos da galera dançando no Tik Tok! 

Por que os Beatles fizeram sucesso com Yê Yê Yê??? Por causa da melodia! A letra é só mais uma letra e pronto. A letra passa, mas na pista de dança, veja bem, NA PISTA DE DANÇA quem manda é a melodia! A melodia fica eterna e permite reconhecer a canção nos primeiros segundos em que ela é ouvida. 

Coloca "Ode to Joy" de Beethoven, e a galera já vai saber quem é! Coloca "Gimme,Gimme Gimme" do Abba ou "Hang Up" da Madonna, e a galera já vai saber quem é! Coloca "(I Can't Get No) Satisfaction" dos Rolling Stones e a galera já vai vibrar, etc e tal. O que move a pista de dança é a melodia! Ponto! 

Não dançamos palavras!!! O público dança e se diverte com melodias.....

É mais fácil transformar uma música romântica de sucesso em uma canção dançante por causa da melodia, do que transformar uma música da MPB em uma melodia dançante. A não ser que, o dj ou produtor faça uma reconstrução melódica da canção. Por causa da melodia fraca, tanto a MPB, como o Hip Hop e o Rap possuem trocentos mil artistas com letras maravilhosas, mas que não servem pra pista de dança! Então não adianta ficar forçando um remix que não decola. 

A equipe do Brasilremixes não faz pose de intelectual ou jogo linguístico. Nós vamos direto ao ponto. Estamos em 2022 e percebemos que existem brasileiros no meio musical, que AINDA NÃO ENTENDERAM COMO A PISTA DE DANÇA FUNCIONA!!!! 

É preciso sair da bolha musical que limita nossos passos. O nosso trabalho é dance! Nós queremos Dance Music! Os roqueiros querem rock n´roll! Os sertanejos querem música sertaneja! Os funkeiros querem Funk! Ou seja, quando as pessoas transam, elas transam totalmente! Quando os músicos fazem rock n´roll, o rock deve ser total!  Portanto, a pista de dança também quer o "dance total" e não uma tentativa! 

Entendemos o esforço dos produtores, mas as melodias das canções não ajudaram e os remixes desse disco ficaram insuficientes, pois satisfazem a um público alternativo selecionadíssimo, apenas! 

Lançado pela Bolachão Discos, em 2020, os remixes fazem parte da comemoração dos 30 anos de carreira da cantora. 
Detalhe do vinil 01
Detalhe do vinil 02
Detalhe do vinil 03

O disco registra as seguintes faixas: 

LADO A 

01 - Vambora (Discotek Ed & DJ Zé Pedro Remix) 6´30 
02 - Mentiras (Vizcaya Remix) 4´08 
03 - Ninguém Na Rua (Tin God & DJ Zé Pedro Remix) 4´54 

LADO B
  
01- Cantada (Vizcaya Remix) 5´58 
02- Esquadros (Vizcaya Remix) 3´55 
03- Senhas (Vizcaya Remix) 5´57 

* O disco foi editado em vinil amarelo para colecionadores e pode ser adquirido em lojas físicas. Mas, quem prefere a versão digital, também vai encontrar à venda nas plataformas musicais pela internet.

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Nego Moçambique - La rumba computer (Cd álbum - Item de colecionador)

Capa

Relembrando o passado recente, encontramos o álbum La Rumba Computer do artista brasileiro Nego Moçambique. Esse trabalho musical foi lançado em 2007 de forma independente pelo selo Segundo Mundo. 
Contracapa

Temos aqui um total de treze faixas, compostas e produzidas por Dj Marcelo Martins que atende pelo nome artístico de Nego Moçambique.

- Ok! Mas que estilo musical o álbum apresenta? É dançante? Quero referências? Nomes? É bom? É ruim? Quais??? 
Nego Moçambique / reprodução

A canção preferida pela equipe do blog é "Superluz (sebo nas canelas)", que apresenta uma mistura de ritmos e diversas referências musicais das décadas de 70 e 80. Aliás, o álbum inteiro segue o mesmo conceito sonoro repleto de colagens, riffs, rewinds, scratches, samples, sobreposições melódicas e vocais tecnicamente formatados, para criar um passatempo musical bem diferente de quase tudo o que era produzido no Brasil, naquela ocasião. 

Vale ressaltar que o álbum não alcançou o destaque que merecia, porque os primeiros anos do novo milênio já registravam uma overdose musical em todos os estilos. A cena estava lotada de artistas, de ideias, de propostas, de novidades musicais que surgiam a cada ano. Hoje é muito pior, as novidades surgem a cada semana. Então não dava tempo para o público assimilar tudo o que acontecia ao seu redor. Dessa forma, muitas propostas artísticas acabaram sendo ignoradas ou esquecidas. 

Em termos de referências, o álbum é apresentado dentro do seguimento musical eletrônico, com nuances de Freestyle, Dance, French House e até faz parte do chamado “Ghettotech”. Pra quem não sabe ou nunca leu a respeito, Ghettotech seria uma mistura musical de Electro, Hip-hop, Rap, Techno e House. 

CD Box frente 
CD Box verso 

Como o leitor pode visualizar, a edição física do álbum foi comercializada dentro de uma caixa (box) de papel cheia de estilo. Entretanto, em nenhuma parte do produto explica ou mostra a função ou uso da caixa de papel que acompanha o CD. 

Detalhe 01 
Detalhe 02 

Para algumas pessoas a caixa lembra, veja bem, lembra um tipo de expositor. Outros pensam que é apenas uma caixa protetora. Há também, quem afirme que se trata de uma caixa de joias. Enfim... Não vale, amanhã ou depois, aparecer uma reportagem na TV-jornal-podcast e o escambau, dizendo como a caixa funciona. O próprio criador já deveria ter feito isso.
Box completo

Com a falta de explicação de uso, cada consumidor é livre para interpretar do jeito que quiser. São coisas de artistas, que subentendem que todo mundo saiba, mesmo que a realidade e a de vida das pessoas seja completamente diferente da realidade do artista, produtor, fabricante... É preciso compreender a diferença entre a realidade pessoal e a realidade social, e ter muito cuidado com aquela ideia erroneamente cultuada do “subentende-se que todo mundo saiba”. 

O álbum possui as seguintes faixas: 

1- Wake Up For The Musik 5:22 
2- Superluz (Sebo Nas Canelas) 3:24 
3- Sex Bomb 4:20 
4- Dancingsubatomicmonkeyflava 5:41 
5- She Loves The Superboogie (Melô Do Robozão) 2:42 
6- Hold Me 4:51 
7- La Rumba Computer 5:44 
8- El Baby 5:44 
9- Automatic Love (fonke musik) 5:12 
10- Corazón 4:42 
11- Da Luv Iz A Bomb 6:19 
12- Watchagonnado 3:48 
13- Afrikana 6:13 
CD 

* Não há registro até o momento que o álbum tenha sido lançado em vinil. 

** O CD ainda pode ser encontrado à venda em lojas de artigos musicais. 

*** Para ouvir as canções: Lá no youtube tem. 

**** Onde comprar: Em alguns sites que vendem musicas no formato digital.