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domingo, 10 de setembro de 2017

TRAMA PROMO 2003 FOR DJ´S (Compilação promocional - vários)


Em 2003 a compilação promocional lançada pela gravadora TRAMA foi o objeto de desejo de seis a cada dez djs brasileiros. Porque apenas seis? Porque a maioria dos djs não tocam dance nacional pelo fato de grande parte do público que frequenta clubes e danceterias, ainda não está habituado com o baticum brasileiro. A play list dos djs na maioria das festas pelo país, está voltado para o dance internacional. É claro, que existem djs que tocam música brasileira dançante no estilo  sertanejo, regional, axé, pop rock, funk entre outros. Mas dance, dance e dance de verdade, eram poucos e atualmente continua sendo poucos. Houve diversas experiências, mas as emissoras de rádio não acompanham o festerê dos clubes e consequentemente, não se conectam com os remixes nacionais. Os programas de rádio que tocam Dance music, seguem os pedidos feitos por pessoas que escolhem a cena musical gringa, ao qual já sabemos. 

Especialistas no assunto já observaram, que programas de rádio voltados para o público de Dance music com musicas brasileiras existiram, porém a audiência era baixa e o mercado limitado. A dinâmica de produção de novas canções e remixes dançantes internacional são gigantescas se comparado com a produção brasuca.
De fato, a compilação rara e exclusiva para djs não apresenta capa impressa e registra aproximadamente 50 canções, divididas numa caixa contendo quatro Cds separados pelos estilos de House, Drum´n´bass, R´N´B e Lounge (Downtempo). Para o delírio dos fãs, as coletâneas são incríveis e estão repletas de remixes de artistas que faziam parte da proposta musical da gravadora TRAMA, na época.

Seria muito bom se todas as gravadoras nacionais lançassem compilações de remixes neste formato. Quem sabe um dia, teremos uma cena musical brasileira tão exuberante e criativa quanto a cena musical dos gringos.

O CD 1 – HOUSE apresenta as seguintes faixas:

1. Elis Regina & Tom Jobim - Só tinha de ser com você (Mad zoo classics sessions)
2. Ed Motta - Tem espaço na van (Linn remix)
3. Anderson Soares - Nu vida (Original)
4. Claudio Zoli - Noite do prazer (A domestic house mix radio edit)
5. Jair Oliveira - Todas as letras (sou teu nego) (House by Mad zoo)
6. Patricia Marx - Despertar (Nueva vida mix by Bruno E)
7. Technozóide - Air love the sun (Mad zoo nu house remix)
8. Jair Oliveira & Ed Motta - Amor e saudade (Anderson Soares remix)
9. Technozóide - Esfera (Alpha 5 sessions mix)
10. Simoninha - Mais um lamento (Mad zoo nu vida session - radio edit)
11. Max de Castro - Sonho de verão (angele's radio edit)
12. Silvera - Quando o vento sopra (Anderson Soares club mix)
13. Claudio Zoli - Flor do futuro (radio remix)

O CD 2 - DRUM'N'BASS registra as seguintes músicas:

1. Fernanda Porto - Tudo de bom (re-mix)
2. Dj Patife - Sambassim (Dj Patife remix)
3. Simoninha - Mais um lamento (Mad zoo's & Patife session mix)
4. Jair oliveira - Todas as letras (sou teu nego) (Mad zoo's nigga session)
5. Max de castro - Mais uma vez um amor (Original version)
6. Claudio zoli - Flor do futuro (Mad zoo's & Patife session mix)
7. Silvera - Vem ficar comigo (Mad zoo's d&b session mix)
8. Patricia Marx - Sem pensar (Mad zoo's d&b session mix)
9. Dj Marky - Atitude (Stakka, skynet & friction)
10. Technozóide - Esfera (feat. Rosy Aragão) (Original)
11. Drumagick - Easy boom (take it easy my brother...) (Original)

O CD 3 - R'N'B apresenta as seguintes canções:

1. Claudio Zoli - Flor do futuro (Smooth R'N'B remix)
2. Ed motta - Tem espaço na van (Max remix)
3. Silvera - Vem ficar comigo (Party remix)
4. Max de Castro - Nego do cabelo bom (Remix radio edit)
5. Fernanda Porto - Tudo de bom (Linndrum remix)
6. Jair Oliveira - Todas as letras (sou teu nego) (Remix by dj Marcelinho)
7. Pedro Mariano - Pode ser (Silver remix)
8. Simoninha - Mais um lamento (Rythm'n bossa remix)
9. Patricia Marx - Despertar (Original)
10. Claudio Zoli - Cada um cada um (a namoradeira) (Jaguar mix)
11. Dj Marcelinho - Não entendo - feat. Silvera e Paola (Original)
12. Patricia Marx - Demais pra esquecer (Jmb remix)
13. Pedro Mariano - Voz no ouvido (Mellow break remix)
14. Claudio Zoli - À francesa (Jmb-R'n´b) - rap: Fabio luiz

O CD 4 - LOUNGE apresenta as seguintes faixas:

1. Technozóide - Alone (on universe) Original 
2. Fernanda Porto - Jeito novo (not the same) (Original)
3. Patricia Marx - ...E o meu amor vi passar (Bruno E remix)
4. Silvera - Linda (Original)
5. Simoninha - Mais um lamento (Rythm'n bossa remix)
6. Technozóide - Esfera (feat. Rosy aragão)
7. Otto - Bob (Edu K remix)
8. Max de Castro - Os óculos escuros de cartola (Original)
9. Claudio Zoli - Cada um cada um (a namoradeira) (Slow jam remix)
10. Xrs Land - Bom dia (Original)
11. Pedro Mariano - O amor se acaba (Original)
12. Ed motta - Gift and sorrows (Original)
13. Jmb - Deixa o amor entrar feat. Otto (Original)

* Não há registro que os Cds tenham sido editados em vinil.

** Existe a possibilidade dos Cds promocionais terem sido distribuídos de forma individual. Entretanto, não podemos confirmar. 

domingo, 21 de julho de 2013

Ed Motta - Vendaval remix (single promocional - Item de colecionador)

Capa
O cantor Ed Motta anda meio sumido dos holofotes no cenário musical nos últimos anos. Aliás, mesmo que seu novo disco chamado “AOR” - que você pode ver a explicação do próprio cantor clicando aqui - tenha sido lançado em 2013, por vários motivos, ainda não emplacou um novo “hit” nas rádios pelo país. Mas enquanto os fãs de Ed Motta esperam por novidades, nossa equipe também aguarda passar a onda musical sertaneja que domina uma parte das paradas de sucesso nas rádios pelo Brasil.

Nesse sentido, especialistas explicam que a exemplo do que ocorreu na década de 80 - com a dominação musical roqueira -  atualmente, grande parte do mercado nacional está voltada para consumir os produtos do sertanejo universitário. Isto é, consumir um estilo de música produzido por filhos de fazendeiros nascidos, criados e educados em regiões do interior que migraram para a cidade grande e desejam difundir nas metrópoles o gosto musical vivenciado em uma realidade diferente.

Neste dilema surgem alguns questionamentos como:

1º Se o interior é melhor, porque não ficaram ao lado de suas origens??

2º Se as metrópoles são ruins, porque se mudaram para a cidade grande??

3º Se o interior for igual ao sistema cultural das grandes cidades, com seus bairros, favelas e periferias, porque o interior tem a necessidade de provar que é musicalmente tão importante ou tão qualificado quanto se subentende que as metrópoles sejam?

Enfim, neste caldeirão de tentativas e sob a influência de artistas que tiveram projeção internacional como Gustavo Lima, Luan Santana e Michel Teló, se encontra um sem número de duplas e pseudo cantores deslumbrados pelo sucesso fácil ao lado de belas mulheres. Porém, não satisfeitos em escravizar e saturar o mercado ao redor de uma única cultura, acabam celebrando melodias com refrões musicais que beiram a infantilidade na tentativa ilusória de ser alguma coisa no emblemático, cruel e oportunista mercado musical brasileiro.

Como resultado dessa situação, vários artistas de outros estilos musicais passam despercebidos ou tem seu trabalho desvalorizado para dar lugar a modismos passageiros e musicas superficiais, que representam apenas uma vaidade cultural de uma região, num determinado período da história de um povo. E assim caminha a sociedade brasileira...

Enquanto temos que nos sujeitar a essa situação e esperar o período de alienação musical passar, relembramos aos leitores do blog que nosso objetivo neste momento, está voltado para divulgar os singles, álbuns e coletâneas promocionais ou oficiais, que trabalham com a música eletrônica brasileira. Dessa forma, dando sequência ao resgate de remixes perdidos ou esquecidos, hoje postamos o single remix promocional da canção “Vendaval”, feita por Nado Leal e Paulo Jeveaux. A música foi incluída no álbum “Remixes e aperitivos” editado pelo cantor Ed Motta em 1998, ao qual você pode rever clicando aqui! 

Este single destaca quatro versões da mesma canção. Ou seja :

Vendaval – Original 4´02
Vendaval – Extended version  4´47
Vendaval – Edit version  4´12
Vendaval – Radio version  3´15

 Contracapa
 
 CD

* Com sorte é possível adquirir este single promocional junto a colecionadores ou em lojas pelo Brasil que vendem produtos musicais. 

terça-feira, 19 de março de 2013

HOUSE & REMIX Nacional Vol. I (compilação - item de colecionador)

  Capa 

Em comemoração aos 60 mil acessos do Blog, postamos hoje uma coletânea de remixes que fez bastante sucesso no Brasil. Ela se  chamava de House e Remix vol. I.  Mas para escrever a resenha desse disco nossa equipe teve que relembrar um pouco do que aconteceu no mundo naquela época. Ou seja, o cenário musical comercial foi invadido pelo famoso “verão do amor” europeu entre 88-89. O ritmo divertido e contagiante da música eletrônica começava a exorcizar o fantasma da disco music reinventando-se através da acid house e da dance music propagada pelas primeiras raves européias embaladas por drogas ilícitas como até então a desconhecida êxtasy; cuja a palavra chegou a virar nome de música e acabou sendo repetida como “hino” em  várias canções dançantes lançadas naquele período. Nesse momento, a ilha de Ibiza na Espanha, começava a despontar como a “Meca” da música eletrônica mundial. Isso ocorreu pelo fato de que parte das pessoas ricas, alternativas, neo hippies e alguns hedonistas que viviam na Europa, queriam se divertir, dançar e curtir a vida de forma livre, leve e solta em todos os sentidos.

- Tá! Mas e os Estados Unidos!???

Nos Estados Unidos, com exceção de Miami, Nova Yorque, Detroit, Chicago e São Francisco, sempre houve uma doutrinação mais country e roqueira. Entretanto, apesar dos americanos serem apontados como os inventores da música eletrônica, foi a escola musical européia impulsionada pelo desenvolvimento,  que expandiu os beats eletrônicos para o mundo e para o Brasil.

Em terras tupiniquins era possível encontrar no caldeirão musical algumas canções eletrônicas como no álbum “Alternative” da dupla Tek Noir lançado em 1990 e também em algumas canções no conceito da música pop, como no trabalho do cantor Joe Athanazio no álbum “JOE”, lançado em 1989 e da cantora Fernanda Abreu no álbum “Sla Radical Dance Disco Club”, produzido em 1990. Contudo, todos nem chegavam perto do movimento e da efervescência musical pela qual a Europa havia sido contagiada. Também nesta época, o rock n´roll já mostrava sinais de saturação e banalidade, tanto que na década de 90 apenas as bandas como o Guns n´roses e Nirvana, bem como o movimento roqueiro Grunge, garantiram um pouco de fôlego para o gênero. Porém, no passar dos anos nenhuma outra banda conseguiu repetir toda a empolgação causada pelo rock nos anos 60, 70 e 80. O que segundo pesquisadores é visto como algo normal diante da troca de gerações. 

Contracapa

Após uma breve explicação para situar o leitor sobre o passado, apresentamos agora a coletânea de remixes House e Remix Nacional Vol. I. Trata-se de um projeto artístico e musical bem interessante que reuniu o trabalho de seis artistas nacionais da gravadora WEA. Lembre-se que não eram apenas esses artistas que faziam sucesso na época!!! Esta coletânea possui remixes com várias referências musicais que foram produzidas entre 1988 e 1989 por DJ´s importantes como Iraí Campos, Ippocratis (Grego) Bournellis, Sylvio Muller, Dynamic Duo e até a participação do Dj Cuca. Os remixes apresentados são bem diferentes dos remixes produzidos nos dias atuais. Entre eles, os que mais se destacaram no gosto popular foram: “GO Back” dos Titãs, “Manuel” do Ed Motta e Conexão Japeri e “Mãe é mãe” do Casseta e Planeta. 

LADO A

1- Sub (Yellow Submarine) / Versão atômica – Os Mulheres Negras 6´05
2- Manuel / versão remix – Ed Motta e Conexão Japeri 7´00
3- Cicciolina (o cio eterno) / versão radio edit – Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros 4´06

 
LADO B

1- GoBack / versão Mix – Titãs 5´23
2- Mãe é Mãe / versão remix – Casseta e Planeta 6´05
3- Dancing / versão dance mix – Heróis da Resistência 7´06

Na imagem seguinte você pode ver a capa desta coletânea editada em fita K7:


Lado A

Lado B

* A capa com a imagem sorrindo mostrava o símbolo do movimento da acid house. O desenho do logotipo era chamado de Smiley e possui várias versões como você pode observar nas imagens seguintes:



** Na internet existem vários sites que falam sobre a história da Acid House. Nossa sugestão é: http://acidhousehistory.blogspot.com.br.html.

*** Na época de lançamento, todos os remixes foram distribuídos em single vinil 12” promocional. Entretanto,  até agora a compilação não foi re-editada em CD.

Agradecimento:

As imagens do vinil foram gentilmente cedidas pelo Dj F.MIX e as imagens do K7 foram fornecidas pelo DJ Benno. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ed Motta - Que bom voltar / Remixes (single promocional)

Capa

O cantor Ed Motta possui uma vibração musical interessante, mas o que poderia ter sido um hit festivo acabou se transformando numa remixagem fraca e repleta de obviedades. Em resumo, se de um lado a diversificação de remixes apresentados para a música pode ser considerada como ponto positivo, do outro, para quem gosta de se acabar na pista de dança, o resultado decepciona. A música, “Que bom voltar” faz parte do álbum Poptical lançado em 2003 pela gravadora TRAMA. A letra é muito boa, mas as concepções melódicas apresentadas pelos remixes não enalteceram a canção e servem apenas para preencher a programação de FMs pelo Brasil afora. Lamentamos. De forma simples, o problema não é o cantor Ed Motta! A questão é que os remixes produzidos para a música “Que bom voltar” são muito fracos diante da capacidade musical existente! Certo! 

Verso





















O Cd apresenta as seguintes versões:

1- Que bom voltar – Original Version 4´05
Análise: versão pop igual a versão original, ótima para ser tocada no rádio.  

2- Que bom voltar – JM Beat Remix 2´52
Análise: Remix pra quem gosta hip-hop, boa para ser tocada em programas de rádio. Na pegada forte do dancefloor não funciona. Vale pelo registro.

3- Que bom voltar – Mad Zoo Dub Sessions mix 3´37
Análise: Para muitos é considerado o melhor remix do single.  Uma versão em drun n´bass produzida por Mad Zoo! Se joga!

4- Que bom voltar – Retro Future Funk Remix 4´50
Análise: Remix com levada 100% Black ideal pra fazer charme. Produzida por Silvera.

5- Que bom voltar – On The Road Remix 4´04
Análise: Bom remix produzido por Max de Castro, mas na pista não funciona. Vale pelo registro.

6- Que bom voltar – FM Remix 3´43
Análise: Versão House comportada muito fraca para pista. Faltou vibração! Quem sabe na próxima! Produzido por JMB.

7- Que bom voltar – 909 Remix 3´57
Análise: Outro remix com bases de House music, porém com harmonia  mais sofisticada. Bom remix, mas também não convenceu. Produzido por Daniel Carlomagno.

8- Que bom voltar – Parteum Remix 3´49
Análise: Você já ouviu falar em lado “b” do disco para designar a música de segunda linha sem muita importância? Pois é, nesse caso, esse remix poderia ser considerado de segunda linha. Uma versão com bateria simples e efeitos eletrônicos cósmicos, mas não convenceu. Pena! Produzido por Fabio Luiz.

9- Que bom voltar – SCI – FI Chord Remix 3´37
Análise: Produzido por DJ Marcelinho, esse remix faz estilo “sei lá entende” ou serve apenas para satisfazer meia dúzia de pessoas no Brasil. Valeu pela criatividade, mas está longe de empolgar a pista.

10- Que bom voltar – Mad Zoo Sessions 9´09
Análise: Ótimo remix com levada drun n´bass. Produzido por Mad Zoo.

11- Que bom voltar – JM Beat Remix Instrumental 4´51
Análise: Versão instrumental do remix apresentado na faixa dois deste single.

12- Que bom voltar – Retro Future Funk Remix 4´51
Análise: Versão instrumental do remix apresentado na faixa quatro deste single.

13- Que bom voltar – SCI- FI Chord Remix instrumental 3´42
Análise: Versão instrumental do remix apresentado na faixa nove deste single.

CD

* Até o momento não há informação de que este CD também tenha sido lançado em vinil.

** Os remixes podem ser adquiridos em alguns sites que comercializam musicas digitais.

*** Com paciência e muita dedicação é possível encontrá-lo a venda em algumas lojas de discos e CDs usados pelo país.

****Agradecimento ao Dj Tambax por ter fornecido as imagens ao blog Brasilremixes!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ed Motta - Remixes e Aperitivos

Capa





















Antes  de  falarmos  sobre  o  álbum,  gostaríamos  de  deixar um agradecimento ao cantor Ed Motta e a sua equipe de produção, pelo belo trabalho apresentado no Cd Remixes e Aperitivos.  Sem dúvida, nos próximos 50 anos - se ainda existirem lojas de discos - será um privilégio garimpar este Cd, em meio a tantas musicas perdidas no Brasil que tenham sido produzidas na década de 90. Remixes e Aperitivos foi lançado comercialmente em 1998, pela gravadora Universal. Neste trabalho, os fãs e demais internautas não irão encontrar um remix como a música “Descobridor dos sete mares” de Lulu Santos, ou uma versão no mesmo estilo de “Dancing Days” das Frenéticas, feito pelo pessoal do Ponte Aérea. Entretanto, o público foi contemplado com um trabalho recheado de canções dançantes, inteligentes e criativas! 

Contracapa do encarte





















Bom gosto e harmonia musical marcam este álbum produzido pelo próprio Ed Motta e convidados de peso como Lincoln Olivetti, Glauton Campello, Aldivas Ayres entre outros. O design do álbum foi desenvolvido por Edna Lopes e André Teixeira. A produção fotográfica é de Milton Motenegro. Este CD contém 12 faixas com os seguintes petiscos musicais:

1- Manuel 3´26

Análise: A nova versão para uma música, que já um clássico na carreira de Ed Motta, recebeu uma turbinada desde os acordes iniciais em que se podemos ouvir o ronco de um automóvel partindo em disparada até o andamento geral da melodia, com os demais instrumentos tecnicamente condicionados, resultando em um ótimo hit para ser tocado em programas de rádio. O remix não possui créditos.

Nas imagens abaixo você pode ver o single promocional da música Manuel distribuído para rádios e alguns djs para promover o álbum.















2- Baixo Rio 3´52

Análise: Outro sucesso do artista que recebeu uma revitalização musical com timbres melódicos mais potentes do que a versão originalmente lançada na década de 80. Como na canção anterior, temos aqui outro hit para agitar os programas de rádio, mas longe das pistas. Esse remix também não possui créditos.

3-Você mentiu pra mim 5´08

Análise: Este é um dos remixes da coletânea que equipe do blog mais gostou. Essa versão tem personalidade dançante e não é apenas um “tum-tis-tum” básico, como muitos remixes nacionais lançados por aí! Diríamos que e trata de uma versão festiva com acompanhamento melódico do inicio ao fim. Aqui você encontra baixo sintetizado, guitarra, programação de bateria, piano, strings e para completar, ainda tem os riffs dos metais (trompete, saxofone alto e trombone)! Enfim, ótima faixa para a pista e para as rádios! 

Encarte 1











Encarte 2












4-Vendaval 3´14

Análise: Para quem gosta de fazer estilo e passinho na pista de dança sem dúvida esse remix é uma boa escolha. A linha de baixo mesclada com grooves funkiados fazendo referência a black music americana pode fazer a festa de muita gente! Remix produzido por Nado Leal e Paulo Jeveaux.

5-Dias de paz (It´s a beautifull day mix) 6´34

Análise: Essa versão é bem diferente dos remixes que a maioria dos brasileiros está acostumada a ouvir. Gravada na Inglaterra e produzida pelo britânico Will Mowat, esse remix possui personalidade ao mostrar uma bela composição melódica recheada de influências jazzísticas até então desconhecidas pelo público e pelos fãs do cantor!

6-Fora da lei 4´50

Análise: Produzido por Toni Rato, temos aqui um remix bem diferente da melodia original. Na prática trata-se de uma versão romântica para curtir, dançar ou sussurrar no ouvido da pessoa amada. Boa versão para os programas de rádio aquecerem corações apaixonados.

Na imagem seguinte você pode ver o single promocional da música Fora da lei distribuído para rádios e alguns djs para promover o álbum.














7-Vamos Dançar 4´45

Análise: Remix moderado com levada jazzy e direito a muito soul para garantir uma releitura musical interessante sem cair na mesmice.

8-A flor do querer 6´22

Análise: Produzido pelo inglês Will Mowat, esse belo remix mostra aos fãs e o público em geral o resultado de uma música cantada em português sob uma base musical chamada de 2-Step garage ou simplesmente Two-step. O ritmo Two step é um sub gênero musical do UK Garage inglês. É um estilo de música eletrônica que fez um relativo sucesso no final dos anos 90. No estilo Two Step a batida quatro por quatro é quebrada por um break na segunda e na quarta marcação. A linha melódica é mais focada no baixo e na bateria. Geralmente as bases são do house norte-americano, só que os ingleses que fazem Two step aceleram a rotação! Mesmo não sendo um remix tão popular, vale pela criatividade! Recomendamos!


Encarte 3












Encarte 4












9-Solução

Análise: Mais um sucesso na carreira do artista que ganhou uma versão super-turbinada com influências da house music mixada na batida com os riffs de bateria de escola de samba! Sem dúvida outro belo remix limpa banco para fazer todo mundo cair na gandaia. 


Encarte 5












10-Daqui pro Meyer (remix) 4´14
 
Análise: Afaste os móveis da sala, aumente o volume do som ou caia na pista de dança! Esse remix produzido por Paulo Jeveaux é pura festa! Se joga! Os arranjos iniciais do remix contém samples da canção “K-Jee” do M.F.S.B que faz parte da trilha sonora do filme “Embalos de sábado a noite”. Quer mais? 
Nas imagens abaixo você pode ver o single promocional da música Daqui pro Meier distribuído para rádios e alguns djs para promover o álbum.













10-Fora da lei (remix 2) 5´40

Análise: Produzido por Corello este remix possui referências do funk e da black music.  Essa versão pode cair bem em barzinhos e restaurantes com a galera em ritmo de festa antes de se esbaldar na pista! Boa versão para tocar em  programas de rádio! Para ouvir o remix clique aqui!

11-Dias de paz (remix 2) 6´34

Análise: Esse remix também foi produzido por Will Mowat e é, digamos, a versão instrumental do remix “It´s a beautifull day mix” também produzido para a mesma canção que aparece na quinta faixa deste álbum.  Para ouvir este remix clique aqui! 

Contracapa  do Cd
















CD


** Até o momento não há informação de que este álbum teha sido lançado em vinil.

*** Ainda é possível comprar o Cd nas melhores lojas de venda de discos na internet ou em algumas lojas de discos usados pelo país!






sábado, 22 de outubro de 2011

Ed Motta / Kid abelha (single remix promocional nº 14) Item de colecionador

























Este single remix foi divulgado de forma promocional em 1990, pela gravadora Warner/WEA Brasil. No entanto, aviso ao leitor que se trata de um remix realizado sob os mesmos critérios musicais de muitos remixes nacionais produzidos na década de 80 na linha poprock. Ou seja, muitos remixes foram produzidos por pessoas que não eram DJs ou não tinham nenhum conhecimento dançante propriamente dito. As músicas são ótimas, mas não tem aquele sabor de danceteria. Um exemplo clássico dessa situação são as musicas do cantor americano Prince. Algumas são ótimas para curtir em casa, na sala ou até para dançar no fundo do bar próximo ao banheiro, mas na balada não funcionam porque a vibe e a pegada é diferente. Aliás, já naquela época era diferente!
Se perguntar para qualquer Dj qual era o “hit” nas danceterias em 1990, com certeza entre centenas de sucessos ele irá responder dois: Technotronic e Madonna. Agora você pode imaginar a cena e entender porque esses remixes do Kid Abelha e do Ed Motta são classificados  por serem apenas uma tentativa de alguma coisa.
Lembro também que naquela época haviam alguns clubes no Brasil que tinham duas pistas de dança para separar a mistureba pop/rock/dance/axé/pagode brasileira da mistureba dance/techno/house/Italo/pop/rock da música internacional. 

Os remixes apresentados neste single vinil 12” são interessantes sob o ponto de vista do conhecimento e de parte do desenvolvimento musical brasileiro naquele período. A melodia da música Solução do cantor Ed Motta possui claras influências musicais do cantor Prince. Por outro lado, a  versão para a música Todo o meu ouro do Kid Abelha nada mais é do que um poprock animado bem ao gosto pop brazuka referenciado naquela ocasião. Observo que ambas as canções não tinham força para concorrer com os remixes produzidos pelos gringos. 

Lado A:

Ed Motta - Solução (remix) 5´36 - Produzido e arranjado por Ed Motta e Bombom














Lado B:

Kid Abelha e os Abóboras Selvagens - Todo o meu ouro (remix) 5´19 Produzido por Nilo Romero/ George Israel / Vitor Farias / Bruno Fortunato



Nesse assunto cabe uma explicação que ninguém disse até agora por falta de conhecimento ou falta de visão estratégica:
         “Se você quer fazer um remix dançante, no mínimo a levada do remix deverá ser muito próxima ao estilo dos remixes que estão “bombando” nas pistas no momento". E mesmo assim não há garantia nenhuma!!! Se os remixes de sucesso atual são internacionais, então o estilo do seu remix deverá ser, no mínimo,  igual a pegada dos remixes internacionais!!!!
Você pode fazer diferente, mas as pessoas não estão muito “ANTENADAS” com o diferente. (Lembre-se não é culpa sua pela limitação musical do povo) Aliás, até você convencer o povo acostumado com os remixes internacionais, de que o seu remix brasileiro é melhor???!!! Há, Há, Há vai levar muuuuuuuuinto temmmmmpo!
        A situação é simples. Você quer ser médico então você tem que estudar para ser médico! Você quer ser piloto de corrida? Então você tem que saber andar rápido! Você quer fazer um remix? Então você tem saber muito bem que tipo de remix está sendo feito por outros artistas no momento e o que você quer provar ao público com sua versão remix! Onde vocêr quer chegar? A quem voce quer impressionar?
"FAZER QUALQUER MONTAGEM E CHAMAR DE REMIX NÃO FUNCIONA! “

O leitor do blog deve ter percebido que essa crítica musical não foi muito favorável aos remixes nacionais. Sim. É verdade! Mas é preciso ir além e explicar um outro detalhe cultural que acontecia no Brasil:
“Não existia uma cultura de música dançante, ao menos naquela época”. As pessoas frequentavam os clubes para encontrar a sua cara metade, se distrair ou participar de um evento social festivo que reunisse gente, música e bebida. Dançar mesmo, havia mais tentativa do que dança. Dependendo do clube quase a metade dos frequentadores permanecia a noite toda escorada na parede do bar segurando uma cerveja ou um copo de bebida. Sem mencionar, é claro, que muitos clubes representavam apenas uma diversão passageira. Portanto, a partir do momento em que os frequentadores encontrassem alguém interessante, logo começavam a namorar e bye, bye festa! Então, produzir um remix “top” ou um remix “fraco” não iria fazer a menor diferença para uma parte desse público que infelizmente não sabe quando começa o início ou termina o fim. Então os artistas investiam e investem mais na carreira musical de shows e de rádio (com projeção satisfatória) do que na produção de um remix para ser tocado nas danceterias. Mas essa constatação não proteje e não impede de que os remixes sejam criticados diante de um resultado musical fraco. Afinal, uma pista de dança que se preze não pode ser tratada com simplicidade.
Quando elogiamos é porque vale a pela. Quando criticamos é porque tem problema! 
Sinto muito!