terça-feira, 26 de julho de 2011

Cidade Negra - Sábado á noite (single remix promocional)

Capa

“Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, bem no fundo, todo mundo quer zoar.... diz a letra da música Sábado á noite que compõem este single remix promocional da banda Cidade Negra com a participação especial do cantor Lulu Santos. E, prezado leitor, seguindo essa linha de pensamento, eu também esperava muito mais desse remix, entretanto minha ansiedade foi em vão. A música foi lançada no álbum Quanto mais curtido melhor em 1998 pela gravadora Sony. Os remixes deste single promocional, lançado no mesmo ano, beiram a obviedade e a mesmice. Para piorar, infelizmente a péssima distribuição do single fez com que a versão remix, mesmo sendo fraca, permanecesse desconhecida pelo público.

1- Sábado á noite (Original version)
Análise: O leitor já sabe que versão original não é remix, pois se trata da mesma versão apresentada no álbum do grupo.

2- Sábado á noite (Radio Fever)
Análise: A ideia da concepção do remix é interessante, entretanto poderia ser mais turbinado e frenético para a pista de dança. Como resultado os fãs deverão se contentar com um remix bonitinho e moderado ao estilo house. Produzido por Liminha e o DJ Memê.

3- Sábado á noite (Saturday Night Fever Mix)
Análise: Também produzido pelo DJ Memê e pelo produtor Liminha, os efeitos iniciais de sintetizador são ótimos e quando parece que a versão vai estourar na pista a melodia segue uma levada house óbvia como se fosse um balde de água fria que deixa a canção praticamente igual ao remix anterior. House moderado para felicidade do papai e da mamãe abraçando os filhinhos e fazendo passinho na sala de casa depois do jantar bem longe do club! Esse remix está mais para um happy sunday de domingo do que um hit digno de Saturday night fever! Sinto muito! É preciso se reciclar!!!
Encarte

4- Sábado á noite (Live Club Mix)
Análise: O quê que é isso?  Que remix é esse?  Funk? Respeitamos a criatividade do produtor Alex de Souza, mas lembramos que ninguém toca esse tipo de remix nos grandes clubes e danceterias de respeito no Brasil. Pelo amor de Deus! Em 1998 em plena efervescência eletrônica a pegada na pista de dança era outra! Esse remix quer provar o quê???? Não há tempo para ficar testando remixes!  Esse tipo de melodia tocava nos bailes da Black Music lá no início da década de 80. Nem a extinta casa noturna “The frenetic dancing days” no morro da Urca no Rio de Janeiro, tocou esse tipo de música!!!!! Querem fazer uma festa no sábado á noite, mas com esse remix é melhor ficar em casa doremindo! Nem o funk carioca é tão ruim e "xoxo" quanto essa versão. Provavelmente, nem o cantor Ed Motta - que tem o suingue natural da levada funk americana - faria uma versão tão simplória!

5- Sábado á noite (Extended)
Análise: Remix igual ao anterior. Sem comentários! Tinha todos os ingredientes para ser um delírio na pista, mas morreu na praia.  Quem sabe da próxima vez! Porém, o problema é que existe sempre essa história da próxima vez e essa próxima vez parece nunca chegar!!!! Triste fim de parte dos remixes brasileiros. Nadam, nadam e morrem na praia.... 







Até o momento não há informação de que este single tenha sido lançado em vinil. Com paciência  é possível encontrá-lo a venda em algumas lojas de discos e CDs usados pelo país.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dj Zé Pedro - Música para Dançar (remixes coletânea)

Capa
Ao digitar as palavras para compor esse texto, já estava praticamente pronta a minha artilharia apontada para a galera musical atrasada do Rio Grande do Sul. Porém, iriam surgir duas situações. De um lado o Brasil que acompanha esse blog não entenderia nada por que não sabe “ao pé da letra” o que se passa lá no final do seu país. E do outro, parte da própria gauchada de conhecimento limitado, não iria compreender a crítica a seu respeito pelo simples fato de ignorar a evolução musical, que de certa forma é vista como  uma afronta a fantasia do tradicionalismo gaúcho - perpetuado por pessoas desinformadas que compraram e vangloriam o ufanismo tradicional, desde o século XVIII como se fosse o exemplo máximo do bem para todos.


- Qual o motivo da briga?

"É que o estado do Rio Grande do Sul não é tão moderno quanto algumas pessoas acreditam. Tirando um punhado de cidades o resto é apenas interior e ponto.
A juventude gaúcha não tem vez! Se você quiser música tem que ser do jeito deles, do jeito da velharia, do jeito do passado, do jeito dos gaudérios para satisfazer uma época em nome de honras e heróis que morreram acreditando numa utopia de meia dúzia de pessoas que não queriam pertencer ao Brasil. O mundo é do futuro, mas eles não entendem e não querem isso! Desejam construir um futuro perpetuando o passado faz de conta. É como se o Brasil ignorasse tudo o que existe atualmente e voltasse a viver no tempo do império com a música clássica e música regionalista apenas, como se fosse algo sagrado!
Raízes?! Pelo amor de Deus pare de falar em raízes! No Brasil que reúne a maior diversidade étnica cultural do mundo, só os índios têm o direito de falar em raiz! O povo brasileiro é, e continua sendo formado por diversas raças e etnias de vários países! Logo, que papo de raiz é esse????? Paaaaaaaaaaaara com isso! Porque o resto é vaidade!"

- Espere um pouco! O que o DJ Zé Pedro tem com essa história?

O DJ Zé Pedro é um gaúcho que conseguiu romper a casca do ovo e se mandou pra São Paulo e Rio de Janeiro, onde a maior parte da cultura Brasileira acontece como um todo e não apenas num gueto! Motivos? Motivos? É fácil, pergunte para a modelo Gisele Bündchen, para a apresentadora Xuxa, aos parentes da cantora Elis Regina, entre outras dezenas de pessoas ligadas ao meio cultural, musical e artístico brasileiro, que seguiram suas vidas bem longe do Rio Grande do Sul. Infelizmente, o Estado gaúcho não dá suporte para sustentar a grandiosidade e o talento de determinadas pessoas. Não há nada pessoal. É apenas a triste realidade!

Mas voltando ao assunto que interessa, aqui está o Cd produzido pelo DJ Zé Pedro chamado “Música Para Dançar”. Lançado pela gravadora Universal em 2002, trata-se de uma coletânea de remixes de diversos artistas da música popular brasileira (MPB).
Não se trata dos melhores remixes e não significa que seja o melhor álbum de remixes de canções cantadas em português! É importante enfatizar essa parte, porque existem pessoas que não gostam e não irão gostar das musicas. Normal! Porém, não posso, em hipótese alguma, desmerecer a proposta desse trabalho pelo fato de conhecer o meio musical brasileiro e afirmar que tanto esse Cd como as outras coletâneas dançantes nacionais, representam alguma coisa no meio do nada!  
Em resumo, ou você se diverte com o que têm ou você fica sem nada! Triste legado na música brasileira com estética eletrônica...

Pra entender o conceito do trabalho é importante que o ouvinte esteja familiarizado com musicas dançantes comerciais e a música eletrônica em geral. Todas as faixas que compõem o Cd foram pesquisadas e escolhidas pelo DJ Zé Pedro, com o apoio de Binho Feffer para produzir os remixes. 
Lembro ao leitor que as versões apresentadas neste álbum não são definitivas e retratam um estilo musical voltado para a Dance music, de acordo com o entendimento do DJ no período em que a coletânea foi produzida. Afinal, o leitor sabe que nada é perpétuo e tudo se transforma diariamente.
Encarte





















1 - Alcione – Não deixe o samba morrer (Marrom mix) 4´41

Análise: Remix bem interessante com a levada de drum n´ bass, o problema é que a melodia original é um clássico do samba e faz parte do universo adulto. Logo, o público jovem, que é o principal consumidor do estilo dançante e de drum n´bass,  poderá achar a canção “madura” demais. 

2 - Clara Nunes – Morena de angola (Chocalho mix) 3´53

Análise: O remix ficou ótimo com influências do house latino (latin house) e toda a ginga nordestina que tempera a melodia para garantir o balanço nas pistas de dança que não sejam preconceituosas. O resgate melódico da canção foi bem importante, mas a nova roupagem irá funcionar com pessoas que já entendem do assunto.
Encarte












3 - Elis Regina – Vou deitar e rolar (Quá quará quá quá remix) 3´53

Análise: Remix com influências da house music, direcionado ao dancefloor mais “classudo” e merecia uma versão adicional mais longa. Uma das melodias mais legais do CD. Ótimo pra quem conhece!

4 - Milton Nascimento – Cravo e canela (Tempero mix) 3´29

Análise: Versão house para uma canção pouco conhecida. Funciona para um público limitado.

5 - Maria Bethânia – Um jeito estúpido de amar (Jogo perigoso) 4´30

Análise: Boa levada house para quem tem atitude. Se muitas musicas brasileiras famosas não funcionam na pista de dança, imagine uma melodia tirada do fundo do baú! Vale pelo registro.
Encarte

6 - Dorival Caymmi – Retirantes ( Lê rê lê rê mix)

Análise: Remix house discreto para manter a cadência original da melodia. Porém nem tudo que foi sucesso no passado significa que funciona no futuro. Boa escolha musical, mas merecia uma nova interpretação. A voz original do cantor Dorival Caymmi não combina na primeira audição. É preciso que o ouvinte se acostume.

7 - Joyce – Feminina (Menina mix)

Análise: Remix bossa-nova-house-turbinado, do jeito que a galera gringa gosta de ouvir quando passeia de ônibus pela orla marítima do Rio de janeiro.


8 - Gilberto Gil – Ela, toda a menina bahiana, refazenda, sitio do pica-pau amarelo (Flora mix)

Análise: Versão remix ao estilo drum n´bass muito fraca, sem fazer diferença alguma.

9 - Gal Costa – Sebastiana (Xaxado Mix)

Análise: Essa música é para pessoas do tempo do Êpa! Nem a versão remix ajuda. A voz da cantora então? Resgata uma Gal Costa que não existe mais.  Pule esta faixa, sinto muito!

10 - Amelinha – Frevo mulher (Cabeleira mix)

Análise: A melodia original dessa canção já possui um gingado marcante. Esse remix, infelizmente, ficou a desejar. Merecia algo mais turbinado! Quem sabe da próxima vez.
Encarte











11 - Caetano Veloso – Eclipse oculto (Eclipse tropical)

Análise: Esse remix recebeu o nome de “Eclipse tropical” e ficou horrível. Tecladinho eletrônico cafona, bateria enrolada tipo carnaval de boteco... Vamos pular de faixa e fingir que nada aconteceu.

12 - Edu Lobo – Ponteio (Violeiro mix)

Análise: A voz original não combinou com a reestruturação da música. A masterização ficou sem brilho. A letra da melodia não funciona na pista.  Nada a declarar. Passa!
Contra capa

















13 - Ney Matogrosso – Não existe pecado ao sul do Equador (Tucupi mix)

Análise: Ouvi diversas vezes essa versão e consultei a opinião de outros djs e até de músicos e programadores. Os arranjos iniciais do remix foram criativos, mas a bateria eletrônica fajuta e a mixagem sofrível prejudicaram o que poderia ser um dos grandes hits do Cd. A escolha da música e a ideia do remix são ótimas, mas o resultado final ficou desastroso. Faltou peso, faltou equalização, faltou definição de instrumentos (tá tudo muito embolado). Pena! O remix tinha tudo para ser uma festa de arromba! Se essa música caísse nas mãos tecnológicas dos gringos, pelo amor de Deus! Seria um mega sucesso! Quem sabe daqui alguns anos...

14 - Marcos Valle – Estrelar (Solar mix)

Análise: Ótima escolha musical, porém o remix ficou fraco. Faltou produção!!!! Que pena!

15 - Adriana Calcanhotto – Senhas, Marítimo, Vambora, Parangolé Pamplona, ....vamos comer Caetano, remix século XX, na pista de dança. (Jogo linguístico)

Análise: Remix mais alternativo do que dançante. Um medley, diria. O resultado é bem interessante, mas longe da pista!
CD

* A compilação de remixes não foi lançada em vinil. Porém, na sequência podemos ver a imagem de um single 12" promocional, que apresenta quatro canções editadas em disco.

LADO A
1- Gilberto Gil – Ela, toda a menina bahiana, refazenda, sitio do pica-pau amarelo (Flora mix)
2- Elis Regina – Vou deitar e rolar (Quá quará quá quá remix) 3´53

LADO B
1- Ney Matogrosso – Não existe pecado ao sul do Equador (Tucupi mix)
2- Dorival Caymmi – Retirantes ( Lê rê lê rê mix)

sábado, 16 de julho de 2011

Biquini Cavadão Single remix promocional

Capa






















Este é o single promocional da banda Biquíni Cavadão lançado em 1998 para promover o álbum de remixes do próprio grupo, que foi apresentado aos fãs no mesmo ano e que em breve será postado pelo blog.
O single mostra duas musicas divididas em quatro remixes (dois remixes de cada faixa).

1- Tédio´98 (Radio mix) 3´36

Análise: Esse remix foi produzido por DJ Cuca e é ótimo para FMs da vida, mas bem longe de qualquer pista de dança! A letra da música também é muito interessante, mas a melodia não funciona mais numa época em que o século XIX ficou pra trás! Sinto muito! Viva o futuro! Afinal, o tédio é coisa do passado. (Essa versão faz parte do álbum de remixes da banda. Entretanto, possui "insignificantes 10 segundos" mais longos que a versão lançada no álbum de remixes e além de tudo foi chamada de Cuca´s Mix).

2- Tédio´98 (Extended mix) 3´53

Análise: Esse remix possui influências da house music. Foi produzido por DJ Cuca e não tem nada de extended! A graça da versão remix ser chamada de extended é que foi feita com o objetivo de dançar e curtir a melodia por mais tempo na pista de dança para que o DJ não tenha que repetir a mesma música por várias vezes durante a noite.  Tá entendido ou alguém quer que eu faça um desenho? Dance, dance, dance, dance, é isso o que importa na danceteria! O resto é bobagem! Quanto mais pirotécnico, quanto mais estroboscópico, quanto mais pisicodélico e dançante melhor! Esse é o esquema da dance music, música feita para dançar! O resto é blá-blá-blá!
Na dance music não existe esse papo de coração vagabundo da MPB ou discurso de palanque roqueiro contra o sistema ou ainda Michael Jackson fazendo passinho e cara de zumbi. Enfim, tem parte do Brasil que ainda tem muito que aprender sobre a estética do remix!
No que se refere ao DJ Cuca, já mencionei em outros remixes que tenho medo em relação ao seu trabalho e essa remixagem ficou um tanto infantil. Mas vale pelo registro. Um detalhe é que esse remix não entrou no álbum de remixes da banda. 

Contra capa


















3- Vento ventania (radio version) 3´39

Análise: Remix lúdico produzido por Hitmakers para qualquer papai e mamãe abraçar seus filhinhos junto com a vovó e a titia cantando e batendo palmas numa linda tarde de domingo. Vamos dançar com os carneirinhos, os duendes, a branca de neve e coelhinho da páscoa. Um mundo encantado no castelo de fadas. Ué?! Cadê a chapeuzinho vermelho? Vai ver ela fugiu com o lobo mau pegando carona com o vento ventania para qualquer outro lugar que não seja a cafonice.  Na compilação de remixes da banda, essa versão recebeu o nome de (Hitmakers radio Edit).

4- Vento ventania (Extended version) 5´00

Análise: Quando ouço essa versão tenho vontade de fugir para qualquer lugar sem ter que voltar! O remix também foi produzido por Hitmakers e possui aqueles sininhos de “jingle Bells” usados exclusivamente em melodias de Natal e nada mais. George Michael cantando “Last Christmas” em 1986 que o diga!
Na coletêna de remixes da banda essa versão foi chamada de (Hitmakers “My Good” Extended Mix). 

CD






Até o momento não há informação de que este single promocional tenha sido editado em vinil. Gostaria de fazer um agradecimento pelas imagens do CD terem sido gentilmente cedidas por Cristiane dos Santos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

RPM - Louras Geladas (single remix promocional) Item de colecionador

Capa do single remix Louras Geladas





















A década de 80 foi bastante rica e inovadora em todos os estilos musicais. Tanto na esfera brasileira quanto na área internacional são inúmeros os exemplos melódicos que agitaram a galera. Desde a concepção musical mais simples até a mais sofisticada, os anos 80 deixaram bastante saudade para quem teve o privilégio de viver e se divertir. 

A saudosa década de 80 não sai da cabeça e dos pés de algumas pessoas por alguns fatores que merecem ser observados com atenção. Imagine a cena, as mesmas musicas chegavam a tocar de duas a seis vezes por dia em quase todas as principais emissoras de rádio no Brasil. Tanto no dial AM quanto no dial FM. Aliás, não só nas rádios principais como também na rádios secundárias. Visto que, as rádios secundárias copiavam sem pudor o estilo musical das emissoras de rádio mais importantes. É o típico efeito dominó.  “Se as grandes tocam eu também toco! “ 

As músicas de sucesso na década de 80 poderiam ser ouvidas na rua, na escola, na praia, no bairro, na fazenda, no posto de combustível, no supermercado, no carro, no ônibus, no metrô, em casa, na sala, no banheiro, na cozinha, no quarto, nas novelas, nos seriados de TV, nos filmes, nos programas de TV, no taxi, na festa de formatura, na festa de casamento, na festa de batizado, na danceteria, no almoço de domingo, no jantar de sábado, no motel, na festa dos namorados, na festa dos separados, na publicidade, nas festas populares, enfim!!! Não havia um equilíbrio musical, pois o que importava era a audiência! Alguém poderá dizer que foi uma overdose musical. Todo mundo tocando as mesmas musicas em todos os lugares!  Por isso que muita gente não consegue se desprender desse apego ao passado.

Detalhe da contracapa do single
No tópico de hoje apresentamos um single que até o momento não recebeu o seu devido valor. Senhoras e senhores, com vocês o single remix da música Louras Geladas da banda RPM. Em 1984 a gravadora CBS (atual SONY) lançou o single promocional 12" remix da música Louras Geladas. Um fato incomum no mercado fonográfico brasileiro. Afinal, as músicas geralmente eram lançadas no formato de single vinil 7" (compacto) para emissoras de rádio, com a versão original igual a canção lançada no álbum para venda aos consumidores. 

   
Não era normal no mercado brasileiro, aparecer um single remix promocional para rádios diferente da versão da música que era vendida ao público. Na área internacional foi e continua sendo uma prática bastante divulgada, mas no Brasil, infelizmente, não havia e não há esse costume. Aliás, a história tem demonstrado que um dos principais culpados disso foi o público brasileiro que não deu muita importância ao remix. Sabe como é, pra quê sofisticar a música com o remix, se o público foi doutrinado para comer feijão com arroz e migalhas musicais. Logo, pra quem está de barriga cheia a tecnologia é desnecessária, dizem alguns estudiosos. Mas isso é uma outra história.

O single remix da música Louras Geladas não foi comercializado. Ele faz parte de um pacote promocional  cujo objetivo era divulgar a canção da banda RPM entre alguns DJs e emissoras de rádio pelo Brasil.

O single remix 12" contém os remixes produzidos pelos Dj´s Julinho Mazzei, Grego (1956-2010) e Irai Campos.

Lado A 
Louras Geladas - Versão remix 5´25

Lado B
Louras Geladas - Versão Original 2´57

Louras Geladas - Versão dub mix 6´15

Lado A: versão remix
Lado B: versão dubmix

A versão remix se mantém fiel a versão original, porém com o dobro de tempo e alguns efeitos eletrônicos mais prolongados característicos do remixes de músicas de bandas de rock naquela época.

A versão original não é um remix, mas a versão igual a lançada no álbum da banda chamado Revoluções por minuto.

A versão dub mix, também se mantém fiel a estrutura da versão original, porém mais longa e com bases mais instrumentais. Não se trata, necessariamente, de um remix.

A banda RPM foi apresentada como sendo uma banda de rock. Porém a primeira fase da banda pode muito bem ser classificada como poprock. A canção Louras Geladas pode ser enquadrada tanto no sentido de rock como poprock, mas é impossível esconder as influências eletrônicas europeias no desenvolvimento da melodia. Em resumo, a canção foi uma das sacadas musicais mais legais da música pop no Brasil nos anos 80.

Os dois remixes deste single também foram lançados na época em uma edição especial (bonus extra) em fita cassete como você pode observar nas imagens abaixo.
Imagem da capa da fita cassete















* O remix da música  também aparece na coletânea de remixes nacional chamada Dance Mix vol.1 e, em Cd Box promocional comemorativo aos 25 anos da banda.

** Até o momento não há informação que os remixes tenham sido lançados em CD single ou em vinil numa possível edição especial do álbum Revoluções por minuto.