sábado, 15 de janeiro de 2011

Jota Quest - oxigênio (single remix)

Capa/verso 

Gosto do Jota Quest porque ele tem uma proposta conceitual com mais envolvimento junto a contemporaneidade musical. Já tive oportunidade de entrevistá-lo para uma empresa de comunicação na Serra gaúcha-RS e é clara a evidência de um comprometimento com a modernidade no mundo musical que está ao nosso redor. Aliás, o texto impresso no encarte do cd single já diz tudo!

“Reclicar, recriar. Transformar conceitos. Samplear o presente. Construir o futuro. Salve o remix! Oxigênio para as pistas. Adrenalina, afetamina. A contramão, a alternativa. O pop, o rock, o samba, o funk.A música eletrônica. Partículas de ilusão. Formando o novo som. Salve o DJ! ”

O single da  música Oxigênio não dispõe de remixes com nomes, mas apenas destaca quem remixou a música. Essa escolha foi bem interessante pois apresenta expoentes musicais diferentes para um mesmo produto. Quem ganha é o público ao escolher a versão que mais satisfaz seu entendimento.  O single foi produzido por Marcelo Sussenkind e tem direção artística de Ronaldo Viana. A música conta com a participação especial do cantor Zé Ramalho. Sony music. 


1 - Versão álbum

Análise: é igual a versão do álbum, com muito pop-rock para contentar os fãs domesticados pelo estilo.
- Como assim???? 
Ora, como assim!!!?  Roqueiro de verdade não gosta de Jota Quest. Pode perguntar a qualquer um! Mas parte da multidão brasileira que topa tudo por dinheiro para aparecer em reality shows, vai esperar o quê?! Acho que  grande parte da população precisa ver e ouvir as musicas que estão além do horizonte da caixa de balaio dos supermercados. Pense nisso! Não fique revoltado. Analise os fatos e verá que existe verdade nessa afirmação! Aliás, o cantor Cazuza já disse isso! Inclusive no filme sobre sua vida aparece uma cena genial de Cazuza quebrando o prêmio de disco de ouro na gravadora e dizendo:  100 mil pessoas ouvindo a mesma coisa!!!! 100 mil fãs fazendo a mesma coisa! " 
É engraçado ver todo mundo robozinho de mãos dadas e sapatinho lustro ouvindo a mesma musiquinha que toca trocentas vezes no rádio comercial! Eca" Que falta de independência! 

Essa escravidão na música brasileira faz com que esse blog seja algo no meio do nada!!! 

2- Remix by DJ Marky

Análise: Nessa versão a melodia original nem é reconhecida, a não ser pelos arranjos iniciais com o vocal sintetizado do cantor Zé Ramalho dizendo a frase “Somos todos os deuses somos todos um só”. No restante a melodia é um prazer total para fãs do gênero. 
Quem conhece o DJ Marky sabe que sua linha musical está voltada para o Drum n´ bass (ao menos por enquanto). Logo, se trata de uma versão direcionada ao estilo. Para ser mais esclarecedor, poderíamos enquadrar esse remix na área do Brazilian drum n´bass, porque a galera internacional chama os remixes em drum n´ bass produzidos no Brasil de Brazilian Drun n´bass! Entendeu! (esse blog já comentou sobre isso no tópico da música Eu vou torcer da cantora Fernanda Abreu).

- Então porque os gringos chamam de Brazilian drum n´ bass os brasileiros também tem que copiar? 

GOSTO DE RESPONDER ESSAS PERGUNTAS PROVOCATIVAS! A RESPOSTA É SIM, CARO LEITOR! E BEM FEITO PRA NÓS! LEMBRE-SE O BRASIL É UM PAÍS COLONIZADO! Pode falar com qualquer político, historiador, antropólogo, cientista e o escambau, todos irão confirmar que o Brasil não dita as regras em vários conceitos internacionais. O Brasil não é um país colonizador ou um país que manda!  o Brasil segue a evolução sobre os aspectos que já fazem parte do entendimento de outros humanos em países civilizados. 

E além de tudo não inventamos a música, nem o rock, nem o techno, nem a valsa, nem o piano, nem a concepção de dance. Não inventamos a guitarra,  o saxofone, a televisão, o rádio e outras centenas de sistemas e objetos que utilizamos para sobreviver em nossa organização mundial.

O sistema jurídico é copiado dos ingleses e franceses, nossa língua oficial é portuguesa. A medicina veio de fora como também as universidades, o sistema educacional e vários outros conceitos filosóficos, sociais, econômicos, etc, etc, etc e tal. Por esses fatores eu respeito a galera da Bossa nova, da Tropicália e do Funk carioca (mesmo não gostando) porque são coisas nossas! Bem brasileiras! Não se trata de nacionalismo barato! Estamos falando de sobrevivência diante da história que a nossa geração comprou pela metade. Estamos falando de independência diante da escravidão artística. Você acha que eu não gostaria que o Brasil detivesse toda essa tecnologia musical? Mas não fomos nós que inventamos, pois chegamos atrasados nessa história, tanto quanto outras centenas de coisas!

Logo, o que nos resta é aproveitar algumas coisas boas que dispomos, aprender com a educação que ainda não alcançamos e tentar viver na evolução e contemporaneidade mundial.

3 – Remix by DJ Anderson Noise

Tive a oportunidade de almoçar com o DJ Anderson Noise na sua passagem,  a trabalho,  pela cidade de Caxias do Sul – RS, em 2010. Durante a conversa, que contou com a participação da dupla de músicos do projeto CCOMA (um projeto gaúcho bem interessante que mistura musica eletrônica e influências jazzísticas) ficou claro, na voz de Anderson Noise, a necessidade de muita dedicação e muito trabalho na vida de um DJ acostumado a tocar em várias gigs mundo afora.  Aliás, em breve um dos seus trabalhos também será postado aqui no blog. A proposta de Anderson Noise para o remix da música Oxigênio segue a linha techno. No decorrer da melodia é possível ouvir diversas vezes a palavra “oxigênio” sintetizada e misturada ao teclado e a bateria parecendo um alarme sobreposto as camadas lineares com momentos de progressão como se fosse uma grande onda musical. Essa versão não é cantada. Foi produzida para um público que adora techno e suas variações.


4 - Remix by DJ FonC (Mad Oxl)

O remix segue a linha eletrônica próxima ao hard techno e é bem interessante. Porém, percebe-se que a masterização dessa música ficou prejudicada. Cadê a bateria?? Cadê os outros instrumentos? Quando se ouve a versão sem tem a impressão que tudo está em segundo plano. A bateria não soa forte e contundente, mas apenas uma bateria para dar andamento a melodia. O Sintetizador não e um “sintetizador” empolgante, mas apenas um tecladinho qualquer. Testei a versão utilizando a aparelhagem de um clube antes de iniciar a festa. A constatação é que essa versão perde em potência e qualidade se mixada com outras melodias. Em resumo, não adianta aumentar o volume. Se não foi proposital, estamos diante daquele velho problema técnico brasileiro. Ou seja, muita gente fazendo música, mas a qualidade da masterização deixa a desejar!

5 – Remix by Memê (radio hit)

Para quem gosta de dance music fique tranquilo, como a própria musica nos diz que ainda é possível voar, o remix atende ao gosto comercial da galera. O timbre de piano utilizado nesse remix lembra do timbre usado por Crystal Waters  em um dos remixes da canção Gypsy Woman de 1991. Os arranjos iniciais parecem voar ou emergir das profundezas culminando com a voz do cantor Zé Ramalho que diz: “Povo da terra olhem para o céu e vejam que límpido cristal tem a vossa alma. O abraço das criaturas no templo do amor, a paixão da natureza, o delírio de viver. Somos todos os deuses, somos todos um só! Nesse momento os tambores batem oito vezes (como se estivesse batendo em uma porta) ouve-se um grito forte e a música toma o seu rumo dançante, Tum,tis,Tum, Tum,tis,Tum. (risos) E viva a diversão galera! O resto é só felicidade e oxigênio, mesmo com a fumaça!

OBS: Por enquanto não foram localizadas outras versões para essa música. Não consta no encarte ou no cd a grafia do ano de lançamento do single. Deve ter sido simultâneo ao álbum, em 2000.
CD



Marina Lima - Eu vi o rei remix (Single promocional - Item de colecionador)

Capa

A cantora Marina Lima sempre flertou com a modernidade no seu trabalho musical junto a MPB.  Aliás, lí em algum lugar que provavelmente a primeira bateria eletrônica utilizada na composição de uma música brasileira apareceu na canção "Fulgaz" gravada pela própria Marina lá no início da década de 80. Enfim, na década seguinte, estava garimpando cds em uma lojinha num edifício comercial no centro de Porto Alegre e para minha grande surpresa encontrei dois cds singles nacionais raros no formato digipack. Um era single remix da música "Dos Margaritas" do Paralamas do sucesso, que posteriormente será postado no blog e o outro era o single remix da música "Eu ví o rei" da Marina. Gravadora EMI Odeon.

Encarte
CD

Este single possui as seguintes faixas: 

1 - Radio house mix 
2 - Meme´s in the house 12"
3 - Original version (igual a versão do álbum)

Análise:
Os remixes dessa música foram produzidos pelo Dj Memê em 1994, um ano antes de estourar com o álbum de sucessos  do cantor Lulu Santos Eu e memê, Memê e eu. ( já postado pelo blog). Dj Memê se saiu muito bem na produção deste single ao unir a prática, a experiencia e o bom gosto na produção de seus remixes. A música Eu vi o rei apresenta uma fusão de house americano com direito a  piano, tempero latino e percussão brasileira de acordo com a proposta dançante que agitava a galera na metade da década de 90. 

** Os dois remixes deste single também apareceram na coletânea de remixes chamada "Só Dance" lançada em 1994 pela gravadora EMI Odeon e que em breve será postada pela equipe do blog Brasilremixes...

**** Sete meses após essa postagem ter sido divulgada, recebemos a informação de que este single também foi editado em vinil 12" promocional junto com a música "Dos margaritas" dos Paralamas do sucesso. Portanto, as músicas da cantora Marina Lima que estão no lado B do vinil são:  

1 - Eu vi o rei / Meme´s in the house 12" - 5´55
2 - Eu ví o rei / Radio house mix - 4´22

Sem dúvida um item raro de colecionador! Veja imagem abaixo:

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Adeus ao Dj Gregão

APOS A MORTE DE SEU IRMÃO TAMBEM ICONE DA DANCE MUSIC DJ GREGUINHO TER MORRIDO EM JUNHO DE 2010 DJ GREGO POPULARMENTE CHAMADO DE GREGÃO NOS DEIXOU TAMBEM NESTE ANO..
DJ GREGão (*1957 + 2010)
Todos os DJs da cena custam a acreditar... Mas, no final da tarde desta quinta-feira (16.set) um dos maiores nomes da história dos toca-discos do Brasil faleceu...
Ipocratis Bourniellis, aos 54 anos, o grande DJ GREGÃO, um autêntico ícone da cena Dance faleceu em sua casa, de causa ainda desconhecida.
Mais uma vez, em apenas três meses, a Dance Music, as cabines de som, as dancefloors, os programas de Rádio, a vibe, o groove, a pulsação que embala os amantes da música eletrônica estão de luto.
Estamos de luto.
Grego é um daqueles profissionais que acostumamos a chamar de "dinossauro das pick-ups". Além do extenso e eclético conhecimento musical, DEEJAY GREGO é a representação do desbravamento trilhado por jovens que, ainda nos anos 70, acreditavam na força da música que embala as pistas de dança.
No ano de 2001, Gregão recebeu durante a premiação do DJ SOUND AWARDS 2001, o prêmio especial pelo trabalho realizado pela cena Dance em quase 3 décadas de carreira.
(texto extraído da DJ Sound)
Pois é, mans ! Mais um grande DJ nos deixou. Primeiro o grande Ricardo Guedes, agora o grande Gregão.
Que o trabalho destas duas lendas sirvam de influência para os novatos e para os que já estão na estrada há algum tempo.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Carlinhos Brown - A namorada (single remixes)

Capa

Esta é uma das capas (foram lançados varios singles  e remixes diferentes) do Cd single de remixes com a música “A Namorada” do cantor Carlinhos Brown. Este trabalho foi apresentado como "versões especiais" (leia na capa), mas na prática são remixes de uma única música. Entre tantos artistas que tentam fazer alguma coisa de diferente no cenário musical brasileiro, sem dúvida, Carlinhos Brown é um desses. Infelizmente sua carreira musical não decolou tanto quanto merecia. Talvez por preconceito de parte do Brasil contra nordestinos, talvez por que o cenário musical esteja domesticado para consumir o poprock novela com alguma música provocante ou libidinosa. Ou talvez por grande parte do Brasil não ter condições intelectuais de acompanhar o desenvolvimento musical mundial, ou uma estética musical artística diferenciada, enfim. 
Contracapa

O single foi lançado em 1996 com a produção Wally Badarou  e faz parte do prestigiado álbum “Alfagamabetizado” lançado no ano anterior com a produção conjunta de Arto Lindsay. Digo prestigiado na esfera internacional, porque se depender do público e de parte da crítica poprock brasileira domesticada pelo passado o resultado é zero!  Existem pessoas que gostam de rock, mas tem muita gente domesticada pelo rock e pensa que o mundo inteiro gira em torno do rock. Por isso que digo de forma bem transparente, que se tratam de pessoas domesticadas para consumir rock, apenas. (desafio me provarem ao contrário ou que o sistema não funcione assim!!! Nem vou citar o jabá nas rádios comerciais!) Pense bem....
CD

Este single apresenta os seguintes remixes: 

1 - Versão original
Análise: Essa é a versão original do álbum com o suingue e o gingado bem brasileiro. Versão original significa que é igual a versão do álbum.

2 –  Elektro Remix (radio Edit)
Análise: Na época a concepção de música eletrônica ao estilo electro era bem diferente do electro utilizado nos remixes feitos na primeira década do novo milênio. Sinceramente não sei se o nome do remix foi colocado apenas para fazer alusão a música eletrônica. Sim caro leitor. Mesmo com tanta informação disponível milhares de pessoas não sabem a diferença entre dance, electro, musica eletrônica, etc e tal.  Mesmo que entre essas pessoas estejam os profissionais que trabalham em estúdios de gravação. É normal o pessoal acima de 35 anos não saber as diferenças sobre os conceitos e a evolução musical. Portanto, não se assuste se alguém disser que não sabe. Até mesmo diversas pessoas da própria gravadora!!! Enfim...
Em 1996 ninguém no Brasil falava em electro e nem os renomados produtores internacionais de música eletrônica estavam voltados para esse estilo. Acredito que tenha sido uma referência a batida electro americana protagonizada pelo artista África Bambaataa que a misturou James Brown com Kraftwerk na música “Planet Rock”. Então é um remix dançante meio assim funkyado que a galera do Rio de janeiro adora!  
Em tempo: África Bambaataa nunca foi um artista de ponta, mas ele criou as bases para o surgimento do Miami bass e Freestyle, os quais são ritmos que influenciaram o Funk carioca.
Em 1996 os remixes estavam voltados para:
Na linha musical eletrônica americana: House, techno
Na linha musical eletrônica européia: Euro House, Techno, Drum n` bass e Trance. 

Os remixes produzidos para  a música "A namorada" não foram muito badalados. Algumas rádios tocaram a versão remixada, mas poucos DJs tocaram nos clubes. Talvez pela péssima divulgação.

OBS: Lá vou eu explicar de novo o que as gravadoras deveriam saber:
1º Os remixes devem ser entregues aos DJs!
2º A maioria das pessoas que trabalha nas rádios não tem noção do remix e nem frequentam os clubes, portanto, elas nem tocam os remixes  na programação das rádios, simplesmente, por gosto, falta de interesse ou de  conhecimento!  

3 – Groove remix (radio Edit) 
Análise: Esse remix é interessante porque ele lembra a linha de baixo utilizada, no final dos anos 70, pelo grupo americano Chic na música “Good Times”.  Outro efeito musical desse remix, o qual não lembro o nome agora, é um tilintar típico de canções natalinas que acompanha a melodia ao longo dessa versão.

4 – Elektro remix (extended mix)
Análise: É a mesma versão que o radio edit, porém mais longa.

5- Groove remix (extended mix)
Análise: Também é a mesma versão que o radio edit, porém mais longa. 

*** Todos os remixes desse cd single foram produzidos por Hit Makers e Nando Leal

A próxima imagem registra a capa promocional do cd single simples lançado no formato digipack, que foi distribuído em 1996 no Brasil, trazendo apenas a música "A namorada" na versão original. 
Diferente do Brasil, outro Cd single promocional foi lançado na França com apenas duas canções.
Capa
Contracapa
CD

Em seguida podemos ver  a imagem do single editado em vinil 12" promocional, com remixes da canção "A namorada". Ele foi lançado no mercado americano em 1997 e traz remixes produzidos por Erik kupper e a participação de Juliana Aquino no backing vocals.  A música também entrou na trilha sonora do filme Velocidade Máxima 2.

LADO A 

1- 12" Kupper remix 
Análise: Aqui está o remix mais legal de todos. Bem house e bem dance! Uma levada house para agitar qualquer pista de dança que se preze! Os vocais de Juliana Aquino soam um pouco masculinizados, mas talvez tenha sido proposital para se adequar ao tema da música.


2- Kupper dub
Análise: Esse remix igual a versão anterior sem os vocais.

3 - Kupper remix
Análise: Esse remix é igual aos remixes anteriores, porém editado em menor tempo para tocar em programas de rádio. 

LADO B
1- Lp version (versão original)

2-Djahma Dum mix
Análise: Wow! Esse é o tipo de remix que a equipe do blog gosta muito. Ou seja, um remexida instrumental com batida eletrônica + efeitos de vocoder na voz, apenas algumas frases com gritos e gemidos + piano melódico e por fim adição de efeitos musicais de percussão! Bem dance e bem club! Se joga! 

3 - Djahma FM Quiz mix
Análise: É a mesma versão que o remix anterior, mas editado para tocar em programas de rádio! 

Na sequência temos outra versão do Cd single que foi lançado no mercado Europeu contendo três versões. 
Capa
Contracapa
CD

1- A namorada - Disco fever edit
2- A namorada - Original version radio edit
3- A namorada - Afro latino edit

Aqui podemos ver outro single vinil 12" promocional com quatro remixes editado na França. 
1- Disco fever edit 
2 - Afro latino skat 
3 - Fuzz drum mix 
4 - Original version radio edit

E também aqui temos a capa de outro single vinil de remixes duplo 12" também editado na França, com as seguintes musicas e versões:
A1)   A Namorada (Disco Fever Edit)
A2)   A Namorada (Afro Latino Skat) 
B1)   A Namorada (Fuzz Drum Mix) )
B2)   A Namorada (Original Version Radio Edit) (versão original editada)
C1)   A Namorada (Drum'N Funk Mix) (versão house, com influências do funk carioca)
C2)   Pandeiro-Deiro (Smooth Bubble Mix)
D1)   Pandeiro-Deiro (De Lata Remix) 
D2)   A Namorada (Eric Kupper Dub Mix) 

Mais outra versão promocional de rádio editado na Itália em vinil 12" com três versões.

E para finalizar, temos mais outra versão promocional de rádio com chamada na capa para o filme Velocidade Máxima 2, contendo quatro remixes. 

1 - A Namorada (7'' Kupper Remix)  (versão house editada)
2 - A Namorada (12'' Kupper Remix) (versão house longa)
3 - A Namorada  LP version (versão album)
4 - A Namorada (Call Out Research Hook #1)
5 - A Namorada (Call Out Research Hook #2)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Desespero! Como recuperar as musicas de um CD danificado!

Quem utiliza CDs ou DVDs sabe que durante o manuseio podem ocorrer riscos acidentais. Existem alguns casos em que o CD fica tão danificado que um aparelho como rádios, mini-systems, computadores ou equipamentos profissionais para DJs, não conseguem efetuar a leitura do disco.
O que fazer???
Quando não há soluções, muitas pessoas jogam o CD fora e compram um novo. Porém, muitos CDs são importados ou já estão fora de catálogo. Mas poucas pessoas sabem que existe uma alternativa para recuperar os CDs danificados por riscos.
A salvação está na limpeza da superfície “espelhada” do CD. Ou seja, antes de colocar fora, passe em uma locadora de DVDs de sua confiança e peça para fazer uma limpeza dos riscos.
Como as locadoras de DVDs possuem um grande acervo de títulos para locação, geralmente, quase todas as locadoras possuem uma máquina especial de limpeza dos DVDs que são manuseados por centenas de pessoas. Para livrar ou limpar os DVDs de riscos e outras sujeiras, periodicamente é feito uma faxina. Essa limpeza remove quase todos os riscos superficiais que prejudicam a leitura dos CDs..
O processo de limpeza pode ser feito tanto em Cds como e DVDs.
Mas atenção, se o CD foi riscado profundamente, não adianta limpar porque a gravação também foi danificada.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Fernanda Abreu - Eu vou torcer (single remix) Item de colecionador

Capa

Alguns fãs afirmam que Fernanda Abreu é a única cantora brasileira que tinha plenas condições de se tornar uma estrela mundial ou até mesmo uma diva da dance music Brasileira. Porém, verdade ou mentira, ainda não foi nessa encarnação que o Brasil, presenciou o nascimento de uma grande artista de renome no cenário pop internacional como Madonna, Bjork, Lady Gaga e outras tantas. Dizem que talento não falta, mas.??? De qualquer forma, Fernanda tem seus méritos e talvez ela nem quisesse ser tudo o que os fãs gostariam que ela fosse!

O cd single da música “Eu Vou Torcer," foi originalmente lançado na forma promocional em 2004. (Ao menos é o que parece até o momento. Visto que, todo o Cd single que não é comercializado, subentende-se que seja promocional.) Continuando........
Capa e contracapa
O single foi embalado por uma caixa de papel branco, com fotografia holográfica da cantora, segurando uma pomba nas mãos sob um coração vermelho. Conforme a caixa é movimentada, a imagem holográfica faz com que os olhos da cantora se abram ou fechem. A canção original está no Cd álbum da cantora chamado “Na paz” e foi produzida pela própria Fernanda Abreu, em parceria com vários produtores nacionais. A música é uma regravação de Jorge Ben. Gravadora EMI Odeon.

01 - Álbum version
Análise: É a mesma versão apresentada pelo álbum. Uma canção simples com a utilização de riffs de cítara. (Cítara é um instrumento musical indiano com uma sonoridade inconfundível, muito utilizada nas melodias orientais. Com letra fácil e composição simples, infelizmente, a música não foi um sucesso em todo o Brasil. Acredito que apenas os fãs ou as pessoas com ouvidos mais atentos puderam ter a oportunidade de conhecer essa melodia. Dizer que a musica deveria ter sido de um jeito ou de outro é complicado. Quantas musicas maravilhosas aparecem no cenário musical nacional e na prática o público consumidor acaba gostando de bobagens!!? Enfim...vai entender o atraso musical das pessoas.

02 - Breeze mix
Análise: Esse remix é classificado no estilo Downtempo ou Slow beats. Ele segue o clima apresentado pela versão do álbum. Isto é, nem romântico e nem dançante. Perfeito para ser apreciado naquele set do conceito de lounge ou chill out. Breeze mix foi produzido por Front Row e mixado por Mario Caldato. Também poderia fazer parte da linha de remixes conceituais que a cantora Bjork e o produtor Towa Tei adoram! (Towa Tei DJ e produtor japonês que trabalhou com vários artistas internacionais). Essa versão possui múltiplas interpretações e também poderia ser encaixada dentro do estilo IDM (Intelligent dance music). Ou seja, musica dançante inteligente.

03 - Memê Super House Club mix
Análise: O nome do remix já informa o que as pessoas irão encontrar. Uma versão dançante bem ao estilo europeu com muito house, influências do French house e aquele climão 100% disco club. Mas atenção! Poucas pessoas e poucos DJs conseguiram esse remix. Aliás, mesmo sendo pirateado, infelizmente, não tocou muito nem nos clubes e nem nas rádios. Dizem os teóricos que faltou mais divulgação. Por outro lado, há quem afirme que exista muito preconceito entre o público e os DJs brasileiros em relação as musicas dançantes cantadas em português. De certa forma, percebo que os dois entendimentos possuem razão. Afinal é muito difícil penetrar naquele grupo social dominado pelas musicas super dançantes e pela tecnologia internacional evoluída!!!. Observo que essa situação é um “carma” brasileiro. De um lado o público consumidor é diariamente seduzido pelas grandes produções melódicas internacionais. E, do outro, o tempo que demora para que os brasileiros aprendam a fazer musicas com tecnologia e com a mesma qualidade que as produções gringas possuem, os estilos musicais atuais já mudaram! Logo, o Brasil está sempre correndo atrás do prejuízo para driblar o atraso e tentar acompanhar o desenvolvimento musical, dos países mais evoluídos. Não confunda evolução com riqueza! Podem andar de mãos dadas, mas são coisas bem diferentes!

04 - XRS remix
Análise: Essa é uma versão em Drum n´bass com sotaque nacional, também chamado de Brazilian Drum n´bass!
- Como assim? Não é tudo a mesma coisa?
Calma! Existem algumas diferenças! O estilo de drum n´bass brasileiro é mais gingado, mais gostoso de curtir e possui uma combinação melódica com diversos riffs de instrumentos musicais orgânicos como pandeiro, violão, guitarra, etc. E, o estilo de drum n´ bass internacional, geralmente, é mais forte, compacto, tenso, um pouco mais agressivo, minimal e eletrônico. A melodia foi remixada pelo Dj XRS (Xerxes de Oliveira) é uma ótima versão para os fãs do gênero.

05 - Instituto mix
Análise: Produzida por Tejo e Rica Amabis para o Selo Instituto.com, esse remix poderia ser classificado na área de Downtempo ou IDM. De qualquer forma a versão possui um mix variado de influências musicais e um leve sabor “Dancehall”. Veja bem! Não estou afirmando que a melodia se parece com Dancehall! É apenas uma lembrança...sutil.....
Sem dúvida uma versão para ser ouvida na beira da praia com muita água de coco!

06 - Acapela version
Análise: Não se trata de um remix, é a voz do artista sem o acompanhamento dos instrumentos musicais. Aqui os ouvintes fazem a própria versão de acordo com seu gosto pessoal. (Legal né !!!) Lembre-se que na música tudo o que levar o nome de capela, acapela, a capella, accapella, ou a-capella é a mesma coisa. A grafia muda de acordo com o país de origem ou conforme o entendimento artístico das pessoas envolvidas. De acordo com os teóricos musicais o estilo “A Capella” teve origem nos cantos litúrgicos religiosos. Existem algumas variações desse estilo que podem possuir o acompanhamento do toque das palmas das mãos, do piano ou um leve trilhar do tambor.

Para outras informações sobre Fernanda Abreu acesse o site: http://fernandaabreu.uol.com.br

OBS: Até o momento, infelizmente, o site oficial da cantora não disponibiliza – minuciosamente - todas as capas dos singles, lançados pela cantora desde o início de sua carreira solo.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

RITA LEE Remixes - RITA RELEEDA

Capa 

Se o álbum “Eu e Memê, Memê e Eu” do cantor Lulu Santos foi um dos trabalhos mais bem sucedidos do pop-dance nacional, cantado em português. Sem dúvida, o álbum de remixes da cantora Rita Lee Rita Reelida” conseguiu reunir os melhores remixes produzidos para a época. Lançado em 2000, apresenta antigos sucessos da cantora em versões repaginadas por um time de Djs e produtores, de primeira linha do cenário musical eletrônico brasileiro. Nesse trabalho é possível encontrar vários conceitos melódicos de  vertentes musicais como House, Drum ´n´ bass, Electro, Techno e Ambient. A coletânea  possui a direção artística de Torcuato Mariano. Gravadora Emi Odeon.

1 – Saúde (Tausz Disco Mix)
Análise: Produzido por Alessandro Tausz o remix foi muito bem masterizado. Nessa melodia, assim como nas outras que completam esse álbum, a equalização dos timbres foi feita de forma democrática, sem enfatizar “esse” ou “aquele” instrumento musical, como ocorre com freqüência na música brasileira. Por exemplo: O dono da banda toca guitarra, então muitas vezes o dono quer que a guitarra seja o instrumento principal em todas as musicas, fazendo com que o baixo, a bateria, o sintetizador, a percussão ou os metais sejam apenas coadjuvantes. Coisas do tipo: “Eu sou o dono, eu mando, eu quero que a presença musical da minha guitarra seja mais importante na música, do que os outros”. Pode ser uma atitude estúpida, mas essa situação acontece com freqüência na música brasileira. Isso significa malandragem musical e falta de conhecimento técnico. Mas esse assunto foi citado apenas como complemento. Voltando a questão do remix, sem dúvida alguma, a melodia exerce sua função muito bem. Vai direto ao assunto, tem boa “pegada” na pista e garante a festa em qualquer lugar. O efeito utilizado nos vocais foi inspirado em várias musicas dançantes que faziam sucesso na época em que o álbum foi lançado.

2 - Mania de Você (Mania de Memê mix)
Análise: Um remix bem dançante que mistura Euro House e influências tribais. A utilização de diversos timbres de sintetizadores possibilitou que DJ Memê acertasse em cheio na construção dessa versão. Riffs, paradas e refrões foram mixados na hora certa. A remixagem consegue se manter atual e moderna sem cair na obviedade. Perfeita para quem gosta de música dançante cantada em português.

3 - Banho de espuma (Memê e Nino vocal Dub)
Análise: Esse remix é muito foda! Não basta apenas ter um grande estúdio musical ou bons músicos. É preciso entender de música, de equipamentos, de mixagens, de efeitos, de combinação de efeitos, de pista de dança, ter criatividade, enfim... Se existisse o termo “rave popular”, não há dúvidas, a versão remix dessa música seria perfeita para esse tipo de festa. Memê conseguiu unir timbres musicais populares e influencias da rave que possibilitam um estado de euforia sem hora marcada para acabar. Porém, o problema está no fato de que parte do público brasileiro não está situado nesse segmento musical. Em linguagem popular, dizem que parte do público brasileiro é musicalmente atrasado! Não estamos discutindo gostos. Estamos falando de entendimento musical. Parte do público brasileiro nem sequer entendeu o que se passa ao seu redor. Muitas pessoas não imaginam o que é um remix e nem sabem que a cantora Rita Lee lançou um cd de remixes. Particularmente, pude observar mais referências sobre esse álbum com a galera internacional do que com o “mundinho fechado e atrasado da musica brasileira”. Estudiosos afirmam que o público está acordando. Porém, algumas coisas passam e o povo demora demais para se libertar dos atrasos e fica fazendo papel de bobo na história. Enquanto outras civilizações estão conquistando novos planetas, parte do povo brasileiro ainda está aprendendo a fazer buraco na areia?? Fala sério!
Peço desculpas ao leitores desse blog porque não é fácil falar sobre música no Brasil. Ainda mais quando grande parte das pessoas pouco se importa com isso. Às vezes você fica com muita raiva do sistema que está ao seu redor. Existem vários músicos brasileiros que lançaram um cd de remixes e nem se sequer mencionam em sua discografia pessoal a existência de um cd nessa linha de trabalho. Podem até não gostar, mas vários artistas não podem esquecer que são lembrados por causa das musicas remixadas. Se não fosse por isso, grande parte do público nem se lembraria mais do trabalho musical deles. São músicos que envelheceram com os seus fãs e sobrevivem perpetuando o passado! Quase sempre falo para os amigos: - Uma coisa é ser atrasado! Outra coisa é ser “exageradamente” atrasado! Ninguém merece!

4 – Doce vampiro (Mau Mau mix II)
Análise: Falar desse remix sem conhecer o trabalho musical do seu produtor é covardia. O que você esperava? Dance popular?! Acorde! Não é uma regra, mas conhecendo a herança musical ao qual o produtor transita, já é meio caminho andado para entender as coisas. M4J e DJ Mau Mau produziram uma versão bem interessante e recheada de influências eletrônicas. Ora, todas as musicas remixadas desse cd fazem parte da cultura eletrônica, mas essa versão possui mais influências do “Techno”, e o Techno é um dos representantes diretos da música eletrônica. Por isso essa comparação foi feita. Eletrônica = a Techno = tecnologia = evolução
Em resumo, não se trata de um remix popular e pegajoso. É uma versão mais “séria” com um estilo melódico mais “sóbrio”, quase instrumental. Aos poucos, as pessoas interessadas irão entender as diferenças existentes entre os remixes que fazem parte do dance comercial, dance conceitual, dance popular, dance underground, etc; e que no final pertencem a música eletrônica. Comentário: Nem tudo é um simples “tum-tis-tum” como algumas pessoas atrasadas disseram pra você! 
Encarte 

5 – Nem Luxo, nem lixo (BossaCucaNovaSambaHouseMix)
Análise: Em primeiro momento, aplausos para o Bossa Cuca Nova, formado por um trio de músicos brasileiros que tiveram a felicidade de captar as boas influências melódicas de artistas europeus como Jazzanova, 4 Hero, Kruder e Dormeister entre outros. O Bossa Cuca Nova possui talento próprio, é claro, mas eles conseguiram superar a mesmice musical atrasada de uma parte de artistas brasileiros que dominam a MPB e a Bossa Nova. Tem espaço para todos, mas viver perpetuado passado é uma opção de pessoas presas ao comodismo do “era uma vez”.Bossa Cuca Nova rejuvenesceu essa canção da cantora Rita Lee sem cair na pista de dança. Aliás, quem disse que todo o remix tem que ser dançante?? Enfim...Uma bela versão produzida de forma equilibrada, com influências do house misturadas com o samba. Destaque para os riffs de guitarra estilo wah wah e ambiência melódica orquestrada. Perfeita para curtir numa tarde de verão a beira da piscina ou num lounge com vista para o mar. Remix sofisticado!

 6 – On the rock (Mission on the rock # 9)
Análise: É bastante comum no mercado internacional ver o trabalho de algum cantor ser remixado por outros artistas ou DJs. Mas no Brasil, infelizmente, tudo chega depois. Inventaram o rock e depois chegou ao Brasil. Inventaram o eletrônico e depois chegou ao Brasil. Acho que deve ser um “karma brasileiro” ficar para depois, não entendo esse comodismo das pessoas. (risos) Uma banda ou alguém produzindo um remix de outro artista é muito legal por 4 motivos:
I - O ato de remixar permite que o próprio artista amplie o seu conhecimento musical;
II - Provoca a criatividade e põem em prática as idéias melódicas que muitas vezes não haveriam possibilidade de serem exploradas;
III - Permite que o artista em “si” amplie seus negócios, chegue até outros públicos, ganhe mais destaque, tenha mais versatilidade;
IV - O público ganha com mais opções musicais sem enjoar da mesma versão para uma música que irá tocar nos mais diversos locais além do rádio e da TV, como em theatros, bares, clubes, estádios, praças, etc...
Para muitas pessoas, o remix dessa música tem um espírito mafioso, tanto nos timbres e riffs musicais como na concepção melódica. Sem dúvida, a música possui um estilo musical vintage, que lembra os seriados policiais do agente James Bond produzidos na década de 70. Uma versão diferente e ao mesmo tempo simples de ser produzida.

7 – Tatibitati (Sensual Tausz Mix)
Análise: Essa melodia surpreende os ouvintes ao criar um clima envolvente utilizando beats contemporâneos e timbres orientais. O produtor Tausz resolveu puxar o freio de mão e apresentou um remix comportado. A atmosfera musical é perfeita para ser ouvida num jantar a dois ao ar livre naquele restaurante moderno antes da balada! Mas atenção! Não confunda com música romântica.

8 – Baila Comigo (Hitmakers al corazon)
Análise: Com uma levada Electro House, os produtores do Hitmakers remexeram muito bem nos ritmos que compõem a estrutura musical dessa canção. A programação sintetizada dos instrumentos de sopro como os trompetes e as flautas ficou na medida certa. O remix tinha todos os ingredientes para ser um hit de rádio, mas sabe como é no Brasil!!! A música que foi programada para ser um sucesso não acontece nada e muitas vezes o acaso ou uma bobagem acaba se tornando o grande hit da estação. Vai entender... Aliás, apenas para conhecimento de todos, os Hitmakers foram os únicos produtores brasileiros (até o momento) aprovados pela dupla inglesa Pet Shop Boys para remixarem uma canção de sua autoria. O fato ocorreu em 1999 no lançamento promocional do single da música You only tell me you Love me when you´re drunk. Posteriormente, tanto a capa do single dessa música quanto outras informações também serão postadas aqui.

9 – Bem me quer (G-Vô mix Edit)
Análise: Essa versão contém o sample da música "Would you?" do projeto Touch and Go! Os riffs de trompete e os beats da bateria eletrônica garantem o suingue necessário para movimentar até os pés de alguns músicos mais conservadores do Teatro Municipal de São Paulo, por exemplo. Não se trata de um remix espetacular, mas tem gingado. Dizem que poderia ter sido feito uma versão em Drum n´ bass. De qualquer forma o resultado ficou muito bom. 

10 – Mutante (Apollo 9 remix)
Análise: Nessa versão o ouvinte entra na área conceitual dos remixes. Os remixes conceituais não possuem a obrigação de serem dançantes. Esse modelo trabalha com samples e timbres musicais inovadores. Muitas melodias são reconstruídas por sons gerados de forma artificial ou extraídos de lugares inusitados como tampas de panelas, baldes plásticos, pedaços de madeira, vidros, metais e os mais variados utensílios domésticos ou industriais. Não se trata de uma versão feita para tocar nas rádios. O remix conceitual não segue um roteiro definido. Quando o ouvinte pensa que a música está acabando, na realidade, a melodia está apenas começando e assim sucessivamente. Os remixes conceituais fazem parte de uma proposta artística. Como referência, podemos citar alguns remixes da cantora Bjork e do cantor pernambucano, Otto, entre outros. 
Contracapa

11 – Caso Sério (Routes from the Zambo Mix)
Análise: Essa versão é mais que um caso sério, é irada! Sempre é possível fazer uma melodia diferente na música eletrônica. E saber que existem pessoas que acham que é tudo a mesma coisa! DJ Marky e Ricardo Pinda apresentam um remix em Drum n´ bass com direito a variação do bpms, sussuros, gemidos e vários timbres sintetizados sobrepostos para ninguém botar defeito! A música foi reconstruída pelo remix que pouco lembra versão original. Ótima pedida!

12 –Atlântida (Via Atlântida)
Análise: Se a proposta anterior era voltada ao drum n´ bass, nesse momento muda-se tudo. No remix assinado por Embrio, os ouvintes mergulham “literalmente” no techno” com pitadas de house que variam entre o electro e o progressive. Toda essa mistura de estilos ocorre de forma sutil e equilibrada sem assustar os desavisados. Mas não se preocupe, na área musical eletrônica a transgressão de gêneros conta pontos.

13 – Brasyx Muamba (House of Muamba)
Análise: Ao ouvir esse remix, dizem que é possível sentir cheiro de french house. Mas é um argumento que varia muito para cada pessoa. French House faz parte da escola musical eletrônica francesa muito popular naquele país e em parte da Europa durante a década de 90. O remix de Embrio mantém uma construção melódica instrumental bem interessante. Essa versão é festa garantida na pista de dança.

14 – Lança Perfume ( Tssss Groove mix)
Análise: Dudu Marote fala sério!? Esse remix tem influências da acid house!!! (risos) Cada faixa é uma surpresa. Essa versão foi feita com criatividade e conhecimento, não se trata apenas de um “Tum-tis-tum”. O remix resgata aquela atmosfera existente em alguns clubes brasileiros no final de década de 80, quando os DJs tocavam nas pistas alguns remixes  do Coldcut, S´Express, M.E.S.H, Baby Ford ou 808 State.

15 – Lança Perfume (Memê´s classic House Mix ´ 95)
Análise: Na linha comercial é uma das melhores versões do álbum. Essa foi uma fase bem inspiradora para o produtor e DJ Memê, porque muitos dos seus remixes tiveram a influência das produções feitas por Djs importantes como David Morales e Frankie Knuckles. A batida house mais os timbres de piano são clássicos nessa área. Essa remixagem foi realizada originalmente em 1995. Não há registro (até o momento) de que a música tenha sido lançada em single promocional. A versão comentada nesse texto apareceu oficialmente apenas em 2000, quando o cd foi comercializado. Penso que essa música merecia um single exclusivo de remixes. Quem sabe no futuro, quando parte do Brasil deixar as migalhas de lado....

16 – Lança Perfume (Moto Serrote)
Análise: Calma! Ninguém enlouqueceu e ninguém estragou nada! Antes de se assustar saiba que esse remix está voltado para a concepção Techno. Aqui você não encontra chapeuzinho vermelho e nem a fada madrinha, estamos falando de Techno! Sim! O estilo Techno! Forte, contundente e às vezes agressivo, que agitava a galera nas raves européias muito antes do psytrance se popularizar. Produzido por Dudu Marote, a melodia contém o sample muito parecido com o vocal da música "Get down everybody" de Holy Noise.
CD

* O Cd com remixes também foi lançado em vinil triplo promocional. Mas se transformou num artigo raro de colecionador.