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sábado, 24 de setembro de 2011

Inimigos do Rei - Adelaide (single remix promocional) Item de colecionador


Capa

O final dos anos 80 e o início dos anos 90 foram uma época muito promissora para musicalidade brasileira.  Principalmente, na área de remixes. O que segundo pesquizadores, não vem ocorrendo no Brasil em tempos atuais devido a banalização e a descartabilidade musical.

O grupo Inimigos do Rei foi uma banda irreverente que utilizava em suas canções um tom humorístico e fazia um estilo voltado, digamos,  para o pop-rock-mpb.

Formado originalmente por Luiz Guilherme, Luiz Nicolau, Paulinho Moska, Marcelo Marques, Marcus Lyrio, Marcelo Crelier e o tecladista Lourival Franco. A banda lançou no mercado dois discos chamados: - “Inimigos do Rei” em 1989 e “Amantes da Rainha” em 1990.

Quem conhece a importância do remix para a música, quem viveu uma parte da noite dos anos oitenta e quem conhece a música pop brasileira contemporânea, sem dúvida alguma poderá se emocionar ao curtir o remix da canção Adelaide que é uma versão adaptada da música "You Be Illin" (Simmons, White e Mizell). Exageros a parte, pra quem entende de produção, esse remix pode ser incluído entre os 10 melhores remixes brasileiros lançados na década de 80. A produção foi coordenada por Torcuato Mariano e remixado pelos DJs Memê e Irai Campos.
O lançamento ocorreu no formato de single vinil 12” promocional para rádios e alguns DJs, em 1989, pela extinta gravadora CBS. Nessa época a galera internacional européia ainda vivia o momento Acid House com o famoso verão do amor (88/89). No  Brasil, além do país  estar naturalmente condenado a correr atrás do atraso, os lançamentos que acompanhavam a sonoridade e o desenvolvimento musical internacional eram poucos, senão raros! A produção do remix teve a participação de Fabio Fonseca e Joseph Patterson nos sintetizadores. Quem assina a Ilustração da capa do single é Mario Bag.

LADO A 
1- Adelaide – Serious house mix 7´03

Análise: Essa é uma versão contagiante que difere totalmente da musica original. Possui referências da Italo House e harmonia festiva para agitar qualquer pista de dança que se preze! Esse remix também possui efeitos da acid house e uma linha de baixo contundente com mixagem bem conduzida ao colocar cada camada musical no seu lugar sem o problema da sonoridade ficar “embolada”. A criatividade melódica, os efeitos, os breaks, a sobreposição de vozes, a levada dançante e a masterização equilibrada proporcionaram um resultado bem compatível ou até melhor que muitos remixes internacionais produzidos na época. Recomendo! 
***Atençao produtor Dudu Marote, você poderia se espelhar na mixagem de bateria eletrônica desse remix viu!!! Quem sabe suas produções musicais de alguns artistas brasileiros ficariam melhor masterizadas com uma bateria vibrante e não apagada como nós temos visto por ai! Se liga!!

2- Adelaide – Radio house mix 3´14

Análise: Essa versão segue o mesmo estilo do remix anterior, porém com menos duração para ser tocada no rádio. 

LADO B

1- Adelaide – The Porto Stroessner Dub 3´15

Análise: Esse remix  que recebeu o nome de “Dub” os leitores já sabem que não se trata de “Dub ou Reggae jamaicano”. Mas uma versão instrumental apenas. A graça do remix instrumental é a possibilidade de acompanhar os efeitos utilizados na música e o desenvolvimento melódico das "bass lines" da canção! “The Porto Stroessner” é uma analogia irônica que os produtores fizeram entre a letra da música que conta a história de  “Adelaide, minha anã paraguaia”, com o antigo nome da Cidade Do Leste (Ciudad Del Este) no Paraguai que antes de 1989 era conhecida como "Porto Stroessner"; que por sua vez era uma homenagem ao presidente do Paraguay chamado Alfredo Stroessner. Daí então o nome do remix se chamar “The Porto Stroessner Dub”.

2- Adelaide – Percapella mix  3 ´14

Análise: Essa é uma versão apenas cantada chamada no meio musical de “capella” ou “acapella". 
- Mas qual é a graça de fazer um remix assim?
Lembre-se que o remix não é apenas um “tum-tis-tum”. Já foi mencionado no blog em outras postagens que o remix possibilita a melodia uma criatividade inexistente no álbum. A música comum que aparece no álbum vendido em balaios de supermercado é como se fosse um fusca e o remix seria como um automóvel Mercedes Benz! Entendeu! Logo, nesse tipo de versão a graça é poder contemplar a voz do cantor com um acompanhamento melódico “propositalmente” mais discreto (simples) direcionado para os ouvintes que gostam de acompanhar a “performance vocal” do artista. Esse tipo de remix poderá ser tocado em ambientes como lounge e chill outs.

3- Adelaide – Versão LP

Análise:Essa melodia é igual a versão original do álbum e os leitores do blog já sabem que versão igual do álbum não é um remix.
Contracapa

* Infelizmente este single vinil está fora de catálogo, mas é possível comprá-lo em lojas de discos usados.  

** Até o momento não há informação de que este single ou qualquer versão musical deste trabalho tenha sido lançada oficialmente em Cd ou no formato digital.

*** É importante situar o leitor que estamos falando em musicalidade produzida na década de 80. Hoje a situação e a tecnologia musical é diferente e não existe comparativo!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Fernanda Abreu - A noite remix (single promocional - Item de colecionador)


capa/verso
Na década de 90, Fernanda Abreu foi uma das referências musicais brasileiras mais contemporâneas naquele período. Depois de fazer parte da banda Blitz, se lançou em carreira solo com o ótimo álbum chamado “Sla Radical Dance Disco Club”. Este trabalho rendeu três singles remixes (fato um tanto inédito na cena musical tupininquin) para as musicas A noite, Sla radical dance disco Club e kamikases do Amor. Mas por enquanto, vou dedicar esse post para falar sobre a música chamada “A noite” que agitou várias pistas de dança no país inteiro.  Sem dúvida ela é um dos grandes sucessos da cantora e pode ser considerada um clássico nas danceterias pelo Brasil afora tanto quanto “Dancin´days” das Frenéticas ou “Descobridor dos sete mares” de Lulu Santos. Este single remix foi lançado de forma promocional em 1990 pela gravadora EMI Odeon. Possui três músicas divididas em três versões diferentes, mas com apenas um remix. 

A) A Noite - Álbum mix- 4´27
B) A noite - New York dance mix - 5´08
B) A noite - Instrumental álbum mix - 4´34

A primeira versão é chamada de álbum mix.  Possui uma levada house e foi produzida pelo cantor Herbert Vianna da banda Paralamas do Sucesso e Fabio Fonseca. Não é um remix, mas apenas a versão igual a versão original lançada no disco da cantora.

A segunda versão é um remix chamado de New York dance Mix. Também possui uma levada house com bateria marcante com influências do  Freestyle. O remix foi produzido por Tuta Aquino e pelo DJ Irai Campos. Entretanto, essa versão não agradou a todos porque naquela época, grande parte do público festeiro estava mais voltado para o estilo “Vogue” da cantora Madonna do que necessariamente para o estilo “New York Dance” de Fernanda Abreu. Em resumo:  De um lado temos o estilo brasileiro e a concepção própria da cantora Fernanda Abreu com um remix simples para a música A noite. E do outro, temos a atenção massiva voltada para o estilo contundente e marcante da música vogue da cantora Madonna. São conceitos bem diferentes, mas no remix, quem saiu perdendo foi a cantora Fernanda Abreu por ter apresentado um remix muito fraco para uma canção de grande sucesso. Essa simplicidade ofuscou o remix produzido para a música A noite” fazendo com que a galera preferisse ficar com a versão original da melodia. Aqui é necessário fazer uma explicação:

"No conceito de remix, subentende-se que a versão remixada seja mais completa ou mais turbinada que a versão original. É como se a versão original fosse um “fusquinha” e a versão remixada fosse uma “mercedes”, entendeu!? Se não houver esse entendimento, não existe motivo para fazer um remix. 
- Ahhhhhhh, eu não sabia desse detalhe!!!
Prezado leitor, lembre-se que é dessa forma que funciona! Sinto muito! É como fazer amor. Não basta ser uma "transadinha". O sexo tem que ser o momento máximo no amor entre duas pessoas." Logo,

o remix deve ser o  momento máximo de diversão na pista de dança! 

Essa situação se confirma na voz de muitos DJs pelo Brasil que nunca tocaram o remix de “A noite” por não se encaixar no set dançante com a mesma harmonia como outras musicas de sucesso internacional agitavam a galera naquele período. Um fato curioso é que haviam DJs que preferiam tocar a versão original com a desculpa de que o remix não era tão empolgante para fazer a pista de dança balançar!  

A terceira versão não se trata, necessariamente de um remix.  Mas apenas uma versão instrumental da versão original. Ainda na década de 90 foi lançado um novo remix para a música “A noite”, no álbum de remixes da cantora chamado  “Raio X, no entanto, também não emplacou tanto como a versão original.

Capa
Notas:

** Existem algumas cópias deste vinil 12” remix à venda pelo Brazil nas melhores casas de CDs e discos usados. O preço varia de R$15,00 a R$30,00 reais, dependendo do estado de conservação.

*** Não há referências de que este single tenha sido lançado em CD.

* A Cantora Fernanda Abreu possui um site quase completo, com informações sobre sua carreira musical, mas infelizmente, não se sabe por qual motivo, este single  não aparece até o momento em sua discografia. http://fernandaabreu.uol.com.br