sábado, 28 de maio de 2016

Titãs - AA UU remix / O que (single promocional - Item de colecionador)

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Revolvendo alguns hits do passado, conseguimos localizar o single remix da canção “AAUU”, da banda Titãs. Trata-se do disco promocional de número 28 editado em vinil 12”, pela gravadora WEA. O single foi distribuído em 1986 junto com a música “O que”. Nessa época, pós megassucesso do grupo RPM, a banda Titãs estava se transformando na sensação do pop rock nacional ao representar uma galera que não queria apenas comida, bebida e fazer amor. Mas, trazer um pouco de irreverência e questionamentos sociais para a nova geração. A qual, segundo pesquisadores daquele período, tinha uma estrutura educacional um pouco mais esclarecida, que o famigerado jeito brasileiro de ser e depender de coronéis, padrinhos e outros favores advindos da herança política ditatorial do passado.
Contracapa

As duas canções fazem parte do álbum Cabeça de dinossauro, que foi produzido por Liminha e lançado em 1986. O trabalho rendeu ao grupo seu primeiro disco de ouro. O single apresenta o remix da canção “AA UU” e foi remixada pelos Djs Grego e Dinamyc Duo. Independente do remix ter sido editado por djs, a remixagem da canção não apresenta surpresas e segue a típica estética dos remixes que tinham o “olhar” rígido do produtor Liminha. Aliás, dizem as más línguas, que o produtor parecia nem saber o que se passava na pista de dança. Fato semelhante também ocorria com diversos produtores da cena musical brasileira na década de oitenta, que pouco conheciam o que era dance music ou qualquer outro estilo musical relacionado às danceterias e a música eletrônica.
Imagem da banda

Apesar das limitações técnicas da produção e do conhecimento superficial do público, é claro que o remix fez sucesso nas principais rádios do Brasil e em muitas festas que tinham um play list de poprock nacional. Vale lembrar que em terra de cego, quem tem olho é considerado rei! Ou seja, no meio do quase nada, qualquer migalha musical era considerada o máximo! 

O single remix possui as seguintes faixas:

LADO A

1- O que - 5´38

LADO B

1- AA UU - versão remix - 5´30

Não queremos desmerecer os remixes brasileiros produzidos na década de oitenta. Existem trabalhos muitos bons. Entretanto, não vamos tapar o sol com a peneira e criar uma sensação de maravilha para as futuras gerações, ao afirmar que a década de oitenta era esplendorosa, porque não foi bem assim. É preciso respirar, pensar, comparar e ouvir. Existiram ótimos momentos musicais, tanto quanto tentativas e decepções como em qualquer outra década. Ponto! Sem choro, por favor! Pesquisadores entendem que parte da atitude comportamental do brasileiro - que se acostumou com migalhas, acabou criando um problema social muito sério ao longo dos anos. Para eles, não basta colocar farofa no feijão com o arroz musical - é preciso colocar um pouco mais de desenvolvimento, educação e tecnologia nesse prato!

* Na sequência podemos ver a imagem do single vinil promocional simples de número 19, com a versão original da canção AA UU, em 33 e 45 rotações.
Capa e música igual em ambos os lados

1- AA UU - versão original 3´01

* A versão remix da canção "O que" foi lançada em outro single promocional e já foi postado pelo blog. Para rever basta clicar aqui!

** Agradecimento especial ao Dj Cassius por ter fornecido as imagens para ilustrar o post de hoje.

domingo, 22 de maio de 2016

Brazil Attacks - É o Tchan remixes

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Não caro leitor, você não leu errado! Antes de gritar desesperadamente contra a postagem de hoje, a equipe do blog afirma que o mundo musical não acabou. Haverá dores de consciência coletiva e até sintomas de depressão. Mas a vida é cheia de desafios e quando está ruim não há nada que não possa ficar pior. Porém, no final de tudo, os cachorros latem e a caravana passa. Depois o pessoal esquece. Portanto, hoje lembramos de uma música, que foi megassucesso popular nos anos 90. Estamos falando da libidinosa e provocante canção homônima do grupo É o Tchan.

Pra começar, temos o nome “Brazil Attacks”, que foi utilizado como alternativa para substituir o nome do grupo no mercado internacional. Acontece que para os gringos não habituados com a língua portuguesa, ficava complicado falar a música “É o Tchan” do grupo “É o Tchan”. “....Ninguém entendia direito a pronúncia. O que causava uma certa irritabilidade. Muitos chegavam a considerar o nome como “untranslatable” (intraduzível)”. Era o que diziam alguns funcionários da gravadora Polygram, na época do lançamento do single.

* Vale lembrar que esse desconforto também ocorre aqui no Brasil diante de nomes de músicas e de bandas internacionais, que são quase impronunciáveis.
Imagem do grupo 

Pegando carona no ritmo do pagode, a canção É o Tchan do grupo É o Tchan infernizou, quer dizer, invadiu (risos) as rádios brasileiras de 1995 a 1998. Devido ao sucesso comercial do grupo, a gravadora Polygram distribuiu um Cd single com remixes bem interessantes da música É o Tchan, pra galera se jogar na pista. Dessa forma, a edição brasileira do Cd single foi oficialmente lançada em 1997, trazendo quatro remixes produzidos pelo pessoal do “Dream Team” (T. Peret, J. M. Castells & Q. Tejada) - os quais também assinaram os megamixes maravilhosos da coletânea Máquina Total, lembra? Quem é dj lembra!!! Enfim...... O single também registra os remixes bem safadinhos e dançantes do Bayside Boys, do Hitmakers e de Fábio Tabashi.
Contracapa

Para a felicidade dos fãs e colecionadores, a versão remix produzida pelo pessoal do Hitmakers, foi incluída na coletânea Joven Pan - Radio Hits Dance remix nacional lançada em 1996, também pela gravadora Polygram. Para revolta de parte da galera tupiniquim, o grupo É o Tchan vendeu milhões de cópias usando como pano de fundo, a sexualidade brasileira. Porém, nem vamos entrar no contexto da exploração sexual ou do apelo erótico escancarado das composições musicais. Afinal, os dois assuntos revelam a confusão e a indiferença educacional de parte da população no país, que naquela época, já ultrapassava os limites do bom senso.

O Cd single comercial brasileiro registra as seguintes versões:
CD 

1-Brazil attacks – É o Tchan (Dream Team Edit) 3´55
2-Brazil attacks – É o Tchan (Bayside boys Club mix) 4´59
3-Brazil attacks – É o Tchan (Olodance mix) 4´57
4-Brazil attacks – É o Tchan (Hitmakers) 4´56

O Cd single promocional simples foi lançado em 1996 pela Polygram e registra apenas duas faixas:
1- A dança do bumbum 3´11
2- É o Tchan versão remix - Hitmakers mix 4´57

Na sequência temos a imagem do Cd single editado em 1995 na Suíça com cinco versões:
1-Brazil attacks – É o Tchan (Dream Team Edit) 3´55
2-Brazil attacks – É o Tchan (Dream Team Long version) 4´15
3-Brazil attacks – É o Tchan (Bayside boys Club mix) 4´59
4-Brazil attacks – É o Tchan (Bayside boys W/Out Rap) 5´38
5-Brazil attacks – É o Tchan (Original version)

Na Bélgica o single promocional lançado em 1995 pela gravadora Polydor, foi editado em vinil 12” com seis remixes:
LADO A

1-Brazil attacks – É o Tchan (Dream Team Long version) 4´15
2-Brazil attacks – É o Tchan (Bayside boys W/Lead) 4´59
3-Brazil attacks – É o Tchan (Bayside boys W/Out Rap) 5´38

LADO B

1-Brazil attacks – É o Tchan (Bayside boys Club mix) 4´59
2-Brazil attacks – É o Tchan (Olodance) 4´57
3-Brazil attacks – É o Tchan (Hitmakers) 4´56

O Cd single/card com encarte foi distribuído na França apresentando as faixas: Álbum version e Dream Team remix edit. 
Frente
Verso 

E aqui, a imagem da mesma versão do single anterior (com duas canções) que foi editado na América latina, também utiliza o formato de single/card sem o encarte. 
Por fim, uma picaretagem.....

A equipe do blog estava finalizando a resenha e acabou encontrando outras informações um tanto constrangedoras. Como já mencionamos, se algo está ruim, não há nada que não possa ficar pior. Nessa linha de pensamento, apareceu misteriosamente um single vinil italiano de um grupo chamado “Los Tchans”, que apresenta “Sonia San (???) cantando a música É o Tchan”! Trata-se de quatro versões da canção que foram lançadas em 1995/1996 pela gravadora “Intense”. Não sabemos qual é a associação existente entre a música original e versão "cover". Mistérios......

O single editado em vinil 12” apresenta as seguintes faixas:
LADO A

1- É o Tchan – Extended mix 5´50
2- É o Tchan – Radio mix 4´18

LADO B

1- É o Tchan – Batuka mix 6´19
2- É o Tchan – Tribal mix 6´40

* Lembramos que o Cd single com remixes editado no resto da Europa em 1998, destaca as mesmas versões que a edição do single brasileira.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Dj Zé Pedro – Essa moça tá diferente remixes (compilação)

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Utilizando o trocadilho da palavra, não há dúvida que o Dj Zé Pedro é uma moça de muita coragem. Afinal, produzir melodias dançantes cantadas em português, sem cair no batuque geral alimentado por ritmos tropicais, que inevitavelmente acabam transformando a estética da dance music num grande carnaval, é tarefa complicada! Enquanto os puristas torcem o nariz, a galera do festerê cai na gandaia. Aliás, tem muita gente que adora o tempero latino misturado ao conceito Hi-tech. Diferente do Brasil, a combinação “Latino Dance” faz sucesso em clubes da região sul dos Estados Unidos, passando pelo México, países da América central, até chegar aos nossos vizinhos do continente sul americano.
Dj Zé Pedro

Ao longo dos anos acompanhando de perto a música popular brasileira (MPB), o Dj Zé Pedro também foi corajoso ao repaginar melodicamente artistas esquecidos e explorar diversas canções desconhecidas do grande público. Exemplos não faltam. Quem com menos de trinta anos conhece a cantora Célia? Quem se lembra de Maysa, Nara leão e Ângela Ro Rô? O repertório escolhido pelo Dj provoca até mesmo os fãs da MPB, ao transformar a compilação num exercício musical interessante.
Encarte 01
Encarte 02
Encarte 03

No que se refere aos remixes, comparando com trabalhos anteriores, a equipe do blog ficou empolgada com a evolução da qualidade técnica musical do Dj. A terceira compilação que leva o título “Essa moça tá diferente”, também contou com a habilidade dos produtores Andre Torquato e Ignácio Sodré, para dar uma equilibrada nos arranjos, na masterização e na transformação de canções brasileiras em músicas eletrônicas para dançar. O projeto foi lançado em 2009 pela gravadora Lua Music.
Contracapa

Entretanto, apesar da seleção musical ser um tanto audaciosa, lembramos que nem todas as canções irão funcionar na pista de dança. Afinal, é preciso reunir o público certo para a festa decolar. A estética musical dos remixes flerta entre o House, Euro house, Latin house, Tribal house e outros retalhos da colcha musical eletrônica made in Brasil. De forma geral, o resultado agradou aos fãs do estilo e também a galera que não estava apegada a rótulos. Principalmente, as moças que em tempos de repetição, procuravam combinações musicais diferenciadas. Se joga!

A compilação registra os seguintes remixes:

01 Infinito Particular (Infinito mix) - Marisa Monte
02 Trem Azul (Solar mix) - Elis Regina
03 Sufoco (Samba house mix) - Alcione
04 Compasso  (Pulsar mix) - Angela Ro Rô
05 Canto de Ossanha (Afro mix) - Maysa
06 Eu Quero Botar Meu Bloco na Rua (Bloco funk mix) - Maria Alcina
07 Na Cadência do Samba  (Batucada mix) - Cássia Eller
08 Todo Amor que Houver Nessa Vida (Electro rock mix)  - Zélia Duncan
09 Mal-me-quer (Nova bossa mix) - Nara Leão
10 Raça (Tribal mix) - Fafá de Belém
11 Ta-hi (South american mix)  - Fernanda Takai
12 Muito Romântico (Pianomix) - Célia
13 Cabide (Nêga mix) - Martinália
14 Vou Festejar (Alegria mix) - Beth Carvalho
CD

* Até o momento a coletânea não foi lançada em vinil. 

terça-feira, 3 de maio de 2016

Carlinhos Brown & Dj Dero - Candyall Beat (álbum + remixes)

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Quando o trabalho musical é importante e divertido, a equipe faz questão de aplaudir e recomendar. Mas quando o resultado é enfadonho ou ruim é preciso refletir e alertar a galera, para que ela não caia em armadilhas.

“Ainda bem que existe o blog do Brasilremixes para fazer a análise e a comparação musical de remixes e trabalhos eletrônicos brasileiros de forma independente.....”

Esse foi um dos melhores elogios que o blog do Brasilremixes recebeu desde a sua criação. Afinal, não tem graça copiar a midiona que puxa o saco dos artistas “queridinhos”, apenas para não ofender a turma de fãs desmiolados, que pouco entendem de música e desejam ler e ouvir palavras bonitas a respeito de seus ídolos – como se fossem deuses. 
Detalhe do encarte

O cantor e compositor Carlinhos Browm é um dos poucos artistas brasileiros que está ligado na diversidade dos beats musicais mundiais. Por esse motivo, imagina-se que ele e sua produção saibam onde estão se metendo e do que estão falando. Entretanto, para a equipe do blog, o álbum duplo Candyall Beat não teve boa aceitação para quem já estava acostumado com o batuque tecnológico. Ou seja, a ideia era promissora, mas o resultado caiu na obviedade. Um álbum que tinha incentivos para ser tudo, pecou pelo exagero.
Encarte 02
Encarte 03
Encarte 04

Fazendo um comparativo simples dentro da proposta voltada para os clubes, poderíamos mencionar que a concepção musical da dupla chamada Safri Duo, foi mais esperta e hábil ao mesclar a musicalidade eletrônica com o batuque orgânico, de forma sutil e equilibrada. Além de apresentar uma composição melódica definida, as canções do Safri Duo trouxeram de certa forma, um pouco de variedade melódica para o público clubber, até então, o principal consumidor de música dançante.
Detalhe do encarte 

No que se refere ao conceito musical assinado por Carlinhos Brown e o respeitado Dj Deró (rei do latino dance eletrônico), o vocal de algumas canções ficou enfadonho e diversas músicas acabaram prejudicadas pela repetição de palavras misturadas ao batuque orgânico e sintetizado. Aliás, o excesso de informação musical fez com que as canções se tornassem cansativas. Em vários momentos se tem a impressão de estar ouvindo a sonoridade do grupo Timbalada, ressuscitado. O trabalho voltado para o entretenimento musical do público, acabou ficando mais próximo de uma celebração afro-religiosa com repetição do baticum tupiniquim, do que para agitar a pista de dança. O álbum duplo foi lançado em 2004, pela gravadora Universal.
Contracapa

Dizem que alguns artistas brasileiros teimam em se justificar afirmando que o disco é seu e que fazem o que quiserem. É verdade! Mas é importante saber que essa atitude não os livra de serem criticados.

O álbum duplo registra os seguintes batuques, op´s, quer dizer,  as seguintes faixas:

CD 1 - Eletrônica Artesanal
1- Boccariba (Intro) 2:07
2- Sambadream 6:40
3- Nabika 5:04
4- Risada 4:19
5- O Gado e a Jangada 5:05
6- Africabahia 6:00
7- Cabuleria 4:28
8- Mariacaipirinha 4:10
9- Favelatecno 3:47
10- Bocarriba 3:42
11- Guethosquare 4:12
12-Tagalagachin 3:02

CD 2 - Candyall Beat Club (remixes)
1- Cachoeira (Intro) 0:58
2- Pracatum (Trioeléctrico Mix) 5:17
3- Getthosquare (Electrolatino Remix) 7:06
4- Nabika (Mamabeat Mix) 7:38
5- Bocarriba (Tribtech Remix) 7:26
6- Mariacaipirinha (Hi Tech Mix)   7:27
7- Tribu (Funky Electro Mix) 6:38
8- Malambo (Pampa Mix)    4:15
9- Trioeléctrico (Southamerican Techno Mix) 5:27
10- Favelatecno (Breabeat Mix) 3:51
11- Bocarriba (Southamerican Mix)          7:20
12- Pracatum (Salvador Techno Mix) 6:43

Em seguida podemos ver o single promocional editado no Brasil para a canção Maria caipirinha com as versões Original e Hi tech mix
Capa
Contracapa

E também temos aqui a imagem do single europeu, em vinil 12" remix com a música Pracatum nas versões Salvador Techno mix e Camarote Andante mix
Frente 
Verso  

* Até o momento não há registro que o álbum duplo tenha sido lançado em vinil.

** Pra quem gosta de batuque vá direto pra escola de samba. Existem álbuns excelentes.