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Fazer a resenha dos remixes nacionais apresentados nessa compilação foi um momento emblemático para a equipe do blog. Não houve consenso sobre a proposta dos remixes diante das possibilidades existentes na época de lançamento. Então, a equipe do Brasilremixes fez um resumo de algumas opiniões referentes ao trabalho apresentado.
Fazer a resenha dos remixes nacionais apresentados nessa compilação foi um momento emblemático para a equipe do blog. Não houve consenso sobre a proposta dos remixes diante das possibilidades existentes na época de lançamento. Então, a equipe do Brasilremixes fez um resumo de algumas opiniões referentes ao trabalho apresentado.
1-
Criou-se uma grande expectativa, mas o resultado morreu na praia. Ninguém tocou
os remixes. Aqueles que tocaram nem fizeram diferença. O espelho dos remixes
nacionais são as centenas de versões e
remixes produzidos pelos gringos. Você pode fazer diferente, mas essa diferença
não pode ser tão distante do que as pessoas estão acostumadas a dançar nos
clubes, independente do momento.
2- A arte de transformar uma música comum numa melodia dançante requer habilidade redobrada. Os remixes valem pelo registro, mas não convenceram. Faltou conteúdo, quem sabe
novas versões no futuro.
3-
Muita pompa e circunstância pra pouco resultado. A proposta dos remixes é
básica. Podem servir para tocar em programas de rádio, mas bem longe dos clubes. É difícil valorizar remixes produzidos de maneira "tanto faz".
4-
Nem sei o que escrever. O resultado dos remixes é fraco, mas se disser que é
fraco, serei acusado de estar menosprezando o trabalho dos outros. Por outro
lado, eu também não posso fingir que os remixes sejam bons, porque não são.
5-
Eu entendo que o remix não pode ser tratado como se fosse “um verniz” sobre a
canção original. O remix deve ser melhor que a canção! Mais bonito e mais recheado. Por
exemplo, se a música original é um pãozinho de padaria, o remixes devem ser
tratados como se fosse um hambúrguer completo.
6-
As músicas são interessantes e até poderiam tocar em programas de rádio, porém esperava
mais dos remixes. Era possível fazer muito mais naquela época, com os
equipamentos disponíveis!!! Nossssssa! Em 1999 já havia vários produtores e djs
brasileiros com trabalhos de nível internacional.
7-
É difícil dizer se é bom ou ruim. Os artistas fazem um trabalho que poderá ser
aceito ou não pelo público. Um fato a ser observado, é que não houve a
distribuição correta dos remixes para as emissoras de rádio tocarem. O público
não conheceu direito nem as versões originais, imagine os remixes! Ao comparar
as canções, diria que os remixes tiveram um tratamento
que não agradou.
8-
Esse tipo de compilação é ambígua e deve ser tomado muito cuidado. A gravadora
fez uma escolha, uma aposta. A coletânea é ambígua pelo fato de que tanto pode mostrar
remixes que representam ”tudo” ou remixes que não deram em “nada”. Também existe o fator de
consolo. Ou seja, vale pelo registro e pela tentativa.
9-
As versões originais das músicas cumprem o seu papel, mas o remixes??!!! Ao
analisar os diversos cenários musicais que envolviam os artistas, a proposta e
o resultado dos remixes foi muito simplória para época!
10-
Eu gosto de todos os artistas, mas tem algo nos remixes que deu errado. Algumas
músicas até tocaram em alguns programas de rádio, mas nem todos os remixes!
Nessa situação, eu me lembro do passado recente de um dos remixes mais
aclamados no mundo inteiro no final dos anos 80 e inicio dos anos 90, que foi o
remix da canção Blue Monday do grupo
New Order. Nossa! Me lembro que o pessoal do grupo e os produtores da música
foram fazer pesquisa de mercado nos clubes londrinos, para saber o que a galera
estava dançando, como estava dançando, o que funcionava e o que não funcionava
na pista, entende. Deve até ter um vídeo na internet que mostra o grupo
visitando e conhecendo o ambiente dos clubes naquele período. Ou seja, por isso
que a versão original e o próprio remix alcançou um tremendo sucesso e
continuam sendo até hoje! Então, na proposta dos remixes dessa coletânea, percebo que faltou dar uma turbinada.
Contracapa
Contracapa
Diante das opiniões, alguns questionamentos surgem neste momento.
-
Será que os produtores conhecem o que se passa na pista de dança na maioria dos
clubes?
-
Será que os produtores frequentam os clubes em cada estado brasileiro, em cada
passo, em cada flash de luz e em cada movimento, antes de produzir um remix?
-
Na virada do milênio, 99% dos clubes oficiais tocavam músicas e remixes internacionais.
Nesse caso, não estão relacionados os clubes que tocam de
tudo (funk, axé, sertanejo, rock, pop, forró, regionalismos e afins). Portanto, quando se produz um remix de uma
canção, qual é o público alvo?
-
Se você sabe que 99% dos clubes oficiais tocam remixes internacionais, porque
produzir um remix mais simples do que a qualidade da maioria dos remixes de
sucesso assinado pelos gringos?
-
Afirmar que o remix está bom, não significa que todas as pessoas irão curtir e
gostar ou que o remix seja um sucesso!
A
história comprova que o conceito de remix já faz parte da música brasileira há
mais de 30 anos. Mesmo assim, artistas, Djs e os profissionais envolvidos com o
cenário musical tupiniquim, tem muito que aprender.
A
compilação apresenta os seguintes remixes:
01- Sandra De Sá – Sossego (Profetadiscomix) 3:15
Análise:
Remix interessante com referências da Disco music. Por ser uma canção escrita
pelo saudoso Tim Maia e cantada por Sandra de Sá merecia mais consideração. A
versão foi produzida por Profeta (???).
02 - Sandra De Sá –
Sossego (Profetagroovemix) 2:56
Análise:
Remix pop simplório para ser tocado em programas de rádio. Mas não fez a menor
diferença. A versão também foi produzida por Profeta (???)
03 - Sandra De Sá –
Sossego (Tecnotrancemix) 4:56
Análise:
Ao contrário do nome escolhido para o remix, afirmamos que não há nada de Techno
ou de Trance. É apenas uma versão dançante, mas não empolga o povo nos clubes.
A proposta do remix “pode” funcionar em ambientes de carnaval agitados por trio
elétricos. O remix é uma mistura de referências do funk + Latin House + batuque
+ vocal gospel + timbalada. Querem enganar a quem? Se não sabem o que significa
Techno e que representa o Trance, volta pra escola da música e não inventa
modas! O remix não possui créditos de autoria. Tá se escondendo?
04 - Sandra De Sá –
Sossego (Tripmix) 4:06
Análise:
Essa versão é conceitual. Ela é perfeita para lounges e chill outs. O remix não
possui créditos de autoria.
05 - Kid Abelha – Tanta Gente (Nast Makers Radiomix) 3:42
Análise: A
proposta do remix produzido por Nast Makers é interessante, mas não decolou.
Parte da estrutura melódica da canção possui o sample da música “Legal tender “ do grupo B-52´s.
06 - Kid Abelha – Tanta Gente (Nast Makers Extended mix) 4:42
Análise:
Remix igual ao remix anterior, porém numa versão mais longa.
07 - Kid Abelha – Eu Só
Penso Em Você (Extended Original) - 6:23
Análise:
Versão original estendida não é remix. Ela foi editada no álbum “Autolove”, lançado
pelo Kid abelha em 1998.
08 - Kid Abelha – Eu Só
Penso Em Você (Paul's Remix) 4:08
Análise:
A versão foi produzida por Paul Ralphes e contém sample da canção "Set adrift on memory bliss"
da dupla de cantores americanos PM Dawn. Boa para ser tocada em programas de
rádio, bem longe dos clubes. A canção também foi editada no single promocional
da banda que já foi postado pelo blog. Para rever clique Aqui!
09 - Kid Abelha – Eu Só
Penso Em Você (Cuca's Remix) Remix - DJ Cuca 4:09
Análise:
Esse é um remix assinado pelo Dj Cuca e que foi editado como faixa bônus no
álbum “Autolove”, lançado pelo Kid abelha em 1998. A versão segue a linha pop
comercial simples e serve para ser tocada em programas de rádio, apenas.
10 - Kid Abelha – Someday (Nast Radiomix) 3:21
11 - Kid Abelha – Someday (Nast Extendedmix) 3:59
Análise:
Nós gostamos do Kid Abelha e da cantora Paula Toller. O grupo já produziu
ótimas canções e remixes bem legais, mas dessa vez não rolou. Ambas as versões
foram produzidas por Nast Makers e diferem apenas no tempo de duração. Não convenceram!
12 - Syang – Olha Prá Mim (Remix By Profeta) 3:34
Análise:
Música fraca para uma artista que não estava em seu momento especial. O remix
simplório nem foi lembrado.
CDS
CDS
* Até o momento não há registro que a compilação promocional tenha sido editada em vinil.
**
Como já foi explicado em outras postagens, a prioridade do blog Brasilremixes
são os remixes de canções brasileiras que aparecem no CD 1. Porém, vale
registrar os erros de grafia apresentados no CD 2 (na parte internacional) da
coletânea. Essa situação é preocupante, pois se a gravadora fizer um trabalho
mal feito, isso representa que o Brasil está repassando informações erradas
sobre os artistas internacionais. Exemplo:
1.
Nothing Really Matters (Club 69 Vocal) foi erroneamente grafada no encarte do
CD como (Club Mix 69 Show)
2.
Os nomes dos remixes das duas primeiras faixas do CD 2 foram trocados.
3.
A canção seis do CD 2 foi listado como se tivesse 6:39min de duração, um minuto a mais do que a
música realmente possui.
4.
A faixa sete do CD 2 foi escrita erroneamente
no encarte como "Clube Mix Anthen 69", mas o nome correto de acordo
com o produtor original é (Club Mix Anthem). Enfim....sem cometários!