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quinta-feira, 10 de março de 2022

Gilberto Gil - Toda menina baiana remix (single digital)

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Alguns remixes produzidos nos últimos anos tem deixado a equipe do blog preocupada. As canções originais são legais, porém o resultado dos remixes é um pouco frustrante, independente de quem tenha produzido. Sinal dos tempos? Não temos bola mágica para saber como será o amanhã...... Mas, entendemos que parte das produções musicais no momento atual beiram a obviedades. 

A equipe do Brasilremixes vem de uma escola musical onde o remix era tratado como se fosse “a menina dos sete mares,” e não apenas para preencher espaço na pista de dança e depois ficar se glorificando como se o remix fosse a oitava maravilha do mundo.

Nós estendemos perfeitamente que a nova geração de Djs deseja ou precisa fazer remixes diferentes e atuais. Entretanto, os novos produtores não podem oferecer um remix menos empolgante do que os remixes apresentados pelos djs do passado/recente.  

Quem decide é o público... 

O single digital da canção “Toda menina baiana” do cantor Gilberto Gil, foi lançado em 2020, pela Gege produções artísticas Ltda. Ele registra dois remixes. Dre Guazzelli remix e João Faria remix

Ambas as versões são legais para tocarem no rádio, mas não há nada de novo ou espetacular. Os remixes cumprem formalidades dançantes e até podem emocionar um tipo de público que está começando a conhecer a vida noturna agora. 

* Para ouvir as versões de graça, você pode ir lá no youtube procurar que tem. 

** Quem deseja comprar as versões, pode encontrar os remixes à venda em sites, plataformas ou aplicativos que comercializam musicas na internet. Mas atenção! Quem coleciona remixes precisa garantir a versão agora, porque se deixar para comprar depois ou para daqui cinco anos, o remix tem grande chance de não estar mais disponível para venda nos aplicativos ou plataformas musicais.

OBS: A equipe do blog não define o que é bom ou ruim para ser ouvido e festejado nas pistas de dança dos clubes pelo Brasil. Afinal, o público procura o que deseja de acordo com seu conhecimento/interesse musical. Nós apenas lembramos que muitas pessoas acabam gostando de determinadas musicas por falta opções. 

Escolher entre o nada e alguma coisa, elas ficam com alguma coisa. Logo, muitos remixes fazem sucesso não por serem bons, mas porque o público se sente obrigado a gostar do que o mercado apresenta. Ou é isso, ou é isso..........Pausa pra pensar e ficar atento sobre o que se passa ao nosso redor. 

sábado, 5 de maio de 2012

Pop Brasil Remixes - Coletânea vários


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Hoje apresentamos a compilação POPBRASILREMIXES. Este CD foi lançado em 1997 pela gravadora Warner (WEA). A coletânea registra o trabalho de vários artistas da área do Rock, Pop e Mpb brazuca que faziam parte do cast da gravadora. Os remixes tentam satisfazer a todos os gostos ou não. Na prática, a produção do Cd apresenta algumas versões interessantes e outras que deixam a desejar. Algumas canções já foram postadas pelo blog em outros momentos, mas você pode rever algumas informações na área de pesquisa. Para a felicidade dos fãs e colecionadores de remixes, ainda é possível comprar essa compilação em lojas virtuais ou em estabelecimentos que vendem discos e CDs usados.

A compilação apresenta as seguintes musicas:

1- Kid Abelha- Pintura intima (Cuca´s return at pop hits edit) 4´34
Análise: Esse remix segue o estilo pop comercial com referências da Eurohouse para programas de rádio. Produzido pelo Dj Cuca.

2- O Rappa – Vapor Barato (Kaya radio mix) 4´24
Análise: Remix pop com levada reggae, pitadas de rock e composição marcante com forte apelo social. Boa versão para ser tocada nas ondas do rádio e longe das pistas de dança. Produzido por DJ Cuca. 

3- Barão Vermelho – Perdidos na Selva (Cuca´s pop hit radio) 3´44
Análise: Outro remix para ser tocado no rádio e que foi produzido pelo Dj Cuca com influências do funk melody que só faz sucesso com a  galera do Rio de Janeiro. Essa versão também foi incluída no CD “ Ao vivo + remixes”  lançado pela própria banda e que em breve também será postado pelo blog.

4- Márcio Mello- Tonelada de Amor (Pop radio) 3´48
Análise: A letra da canção é interessante, mas o remix ficou excessivamente lúdico! Nunca ouvimos essa versão ser tocada em lugar algum. Quem sabe um novo remix.

5- Titãs – Tudo o que você quiser (remix) 3´45
Análise: A canção foi remixada pelo Dj Cuca e apresenta o estilo alegre e marcante do reggae pop, mas infelizmente não faz diferença alguma! Vale pelo registro.
Encarte

6- Zé Ricardo – Você chegou (remix) 3´34
Análise: Essa canção tem uma boa levada comercial, mas o remix não convenceu. Faltou personalidade e consistência. Na prática nem parece um remix, mas apenas uma versão pop melhorada. Merece um novo remix! 

7- Sandra de Sá – Soul de Verão/Fame (Dudu Marote remix) 4´35
Análise: Os arranjos iniciais e as influências da disco music foram uma ótima idéia, mas como em várias musicas produzidas pelo Dudu Marote, a qualidade do som ficou prejudicada. Falta mixagem, falta equalização, enfim o som ficou “trancado” e preso por falta de padronização técnica no momento da gravação. A música não tem que funcionar apenas no equipamento do produtor e da gravadora. A qualidade da música deve ser “vibrante”  até no radinho de pilhas!!!! Foi uma canção de sucesso, mas o remix merecia mais!

8- Gilberto Gil – Guerra Santa (Acid jazzmix) 4´20
Análise: Belo remix com influências do Acid jazz e riffs musicais de samba. Ideal para bares e restaurantes.

9- Zélia Duncan – Tempestade (Memê hip-hop radio) 3´29
Análise: Uma versão interessante para ser tocada no rádio, mas na pista não funciona. Produzida pelo DJ Memê, a canção possui referências da Black music e sample da melodia  “I want your Love” da banda CHIC.
Contracapa

10- Jorge Bem Jor – W brasil (Club dance version) 6´27
Análise: Essa música foi encomendada pela agência de publicidade W/Brasil. O remix foi chamado de “Club Dance Version” e de acordo com informações apresentadas nos créditos do encarte da coletânea, essa versão também foi produzida por Paul Peterson. Trata-se, a meu ver, de um remix pop que em alguns momentos lembra a pegada musical do cantor americano Prince. Não foi uma versão que “bombou” nas pistas.

11- Kid Abelha – Como é que eu vou embora (Crossover pop mix) 4´34
Análise: A equipe do blog constatou que essa versão é diferente de todos os outros remixes apresentados no single promocional, no single comercial e no álbum de remixes da banda que já foi postado pelo blog e você pode rever clicando aqui. Dessa forma, temos uma versão produzida exclusivamente para a compilação Pop Brasil Remixes. Esse remix é um pouco mais melódico do que os outros e possui uma introdução musical  diferente.

12- Barão Vermelho – Amor meu grande amor (Radio version) 5´30
Análise: Remix popular produzido pelo Dj Corelo para ser tocado no rádio bem longe das pistas. Possui uma atmosfera romântica fazendo referência a Black music que no Brasil também é conhecida e chamada por muitos de “Charme”. Ou seja, uma melodia para fazer passinho e muito “charme” junto com a galera ou com a pessoa amada! 

CD
 

*** Até o momento não há registro de que este trabalho tenha sido lançado em vinil ou que esta compilação esteja sendo comercializada digitalmente em sites*  virtuais de venda de músicas.

OBS: Não confunda! Existem sites que só vendem músicas e existem sites que só comercializam CDS!!!!

sábado, 3 de março de 2012

Gilberto Gil - Guerra Santa remix (Single promocional)

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Produzido por Gilberto Gil e com direção artística de Paulo Junqueiro. Este single foi lançado comercialmente no Brasil em 1997 pela gravadora Warner Music. Esta opção foi uma tentativa atrasada de relançar no mercado consumidor brasileiro um produto musical na forma de single. Ou seja, como o preço de produção do álbum inteiro com dez a quinze canções custava muito caro e levava muito tempo para ser lançado, então algumas gravadoras brasileiras - a contra gosto – utilizaram a opção de produzir uma ou duas musicas de cada artista para serem lançadas comercialmente no formato de single com os seguintes objetivos:
- Atualizar o trabalho do artista no mercado com novas musicas para não cair no esquecimento do público e da mídia, 
- Preencher com novidades musicais a carreira do artista até que o álbum inteiro ficasse pronto para ser lançado, 
- Alavancar as vendas da gravadora e os rendimentos do artista.
Porém , como já foi mencionado, o relançamento do single apareceu no Brasil tarde demais. Visto que em 1997 tanto a pirataria virtual como a pirataria popular já começavam a tomar conta de parte do mercado. Aliado essa situação, na área empresarial existe uma regra chamada de “custo e benefício”. Ou seja, independente de originalidade, não adianta pagar por um produto - altamente descartável – todo o valor que era cobrado pelas gravadoras. Em resumo, a pedra no sapato dos artistas é que suas musicas já saem de fábrica com o prazo de validade vencido!!! Dizem os especialistas que na década de 80 as musicas “Top” duravam em média dois anos de sucesso. Na década seguinte as canções faziam de seis meses a um ano de sucesso. Porém, com as devidas proporções, a enxurrada de novos artistas em todas as áreas musicais no mundo inteiro demonstraram que as musicas produzidas atualmente permanecem de um a dois meses nas paradas de sucesso e depois são substituídas por outras e assim sucessivamente! Diante dessa realidade, diversas pessoas perguntam: - Pra quê pagar um preço tão alto por um trabalho artístico com a duração tão mínima? 
Encarte

De forma geral naquela época o Brasil possuía diversos problemas como: Alto custo de produção, formas de divulgação ultrapassadas, pirataria, descartabilidade artística, falta de investimentos musicais, excesso de artistas, lentidão na distribuição logística do produto, limitações tecnológicas, conceitos musicais atrasados e estagnados, falta de inovação e mudanças no comportamento dos consumidores. Tudo isso acabou contribuindo para a derrocada do modelo musical existente e perpetuado tanto pelas gravadoras como os donos da música e seus correligionários desinformados. Por esses motivos o formato de single nunca vingou no Brasil, mesmo no auge do negócio musical lá pelos anos oitenta. O modelo do single no Brasil sempre ficou na tentativa. De fato ele nunca recebeu os investimentos que merecia como em outros países mais desenvolvidos. Como represália, as gravadoras pagaram um alto preço pela sua posição anti-tecnológica. Dessa forma, a ganância existente no mercado musical fez com que muitas gravadoras amargassem a perda do vinil, a perda do Cd e a perda do Single. O que restou está tentando sobreviver ou parou nas mãos da pirataria, lamentavelmente.

CD
Voltando ao single, todos os remixes foram produzidos por Mark Kamins e Joey Mosk.  O single apresenta as seguintes musicas: 

1- Com que roupa 4´02

Análise: Versão original apenas. Foi utilizada na campanha publicitária de uma empresa fabricante de roupas. 
 

2- Guerra Santa – Acid jazz mix 4´20

Análise: Belo remix com influências do Acid jazz e sample com riffs de samba. Ideal para bares e restaurantes.



3- Vendedor de carangueijo – Chemical mix 5´19

Análise: Remix com levada house e referências do techno com melodia difícil de ser digerida. Infelizmente. Vale pelo registro.

4- Vendedor de carangueijo – Cemichemichango mix 6´15

Análise: Outro remix com levada techno mas com melodia difícil deve ser digerida.

- Como assim?

Na música existem vários critérios para serem analisados na sua concepção. Ninguém faz música apenas por fazer é preciso estar atento para satisfazer alguns requisitos.
O remix tem que ter o objetivo definido. Se for um remix ao estilo apoteótico, esse remix deve ser arrasa quarteirão! Por exemplo: “Space cowboy” do Jamiroquai remixado por David Morales! Se for um remix misterioso, esse remix tem que ter uma pegada como por exemplo a música “Insomnia” do Faithless. Se for um remix comercial e festivo, esse remix deve ter o sabor musical como na canção “Hung Up” da Madonna. Se for um remix techno, ele deve ter a pegada musical forte como por exemplo, na melodia “Pegasus (superclub mix) do Mauro Picotto. Se for um remix lúdico ele deve ter algumas características musicais como por exemplo na música “Blue” do Eiffel 65 e assim sucessivamente. Entretanto, mesmo seguindo esses exemplos, não há garantia de sucesso!!!
Logo, não é possível ser "TOP" ou perder dinheiro produzindo um remix ao estilo “sei lá entende”! A idéia do remix para a música “Vendedor de Carangueijo” do Gilberto Gil foi bem interessante, mas os timbres musicais utilizados não convencem o povo da música pop, o povo da música comercial, a galera da musica conceitual e nem a galera da música eletrônica, enfim! O remix deve ser observado como um todo. Não pode apenas colocar um tecladinho e uma bateria eletrônica pensando que a galera irá curtir e dançar.

Capa do Cd com sugestão de preço p/ venda



*Ainda é possivel comprar o single pela internet em lojas de discos novos ou usados.



** Até o momento não há confirmação de que os remixes desse single tenham sido lançados em vinil ou como faixa bônus em alguma outra compilação do cantor ou compilação promocional.