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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Barão Vermelho - Puro Extase - versão original e versão remix - (Single promocional - Item de colecionador)

Capa do single promocional

No período de lançamento da canção “Puro Extase” da banda Barão Vermelho, ouve um certo “tumulto nos bastidores” e até o que poderíamos  chamar de “surto injustificado”, em parte da confusa, e, por vezes, egoísta cena musical brasileira. Incluindo nessa área, o mercado consumidor, até então, um pouco perdido entre as concepções, vibrações e conexões musicais do planeta.

Como assim? O que aconteceu?

Para entender o que se passava naquela época é preciso que o leitor fique atento. Ou seja, em 1995 estávamos chegando ao final da fase Eurohouse/Eurodance/Europop (Corona, Masterboy, Dr. Alban, Snap, Whigfield, 2 Unlimited, Culture Beat e + outros trocentos artistas que faziam a festa da galera nos clubs mundo afora). Então, nesse momento, o  cantor Lulu Santos havia lançado em parceria com o Dj Memê, o ótimo álbum Eu e Meme , Memê e Eu com releituras musicais de sua carreira, utilizando a estética melódica eletrônica e dançante. O álbum fez sucesso no ano de 1995/1996 e ainda dava um bom “caldo” em 1997. Logo, seguindo com o raciocínio do tipo de atmosfera melódica predominante naquela ocasião, dadas às proporções, o que chamava a atenção na musicalidade brasileira na metade da década de 90 eram os trabalhos musicais que flertavam com a Dance music e a música eletrônica! Captou?

Contracapa do single 

Essa característica, não ocorria apenas no Brasil. A cena melódica pop e poprock, também respirava dessa forma. Logo, era ÓBVIO que se uma banda/artista quisesse se manter ATUALIZADA(O) junto a “sonoridade musical mundial” estabelecida naquele momento; a banda/artista, mesmo que fosse de rock ou de outro estilo musical, deveria utilizar algumas referências melódicas eletrônicas ou dançantes. NÃO havia obrigação de seguir esse caminho. E nem todos comungavam desse posicionamento! MAS, entretanto, porém, contudo...... era uma alternativa do mercado para manter os holofotes ou buscar o sucesso.

CD

Portanto, após compreender essa movimentação musical do mercado, em 1997, a banda de ROCK Barão Vermelho aceitou lançar um álbum, que tivesse ALGUMAS referências eletrônicas. Só isso!!! A banda não deixou de ser roqueira, a banda não se prostituiu, a banda não traiu ninguém! Ela apenas lançou um produto musical no mercado e a vida segue.

Ao longo da carreira, Rolling Stones fez ótimos remixes dançantes para agradar ao público frequentador de clubes e danceterias, e, mesmo assim, não deixou de ser uma banda de rock! Aerosmith, também já brincou com remixes e nunca perdeu o estilo rock n´roll! Naquele mesmo ano, o grupo de rock U2 tinha lançado o álbum POP, que também flertava com a musicalidade eletrônica e ninguém morreu por isso. A vida continua, mas na época, parte do mercado produtor e consumidor brasileiro tradicional e doutrinado “surtou” com ares de que o mundo havia chegado ao fim. Pura bobagem, medo e preconceito.....

Porquê “surtou”?

Por que na esfera artística os egos inflados e a concorrência pelo sucesso são gigantescos! Todos defendem que seu estilo musical (produto) é imaculado e o melhor do mundo! Por isso, rolava a maior “dor de cotovelo” no império roquista – já saturado naquela época, - diante dos outros estilos musicais emergentes. Nooooooooossssa! Roqueiros surtavam com o baticum eletrônico porque achavam ‘uma invasão de seu “território”. E, que a música eletrônica era inferior e uma afronta ao sucesso roqueiro másculo, forte, aguerrido e absoluto, que até então reinava e dominava, massivamente, as paradas de sucesso de rádios FMs, desde a década de 80!

Sério? Foi tudo isso?

Sim! Teve crítico musical mequetrefe que fazia escândalo diante de qualquer eventual “suspiro eletrônico”, que era inserido em certas melodias produzidas por artistas e bandas roqueiras brasileiras. Mas, o pior estava por vir, pois os roqueiros não faziam ideia de que anos depois, seriam solenemente deixados de lado pelo público, com a ascensão da música pop sertaneja até os dias atuais. Mas essa é outra história. 

E o remix da canção??

Calma, vamos explicar a ordem dos fatos. Em 1997 a banda lançou um Cd ao vivo + remixes. Também em 1997, a banda lançou um álbum novo com a música Puro extase. Mas, o remix da canção Puro extase só apareceu em 1998, no meio de uma coletânea de musicas promocionais distribuída para rádios e djs,  pela gravadora WEA. Na ocasião, era quase uma ordem de mercado, lançar o remix promocional ao mesmo tempo em que o álbum fosse comercializado. A estratégia de marketing tinha o objetivo de “pegar” o mercado com “tudo”, ao fazer com que uma canção fizesse sucesso tanto no rádio, quanto nas pistas de dança. Ou até, muitas vezes o single remix era lançado antes do álbum para testar a aceitação do mercado consumidor. Mas, (sempre tem um “mas”) essa estratégia era aplicada no mercado internacional. No Brasil, por uma questão de organização prática e financeira das próprias gravadoras, não havia interesse em seguir esse exemplo. Então, cada gravadora fazia como queria. Por isso que, nesse caso, o remix só apareceu depois.

O remix da canção Puro Extase (Nino extended mix), não se trata de um remix dançante propriamente dito. Mas, de uma versão estendida da versão original. A versão original possui aproximadamente quatro minutos de duração e o remix tem seis minutos e a inserção de efeitos eletrônicos discretos, que proporcionam um pouco mais de brilho e uma sensação festiva para a melodia.

Para ouvir o remix, lá no youtube deve ter. No entanto, é preciso conferir se essa versão ainda está disponível! Também lembramos ao leitor, que ao longo dos anos, outros remixes não oficiais da canção circularam pela internet.   

* Na imagem seguinte, você pode visualizar a capa da coletânea promocional DJ CLUB 7, que foi distribuída pela gravadora WEA e registra de forma oficial, o remix da canção. 

Em 2015, a equipe do Brasilremixes já havia apresentado essa compilação aos leitores do blog. Para rever, clique em: https://brasilremixes.blogspot.com/2015/08/dj-club-7-varios-cd-promocional_29.html

* O álbum que leva o mesmo nome da canção Puro Extase, teve a produção principal feita pelo Dj Memê.

* Não há registro que o single tenha sido editado em vinil.

* Lembramos para os fãs não confundirem alhos com bugalhos: 

O CD álbum Puro Extase  é uma coisa. 
O CD ao vivo + remixes é outra coisa.  
O CD single promocional com a canção Puro Extase é outra coisa. 
E, o CD promocional coletânea que traz diversas canções de vários artistas, e, TAMBÉM APRESENTA o remix de Puro Extase, é outra coisa. 
Tudo pode ter relação ao mesmo tempo, mas são quatro produtos diferentes. 

* Tá, mas o CD ao vivo + remixes não traz o remix de Puro Extase? – Não, porque o Cd ao vivo + remixes apresenta canções antigas da banda, e foi lançado numa edição especial comemorativa, no inicio de 1997. Para rever a resenha já postada pelo blog, clique aqui: https://brasilremixes.blogspot.com/2015/11/barao-vermelho-ao-vivo-remixes.html

sábado, 29 de agosto de 2015

DJ Club 7 - vários (Cd promocional)

Capa

Hoje relembramos mais uma compilação com remixes nacionais escondidos. Trata-se da coletânea DJ CLUB 7, lançada pela gravadora WEA - Warner Music Brasil. A seleção musical foi distribuída promocionalmente em 1998 e apresenta diversos artistas internacionais e dois grupos brasileiros, Barão Vermelho e Titãs.
Contracapa

Os outros artistas da coletânea não são prioridade do blog Brasilremixes. Por enquanto, não existe o registro oficial que afirme ou prove, que ambos os remixes das bandas brasileiras - que aparecem no Cd, tenham sido editados em singles promocionais individuais de cada artista. Porém, enquanto aguardamos mais informações a respeito do assunto, estamos mostrando o que está disponível no momento.

OS REMIXES

Os remixes são raros e muito cobiçados por colecionadores. A versão da música “Puro êxtase” do Barão Vermelho é bem interessante e foi produzida por Nino Carlo.  Mas, apesar da tecnologia disponível em 1998, o remix não fugiu da versão original e limitou-se a alguns efeitos eletrônicos. Para muitos Djs, a diferença entre a música original e o remix, é que o remix ficou mais longo, apenas. Vale pelo registro.

Quem se saiu melhor foi o remix da canção 
“Os cegos do castelo” da banda Titãs. A faixa foi remixada pelo Dj Cuca e ganhou uma camada de sintetizador bem melódica, que ressuscitou a canção das profundezas do marasmo,  tornando-a  um remix ideal para ser tocado em programas de rádio. Entretanto, na pista de dança a canção ficou limitada e nem se compara ao “delírio” dançante nas festas eletrônicas que agitavam a galera na época. Mas vale pela tentativa. As duas musicas são ótimas e quem sabe no futuro teremos novos remixes! Vamos aguardar....

O play list completo da coletânea registra as seguintes canções:

1 – Barão Vermelho – Puro Extase (Nino extended mix)

2 - Nek – Laura no c´é (Extended vocal version)
3 – Madonna – Frozen (Extended mix)
4 – Cornershop – Brimful of Asha (Norman Cook original Edit)
5 – Mr. President – You can dance (Cuti extended remix)
6 – Jocelyn Enriquez – Even It (JJ Flores mix)
7 – Tamia – Imagination (HH 12 inch vocal mix)
8 – Dive – Boogie (Extended)
9 – C-Block – Time is tickin´away (Extended mix)

10 – Titãs – Os cegos no Castelo (Cuca´s Pop Right Edit)

11 – Busta Rhymes – Dangerous (X-mix urban)
12 – Madanuf Feat. Kurtis Blow – The breaks (X-mix Edit)
13 – Tamia – Imagination
14 – Tamagotchi Music – Tamagotchi dance
CD

* A coletânea não foi lançada em vinil.

** A versão remix da música Os cegos do castelo aparece na compilação de forma “editada”. A equipe do blog  está procurando da versão completa!