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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Tribalistas - Eletrotribalistas remix (compilação digital)

Capa (produzida por Ananda Drummond)

Pra quem gosta de novidades, hoje trazemos um prato cheio, quer dizer, um EP cheio de remixes de canções do grupo Tribalistas. Tá bom vai, não é assim tãããõooo cheio, mas o Ep possui um total de seis remixes bem legais e uma faixa inédita.

Eletrotribalistas é o nome do projeto idealizado pelo cantor Carlinhos Brown e o Dj Deeplick. O trabalho foi feito para comemorar dos 20 anos do Tribalistas e apresenta algumas canções remixadas do grupo ao qual Carlinhos Brown faz parte, junto com os cantores Marisa Monte e Arnaldo Antunes.

Carlinho Brown, Marisa Monte, Arnaldo Antunes (reprodução internet)

Dj Fernando Deeplick (reprodução)

EletroTribalistas é um lançamento feito pela Candyall Music e já está disponível em algumas plataformas musicais.

De forma prática, os remixes seguem um conceito musical utilizado por Lounges e Chill outs, que é muito apreciado pelo público consumidor, de gosto musical refinado, desde a virada do milênio. Isto é, as canções originais do grupo Tribalistas passaram por uma releitura melódica eletrônica suave e contemplativa. Essa estética musical rotulada por muitos como "downtempo", possibilita uma vibração mais moderna sem assustar os puristas, e ao mesmo, amplia a sonoridade do grupo, para ser apresentado a outros mercados que desejam uma proposta melódica mais atualizada que a versão original.

A compilação registra os seguintes remixes:

1- Baião do mundo 
2- Passe em casa (com participação de Margaret Menezes)
3- Carnavália 
4- Velha infância 
5- Trabalivre 
6- Diáspora 

7- Eletrotribalistas
(com participação de Future OHM) *


Onde ouvir e comprar os remixes? Você pode comprar em algumas plataformas que vedem musicas no formato digital. Para ouvir de forma prática, lá no Youtube tem. 

* Future OHM é uma dupla formada por Deeplick com o produtor musical e engenheiro de som aCH.

**Ainda não há registro que os remixes tenham sido lançados em CD ou vinil.

Inevitável modernidade

“A mistura de diversas raízes musicais e de tecnologia, de ritmos afro-luso-brasileiros e batidas hi-tech é uma das principais características da música brasileira contemporânea.”

A frase descrita no prefácio do livro Eletronic Samba (A música brasileira no contexto das tendências internacionais)*** do escritor e jornalista Adonay Ariza, sintetiza de forma precisa o contexto musical a que o projeto “Eletro Tribalistas” se propõem.

*** Livro Eletronic Samba (A música brasileira no contexto das tendências internacionais) do escritor Adonay Ariza, 2006, Annablume editora.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Tribalistas - Já sei namorar remix (single promocional)

Capa

Ao desejar um feliz 2018 para todos os leitores do blog, iniciamos as postagens do ano, com o CD single promocional do remix da canção “Já sei namorar” do grupo Tribalistas.
Contracapa

O formato de cópia controlada para single foi um dos maiores fracassos da indústria musical no planeta. Com medo da pirataria sem limites, as gravadoras entraram em desespero, e queriam controlar tudo aquilo que as pessoas ouviam e compartilhavam com os amigos. Entretanto, essa estratégia foi um tiro no pé. A cópia controlada para álbuns inteiros até poderia fazer sentido, mas controlar o compartilhamento dos remixes que serviam para divertir e promover as canções, que eram tocadas e divulgadas pelos Djs nos clubes, se transformou no feitiço contra o feiticeiro. Ou seja, utilizar o compartilhamento limitado, era o mesmo que ficar sem divulgação! Aliás, dizem que na conta do sucesso não existe apenas o talento. 

Em tempos de concorrência de artistas e de estilos musicais para conquistar o sucesso do público, há um enorme caminho para ser percorrido. Esse caminho se chama divulgação maciça em todos os sentidos. Imagine, mesmo pagando pela própria comida o ser humano compartilha com os outros! Os livros são compartilhados com os colegas. A carona é compartilhada com os amigos. O conhecimento é compartilhado com a sociedade....enfim....O que será que se passava no cérebro desmiolado daqueles que desejavam controlar a divulgação das músicas? Será que não perceberam que a metade do sucesso de um artista se deve ao compartilhamento, comentário, divulgação, reprodução e badalação de sua obra? Será que esqueceram das fitas K-7 que eram gravadas e compartilhadas pelas pessoas na década de 80? Será que esqueceram que existem centenas de discos no mercado que não valem um real? Será que esqueceram que as músicas já saem de fábrica com o prazo de validade vencido? Será que esqueceram de explicar que não haverá sucesso pra todo mundo? Etc....etc...
Tribalistas em 2002 - imagem reprodução

Na virada do milênio a atitude popular abraçava o seguinte entendimento:
"Se a música fosse compartilhada, todo mundo tinha acesso, todo mundo conhecia e de certa forma, essa atitude representava que a canção era boa o suficiente para, quem sabe, fazer sucesso. Se a música/versão não fosse compartilhada ou que tivesse dificuldades para alcançar um número expressivo de pessoas, significava que a música não era tão importante ou suficientemente boa para ser e acontecer ."

Dessa forma, se poucos ou se ninguém conhecia a versão, então o remix não tinha a menor importância. A fila anda.....

Foi exatamente isso que ocorreu com o remix oficial da canção “Já sei namorar” dos Tribalistas. A versão original do álbum do grupo foi um grande sucesso, mas o remix controlado, poucos conheceram e poucos deram valor. Independente se o remix era bom o ruim, o resultado deu em nada. Isto é, a tentativa das gravadoras de trancar o trabalho artístico, utilizando a cópia controlada, prejudicou todo mundo. Esse é o típico caso do remix que ninguém conheceu e poucos ouviram. A lógica de muitos Djs funciona da seguinte forma:

“ - Se o remix for difícil de conseguir, eu tocarei a versão original e pronto. O público é simplório e vai se divertir o mesmo, então é isso.”

Esse pensamento é muito prático e direto, entretanto quem sai prejudicado é o artista, que pensa que as gravadoras irão fazer tudo e garantir o "sucesso pleno”, só que não! O descaso de algumas gravadoras com o formato do “remix” e a péssima distribuição para os djs, faz com que o “charme” de ter e poder tocar uma versão diferente para agitar ou surpreender o público, não tenha a menor relevância!  
Tribalistas na atualidade - imagem reprodução

O remix oficial da canção já sei namorar é simples, e foi produzido por Chris Franck. A versão mantém as bases originais com uma tendência musical que caminha na direção do Downtempo. Porém, essa característica é quebrada por uma linha de baixo voltada ao drum´n´bass,  digamos, um pouco mais suave que o tradicional Brazilian Drum´n ´bass. 

O single possui apenas um remix + a versão original.

1- Álbum version 3´16
2- Chris Franck remix 4´29

* O single da música Ja sei namorar foi lançado em 2002 pela gravadora EMI, tanto em Cd como em vinil 12” para o mercado Europeu. Na imagem seguinte podemos ver o sleeve da canção impresso no vinil 12" que já se transformou em artigo raro e de colecionador.
** OBS: Existem outros remixes compartilhados nas redes sociais que NÃO são oficiais e foram produzidos por diversos autores. Uma das versões apresenta o estilo Drum´n´bass com marcação mais acentuada e mais próxima do Drum´n´bass brasileiro.

*** O Dj Belga que atende pelo codinome "Buscemi" também produziu um remix para a canção "Já sei namorar" que foi lançado oficialmente em vinil e Cd na coletânea 
Buscemi ‎– Late Nite Reworks Vol. 1 (A Collection Of Remixes By Buscemi), em 2005, para o mercado Europeu, é claro. A versão desse remix pode ser ouvida clicando aqui

**** Agradecimento especial ao Dj Carlinhos por ter fornecido gentilmente as imagens do single.