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sábado, 23 de julho de 2022

Eletronic Brasil - Compilação vários (item de colecionador)

Capa

Fazendo o registro do que aconteceu ao longo dos anos na área de remixes e melodias dançantes no cenário brasileiro, na postagem de hoje, voltamos para 1997.

Naquele ano, a gravadora Sony Music em parceria com Mundo Mix Music (MMM) lançaram no mercado a coletânea Eletronic Brasil, uma das compilações mais importantes para o segmento musical eletrônico brasileiro, naquela ocasião. Recapitulando a história, de 1995 a 2000 o mundo pop internacional respirava, curtia, dançava e desenvolvia uma estética musical embalada por melodias eletrônicas. Dessa forma, no Brasil, era óbvio que não seria diferente. Aliás, dizem os psicólogos, que é normal o desejo das pessoas em participar de acontecimentos que tenham relevância mundial. Porém, lembramos que outros estilos musicais continuavam fazendo sucesso normalmente, mas a graça e o destaque naquele momento tinha nome: música eletrônica.
Encarte 1

Não iremos nos estender nessa resenha com todas as informações necessárias e os detalhes a respeito do assunto, para a postagem não ficar gigante. Quem gosta de música eletrônica no Brasil e pensa em fazer algo no futuro, vai ter que procurar esse momento na história musical mundial e, principalmente, saber o que foi produzido pela galera brazuca, naquele tempo.
Encarte 2

Evitando especificações, a compilação reuniu alguns trabalhos musicais brasileiros mais representativos do seguimento, que abraçavam, o contexto melódico eletrônico direcionado para o Techno, Downtempo, Drum n´bass, House e Trance.
Encarte 3

Como é prontamente lembrado pelo blog, não existe mais aquela ideia de sucesso em todo o país. Seja rock, pop, sertanejo, axé, funk, regionalista, pagode, techno, rap, samba, dance, frevo, hip hop, bossa nova, mambo, tango, ou qualquer outro estilo musical. Não existe hegemonia musical no Brasil onde a pluralidade de pensamentos, estéticas e desejos é bem diversificada.
Encarte 4

Encarte 5

Especialistas afirmam que o processo musical de uma sociedade, passa por modismos, sucessos passageiros e situações isoladas (guetos) que ganham destaque ou chamam a atenção por um determinado período. Dessa forma, entendemos que o Brasil vive nuances e momentos musicais mais fortes em alguns estados e menos desenvolvidos em outros. Depende do interesse das emissoras de rádio e TV e do desenvolvimento educacional de cada região. As redes sociais não influenciam tanto nesse quesito, porque nem todos os brasileiros possuem interesse em seguir redes sociais musicais a favor de um ou de outro estilo. Logo, redes sociais não são parâmetros de confiança ABSOLUTA para determinar o sucesso de um estilo musical.
Encarte 6

Contracapa 

A coletânea registra as seguintes faixas:

1 DJ Mau Mau – For Paula 6:14
2 Habitants – Swing Café 6:58
3 Lopes e Dr. Alem – Airplay 5:35
4 Alpha 5 – Nitrogene (Elevation Mix) 6:14
5 Dr. Alem – Cafuné 5:08
6 Bid – Batuk De Amor 4:41
7 Currupyo – Snap To Grid... 6:10
8 Friendtronik – Na Fumaça Do Gongo 6:33
9 Nude – Artificial Intelligence 6:33
10 M4J – The Track 5:05
11 Loop B – Make Your Self 3:21
12 Anderson Noise – Shanty Town 6:10
13 Level 202 – 001 6:30
*14 DJ Soul Slinger – Chega (Versao Editada) 4:04

* Por motivos desconhecidos, a décima quarta faixa não está presente em todas as edições do CD e nem aparece no formato de vinil.
CD

A compilação também foi lançada em vinil 12” (num total de sete partes). Na sequência, a gente descreve as canções editadas em cada disco:

Vinil 1
A1 Corrupyo - Snap To Grid (Colou Na Grade Mix)
A2 Corrupyo - Snap To Grid (Currupyo Remix)
B1 Friendtronik - Na Fumaça Do Gongo (Nevoeiro Mix)
B2 Friendtronik - Na Fumaça Do Gongo (Friendtronik Remix)
Corrupyo ( Dj Ramilson Maia)
Friendtronik (Dj Xerxes )

Vinil 2
A Dr. Alem – Cafuné (Sys-M Arpeggios Mix) 
B Bid – Batuque De Amor (Remix)
Dr. Alem (produtor SUBA)
BID

Vinil 3
A Habitants - Swing Café 6:58
B Habitants - Swing Café (Remix)
Habitants (Renato Malim)

Vinil 4
A Nude – Artificial Intelligence
B Alpha 5 – Nitrogene (Elevation Mix)
Gonçalo Vinha (NUDE)
Marcelo Gallo (NUDE)

Mad Zoo (Alpha 5)

Vinil 5
A Lopes e Dr. Alem – Airplay (Remix Habitants)
B Loop B – Make Yourself (Remix)
DJ Renato Lopes 
Loop B

Vinil 6
A Level 202 – 001 (Remix)
B M4J – The Track (Remix)

Dj Renato Cohen (Level 202)
M4J

Vinil 7
A  Anderson Noise – Shanty Town (Remix)
B DJ Mau Mau – For Paula (Remix)
Dj Anderson Noise
Dj Mau Mau

* Existe diferença entre as versões das musicas lançadas em Cd e em vinil. O Cd registra a melodia básica e o vinil apresenta remixes.

Para ouvir: Até o fechamento dessa resenha, somente no portal do Youtube você pode ouvir todas as musicas lançadas no CD e algumas faixas lançadas em vinil.

Para comprar: Quem deseja comprar a versão em Cd ou em vinil 12”, deverá procurar em lojas virtuais ou em lojas físicas que vendam artigos musicais e antiguidades. Até o fechamento dessa postagem, não havia disponível à venda digital das melodias da compilação em plataformas pela internet.

Reflexão...

Ainda não existe um sistema técnico virtual ETERNO para a audição e comercialização das canções produzidas no mundo. A equipe do blog pensa que já está na hora da galera da informática criar essa opção. Deveria existir uma biblioteca musical nacional digitalizada com todas as canções de todos os estilos musicais existentes comercializados no país, através do anos. 

Acompanhando o desenvolvimento, percebemos que essa ferramenta vai existir no futuro próximo,  pois os caminhos já foram traçados e é apenas uma questão de organização. Essa forma de arquivo, iria possibilitar que qualquer pessoa tivesse acesso a história musical do passado em qualquer circunstância, sem a necessidade de ficar garimpando por discos e Cds num infinito pula-pula de lojas ou depender que alguma plataforma de streaming recoloque à venda ou audição, as musicas de determinado artista. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Hypno Beats 001 vários compilação

Capa

“Cada vez mais, não basta para um Dj ser só Dj. Praticamente todos os grandes nomes da música eletrônica não só põe discos nas pick-ups como também são autores de muitos desses discos....”

A citação escrita pelo Dj Camilo Rocha, na contracapa da compilação Hypno Beats 001, sintetizava a atitude da nova geração, que tinha contato com o desenvolvimento e a experiência musical vivida por culturas mais evoluídas, que incentivavam os artistas a arregaçar as mangas e produzir a própria música de consumo, sem depender das grandes gravadoras e dos estúdios (caros) de produção.

Nesse entendimento, existe um ponto muito importante relacionado ao tempo. Isto é, se o artista tem algo a mostrar e a fazer, essa atitude deve ser tomada agora!!! Afinal, não adianta esperar por determinada ocasião, porque além de ver a moda passar, perde-se uma grande oportunidade de fazer e acontecer! Se essa questão não for respeitada, o artista corre o risco de ver o seu trabalho afundar numa proposta musical ultrapassada.
Contracapa

A coletânea Hypno Beats 001 foi lançada no momento certo, pois atualmente diversos timbres eletrônicos já possuem uma concepção melódica bem diferente daquela época. O projeto foi idealizado pela agência de Djs Hypno djs managementcom o apoio da revista Dj Word. A distribuição do Cd, ocorreu na virada do milênio 1999/2000 e apresenta dez faixas assinadas por vários djs brasileiros com o melhor da música eletrônica produzida no país, de acordo com os profissionais que faziam parte da lista de djs agenciados pela empresa.

A proposta do Cd era muito boa e tinha o objetivo de agitar festas temáticas e alguns programas de rádio direcionados a cultura clubber. A compilação está fora de catálogo, mas algumas faixas estão disponíveis para downloading em sites que comercializam musicas no formato digital. Divirta-se! 

Detalhe 

A compilação registra as seguintes canções:

1- Renato Cohen - Next station
2- Andy feat Mikrob -  Back to old skoll
3- Fabricio Peçanha - Cordel
4- Cosmonautics/Dj Patife feat. Giorgia B. S. Saxman - 81 is the number
5- Anderson Noise - Pink
6- Jason Brali - Believe sp
7- Alex S - Nada a declarar
8- Galaxie (Camilo Rocha) - Shimeji
9- Santiago - July
10- Jason Bralli – Go!

* Não há registro que a coletânea tenha sido editada em vinil.

** Para outras informações, acesse o site http://www.hypno.com.br/

terça-feira, 15 de outubro de 2013

AMP MTV BRASIL 02 - Coletânea Vários

Capa

Relembrando parte da história musical eletrônica brasileira, trouxemos hoje a ótima compilação chamada AMP MTV 2. Este projeto segue a linha musical apresentada anteriormente na coletânea AMP MTV 1, (que já foi postado pelo blog e você pode rever clicando aqui!). Nesta edição, lançada em 2002 pela Muquifo Records/Sony, foram incluídas 14 canções produzidas por vários Djs e produtores musicais. São eles, DJ Marky, DJ Mau Mau, Anderson Noise, Cosmonautics (Mad Zoo & DJ Patife), DJ Murphy, XRS, Dj Andy, Philip Braunstein, Nego Moçambique entre outros. 

Encarte 

Melodicamente falando, o Cd possui uma pegada forte na batida sintetizada trazendo influências musicais que vão do Techno, Drum n´bass, Breakbeats, Trance, Tech-House até chegar aos beats moderados do Downtempo.  Independente do programa “AMP” - apresentado pela MTV - ser considerado uma droga por muitos telespectadores, a coletânea possui uma trilha musical muito boa. É um belo registro de canções eletrônicas produzidas por artistas nacionais que possuem um nível de desenvolvimento tão próximo aos artistas internacionais que trabalham no mesmo gênero.  “....Vâmo pro agito galera!” 

Este Cd apresenta as seguintes canções:


1- 1974 – Superágua  3´42
2 - I Need You – Cosmonautics (Patife + Mad Zoo)  4´41    
3 - Dia de Sol – XRS (participação especial: Gilberto Gil)  3´20  
4 - LK (instrumental version) - DJ Marky + XRS  4´28        
5 - Gil para B-Boys – Nego Moçambique  7´10        
6 - Nonsensi - Jonas Rocha  4´55       
7 - Kamasutra – Gabo & Denise  6´59
8 - Space Funk – DJ Mau Mau  3`14    
9 - Você Mesmo – Anderson Noise  6´10      
10 – Anairda – Philip Braunstein          3´57   
11 - Afinidade – DJ Murphy   4´37        
12 - 1 Ghz – Ney + Thiago M  3´01       
13 - Shock Mind – DJ Andy (participação especial Mikrob) 5´04           
14 – Tsunami – Superágua  4´17 

  
Contracapa

CD

*Para ouvir as faixas desta compilação clique aqui!

**Não há registro que esta compilação tenha sido editada em vinil.

MTV e o modelo musical vazio

Já mencionamos em outras postagens, a nossa indignação sobre o posicionamento adotado pela MTV brasileira, pelo fato da emissora não cumprir seu papel de valorização musical de forma ampla. De um lado a emissora afirmava que dava oportunidade para todos os estilos musicais, mas do outro, a prática, não correspondia ao seu discurso de palanque. Isto é, uma emissora de televisão musical direcionada apenas pra valorizar e prestigiar o rock. 
Em dado momento, a MTV se posicionou como vítima afirmando que não podia competir com o formato de visualização de vídeos apresentado por sites como Youtube.  Ora,  como assim!? A MTV não pode, mas o You tube pode? Então por esse e por inúmeros outros motivos, a equipe do blog considera a MTV como a maior decepção musical midiática brasileira. Tá certo que a MTV não era tudo, mas tanto seus comerciais, como seus apresentadores atuavam da mesma forma como os tradicionalistas no sul do país fazem. Isto é, posam que são os melhores do Brasil, mas na prática, representam um grande saco furado. Lamentável!

Dinheiro x música

Não tem dinheiro para pagar os vídeos de música eletrônica, mas tem dinheiro para patrocinar o rock n´roll! Certo! E quando acabar o dinheiro patrocinado para tocar rock n´ roll ou quando as pessoas enjoarem de rock, você vai fazer o quê? Programa humorístico? Ficar de braços cruzados vendo o tempo passar? Você pensa que o mundo gira em torno de um único estilo musical? Tudo acontecendo na música no Brasil e no planeta inteiro, e a MTV posando de Deusa musical do saco vazio!!?  Fora meu! Tá fora de noção sobre passado-presente-futuro!!! A sociedade está cheia de coxinhas e oportunistas querendo manipular a educação musical das pessoas! Hoje, em vários setores midiáticos é preciso ter duas atitudes. Ou você assume uma proposta musical democrática com sentido amplo ou você se caracteriza num determinado segmento, com todas as alegrias e tristezas que sua escolha possibilitou. A MTV escolheu ficar em cima do muro, desejando agradar a todos e no final acabou não agradando a ninguém! Fechou as portas e teve que abandonar o modelo musical ultrapassado! Já vai tarde!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Jota Quest - oxigênio (single remix)

Capa/verso 

Gosto do Jota Quest porque ele tem uma proposta conceitual com mais envolvimento junto a contemporaneidade musical. Já tive oportunidade de entrevistá-lo para uma empresa de comunicação na Serra gaúcha-RS e é clara a evidência de um comprometimento com a modernidade no mundo musical que está ao nosso redor. Aliás, o texto impresso no encarte do cd single já diz tudo!

“Reclicar, recriar. Transformar conceitos. Samplear o presente. Construir o futuro. Salve o remix! Oxigênio para as pistas. Adrenalina, afetamina. A contramão, a alternativa. O pop, o rock, o samba, o funk.A música eletrônica. Partículas de ilusão. Formando o novo som. Salve o DJ! ”

O single da  música Oxigênio não dispõe de remixes com nomes, mas apenas destaca quem remixou a música. Essa escolha foi bem interessante pois apresenta expoentes musicais diferentes para um mesmo produto. Quem ganha é o público ao escolher a versão que mais satisfaz seu entendimento.  O single foi produzido por Marcelo Sussenkind e tem direção artística de Ronaldo Viana. A música conta com a participação especial do cantor Zé Ramalho. Sony music. 


1 - Versão álbum

Análise: é igual a versão do álbum, com muito pop-rock para contentar os fãs domesticados pelo estilo.
- Como assim???? 
Ora, como assim!!!?  Roqueiro de verdade não gosta de Jota Quest. Pode perguntar a qualquer um! Mas parte da multidão brasileira que topa tudo por dinheiro para aparecer em reality shows, vai esperar o quê?! Acho que  grande parte da população precisa ver e ouvir as musicas que estão além do horizonte da caixa de balaio dos supermercados. Pense nisso! Não fique revoltado. Analise os fatos e verá que existe verdade nessa afirmação! Aliás, o cantor Cazuza já disse isso! Inclusive no filme sobre sua vida aparece uma cena genial de Cazuza quebrando o prêmio de disco de ouro na gravadora e dizendo:  100 mil pessoas ouvindo a mesma coisa!!!! 100 mil fãs fazendo a mesma coisa! " 
É engraçado ver todo mundo robozinho de mãos dadas e sapatinho lustro ouvindo a mesma musiquinha que toca trocentas vezes no rádio comercial! Eca" Que falta de independência! 

Essa escravidão na música brasileira faz com que esse blog seja algo no meio do nada!!! 

2- Remix by DJ Marky

Análise: Nessa versão a melodia original nem é reconhecida, a não ser pelos arranjos iniciais com o vocal sintetizado do cantor Zé Ramalho dizendo a frase “Somos todos os deuses somos todos um só”. No restante a melodia é um prazer total para fãs do gênero. 
Quem conhece o DJ Marky sabe que sua linha musical está voltada para o Drum n´ bass (ao menos por enquanto). Logo, se trata de uma versão direcionada ao estilo. Para ser mais esclarecedor, poderíamos enquadrar esse remix na área do Brazilian drum n´bass, porque a galera internacional chama os remixes em drum n´ bass produzidos no Brasil de Brazilian Drun n´bass! Entendeu! (esse blog já comentou sobre isso no tópico da música Eu vou torcer da cantora Fernanda Abreu).

- Então porque os gringos chamam de Brazilian drum n´ bass os brasileiros também tem que copiar? 

GOSTO DE RESPONDER ESSAS PERGUNTAS PROVOCATIVAS! A RESPOSTA É SIM, CARO LEITOR! E BEM FEITO PRA NÓS! LEMBRE-SE O BRASIL É UM PAÍS COLONIZADO! Pode falar com qualquer político, historiador, antropólogo, cientista e o escambau, todos irão confirmar que o Brasil não dita as regras em vários conceitos internacionais. O Brasil não é um país colonizador ou um país que manda!  o Brasil segue a evolução sobre os aspectos que já fazem parte do entendimento de outros humanos em países civilizados. 

E além de tudo não inventamos a música, nem o rock, nem o techno, nem a valsa, nem o piano, nem a concepção de dance. Não inventamos a guitarra,  o saxofone, a televisão, o rádio e outras centenas de sistemas e objetos que utilizamos para sobreviver em nossa organização mundial.

O sistema jurídico é copiado dos ingleses e franceses, nossa língua oficial é portuguesa. A medicina veio de fora como também as universidades, o sistema educacional e vários outros conceitos filosóficos, sociais, econômicos, etc, etc, etc e tal. Por esses fatores eu respeito a galera da Bossa nova, da Tropicália e do Funk carioca (mesmo não gostando) porque são coisas nossas! Bem brasileiras! Não se trata de nacionalismo barato! Estamos falando de sobrevivência diante da história que a nossa geração comprou pela metade. Estamos falando de independência diante da escravidão artística. Você acha que eu não gostaria que o Brasil detivesse toda essa tecnologia musical? Mas não fomos nós que inventamos, pois chegamos atrasados nessa história, tanto quanto outras centenas de coisas!

Logo, o que nos resta é aproveitar algumas coisas boas que dispomos, aprender com a educação que ainda não alcançamos e tentar viver na evolução e contemporaneidade mundial.

3 – Remix by DJ Anderson Noise

Tive a oportunidade de almoçar com o DJ Anderson Noise na sua passagem,  a trabalho,  pela cidade de Caxias do Sul – RS, em 2010. Durante a conversa, que contou com a participação da dupla de músicos do projeto CCOMA (um projeto gaúcho bem interessante que mistura musica eletrônica e influências jazzísticas) ficou claro, na voz de Anderson Noise, a necessidade de muita dedicação e muito trabalho na vida de um DJ acostumado a tocar em várias gigs mundo afora.  Aliás, em breve um dos seus trabalhos também será postado aqui no blog. A proposta de Anderson Noise para o remix da música Oxigênio segue a linha techno. No decorrer da melodia é possível ouvir diversas vezes a palavra “oxigênio” sintetizada e misturada ao teclado e a bateria parecendo um alarme sobreposto as camadas lineares com momentos de progressão como se fosse uma grande onda musical. Essa versão não é cantada. Foi produzida para um público que adora techno e suas variações.


4 - Remix by DJ FonC (Mad Oxl)

O remix segue a linha eletrônica próxima ao hard techno e é bem interessante. Porém, percebe-se que a masterização dessa música ficou prejudicada. Cadê a bateria?? Cadê os outros instrumentos? Quando se ouve a versão sem tem a impressão que tudo está em segundo plano. A bateria não soa forte e contundente, mas apenas uma bateria para dar andamento a melodia. O Sintetizador não e um “sintetizador” empolgante, mas apenas um tecladinho qualquer. Testei a versão utilizando a aparelhagem de um clube antes de iniciar a festa. A constatação é que essa versão perde em potência e qualidade se mixada com outras melodias. Em resumo, não adianta aumentar o volume. Se não foi proposital, estamos diante daquele velho problema técnico brasileiro. Ou seja, muita gente fazendo música, mas a qualidade da masterização deixa a desejar!

5 – Remix by Memê (radio hit)

Para quem gosta de dance music fique tranquilo, como a própria musica nos diz que ainda é possível voar, o remix atende ao gosto comercial da galera. O timbre de piano utilizado nesse remix lembra do timbre usado por Crystal Waters  em um dos remixes da canção Gypsy Woman de 1991. Os arranjos iniciais parecem voar ou emergir das profundezas culminando com a voz do cantor Zé Ramalho que diz: “Povo da terra olhem para o céu e vejam que límpido cristal tem a vossa alma. O abraço das criaturas no templo do amor, a paixão da natureza, o delírio de viver. Somos todos os deuses, somos todos um só! Nesse momento os tambores batem oito vezes (como se estivesse batendo em uma porta) ouve-se um grito forte e a música toma o seu rumo dançante, Tum,tis,Tum, Tum,tis,Tum. (risos) E viva a diversão galera! O resto é só felicidade e oxigênio, mesmo com a fumaça!

OBS: Por enquanto não foram localizadas outras versões para essa música. Não consta no encarte ou no cd a grafia do ano de lançamento do single. Deve ter sido simultâneo ao álbum, em 2000.
CD