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domingo, 9 de abril de 2017

Plebe Rude - Proteção / Até quando esperar remix (single promocional - item de colecionador)

Capa

A banda Plebe Rude ganhou destaque radiofônico na década de oitenta, em algumas das principais capitais do Brasil. Mesmo com a proposta melódica voltada ao Punk rock, algumas melodias do grupo estavam mais comprometidas com o conceito pop do que necessariamente punk - dos ingleses do Sex Pistols. Porém, há quem afirme que o grupo era livre e circulava por outros estilos musicais como New wave, Poprock, etc.
Contracapa

Lançado pela gravadora EMI Odeom em 1986, o disco/single em vinil 12” foi distribuído de forma promocional com a canção “Proteção” + o remix da música Até quando esperar”. Neste caso, a remixagem ou a tentativa do que deveria ser um remix, acabou fugindo do objetivo e transformou a melodia numa versão mais longa, ao manter as bases originais com destaque na parte instrumental. Algo bem típico dos remixes produzidos na década de 80 e que atendiam o seguimento roqueiro brasileiro.
Plebe Rude formação original

Como não há créditos para a produção do remix, subentende-se que a remixagem da melodia foi realizada pelo próprio produtor original da gravação. Na época, a concepção do remix era vista como novidade e, muitas vezes, para não prejudicar a reputação da banda, a remescla** era produzida discretamente, para atender uma demanda de mercado sem que houvesse o comprometimento da gravadora e da banda com a estética dançante. Afinal, para muitos artistas, fãs e o público em geral, a melodia dançante poderia causar um certo preconceito musical. Esse fato é bem peculiar, visto que, mesmo com o fim da ditadura, parte do Brasil ainda respirava músicas que tinham um conceito melódico voltado para o "discurso de palanque e protestos generalizados". Existiam canções felizes, mas o mercado ainda tinha um pouco de resistência, por achar a música dançante superficial e fugaz.

No meio do caldeirão de interesses e fantasias é importante observar que diversas canções brasileiras lançadas na década de 80, foram produzidas para tocar - exclusivamente - em programas de rádio e em festivais de Rock´n´roll. Isto é, bem ao contrário, por exemplo, das estratégia musical adotada por artistas americanos e europeus, cuja as canções eram editadas com o objetivo de tocar, tanto em em programas de rádio quanto nas pistas de dança. Afinal, os artistas poderiam faturar e fazer sucesso tanto com pessoal de Rock, quanto o pessoal dos remixes dance.

A confusão de interesses entre artistas, produtores, empresários e o público de conhecimento limitado no país, pode explicar o fato de muitos remixes brasileiros serem considerados fracos. Uma parte dos remixes foi produzido por um pessoal......digamos, ......"sem noção" a respeito do objetivo dos clubes e do objetivo da dance music. Embora, que alguns Djs nacionais soubessem das características do dance, eles tinham que ficar explicando, justificando e convencendo a todos, sobre a proposta, a graça e a vibe musical que sacudia a pista de dança nos clubes.

O comportamento brasileiro

Devido a essa situação, dezenas de artistas brasileiros tinham um projeto musical limitado e perderam pelo fato de produzirem trabalhos musicais empacotados e direcionados a um formato específico. Quando o público (fãs) envelheceu e não frequentava mais shows e festivais ou não ligava mais o rádio, "todo" o conceito musical feito pelo artista - por melhor que fosse desenvolvido, acabava sendo ignorado e esquecido, por fala de divulgação e lembrança. Faltou unidade na estratégia musical brasileira que era muito diversa. Alguns artistas produziram remixes outros não. Por isso, que a sequência foi prejudicada com uma exceção: As coletâneas Dance Mix volume 1, 2 e 3 que foram um grande sucesso no Brasil! 

O comportamento internacional

Enquanto isso, na cena musical americana e européia a estratégia era diferente e aproveitava todas as oportunidades. Independente de estilo musical, num primeiro momento o artista lançava seu álbum como desejava. Porém, já tinha uma equipe na gravadora que escolhia algumas músicas para fazer os remixes dançantes. Enquanto as canções originais tocavam nas emissoras de rádio e em programas de TV, os remixes agitavam os clubes e as festas da galera. Então, existia uma dinâmica e todo mundo ganhava, pois o artista era lembrado em vários nichos de mercado. Os cantores e bandas internacionais nunca perdiam. Ou a música original chamava atenção ou o remix turbinava a carreira do artista. Em vários casos, aconteceram as duas coisas ao mesmo tempo.

O single apresenta as seguintes faixas:

LADO A
1- Proteção 2´10

LADO B
1- Proteção 2´10
2- Até Quando Esperar (Remix) 4´41

* O single não foi editado em CD.

** Remescla significa "remixagem" em espanhol.

*** A canção "Proteção", acabou ganhando uma outra versão (Promo mix) que foi lançada em outro disco promocional já postado pelo blog. Para rever clique aqui!