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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

RemiXme - Compilação vários artistas

Capa

Lançado em 2015, a coletânea de remixes RemiXme foi uma aposta feita pela gravadora Warner com novos talentos da musica pop brasileira.

Olhando de perto, a iniciativa foi ótima, entretanto além da baixa divulgação promocional, infelizmente as canções escolhidas não conquistaram o público e o pouco sucesso que a compilação teve, ficou limitado ao gueto musical dos artistas que participam da coletânea. 

Para constar

Antigamente, havia a impressão de mais receptividade por parte dos consumidores. Porém, com a virada do milênio, houve mudanças no comportamento do público que provocaram uma desconexão musical silenciosa - que por sua vez -  rompeu e reconfigurou o interesse e o sentido musical das pessoas. 

Esse comportamento, substituiu a solidez alcançada por sucessos musicais do passado pela superficialidade passageira e descartável atual. Esse fato, segundo pesquisadores, está sendo impulsionado pelas redes sociais que estão famintas pelo novo sucesso, apenas. 

E tem mais....

- Mais? 

Sim! Se a galera da favela e dos guetos não se identifica musicalmente com o Brasil, o brasileiro também não se sente representado musicalmente pela galera dos guetos e favelas. O resultado disso já pode ser visto onde cada artista ou pseudo artista faz sucesso no seu quadrado. Para muitos especialistas no assunto, essa situação é inevitável e previsível, mas não imaginávamos que estaria acontecendo no tempo presente. Parece que o Brasil está se dividindo em clubinhos, guetos......

Todas as canções e remixes dessa compilação, infelizmente, não alcançaram projeção nacional, mesmo com a presença de Anitta e Ludmilla. O sucesso (passageiro) das músicas, ficou restrito ao gueto e aos fãs dos artistas. Mas atenção! Esse fato não ocorre apenas no Brasil. Existem centenas de remixes de artistas internacionais que também não alcançaram o sucesso que mereciam. 

A compilação registra os seguintes remixes:

01. Anitta - Zen (Club by Umberto e Mãozinha)
02. Duduzinho - O Mundo É Nosso (Leo Breanza e Miller Remix)
03. Ludmilla - 24 Horas por Dia (Leo Breanza Remix)
04. Tiê - A Noite (Deep Lick Remix)
05. Biel - Demorô (Leo Breanza Remix)
06. Dj Tubarão feat. Gabily - Avisa ao Baile (Versão Extendida)
07. Trio Yeah - Patricinha (Leo Breanza e Miller Remix)
08. Letticia - Sem Hora Marcada (Leo Breanza e Miller Remix)
09. Shameless feat Débora Cidrack - Pieces Of Us (Leo Breanza Remix)
10. Tiê - Isqueiro Azul (Kassiano Remix)
11. Ludmilla - Não Quero Mais (Leo Breanza e Miller Remix )
12. Tiê - A Noite (Adriano Cintra Remix)
Contracapa

Reflexão sobre o sucesso

Não é por aparecer ou ter aparecido meia dúzia de vezes na TV , que o artista seja conhecido ou que seja sucesso no Brasil.

- Porque? Porquê? Porquê?

Porque aparecem trocentos mil novos artistas na TV a todo momento. Isso é legal, mas ao mesmo tempo ocorre dispersão do público que diante de tantas possibilidades, acaba relativizando todos os artistas como se fossem a mesma coisa. Dessa forma, entramos na banalidade musical onde artistas bons são misturados e comparados a calouros de programas de TV.

Onde ouvir? Lá no Youtube tem, faixa por faixa.

Onde comprar? Em lojas que vendem discos e Cds novos e usados ou em algumas plataformas digitais. Pela raridade, essa compilação está virando item de colecionador. 

Onde dançar? Depende do Dj, depende da região, depende do público, depende do quadrado.....

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ed Motta - Tem espaço na van (single remixes) promocional

single remixes
Alerta!!!! 
Muitas vezes é injusto fazer comparação da qualidade dos remixes brasileiros frente aos remixes internacionais. Aliás, com algumas exceções, os remixes produzidos pelos gringos estão vários anos luz na frente dos remixes produzidos no Brasil, por enquanto. Porém, é fundamental a galera saber que ser brasileiro não significa que todo mundo esteja condenado ao atraso musical!!! Tem muita gente preguiçosa que veste a carapuça de brasileiro pobre e utiliza essa “pobreza de espírito” como desculpa para fazer um péssimo trabalho! 

É importante ter consciência desse fato, porque se você pegar o single promocional de remixes da música Tem espaço na van do Ed Motta, você poderá torcer o nariz para algumas das versões remixadas pelos brasileiros, pela falta de entusiasmo e vibração.
A letra é interessante, porém dizem que a concepção melódica original não se enquadrou muito bem na história da música. Mas, o cd de remixes vale pela experiência. A edição deste single não consta capa e contém apenas as informações impressas no cd. Foi editado em 2003 pela gravadora Trama e a versão original da música pertence ao álbum Poptical lançado pelo cantor no mesmo ano. 

1 – Original Version
Análise: Você já sabe que “original version” não é um remix, mas a versão original igual a lançada no álbum.

2 – Linn Remix

Análise: Esse remix foi creditado por alguém cujo nome de identificação é “O time”. Não me perguntem porquê ou o quê isso significa! Não tenho culpa! Tá impresso nos créditos oficiais do cd!
A versão desse remix deveria ter sido a versão original, porém sabe-se que alguns artistas nacionais não gravam suas músicas de forma turbinada porque não possuem recursos financeiros suficientes para reproduzir essas canções ao vivo com toda a qualidade tecnológica que tenha sido gravada em estúdio.  E, também porque parte do povo brasileiro, pré-doutrinado a se contentar com migalhas, não gosta e não está acostumado com todo o aparato tecnológico que por exemplo,  os gringos da nova geração, utilizam nos shows internacionais! Então parte da galera brasileira se contenta com uma musiquinha e não com um musicão!  Talvez por esses dois motivos apresentados, a produção de Ed Motta tenha optado por gravar a versão original da música de forma simplezinha sem todo o aparato tecnológico que ela merece. Por isso que se entende que esse remix deveria ter sido, na verdade a versão original. Porque a melodia foi apenas incremetada e não remixada.

3 – Max Remix

Análise: Esse remix produzido por Max de Castro segue o estilo do próprio cantor. Utilizando conceitos musicais de suas influencias que vão desde o funk, soul e a  black music, o remix cai muito bem para ser ouvido naquele barzinho descolado que a galera se encontra antes ou depois do festerê! Essa versão se encaixa no conceito musical popularizado pelos lounges.

4 -  Memê Mix

Análise: É muito complicado avaliar uma remixagem porque existem remixes maravilhosos de musicas que não deram em nada. Mas em contrapartida, também existem remixes pobres que levaram a carreira do artista nas alturas. Vai entender!!! Essa versão produzida pelo Dj Memê tem nove minutos de duração. O arranjo inicial tem uma linha de baixo progressivo que se funde com uma levada dançante ao estilo “House”. Sem dúvida, é a versão destinada para a pista.

5 – Memê Club Mix

Análise: Engraçado, essa versão dançante mais parece o remix editado da versão anterior sem a levada de baixo inicial progressiva, sem os loops com o refrão principal da canção dizendo “Tem espaço na van” e com a metade do tempo. Isto é, 4:45min. As diferenças são poucas, mas o gênero da House music permanece.

6 – Silver remix

Análise: Essa versão segue o estilo funk-soul-black music com acompanhamento de loop eletrônico. Boa pedida para lounges e chill outs. Produzido por Silvera.

7 – Tiburceland remix

Análise: Respeito a criatividade e ousadia, mas o remix se chamar de “Tiburceland” ninguém merece! Imagine o locutor de radio dizendo: vamos ouvir agora o remix do Tibúr sei lá o quê! Qual é!? Enfim, tem gente que não aprende!
Lembre-se que é mais fácil mudar de nome do que a sociedade se acostumar ou evoluir! Se você não sabe, então preste atenção na regra da vida que nem a família e nem as escolas nos ensinam:
" É proibido utilizar em nomes próprios de pessoas, lugares, objetos ou coisas, palavras que possam ter um entendimento ambíguo, jocoso e engraçado. Isso se deve ao fato para não desviar a atenção das pessoas para o real sentido do objeto." 
- Mas no passado as pessoas faziam assim e ninguém dizia nada! 
O passado era parcialmente burro! Eram pessoas que não sabiam onde começava o inicio e terminava o fim! Eram pessoas carentes que dependiam do Estado, clamavam por justiça e rezavam pra Deus ajudar! Não havia discernimento no povo das palavras certas para serem utilizadas.  Era quase tudo aos trancos e barrancos!!! A Europa tem 2000 mil anos de história e desenvolvimento. O Brasil é um nenê de 510 anos!
Muitos querem fazer diferente e acabam estragando tudo! A filha de uma amiga minha se chama Morgara! Isso mesmo! Morgara! É uma menina linda que vai ficar a vida toda explicando que seu nome verdadeiro não é Morgana, mas sim, Morgara! Isso sem falar que Morgara lembra moranga que é uma espécie de abóbora. Imagine essa criança na escola! O bullying que o diga!
 A versão produzida por Carlos Carlomagno é muito boa. A começar pelo teclado fazendo linha de baixo seguindo a melodia musical. (ainda bem que alguém pensou nisso, para não deixar a canção crua e perdida no meio do batuque). Esse remix tem clima sofisticado, fazendo o estilo downtempo com ares de Black music e muito soul. Vale a pena ouvir em qualquer momento.

8 – Jair Oliveira Remix

Os riffs de guitarra wah wah abrem caminho para esse remix que traz influências do estilo musical chamado de 2 Step, também conhecido como UK garage. Produzido por Jair Oliveira, a melodia tem um ótimo balanço e uma batida quebrada que faz toda a diferença num set musical elegante. Sem dúvida é uma versão para um público mais exigente, visto que o gênero UK Garage não pegou muito no Brasil. 

9 – House mix

Produzido por Mad Zoo esse remix ao estilo house não tem muitas novidades ou sintetizadores adicionais. Também é direcionado para a pista de dança. Aliás, como é interessante ouvir remixes na versão house que não tenham sido produzidos pelo Dj Meme. Assim, o consumidor pode apreciar remixes feitos por outros produtores dentro do mesmo estilo, sem que fique aquela escravidão musical em torno de apenas um.

10 – M.P.C Remix

Até que enfim alguém fez alguma coisa diferente! Sim, caro leitor. Porque alguns remixes já são tão manjados pelo público que se limitam em um “tum-tis-tum”, apenas. Produzido por Dj Marcelinho, essa versão mantém o andamento melódico original, mas adicionou riffs de bateria de escola de samba. Também é possível perceber o sample de um timbre de teclado electro mixado junto com barulhos musicais que lembram o scratch de um DJ.  Pode não ser um remix dançante, mas é bem criativo.

11 – House Edit

Cadê a versão Club? Sim, caro leitor. Toda a vez que aparece a palavra “edit” na música, significa que se trata de uma versão editada ou uma versão menor para ser tocada no rádio. Então, a pergunta se faz necessária. Cadê a versão Club? Será que não teve mais espaço no CD? Enfim. Coisas do Brasil. Se não tem mais espaço no single, acho que a versão Club deve estar perdida na van. (risos) Quem sabe?! Talvez o dj e produtor Deep Lick saiba. Aliás, foi ele mesmo que produziu essa bela versão direcionada para aquecer o dancefloor.

12 – Parteum remix

Esta versão musical “um tanto discreta” conta com a produção e a participação de Fabio Luis também conhecido pelo nome artístico de rapper Parteum. O qual, poderia ter ousado um pouco mais na levada de rap e hip hop que acompanha a melodia. Porém, a gente entende.

13 – Franco Junior remix

Utilizando como base a música eletrônica, Franco Junior produziu esse remix bem ao estilo techno que o consagrou nas produções para o projeto “M4J” e para o projeto chamado “Lunatics”. Não se trata de um remix dançante porque nem toda a música techno possui empolgação para ser dançada.

Na imagem abaixo está a outra capa da versão promocional de rádio, também em cd single, que traz apenas duas faixas para a mesma música. Isto é a versão original e versão editada.

capa single promocional













contra capa













CD single simples














* Não foram localizadas informações a respeito da música ter sido lançada no formato de single vinil.  
** Existe uma versão remix não autorizada chamada de "Johnny remix " e está disponível  para downloading em alguns sites na internet. Esse remix segue o estilo funk carioca e não foi editado em nenhum dos cds oficiais. 
*** Ed Motta é um dos poucos artistas brasileiros que explica direitinho para o público e para os fãs sobre todos os singles e discos lançados em sua carreira. Veja discografia no site: www2.uol.com.br/edmotta