Mostrando postagens com marcador titãs remix. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador titãs remix. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de janeiro de 2023

Titãs - Remixes 2021 (EP digital + single)

Capa

Esse lançamento musical da banda Titãs poderia ser resumido em Quem? Quando? Onde? Como? e Porquê? Mas não apenas naquele sentido informativo dado pelos jornais ou portais de notícias. A impressão que temos do mercado musical brasileiro é que todos os artistas (nacionais ou estrangeiros), precisam ser reapresentados constantemente ao público, que parece viver num mundo (DDD) - disperso, desligado e descartável.

Este EP que reúne quatro remixes atuais de algumas canções de sucesso do grupo Titãs, foi lançado no final de 2021, mas percebemos que para 90% do Brasil, todos os remixes vão ter sabor de novidade. Estamos em 2023 e para surpresa geral, poucas pessoas possuem conhecimento sobre os novos remixes da banda, apesar de todo o sistema de comunicação existente nos dias atuais. Enfim....
   Titãs em 2021 / reprodução internet

Diante disso, para facilitar a leitura dos fãs, colecionadores, seguidores do blog e o público em geral, vamos fazer uma rápida análise de cada faixa.

1- Enquanto houver sol remix (radio edit) 2´17
Análise: Produzida por Titãs, Guz Zanotto e Overdrive Duo, essa track ficou ótima. A versão original foi lançada em 2003 no álbum Como estão vocês? 
Quando ouvimos o remix pela primeira vez, de imediato, lembramos da sonoridade musical da banda de música eletrônica mexicana chamada Moenia. Corre lá no youtube e ouça as novas musicas do Moenia e compare com o remix. A percepção de uma atmosfera melódica semelhante é inevitável.
Esse fato não é ruim, pelo contrário, o remix ficou ótimo e é um bom conceito de remixes para serem utilizados por bandas de rock e pop rock brasileiras, porque funciona muito bem tanto em shows ao vivo, quanto nos clubes e nas raves.

2- Epitáfio remix (radio edit) 3´09
Análise: Um clássico da banda lançado em 2001, essa faixa recebeu um proposta musical deliciosamente progressiva e foi remixada pelos Titãs em conjunto com Pontifexx.
Maaaassssss, apesar da canção ser muito boa a dinâmica utilizada pelo remix exagerou nas paradas. Afinal? É dance ou não é dance? Foi muito arriscado fazer um remix com muitas pausas no ritmo dançante. 

Muito "Drop" e pouco dance

A versão "radio edit" já é curta e perfeita para programas de rádio. Porém, quando a versão está começando a ganhar pique, ela diminui de repente e acaba deixando o ouvinte no vácuo. Ou vai ou não vai!!!!? Dói no coração e nos pés ouvir um super-remix morrendo afogado numa poça de água. 

Poderíamos indicar a versão extended, mas ela também exagera no estilo de "vai ou não vai". Sabemos que existe uma modinha musical do "Drop". O que é o "drop"? De forma resumida, o drop na música é uma espécie de efeito de quebra do ritmo dançante. É aquela sensação de viagem, de expectativa causada quando há uma desaceleração musical proposital, que vende uma ideia de 'flutuar melodicamente" antes do auge da canção, do refrão principal da canção. Então o drop é um efeito melódico com o objetivo de gerar "um clima de êxtase/emoção coletiva" na rave. Mas, se usado de forma exagerada, o público acaba ficando apenas na sensação. Porque música boa de dançar que é bom, só fica no imaginário. Djs e produtores tenham cuidado com o excesso de efeito de drop!" 

3- Pra dizer adeus remix (radio edit) 3´12
Análise: Uma das coisas mais legais dos remixes são as infinitas combinações e possibilidades melódicas disponíveis na reconstrução de uma canção. Esse remix produzido pelo Titãs e Dg3 Music ficou quase irreconhecível. Nós gostamos, pois toda releitura musical dá um novo gás a um velho hit de sucesso. O resultado ficou bem pop e é perfeito para programas de rádio. A versão original é de 1985.

4- Bichos escrotos (remix radio edit) 5´00
Análise: Sucesso de 1986, o arranjo inicial traz um solo de guitarra acústica interessante que deixou o remix mais comportado. Entretanto, é necessário ter cuidado com o excesso de paradas na melodia para pontuar as falas ou destacar os instrumentos musicais. A versão é ótima para ser ouvida em programas de rádio. Para a pista de dança, indicamos a versão extended que foi lançada em single digital próprio.
A track foi produzida por Titãs e Mochakk. Não sabemos dizer se foi pelo piano ou pelos riffs de guitarra presentes no decorrer do remix, mas percebemos de longe; veja bem, de longe uma lembrança de Gotan Project. Gostamos de remixes criativos que exploram novas vibrações e possibilitam o casamento natural entre ritmos orgânicos e sintetizados. O resultado ficou bacana, resta saber se a pista vai aceitar. 

Onde ouvir: Lá no youtube tem todas as versões.

Onde comprar: Em algumas plataformas musicais.

Onde dançar: Depende do interesse dos Djs.

Divirtam-se!

* As versões longas (extended) foram lançadas em singles individuais, as imagens podem ser visualizadas na sequência.
Capa

1- Enquanto houver sol remix (radio edit) 2´17
2- Enquanto houver sol remix (extended mix) 2´51
Capa

1- Epitáfio remix (radio edit) 3´09
2- Epitáfio remix (extended mix) 4´42
Capa

1- Pra dizer adeus remix (radio edit) 3´12
2- Pra dizer adeus remix (extended mix) 4´35
Capa

1- Bichos escrotos (remix radio edit) 5´00
2- Bichos escrotos remix (extended mix) 5´30

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Titãs - Marvin (Patches) Remix (Single promocional - Item de colecionador)

Capa

Essa postagem vai apenas cumprir formalidades ao fazer o registro oficial do single da canção Marvin (remix) da banda Titãs. O remix foi editado em vinil 12” e distribuído para algumas rádios e Djs em 1989, como parte do pacote promocional da coletânea de remixes House & Remix Nacional II, lançado no mesmo ano pela gravadora WEA. 

A resenha da compilação já foi feita pela equipe do Brasilremixes, para rever clique aqui

A canção teve grande sucesso comercial na carreira da banda. Este single possui o mesmo remix em ambos os lados e foi produzido no final de 1988, por integrantes da banda em conjunto com os produtores Liminha e Paulo Junqueiro. 

Com sorte e pesquisa, ainda é possível localizar e comprar este single promocional, em lojas que vendem discos e artigos musicais para colecionadores. 

Quem deseja ter esse remix editado em Cd, deve procurar a compilação Titãs 84 - 94 volume um, lançada pela gravadora WEA - Warner Music Brasil Ltda, em 1994. 

LADO A

LADO B

sábado, 29 de agosto de 2015

DJ Club 7 - vários (Cd promocional)

Capa

Hoje relembramos mais uma compilação com remixes nacionais escondidos. Trata-se da coletânea DJ CLUB 7, lançada pela gravadora WEA - Warner Music Brasil. A seleção musical foi distribuída promocionalmente em 1998 e apresenta diversos artistas internacionais e dois grupos brasileiros, Barão Vermelho e Titãs.
Contracapa

Os outros artistas da coletânea não são prioridade do blog Brasilremixes. Por enquanto, não existe o registro oficial que afirme ou prove, que ambos os remixes das bandas brasileiras - que aparecem no Cd, tenham sido editados em singles promocionais individuais de cada artista. Porém, enquanto aguardamos mais informações a respeito do assunto, estamos mostrando o que está disponível no momento.

OS REMIXES

Os remixes são raros e muito cobiçados por colecionadores. A versão da música “Puro êxtase” do Barão Vermelho é bem interessante e foi produzida por Nino Carlo.  Mas, apesar da tecnologia disponível em 1998, o remix não fugiu da versão original e limitou-se a alguns efeitos eletrônicos. Para muitos Djs, a diferença entre a música original e o remix, é que o remix ficou mais longo, apenas. Vale pelo registro.

Quem se saiu melhor foi o remix da canção 
“Os cegos do castelo” da banda Titãs. A faixa foi remixada pelo Dj Cuca e ganhou uma camada de sintetizador bem melódica, que ressuscitou a canção das profundezas do marasmo,  tornando-a  um remix ideal para ser tocado em programas de rádio. Entretanto, na pista de dança a canção ficou limitada e nem se compara ao “delírio” dançante nas festas eletrônicas que agitavam a galera na época. Mas vale pela tentativa. As duas musicas são ótimas e quem sabe no futuro teremos novos remixes! Vamos aguardar....

O play list completo da coletânea registra as seguintes canções:

1 – Barão Vermelho – Puro Extase (Nino extended mix)

2 - Nek – Laura no c´é (Extended vocal version)
3 – Madonna – Frozen (Extended mix)
4 – Cornershop – Brimful of Asha (Norman Cook original Edit)
5 – Mr. President – You can dance (Cuti extended remix)
6 – Jocelyn Enriquez – Even It (JJ Flores mix)
7 – Tamia – Imagination (HH 12 inch vocal mix)
8 – Dive – Boogie (Extended)
9 – C-Block – Time is tickin´away (Extended mix)

10 – Titãs – Os cegos no Castelo (Cuca´s Pop Right Edit)

11 – Busta Rhymes – Dangerous (X-mix urban)
12 – Madanuf Feat. Kurtis Blow – The breaks (X-mix Edit)
13 – Tamia – Imagination
14 – Tamagotchi Music – Tamagotchi dance
CD

* A coletânea não foi lançada em vinil.

** A versão remix da música Os cegos do castelo aparece na compilação de forma “editada”. A equipe do blog  está procurando da versão completa!

domingo, 8 de fevereiro de 2015

TRANSREMIX - vários compilação (item de colecionador)

Capa

Saudosistas de plantão vão recordar com muita alegria a coletânea musical  TRANSREMIX com diversos remixes de artistas brasileiros. Lançado em 1986 pela gravadora WEA, este disco registra grandes sucessos nacionais da época de ouro da música poprock brazuca. 
Contracapa

Há quem afirme que os remixes apresentados no disco, são uma tentativa de alguma coisa e não possuem a mesma pegada dos remixes internacionais que já eram produzidos naquele período. Ouvindo as versões com atenção, podemos constatar que se tratam de melodias levemente remixadas de acordo com o conhecimento, o interesse e a disponibilidade tecnológica brasileira. Outro fato importante é que nem todas as canções agitaram a pista de dança. Entretanto, o disco é um belo registro do som que rolava entre a galera jovem que teve o privilégio de viver naquele tempo. 
Detalhe da contracapa

A coletânea apresenta as seguintes canções:

LADO A

1 Ultraje A Rigor - Zoraide 5:02
Análise: Remixada pelo DJ Iraí Campos, temos aqui uma melodia simples que mantém as bases originais e uma levada um pouco mais vibrante que a versão original. A letra da música registra a típica historinha que o público brasileiro adorava ouvir (a banda Legião Urbana foi campeã em musicar historias do cotidiano, enfim...).

2 Kid Abelha e os Abóboras Selvagens - Lágrimas E Chuva 5:33
Análise: Ótima versão pop comercial de um grupo que estava se encaminhando para o estrelato. Os acordes iniciais em clima de suspense à lá Michael Jackson, revelam aos poucos uma canção interessante que recebeu um remix de acordo com os padrões musicais da época. Para a felicidade dos colecionadores, essa versão foi digitalizada e lançada em 2000, na coletânea individual de sucessos do grupo chamada Kid Abelha E-Collection

3 Ira! - Núcleo Base 3:54
Análise: Mais rock do que pop, a canção Núcleo Base da banda Ira! também recebeu alguns retoques do DJ Irai Campos. Tudo muito simples com algumas partes instrumentais (Dubs) e só!


4 Gilberto Gil - Seu Olhar 4:06
Análise: Produzida por Liminha, essa melodia gravada ao vivo é até interessante, mas não foi remixada. Apareceu neste álbum apenas para preencher espaço. Viu gravadora Warner? Ou é tudo remix ou é nada! Não adianta misturar as coisas e tentar vender gato por lebre! Tá pensando que vai enganar a torcida!? Hahahahahaha sabe nada inocente.........

LADO B

1 Kid Abelha e os Abóboras Selvagens - Os Outros (Versão Longa) 6:33
Análise: Aqui temos outra ótima melodia pop comercial do grupo Kid Abelha. Também foi remexida pelo DJ Irai Campos e é muito boa para tocar no rádio. Porém, na pista de dança não convence e talvez sirva para os namorados dançarem juntos no final de festa flashback. O remix possui algumas bases instrumentais (Dubs) que tornaram a melodia mais longa. A versão remix foi digitalizada e lançada em 2000, na coletânea individual de sucessos do grupo que recebeu o nome de Kid Abelha E-Collection

2 Titãs - Televisão 5:05
Análise: Essa canção registra o típico remix que ao longo do tempo seria a marca registrada da banda Titãs, que possui várias musicas remixadas com a mesma característica. Ou seja, com muitas partes instrumentais (Dubs) e sobreposição vocal. A música foi produzida por Lulu Santos e remixada por Irai Campos! Boa versão para animar programas de rádio!

3 Lulu Santos - Brigas (Meu Benzinho) 4:35
Análise: Essa melodia apresenta referências do poprock, mas a composição não caiu nas graças do público. A música não alcançou o devido sucesso que merecia, pois ainda não era a hora e nem a vez de Lulu Santos na cena musical pop brasileira. Fato esse, que somente iria ocorrer na década de 90! 

4 Ultraje A Rigor - Nós Vamos Invadir Sua Praia 4:57
Análise: Tire as crianças da sala, mande a velharia dormir e detone o volume do som, que agora chegou a vez da canção mais empolgante do disco e da carreira musical da banda Ultrage a Rigor! É claro, que o grupo produziu outros hits de sucesso, mas neste momento (1985-1986) não tinha pra ninguém. Quando os djs começavam a sessão de musicas brasileiras nas danceterias, a galera da balada vinha abaixo ao som dos acordes iniciais da canção que trazia o barulho de helicóptero e ao mesmo tempo anunciava o início do hit Nós vamos invadir a sua praia!  Um verdadeiro hino musical altamente recomendado! O remix foi produzido por Pena Schimidt, mas possui apenas algumas passagens instrumentais (Dubs). A versão remix e a versão instrumental da canção foram digitalizadas e  lançadas em 2000 na coletânea individual de sucessos o grupo chamada Ultraje a Rigor E-Collection

Na sequência podemos ver a imagem do disco editado em fita K7.

* Apena algumas canções da compilação foram lançadas em Cd.

** Com sorte o disco original ainda pode ser adquirido em lojas ou sebos que vendem produtos musicais usados.

*** Em vários sites brasileiros - de compartilhamento musical - é possível baixar as canções através de download.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Titãs - O que remix (single promocional)

Capa 

Voltando para 1986, encontramos o single vinil 12” remix promo nº 39, da canção “O quê” da banda Titãs. Distribuído pela gravadora WEA/Warner, a produção e edição do remix foi assinado pelo dj Iraí Campos e por Tuta Aquino. A remixagem mantém as bases originais da canção e adiciona alguns efeitos eletrônicos de bateria e sintetizador. A versão também inclui uma segunda voz cantada ao estilo Rap e Hip Hop, pelo rapper americano que atende pelo nome de Raven T.

Imagem reprodução 

O tempo de duração da melodia também foi retrabalhado com a utilização de samples e alguns momentos instrumentais chamados no meio musical de “DUBS”. Os leitores do blog já sabem que “DUB” instrumental não tem nenhuma conotação com o “DUB” jamaicano! Certo!” Quanto ao nome do remix “Is it a dub?” (Isso é um dub?), que aparece na faixa dois do lado “B” do disco, pode ser entendido como uma brincadeira feita pela banda para questionar o público sobre o que realmente é um dub?!!

A versão original da música, com letra de Arnaldo Antunes, foi lançada no álbum de sucesso da banda chamado “Cabeça de Dinossauro”. O grupo Titãs trabalha com um estilo musical voltado ao poprock. Entretanto, algumas vezes está mais direcionado ao rock do que para o pop. Aliás, diga-se de passagem, muitos artistas brasileiros e parte da “velha” mídia tupiniquim, não gostam de música “pop” pelo fato do conceito musical ser considerado descartável. Porém, a equipe do blog lembra que tudo na música já sai de fábrica com o prazo de validade vencido. Afinal, em se tratando de melodia, tudo é renovado, reciclado, regravado, remixado...enfim!

Este single contém as seguintes faixas:

LADO A

1-Polícia – versão original 2´07
2-O que – remix extended version 6´40

LADO B

1-O que – remix radio version 4´30
2-O que – remix is it a dub? 4´20

* A canção “Polícia” também foi incluída neste single como parte de divulgação promocional do novo disco do grupo.

** Ao final dos remixes é possível ouvir o rapper dizendo: “Irai Fields” (fields em inglês significa “campos”), Tuta Aquino, Bobby G (Bobby Gordon engenheiro de som que participou da edição do remix) e Titãs.  

*** Pelos remixes apresentados para a canção, há quem diga que as versões estão mais voltadas ao estilo de dance americano tipo as musicas produzidas pelo cantor Prince!

**** Conta a história que o álbum ”Cabeça de dinossauro” foi considerado um divisor de águas do trabalho sonoro da banda, sendo aclamado pela crítica, pelo público e por vários artistas de seguimentos musicais diferentes. Já para a equipe do blog, o álbum é bastante expressivo, mas lembramos que o grupo Titãs apenas agiu de acordo com o desenvolvimento musical com que o mundo estava passando naquele momento.

terça-feira, 19 de março de 2013

HOUSE & REMIX Nacional Vol. I (compilação - item de colecionador)

  Capa 

Em comemoração aos 60 mil acessos do Blog, postamos hoje uma coletânea de remixes que fez bastante sucesso no Brasil. Ela se  chamava de House e Remix vol. I.  Mas para escrever a resenha desse disco nossa equipe teve que relembrar um pouco do que aconteceu no mundo naquela época. Ou seja, o cenário musical comercial foi invadido pelo famoso “verão do amor” europeu entre 88-89. O ritmo divertido e contagiante da música eletrônica começava a exorcizar o fantasma da disco music reinventando-se através da acid house e da dance music propagada pelas primeiras raves européias embaladas por drogas ilícitas como até então a desconhecida êxtasy; cuja a palavra chegou a virar nome de música e acabou sendo repetida como “hino” em  várias canções dançantes lançadas naquele período. Nesse momento, a ilha de Ibiza na Espanha, começava a despontar como a “Meca” da música eletrônica mundial. Isso ocorreu pelo fato de que parte das pessoas ricas, alternativas, neo hippies e alguns hedonistas que viviam na Europa, queriam se divertir, dançar e curtir a vida de forma livre, leve e solta em todos os sentidos.

- Tá! Mas e os Estados Unidos!???

Nos Estados Unidos, com exceção de Miami, Nova Yorque, Detroit, Chicago e São Francisco, sempre houve uma doutrinação mais country e roqueira. Entretanto, apesar dos americanos serem apontados como os inventores da música eletrônica, foi a escola musical européia impulsionada pelo desenvolvimento,  que expandiu os beats eletrônicos para o mundo e para o Brasil.

Em terras tupiniquins era possível encontrar no caldeirão musical algumas canções eletrônicas como no álbum “Alternative” da dupla Tek Noir lançado em 1990 e também em algumas canções no conceito da música pop, como no trabalho do cantor Joe Athanazio no álbum “JOE”, lançado em 1989 e da cantora Fernanda Abreu no álbum “Sla Radical Dance Disco Club”, produzido em 1990. Contudo, todos nem chegavam perto do movimento e da efervescência musical pela qual a Europa havia sido contagiada. Também nesta época, o rock n´roll já mostrava sinais de saturação e banalidade, tanto que na década de 90 apenas as bandas como o Guns n´roses e Nirvana, bem como o movimento roqueiro Grunge, garantiram um pouco de fôlego para o gênero. Porém, no passar dos anos nenhuma outra banda conseguiu repetir toda a empolgação causada pelo rock nos anos 60, 70 e 80. O que segundo pesquisadores é visto como algo normal diante da troca de gerações. 

Contracapa

Após uma breve explicação para situar o leitor sobre o passado, apresentamos agora a coletânea de remixes House e Remix Nacional Vol. I. Trata-se de um projeto artístico e musical bem interessante que reuniu o trabalho de seis artistas nacionais da gravadora WEA. Lembre-se que não eram apenas esses artistas que faziam sucesso na época!!! Esta coletânea possui remixes com várias referências musicais que foram produzidas entre 1988 e 1989 por DJ´s importantes como Iraí Campos, Ippocratis (Grego) Bournellis, Sylvio Muller, Dynamic Duo e até a participação do Dj Cuca. Os remixes apresentados são bem diferentes dos remixes produzidos nos dias atuais. Entre eles, os que mais se destacaram no gosto popular foram: “GO Back” dos Titãs, “Manuel” do Ed Motta e Conexão Japeri e “Mãe é mãe” do Casseta e Planeta. 

LADO A

1- Sub (Yellow Submarine) / Versão atômica – Os Mulheres Negras 6´05
2- Manuel / versão remix – Ed Motta e Conexão Japeri 7´00
3- Cicciolina (o cio eterno) / versão radio edit – Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros 4´06

 
LADO B

1- GoBack / versão Mix – Titãs 5´23
2- Mãe é Mãe / versão remix – Casseta e Planeta 6´05
3- Dancing / versão dance mix – Heróis da Resistência 7´06

Na imagem seguinte você pode ver a capa desta coletânea editada em fita K7:


Lado A

Lado B

* A capa com a imagem sorrindo mostrava o símbolo do movimento da acid house. O desenho do logotipo era chamado de Smiley e possui várias versões como você pode observar nas imagens seguintes:



** Na internet existem vários sites que falam sobre a história da Acid House. Nossa sugestão é: http://acidhousehistory.blogspot.com.br.html.

*** Na época de lançamento, todos os remixes foram distribuídos em single vinil 12” promocional. Entretanto,  até agora a compilação não foi re-editada em CD.

Agradecimento:

As imagens do vinil foram gentilmente cedidas pelo Dj F.MIX e as imagens do K7 foram fornecidas pelo DJ Benno. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Titãs - Televisão (single remix promocional 71 - Item de colecionador)



Capa
Essa música foi produzida pelo cantor Lulu Santos com direção artística do produtor Liminha. A versão original da canção segue o estilo poprock brazuca característico nos anos 80 com algumas influências da new wave. Ela foi lançada em 1985 pela banda Titãs que na primeira formação tinha nove integrantes, sendo eles, Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung que foi substituído por Charles Gavin.
Este single vinil 12” foi distribuído pela gravadora WEA (Warner) e apresenta a mesma música em ambos os lados para ser tocada em aparelhos com diferentes rotações (33 ou 45), pois nem todas as emissoras de rádio no Brasil eram  tão modernas assim. A
melodia original foi lançada no álbum que leva o mesmo título da canção. 

Lado A e B contém versões iguais
O remix feito pelo Dj Irai Campos não foge do conceito de remixes produzidos para várias  músicas brasileiras naquela época. Ou seja, mantém a base original, adiciona alguns efeitos eletrônicos simplórios, acrescenta sobreposição de vozes, inclui alguns toques de bateria diversificados para deixar a versão original por um ou dois minutos mais longa e com sorte - dependendo do Dj, do artista, da tecnologia disponível, da gravadora e do público – o remix poderia ou não receber alguns riffs de teclado. Mas nada tão empolgante quanto os sintetizadores da música “Jump” do Van Halen, por exemplo. Aliás, o remix para a maior parte das bandas brasileiras não poderia ser tão eletrônico para não prejudicar o conceito do grupo diante de um público de conhecimento limitado e massivamente doutrinado pela mídia para valorizar e enaltecer o  Rock n´roll. Afinal, naquele período, o passaporte para entrar no mainstream da música pop brasileira era imitar, quer dizer, era tocar igual ao conceito roqueiro internacional. E se fosse o estilo norte americano seria melhor ainda!

Pergunta: Mas diversos cantores e bandas roqueiras internacionais também faziam remixes na época?!!!

Resposta: Sim! É verdade. Porém essa parte musical era ignorada pela mídia e por parte do público brasileiro roquista! Sabe como é. A maior parte dos roquistas não dançavam, não frequentavam a noite, não se divertiam em danceterias ou clubes. Logo, não sabiam e nem se importavam com o que estava acontecendo musicalmente ao seu redor.  

 A maior parte dos roqueiros eram especialistas em rock n´roll. São pessoas em que o rock representa tudo e o os outros são o resto!  E atenção, nem vou entrar no fator sexual porque a discussão seria perda de tempo. Existem exceções, mas o mundo não vive de exceções. Todo mundo era doutrinado para fazer a mesma coisa, ouvir a mesma música e repetir o que outros fizeram no passado apenas para dizer:  "Eu também sei fazer igual!"

Para complementar esse assunto, no filme sobre a vida de Cazuza aparece a cena clássica do cantor em estado de fúria que destrói o quadro com disco de ouro adquirido pelas 100 mil cópias vendidas de seu trabalho musical e verbera em alto e bom som:  "100 mil pessoas ouvindo a mesma coisa!!" Logo, quando a equipe do blog BrasilRemixes comenta sobre “todo mundo fazendo rock n´roll” é justamente nesse sentido “doutrinado” de todo mundo fazendo a mesma coisa. Enquanto isso, o tempo passa e quando as pessoas ficarem velhas talvez perceberão o quanto tiveram uma vida musical limitada! Lamentamos!

Nota: Se comparado com outros grupos é bom lembrar que a banda Titãs foi bastante criativa em trabalhar musicalmente com a sonoridade eletrônica. Por fim,  foi feito o que era possível. 

* Este single vinil 12” não foi editado em Cd.

** Até o momento não há confirmação de que esse remix esteja sendo comercializado no formato digital.

*** Esse remix também foi incluído na coletânea de remixes brasileiros chamada "TRANSREMIX", que foi lançada em vinil na década de oitenta e em breve será postado pelo blog. 

sábado, 5 de maio de 2012

Pop Brasil Remixes - Coletânea vários


Capa

Hoje apresentamos a compilação POPBRASILREMIXES. Este CD foi lançado em 1997 pela gravadora Warner (WEA). A coletânea registra o trabalho de vários artistas da área do Rock, Pop e Mpb brazuca que faziam parte do cast da gravadora. Os remixes tentam satisfazer a todos os gostos ou não. Na prática, a produção do Cd apresenta algumas versões interessantes e outras que deixam a desejar. Algumas canções já foram postadas pelo blog em outros momentos, mas você pode rever algumas informações na área de pesquisa. Para a felicidade dos fãs e colecionadores de remixes, ainda é possível comprar essa compilação em lojas virtuais ou em estabelecimentos que vendem discos e CDs usados.

A compilação apresenta as seguintes musicas:

1- Kid Abelha- Pintura intima (Cuca´s return at pop hits edit) 4´34
Análise: Esse remix segue o estilo pop comercial com referências da Eurohouse para programas de rádio. Produzido pelo Dj Cuca.

2- O Rappa – Vapor Barato (Kaya radio mix) 4´24
Análise: Remix pop com levada reggae, pitadas de rock e composição marcante com forte apelo social. Boa versão para ser tocada nas ondas do rádio e longe das pistas de dança. Produzido por DJ Cuca. 

3- Barão Vermelho – Perdidos na Selva (Cuca´s pop hit radio) 3´44
Análise: Outro remix para ser tocado no rádio e que foi produzido pelo Dj Cuca com influências do funk melody que só faz sucesso com a  galera do Rio de Janeiro. Essa versão também foi incluída no CD “ Ao vivo + remixes”  lançado pela própria banda e que em breve também será postado pelo blog.

4- Márcio Mello- Tonelada de Amor (Pop radio) 3´48
Análise: A letra da canção é interessante, mas o remix ficou excessivamente lúdico! Nunca ouvimos essa versão ser tocada em lugar algum. Quem sabe um novo remix.

5- Titãs – Tudo o que você quiser (remix) 3´45
Análise: A canção foi remixada pelo Dj Cuca e apresenta o estilo alegre e marcante do reggae pop, mas infelizmente não faz diferença alguma! Vale pelo registro.
Encarte

6- Zé Ricardo – Você chegou (remix) 3´34
Análise: Essa canção tem uma boa levada comercial, mas o remix não convenceu. Faltou personalidade e consistência. Na prática nem parece um remix, mas apenas uma versão pop melhorada. Merece um novo remix! 

7- Sandra de Sá – Soul de Verão/Fame (Dudu Marote remix) 4´35
Análise: Os arranjos iniciais e as influências da disco music foram uma ótima idéia, mas como em várias musicas produzidas pelo Dudu Marote, a qualidade do som ficou prejudicada. Falta mixagem, falta equalização, enfim o som ficou “trancado” e preso por falta de padronização técnica no momento da gravação. A música não tem que funcionar apenas no equipamento do produtor e da gravadora. A qualidade da música deve ser “vibrante”  até no radinho de pilhas!!!! Foi uma canção de sucesso, mas o remix merecia mais!

8- Gilberto Gil – Guerra Santa (Acid jazzmix) 4´20
Análise: Belo remix com influências do Acid jazz e riffs musicais de samba. Ideal para bares e restaurantes.

9- Zélia Duncan – Tempestade (Memê hip-hop radio) 3´29
Análise: Uma versão interessante para ser tocada no rádio, mas na pista não funciona. Produzida pelo DJ Memê, a canção possui referências da Black music e sample da melodia  “I want your Love” da banda CHIC.
Contracapa

10- Jorge Bem Jor – W brasil (Club dance version) 6´27
Análise: Essa música foi encomendada pela agência de publicidade W/Brasil. O remix foi chamado de “Club Dance Version” e de acordo com informações apresentadas nos créditos do encarte da coletânea, essa versão também foi produzida por Paul Peterson. Trata-se, a meu ver, de um remix pop que em alguns momentos lembra a pegada musical do cantor americano Prince. Não foi uma versão que “bombou” nas pistas.

11- Kid Abelha – Como é que eu vou embora (Crossover pop mix) 4´34
Análise: A equipe do blog constatou que essa versão é diferente de todos os outros remixes apresentados no single promocional, no single comercial e no álbum de remixes da banda que já foi postado pelo blog e você pode rever clicando aqui. Dessa forma, temos uma versão produzida exclusivamente para a compilação Pop Brasil Remixes. Esse remix é um pouco mais melódico do que os outros e possui uma introdução musical  diferente.

12- Barão Vermelho – Amor meu grande amor (Radio version) 5´30
Análise: Remix popular produzido pelo Dj Corelo para ser tocado no rádio bem longe das pistas. Possui uma atmosfera romântica fazendo referência a Black music que no Brasil também é conhecida e chamada por muitos de “Charme”. Ou seja, uma melodia para fazer passinho e muito “charme” junto com a galera ou com a pessoa amada! 

CD
 

*** Até o momento não há registro de que este trabalho tenha sido lançado em vinil ou que esta compilação esteja sendo comercializada digitalmente em sites*  virtuais de venda de músicas.

OBS: Não confunda! Existem sites que só vendem músicas e existem sites que só comercializam CDS!!!!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Titãs - Pela paz (single remix)

Capa
No post de hoje vou destacar um momento poprock nacional da banda Titãs e o EP/CD “Pela paz”.
É importante que o leitor saiba que a concepção de EP (Extended Play) é aplicada apenas ao formato musical utilizado pelo vinil (Long play) e não para CD. Ou seja, não existe e não se chama as músicas gravadas em CD de “EP”.

O EP é um formato exclusivo para discos em vinil!


Recordando:

LP (Long Play, vinil, popularmente chamado de disco no Brasil. Apresenta o álbum inteiro do artista e varia entre dez e quinze músicas, dependendo dos minutos de cada canção)

LP Double ou triple (É um long play em vinil duplo ou triplo com todas as canções de álbum do artista, varia entre dez a vinte músicas dependendo dos minutos de cada melodia)

EP (Extended Play, no mesmo formato do vinil, porém com menos músicas que o long play. Geralmente apresenta de duas a quatro canções)

Mini LP (no mesmo formato do vinil com menos musicas que o Long play, geralmente apresenta de duas a cinco canções)

No Brasil o formato de LP (long play) é popularmente chamado de disco, porque o objeto tem o formato de disco e não possui nenhuma conotação com a disco music. Certo!

- Tá! Mas que frescura é essa????Não é tudo a mesma coisa!?

Hahaha!!!! Caro leitor, você tem razão! É tudo a mesma coisa. A única diferença no vinil é a quantidade e o tamanho das músicas. Uma hora eles chamam de Long play. Outra hora eles chamam de Extended play. No outro momento eles dizem que é mini LP e assim por diante! Estresse!!
No formato de CD é mais simples. Se você gravar apenas uma canção, o CD será chamado de single. Se você gravar duas, três, quatro ou cinco músicas num CD, ele também será chamado de single. Se você gravar dez ou mais músicas em um CD, ele será chamado de álbum. Mas o álbum também pode ser duplo ou triplo, dependendo do tamanho do arquivo de cada música. Em outra ocasião explicaremos o que é: Maxi-single , CD5, single remix e 12"remix.

Voltando ao assunto da banda Titãs, este single (agora está certo) apresenta quatro melodias. Uma canção normal, um remix para “Eu não vou dizer nada” e dois remixes para a música que leva o nome de “Tudo o que você quiser”.
Lançamento Warner Music  Brasil – 1997, produzido por Liminha. 
 
Encarte

1 -  Pela Paz (3`45)

Análise:  Essa música não é um remix, mas uma canção normal estilo poprock.





2 – Eu não vou dizer nada (Além do que estou dizendo) – Remix (4´12)

Análise: É uma versão caprichada ao estilo poprock, muito boa para ser tocada em FMs, mas longe da pista de dança. Remixado pelo produtor Liminha trata-se uma versão contida e nem chega perto dos remixes arrebatadores produzidos pelos DJs para algumas músicas do U2, por exemplo. Tem boa masterização e ótimo apelo popular, porém não se trata de um remix dançante.  Ótima versão para fãs da banda e roqueiros da década de 90.

3 – Tudo o que você quiser – Remix (3´59)

Análise: Esta versão não tem nome. Não é club mix, não é radio mix, não é mega mix enfim, trata-se apenas de um remix. Produzido por Paul Ralphes, este remix comportado tocou em FMs em várias partes do Brasil. Na melodia se percebe influencias do “reggae pop “ ao estilo “Inner Circle” que também fez sucesso com a música  Sweat (A La La La La Long).

4 – Tudo o que você quiser – Remix (2) (3´45)

Análise: Esta versão também não tem nome. Por isso batizei de remix (2), apenas para diferenciar. A canção foi remixada pelo DJ CUCA e também apresenta o estilo alegre e marcante do reggae pop tanto quanto o remix apresentado na versão anterior. 

*** Não há informação até o momento de que este single tenha sido lançado no formato de vinil. 
Contra-capa











CD