Capa
do EP digital
Em 2014
a banda de rock Fresno lançou o álbum chamado “Eu sou a maré
Viva” e no final do mesmo ano, integrantes do grupo anunciaram o
lançamento de três canções remixadas. O EP (Extended play) trazendo remixes
recebeu o nome de “Eu sou a maré Viva: REMIXES” e foi editado
originalmente no formato digital. O assunto acabou gerando uma surpresa
positiva entre os fãs. A novidade se deve ao fato de uma banda
de rock estar sintonizada com várias estéticas musicais em meio ao
posicionamento “radical roqueiro” que é defendido por alguns artistas do
passado e por alguns extremistas do rock n´roll.
É
necessário compreender que até a banda Rolling Stones, ao longo de sua
carreira, possui várias canções remixadas e ninguém morreu por causa disso. A
banda U2 entre outras tantas no mundo inteiro, também possui vários remixes tão
bons ou até melhores que as versões originais - depende do gosto de cada pessoa
- e nem por isso deixou de ser um grupo de rock ou fez com os roqueiros
cortassem os pulsos!
O
problema é que uma minoria de pessoas no Brasil - distante do desenvolvimento
musical - ficam idolatrando melodias como se fossem um objeto imaculado. É
preciso encarar a verdade dos fatos. Ou seja, música também é negócio, música
também é produto. Tratar uma melodia como se fosse algo divino e imaculado não
passa de um conto de fadas!
Fresno - Imagem reprodução
A proposta da banda Fresno está 100% de acordo com
o desenvolvimento musical mundial, que é trabalhado por incontáveis artistas
que possuem a capacidade e a disponibilidade de diversificar os beats sonoros
que agitam a galera em todo o planeta.
Os
remixes
A
proposta dos remixes das canções da banda Fresno é bem interessante e marca a
coragem do grupo em derrubar fórmulas musicais pré-definidas pela velharia do
passado, que se julga “dona” do ambiente cultural brasileiro. As
musicas foram remixadas por FTampa, Dirtyloud e Modern Dealer e
possuem várias influências do Electro-house, Dup Step e Breaks eletrônicos.
O
EP (Extended play) que de certa forma não deixa de ser um single,
possui as seguintes faixas:
01
- À
Prova de Balas (Dirtyloud Remix)
Análise:
O clima Dub Step é presença garantida nesse remix que mistura muito bem os
timbres de sintetizador e a levada roqueira característica da banda. Se o filme "Transformers" fosse
brasileiro, com certeza essa melodia faria parte da trilha sonora. Se joga!
02 - Manifesto (feat. Lenine e Emicida - Modern Dealer Remix)
Análise:
Ótima versão com referências do Reggae, Dub Step e pitadas de Hip Hop. Um remix
adulto pra quem tem atitude e sabe onde quer chegar.
03 - O Único a Perder (FTampa Remix)
Análise:
Bem-vindos ao lado negro da força! Aqui temos uma versão épica com referências
do Electro-house e uma linha de baixo de grande impacto, que faz o sangue
ferver nas festas do gênero. O produtor FTampa acertou a mão ao transformar a
melodia num dos melhores remixes do EP. Sem dúvida uma boa alternativa melódica
para remixes de artistas roqueiros e pra quem gosta do Dark side of the
moon. Recomendamos!
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Não há informação que o EP tenha sido editado em CD ou em vinil 12”.
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Os remixes estão sendo comercializados digitalmente nos melhores sites de
vendas de musicas.