domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lulu Santos - Cadê você?/Dancin´ Days single remixes (item de colecionador)

Capa
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todas as pessoas que trabalharam na realização desta música. É um presente para os apreciadores da dance music cantada em português! Esses remixes foram e pertencem a uma fase musical muito inspiradora e iluminada do cantor Lulu Santos
Lançada em 1996 no álbum Anticiclone Tropical, com certeza será um privilégio para qualquer artista daqui há cinqüenta ou sessenta anos regravar essa canção. A produção geral é de Alex de Souza e Robson Vidal. Mixado por Marcelo Sussekind. 
A capa deste single tem uma ilusão de ótica bem engraçada. A primeira vista acreditei que imagem de fundo (tecnicamente distorcida) era de um estádio de futebol com arquibancada superior mais escura, a arquibancada inferior mais clara e no centro eram as luzes do estádio e o placar de gols. Porém, ao olhar fixamente, percebi que na verdade, a perspectiva fotográfica retrata uma praia e as ondas do mar. A proposta deste single promocional é muito interessante, pois trás aos fãs num único Cd, os remixes para as músicas Cadê Você? e Dancin Days. Gravadora BMG.

1 – Cadê você? (DO-RE-MIX 12” radio)
Análise: As influências da disco music foram fundamentais na concepção melódica dessa versão.  Na prática, se trata de um remix house com arranjos, percussão, metais, breaks, harmonia e melodia inspirada na disco music. Um remix festivo e gostoso para chacoalhar qualquer festa de respeito.

2 – Cadê você? (DO-RE-MIX 12” vocal)
Análise: Esse remix é igual ao remix anterior, porém mais longo e destinado a pista de dança.

3 - Cadê você? (original version)
Análise: Você já sabe que original version é igual a versão do álbum. Nessa melodia, tanto os riffs de guitarra e baixo como também, o acompanhamento da bateria e dos metais possuem uma clara inspiração disco.

4 - Cadê você? (DO-RE-MIX Instrumental)
Análise: É uma pena que a maioria das musicas brasileiras lançadas em single não contemplem a versão instrumental. Pelo que lembro algum sociólogo deve ter dito por ai que parte do povo  brasileiro não sabe curtir a melodia. Talvez seja pela falta de independência ou até mesmo por sua domesticação musical direcionada aos ritmos consumidos pela massa. Vai saber!? Talvez o blá-blá-blá musical seja para suprir a falta de leitura de grande parte do Brasil que prefere ouvir e assistir a alguém falando do que propriamente lendo!? Enfim.
O remix foi produzido pelo renomado produtor Tuta Aquino que já assinou trabalhos musicais dançantes e eletrônicos de vários artistas nacionais e internacionais. Infelizmente até o fechamento dessa postagem este cd single ainda não foi creditado ao produtor, no site Discogs. http://www.discogs.com/artist/Tuta+Aquino

5 – Cadê você? (TWILO VOCAL MIX)
Análise: Remix ao estilo house com vários efeitos eletrônicos inspirados no extinto clube nova-iorquino chamado Twilo.

6 – Cadê você? (TWILO DUB)
Análise: Esse remix tem a mesma base melódica da versão twilo vocal mix, porém é um remix instrumental. É importante o leitor ficar atento para dois entendimentos musicais diferenciados que utilizam o mesmo nome. Ou seja, DUB.
O estilo musical chamado DUB é muito popular na Jamaica com uma atmosfera instrumental que lembra o reggae, dancehall, etc... Mas o DUB jamaicano também pode ser cantado.
Por outro lado, o remix  chamado de DUB não significa que seja parente do reggae, mas o nome “DUB”  também é muito utilizado pelos gringos para definir uma versão musical instrumental, apenas. Para entender melhor irei utilizar a palavra “Skank” que serve tanto como nome daquela banda brasileira de poprock de Minas Gerais, quanto para definir uma espécie de droga utilizada no mercado internacional. Entendeu! Temos a mesma palavra, mas sua aplicação é diferente! Por que isso ocorre? Muito simples, não havia internet e nem educação musical globalizada na época de definição das expressões musicais. (A palavra"DUB" é utilizada como termo de música instrumental desde a década de 80). Por isso que a ciência inventou o nome científico para cada organismo que vive na face da terra para evitar confusões de entendimento. Esse é um problema mundial. Como o Brasil não foi o responsável pelo invento da música e seus termos, cabe a nós seguir o que os outros definiram. Por isso que muita gente briga com a doutrinação e o sistema educacional brasileiro, baseado em coisas que nós não inventamos, mas temos que aguentar e nos adaptar a evolução trazida por outras civilizações. Porém já é outra história.....
E você pensava que a vida era simples!!!!???
Hahahahahahahahaha! 
Contracapa

7 – Dancin´ Days (CLUB MIX)
Análise: Composta por Nelson Motta/Ruban e originalmente gravada pela turma das Frenéticas em 1977, essa música virou um raro hit da disco music cantado em português e um grande sucesso da dance music no Brasil. Já que  o cantor Lulu santos é da galera antenada com a evolução musical mundial, a disponibilidade e a segurança em regravar essa versão não deve ter sido tão difícil. Afinal, Lulu Santos é um dos poucos artistas brasileiros que conseguiu aprimorar sua capacidade e desenvoltura musical em vários estilos que vão do pop ao rock, passando pela música eletrônica, as baladas românticas e os hits dançantes. A versão feita para essa música foi produzida por Alex de Souza e Robson Vidal. É um remix house repleto de efeitos eletrônicos para incendiar qualquer pista de dança de respeito.

8 – Dancin´ Days (DISCOTEQUE SPACE MIX)
Análise: É muito provável que o nome desse remix seja uma referência ou homenagem ao remix da música “Discoteque” do U2. Aliás, a batida eletrônica nos tráz influências do house e o sample de bateria utilizado na época tanto pelo DJ e produtor David Morales para um dos remixes da música “Discotequedo U2, quanto pelo DJ e produtor Armand van Helden para um dos remixes da música “Ain´t talkin´bout Dub” do Apollo Four Forty. Esse mesmo riff de bateria apareceu em vários remixes internacionais e até na versão produzida pelo DJ Memê em 1997 para a música “Gata” da cantora Deborah Blando, que posteriormente também será comentada neste blog.

9 – Dancin´ Days (CLUB MIX RADIO EDIT)
Análise: Esse remix é igual a versão (CLUB MIX) porém, editado em tempo menor para tocar no rádio.
CD

* Não há informações até o momento de que este single tenha sido lançado no formato de vinil 12” ou que tenha sido lançado comercialmente ou ainda, que o single tenha sido lançado com remixes separados. 

* A versão original de Dancin´ Days tanto das Frenéticas como de Lulu Santos contém o sample da música  "I´ve been hurt" do grupo Bill Deal and the Rhondels, gravada em 1969.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Rita Lee - Lança Perfume (Memê Club Mix 2009) *

A versão remix da música possui uma base eletrônica com influências do deep house e nuances de minimal. A sonoridade é muito interessante e contemporânea. De forma clara, o remix possui uma boa estética melódica, mas sua performance se restringe em alguns programas de rádio e alguns clubes.  Por enquanto, não existem dados oficiais que afirmem que o Dj Memê tenha remixado essa canção. Inclusive, nem o site do próprio dj faz referência ao remix. O que existe apenas é que a versão que vazou na internet se chama Rita Lee - Lança Perfume (Memê Club mix 2009).

Por enquanto (até fevereiro de 2011) não há informações oficiais de que o remix tenha sido editado tanto em cd quanto em vinil. Até o momento permanece como uma produção não autorizada e disponível em alguns sites de musicas brasileiras, que disponibilizam remixes para downloading.

Nota de esclarecimento importante

Dizem que a verdade tarda, mas não falha. Para a felicidade dos fãs, em junho de 2014, o Dj Memê se pronunciou nas redes sociais a respeito do remix da música Lança Perfume 2009. Na ocasião ele confirmou a produção do remix e esclareceu alguns detalhes que envolveram a mixagem da canção. Dessa forma, a equipe do blog Brasil remixes, reproduz na íntegra o manifesto feito pelo DJ Memê:

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Segue agora a história de cada remix:

1 - O CLASSIC REMIX '95 foi criado a pedido de João Augusto, na época então diretor artístico da EMI-ODEON, que havia acabado de contratar Rita Lee e Roberto de Carvalho para o seu cast, e com isso, por alguma razão, recebeu junto alguns fonogramas antigos de outra gravadora.

Entusiasmado com a chegada do casal da música à sua gravadora, João quis recolocar nas rádios antigos singles produzidos por Rita e Roberto para chamar a atenção de todos aos seus novos contratados, e assim, entre seus planos estava um remix de Lança Perfume, que coube a mim executar. Quando o remix ficou pronto, houve algum problema com a autorização da faixa, que era originalmente da gravadora SOM LIVRE, e o remix foi infelizmente arquivado, sem o tempo necessário para descomplicar tal fato.

O tempo passou...e 5 anos depois, a EMI quis colocar na rua um album de remixes da RITA LEE chamado RITA RELEEDA (sic!), onde fui de novo convidado, e entrei com 2 remixes : MANIA DE VOCE, e aquela jóia quase perdida em gavetas de arquivo, o meu tal remix de '95 de LANÇA PERFUME. Enfim brilhou a luz do dia.

2 - O REMIX 2009 foi criado para o REMIX WORKSHOP que apresentei no 1º ano de RIO MUSIC CONFERENCE.

Neste workshop, eu explicava o passo a passo da criação de um remix, remontando uma música do zero, usando apenas a voz original do artista somada a uma base criada na hora.

Escolhi a Rita com LANÇA PERFUME, por tratar-se de uma música conhecida por todas as gerações, e porque eu tinha em mãos aquela belíssima raridade, que eram as partes originais separadas.

O remix ficou tão bacana e contemporâneo que resolvi finalizá-lo no meu estúdio, ao final do RMC.

Este, ao contrario do outro, nunca foi lançado oficialmente, apenas em bootleg na internet, mas...eu sei que a Rita e o Roberto já ouviram, e não disseram nada. Isto pra mim foi um aval, e é o suficiente.

Parte técnica:

É super possível ouvir entre ambos a evolução da minha experiência em estúdio no quesito mixagem de áudio, já que sou eu mesmo que mixo meus trabalhos desde '93.

Lembro-me inclusive que o remix de '95 deu um trabalho descomunal, pois eu não usava computador e nem havia automação para as minhas mixagens, e a minha mesa na época era 100% analógica...ou seja: Errou algo...VOLTA ! Essa mixagem acabou às 3 da tarde do dia seguinte, e eu estava destruído de tão cansado.

Os remixes estão com a máxima qualidade possível para todos os players digitais: WAV 16bits 44.1k, porque...gente amiga...qualidade SEMPRE fará a diferença!
Enjoy !!! :: Meme   "

* mensagem editada na página do Dj no Facebook, para acessar digite: www.facebook.com/DJ.Meme


A equipe do blog agradece o esclarecimento! Os fãs também! (eeeeeeeeeeeeeba)

Fernanda Porto - Tudo de bom single remix promocional

CD
Entre vários artistas nacionais respeito muito a originalidade e a coragem da Fernanda Porto ao lançar no Brasil (um país domesticado pelo tradicionalismo ultrapassado da MPB e do Rock n´roll) um cd de música eletrônica com canções em português. 
Fernanda Porto não tem apenas talento, mas ela deu um “peitaço” no atraso musical tupininquin mandando muito bem em seu álbum de estréia com cinco hits musicais que tocaram nas rádios em varias partes do Brasil. A música Tudo de bom pertence ao álbum Fernanda Porto lançado em 2002 pela gravadora Trama. Resta saber se o público consumidor vai dar sustentação ao trabalho realizado por Fernanda Porto nos próximos anos. Afinal, o público troca de música e de artista como quem troca de roupa! Este single promocional de rádio possui apenas informações gravadas na imagem do cd. Ele traz sete músicas, das quais, somente cinco são remixes.

1 - Linndrum remix
Análise: Produzido por “O time”, trata-se de um remix com boas influências de hip hop e da soul music. Não é uma versão, necessariamente, dançante. Mas tem uma atmosfera ideal para lounges e chill outs perdidos na madrugada.   

2 – Mad Zoo está na Europa
Análise: Versão nervosa produzida pelo “O Time e Fat Head”  mas sem exageros. O remix em estilo drum n´ bass é perfeito para tocar nas rádios comerciais contemporâneas.

3 – Rythm´n bossa remix
Análise: Para quem gosta de Black music e balada romântica, sem dúvida esse é o remix perfeito. Inclusive, com direito a um sutil riff de bossa nova, só para deixar a melodia mais gostosa.

4 – E Samba remix
Análise: Seguindo a versão original, esse remix foi muito bem produzido. Todos os efeitos e timbres foram sincronizados na medida certa. A melodia possui uma cadência bem estruturada ao mesclar as batidas do drum n´bass, bossa nova e até uma levada meio samba pós-moderno.

5 – Acoustic
Análise: É apenas a versão acústica e sem graça da música. Sem graça? Sim, caro leitor!!! Estou pagando por sofisticação, por tecnologia e por psicodelismo! Quando quero ouvir versão acústica, vou até o quintal da minha vizinha e peço para ela tocar violão. Aliás, qualquer pessoa toca violão!

6 – Surfing on vinil
Análise: Outro remix bem legal e nervoso ao estilo drum n´bass com direito a efeitos de scratch.

7 – Álbum version (É a versão da música igual a versão original)

* Até o momento não há informações de que este single tenha sido lançado no formato de vinil 12". 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Skank - Tão seu (single remixes) Item de colecionador


capa/interno
Não há muito que falar desses remixes. A versão original ficou do jeito que o povo gosta. Ao menos é o que dizem! 
Meio namoradeira, meio cafuné, popezinho embalado pelas ondas do mar acompanhado pela fumaça de um Skank, quer dizer, de um baseado básico! (deixa pra lá, faz parte do show!) A música “Tão seu” foi laçada em 1996 no álbum O Samba Pocomé. As faixas 2,3,4,5 e 6 do single foram remixadas por  Michael Fossenkemper e as faixas 7 e 8 foram remixadas por Dudu Marote. Gravadora Sony Music.

1 – Álbum (versão álbum é igual a mesma versão original lançada no álbum e não é um remix)

2 – Late night mix
Análise: Neste mix destinado ao estilo musical conhecido como downtempo não há compasso de bateria e os sintetizadores se encarregam de sobrepor camadas melódicas viajantes (landscapes) para criar uma atmosfera relaxante e contemplativa. Esse remix também pode ser enquadrado no conceito de dub jamaicano.

3-The horny european
Analise: Outro remix com atmosfera viajante bem parecido com a versão anterior, mas com um compasso de bateria para dar andamento a viagem cósmica e profunda. O próprio nome do remix já diz tudo: “The horny european”, ou seja, o tesão europeu!

4-A stroll trough the park
Análise: Essa versão é puro Reggae com influências marcantes de Bob Marley. É um legitimo passeio pelo parque, pela praia, pela praça .....

5- I´m horny
Análise: Estou com tesão??? Não senti nada até agora!!! Enfim! Esse remix é praticamente igual ao remix anterior com muito reggae, paz, amor, fumaça e sussurros femininos dizendo ieeeeeeeeee ieeeeeeee ieeeeeeeeee.

6- Alternate horny
Análise: Que culpa a gente  tem se quase todos os remixes são iguais? Aliás, não vejo nada de tesão alternativo como se refere o nome deste remix. Reggae, dub, fumaça, dub, reggae e mais vocais femininos dizendo agora aaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh!

7- The not so late ragga Voyage
Análise: E a viagem cósmica do Skank continua. Este remix produzido por Dudu Marote segue seu destino interestelar com tecladinho romântico tipo “Rebel in me” da canção do Jimi Cliff, mas dá uma parada e requebra com a levada sutil de drum n´ bass! E só!

8 - The not so late jungle Voyage
Análise: Nos primórdios o Drum n´ bass era chamado de “Jungle”, mas esse remix também segue a mesma fórmula da versão anterior. Isto é, Me sinto só, me sinto só, me sinto tão....chapado, quer dizer, (desculpa) me sinto tão seu!  

CD















* Até o momento não existem informações referentes ao lançamanto deste single no formato de vinil 12”.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ed Motta - Tem espaço na van (single remixes) promocional

single remixes
Alerta!!!! 
Muitas vezes é injusto fazer comparação da qualidade dos remixes brasileiros frente aos remixes internacionais. Aliás, com algumas exceções, os remixes produzidos pelos gringos estão vários anos luz na frente dos remixes produzidos no Brasil, por enquanto. Porém, é fundamental a galera saber que ser brasileiro não significa que todo mundo esteja condenado ao atraso musical!!! Tem muita gente preguiçosa que veste a carapuça de brasileiro pobre e utiliza essa “pobreza de espírito” como desculpa para fazer um péssimo trabalho! 

É importante ter consciência desse fato, porque se você pegar o single promocional de remixes da música Tem espaço na van do Ed Motta, você poderá torcer o nariz para algumas das versões remixadas pelos brasileiros, pela falta de entusiasmo e vibração.
A letra é interessante, porém dizem que a concepção melódica original não se enquadrou muito bem na história da música. Mas, o cd de remixes vale pela experiência. A edição deste single não consta capa e contém apenas as informações impressas no cd. Foi editado em 2003 pela gravadora Trama e a versão original da música pertence ao álbum Poptical lançado pelo cantor no mesmo ano. 

1 – Original Version
Análise: Você já sabe que “original version” não é um remix, mas a versão original igual a lançada no álbum.

2 – Linn Remix

Análise: Esse remix foi creditado por alguém cujo nome de identificação é “O time”. Não me perguntem porquê ou o quê isso significa! Não tenho culpa! Tá impresso nos créditos oficiais do cd!
A versão desse remix deveria ter sido a versão original, porém sabe-se que alguns artistas nacionais não gravam suas músicas de forma turbinada porque não possuem recursos financeiros suficientes para reproduzir essas canções ao vivo com toda a qualidade tecnológica que tenha sido gravada em estúdio.  E, também porque parte do povo brasileiro, pré-doutrinado a se contentar com migalhas, não gosta e não está acostumado com todo o aparato tecnológico que por exemplo,  os gringos da nova geração, utilizam nos shows internacionais! Então parte da galera brasileira se contenta com uma musiquinha e não com um musicão!  Talvez por esses dois motivos apresentados, a produção de Ed Motta tenha optado por gravar a versão original da música de forma simplezinha sem todo o aparato tecnológico que ela merece. Por isso que se entende que esse remix deveria ter sido, na verdade a versão original. Porque a melodia foi apenas incremetada e não remixada.

3 – Max Remix

Análise: Esse remix produzido por Max de Castro segue o estilo do próprio cantor. Utilizando conceitos musicais de suas influencias que vão desde o funk, soul e a  black music, o remix cai muito bem para ser ouvido naquele barzinho descolado que a galera se encontra antes ou depois do festerê! Essa versão se encaixa no conceito musical popularizado pelos lounges.

4 -  Memê Mix

Análise: É muito complicado avaliar uma remixagem porque existem remixes maravilhosos de musicas que não deram em nada. Mas em contrapartida, também existem remixes pobres que levaram a carreira do artista nas alturas. Vai entender!!! Essa versão produzida pelo Dj Memê tem nove minutos de duração. O arranjo inicial tem uma linha de baixo progressivo que se funde com uma levada dançante ao estilo “House”. Sem dúvida, é a versão destinada para a pista.

5 – Memê Club Mix

Análise: Engraçado, essa versão dançante mais parece o remix editado da versão anterior sem a levada de baixo inicial progressiva, sem os loops com o refrão principal da canção dizendo “Tem espaço na van” e com a metade do tempo. Isto é, 4:45min. As diferenças são poucas, mas o gênero da House music permanece.

6 – Silver remix

Análise: Essa versão segue o estilo funk-soul-black music com acompanhamento de loop eletrônico. Boa pedida para lounges e chill outs. Produzido por Silvera.

7 – Tiburceland remix

Análise: Respeito a criatividade e ousadia, mas o remix se chamar de “Tiburceland” ninguém merece! Imagine o locutor de radio dizendo: vamos ouvir agora o remix do Tibúr sei lá o quê! Qual é!? Enfim, tem gente que não aprende!
Lembre-se que é mais fácil mudar de nome do que a sociedade se acostumar ou evoluir! Se você não sabe, então preste atenção na regra da vida que nem a família e nem as escolas nos ensinam:
" É proibido utilizar em nomes próprios de pessoas, lugares, objetos ou coisas, palavras que possam ter um entendimento ambíguo, jocoso e engraçado. Isso se deve ao fato para não desviar a atenção das pessoas para o real sentido do objeto." 
- Mas no passado as pessoas faziam assim e ninguém dizia nada! 
O passado era parcialmente burro! Eram pessoas que não sabiam onde começava o inicio e terminava o fim! Eram pessoas carentes que dependiam do Estado, clamavam por justiça e rezavam pra Deus ajudar! Não havia discernimento no povo das palavras certas para serem utilizadas.  Era quase tudo aos trancos e barrancos!!! A Europa tem 2000 mil anos de história e desenvolvimento. O Brasil é um nenê de 510 anos!
Muitos querem fazer diferente e acabam estragando tudo! A filha de uma amiga minha se chama Morgara! Isso mesmo! Morgara! É uma menina linda que vai ficar a vida toda explicando que seu nome verdadeiro não é Morgana, mas sim, Morgara! Isso sem falar que Morgara lembra moranga que é uma espécie de abóbora. Imagine essa criança na escola! O bullying que o diga!
 A versão produzida por Carlos Carlomagno é muito boa. A começar pelo teclado fazendo linha de baixo seguindo a melodia musical. (ainda bem que alguém pensou nisso, para não deixar a canção crua e perdida no meio do batuque). Esse remix tem clima sofisticado, fazendo o estilo downtempo com ares de Black music e muito soul. Vale a pena ouvir em qualquer momento.

8 – Jair Oliveira Remix

Os riffs de guitarra wah wah abrem caminho para esse remix que traz influências do estilo musical chamado de 2 Step, também conhecido como UK garage. Produzido por Jair Oliveira, a melodia tem um ótimo balanço e uma batida quebrada que faz toda a diferença num set musical elegante. Sem dúvida é uma versão para um público mais exigente, visto que o gênero UK Garage não pegou muito no Brasil. 

9 – House mix

Produzido por Mad Zoo esse remix ao estilo house não tem muitas novidades ou sintetizadores adicionais. Também é direcionado para a pista de dança. Aliás, como é interessante ouvir remixes na versão house que não tenham sido produzidos pelo Dj Meme. Assim, o consumidor pode apreciar remixes feitos por outros produtores dentro do mesmo estilo, sem que fique aquela escravidão musical em torno de apenas um.

10 – M.P.C Remix

Até que enfim alguém fez alguma coisa diferente! Sim, caro leitor. Porque alguns remixes já são tão manjados pelo público que se limitam em um “tum-tis-tum”, apenas. Produzido por Dj Marcelinho, essa versão mantém o andamento melódico original, mas adicionou riffs de bateria de escola de samba. Também é possível perceber o sample de um timbre de teclado electro mixado junto com barulhos musicais que lembram o scratch de um DJ.  Pode não ser um remix dançante, mas é bem criativo.

11 – House Edit

Cadê a versão Club? Sim, caro leitor. Toda a vez que aparece a palavra “edit” na música, significa que se trata de uma versão editada ou uma versão menor para ser tocada no rádio. Então, a pergunta se faz necessária. Cadê a versão Club? Será que não teve mais espaço no CD? Enfim. Coisas do Brasil. Se não tem mais espaço no single, acho que a versão Club deve estar perdida na van. (risos) Quem sabe?! Talvez o dj e produtor Deep Lick saiba. Aliás, foi ele mesmo que produziu essa bela versão direcionada para aquecer o dancefloor.

12 – Parteum remix

Esta versão musical “um tanto discreta” conta com a produção e a participação de Fabio Luis também conhecido pelo nome artístico de rapper Parteum. O qual, poderia ter ousado um pouco mais na levada de rap e hip hop que acompanha a melodia. Porém, a gente entende.

13 – Franco Junior remix

Utilizando como base a música eletrônica, Franco Junior produziu esse remix bem ao estilo techno que o consagrou nas produções para o projeto “M4J” e para o projeto chamado “Lunatics”. Não se trata de um remix dançante porque nem toda a música techno possui empolgação para ser dançada.

Na imagem abaixo está a outra capa da versão promocional de rádio, também em cd single, que traz apenas duas faixas para a mesma música. Isto é a versão original e versão editada.

capa single promocional













contra capa













CD single simples














* Não foram localizadas informações a respeito da música ter sido lançada no formato de single vinil.  
** Existe uma versão remix não autorizada chamada de "Johnny remix " e está disponível  para downloading em alguns sites na internet. Esse remix segue o estilo funk carioca e não foi editado em nenhum dos cds oficiais. 
*** Ed Motta é um dos poucos artistas brasileiros que explica direitinho para o público e para os fãs sobre todos os singles e discos lançados em sua carreira. Veja discografia no site: www2.uol.com.br/edmotta

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Paralamas do Sucesso - Dos Margaritas (single remix) Item de colecionador

capa interna
capa externa

“Pero nada me hará tan feliz como dos Margaritas” é o refrão da música “Dos Margaritas” que a banda Paralamas do Sucesso lançou em cd single remix promocional digipack em 1994. Este single apresenta 3 remixes e foram produzidos pelo Dj Memê. O qual, na época já chamava  atenção do mercado brasileiro com suas misturas e montagens musicais. 

É importante recordar que naquele período, o Brasil ainda estava assimilando a construção melódica feita por Madonna ao lançar o álbum Erótica em 1992. Na área roqueira...., bem vamos pular essa parte porque novidade no rock não havia nada comercial além da continuidade da mesma coisa.  E na música brasileira, o axé já começava a agitar o povão bem antes de se tornar uma festividade nacional. 

Aliás, jornalistas, fofoqueiros de plantão e paparazzis em busca de novidades, tiravam férias na Bahia e voltavam para São Paulo e Rio de Janeiro contagiados pelos ritmos nordestinos. Isso não é uma crítica, mas apenas uma constatação de como aconteceram as coisas. Se não foi dessa forma, por favor, que provem ao contrário! A mídia não é a culpada, mas foi ela quem deu um “empurranzinho” para a consagração do axé em terras tropicais, entre outros tantos ritmos e estilos! 

Ninguém esta dizendo que o axé é bom ou ruim. Apenas lembramos ao leitor como as coisas aconteceram e ainda movimentam a música no Brasil. Logo, é preciso tomar cuidado para não misturar música de comércio com música de talento! O remix da canção "Dos margaritas" também foi compilado no álbum de remixes “Só Dance” , que foi lançado em 1994 com remixes de canções de vários artistas brasileiros e que em breve será postado pelo blog.

 1- Dos Margaritas – Technotribal Mix

Análise: Se você pensou em uma batida forte como o estrondo de um tambor, infelizmente, terá que se contentar com um batuquezito meia boca. Sabe aquela bateria de escola de samba? Sabe aquele som produzido pelos tambores japoneses? Pois é, infelizmente, em todas as versões deste single você vai encontrar uma bateria chupada à la Kraftwerk. Nada contra as influências musicais kraftwerkianas, as quais o Dj Memê buscou inspiração para produzir os remixes,  mas a batida da música merecia ganhar mais peso e mais empolgação!
Outro detalhe importante é que se você tirar a voz do vocalista, mudar um pouco a velocidade da canção e adicionar os vocais Hip hop de um MC, com certeza a música se transformaria num belo funk carioca. O remix é interessante, mas se comparado com as possibilidades tecnológicas atuais, a vibração da melodia seria bem diferente. De qualquer forma, vale pelo registro.

2 - Dos Margaritas –  Original version
Análise: Versão original é igual a versão apresentada pelo álbum. Não é um remix 

3 - Dos Margaritas – Memê´s Technological 12"
Análise:  Esse  remix é o mais longo de todos e segue a mesma linha da versão Technotribal, porém com arranjos iniciais diferentes. Direcionado para as festas e para os clubs, se fosse hoje, iria sugerir para o dj memê sobrepor  ou duplicar as camadas melódicas (landscapes) que garantem a sustentabilidade na canção, para marcar melhor o andamento melódico da música. 

4- Dos Margaritas – Technological radio mix
Análise: Esse remix tem a mesma estrutura da versão anterior, porém com menor tempo e produzido para tocar no rádio.

* Caso tivesse postado o single há quinze anos, diversos fãs iriam se descabelar para comprar esse cd raro que virou item de colecionador. 

** Essa música foi lançada originalmente no álbum Severino em 1994, Gravadora Emi-Odeon.
CD





















**** Seis meses após essa postagem ter sido divulgada, recebemos a informação de que este single também foi editado em vinil 12" promocional junto com a música "Eu ví o Rei" da cantora Marina Lima. As músicas dos Paralamas do Sucesso que aparecem no lado A do vinil são: 

1- Dos Margaritas – Memê´s Technological 12" 
2- Dos Margaritas – Technotribal Mix
3 - Dos Margaritas – Technological radio mix 

* Sem dúvida um item raro de colecionador! Veja imagem abaixo:
Foto do single editado em vinil