quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Que fim levou Robin? - Aqui não tem Chanel (álbum)

Capa

Antes de falar no projeto musical do grupo Que fim levou Robin?, precisamos entender o contexto melódico ao qual ele pertencia. É necessário conhecer a estética musical de outros artistas semelhantes como os americanos do Deee-lite com as músicas “Groove is in the heart” e “Power of love”, os ingleses do projeto S´Express com as canções “Theme from express” e “Superfly guy”, as brasileiras do grupo Frenéticas e os sucessos “Perigosa” e “Dancin days”, os dinamarqueses do Aqua e os hits “Barbie Girl” e “Doctor Jones”, o grupo belga chamado Plaza que agitou a galera cantando “Yo-Yo” e “Hey-hey-hey”, entre outros exemplos musicais que também divertiram o povo nos clubes. Portanto, o QFLR? não estava sozinho e não fazia parte de um delírio urbano isolado. Seguindo a mesma linha de pensamento, é importante observar o movimento da Disco music e suas divas, o conceito de Dance music, e, o desenrolar da vida noturna nos clubes pop/alternativos mais descolados no mundo na década de 90. Pronto!
Encarte 

Agora sim, colocando as cartas na mesa, as pessoas poderão compreender a proposta e a estética musical do grupo brasileiro QFLR?; independente de crença, cor, opção sexual, idade, classe social e todos aqueles conceitos e preconceitos, que a sociedade adora ficar se comparando e se menosprezando. Portanto, não adianta falar do grupo QFLR? fora de uma explicação sobre o meio artístico/social, ao qual ele nasceu.
Contracapa

O projeto Que fim levou Robin? é reconhecido como o primeiro grupo comercial brasileiro, 100% voltado para a Dance Music e música eletrônica. Existe aquelas pessoas que trabalham o dia inteiro, ouvem todo tipo de lamentação e safadezas sociais, a corrupção política e as demais bobagens que se passam na sociedade? Pois é, nesse momento muitas pessoas dizem: Agora chega!!! Eu quero sair, beber, dançar e me divertir por algumas horas, sem ter a preocupação de ouvir canções voltadas para problemas sociais ou discurso de palanque! Então, nessa hora entrava em cena a diversão e a proposta musical do grupo Que fim levou Robin?
Detalhe do encarte

História

Em 1991 a gravadora WEA/Warner surpreendeu muita gente ao lançar no mercado brasileiro, um disco simples com o título Aqui não tem Chanel, de um grupo desconhecido da cena musical brasileira. Aliás, a proposta do QFLR? além de não seguir os padrões musicais tupiniquins (baixo-guitarra-bateria-percussão), ao mesmo tempo abraçava todos os tipos de público, que se esbaldavam nas festas e pouco se importavam na pista de dança, se os garotos não eram mais garotos ou se as garotas não eram o que deveriam ser.....
QFLR? em 1991. Imagem reprodução

Formado pelo Dj Mauro Borges, com a participação do Dj Renato Lopes e as backing vocals Bebete Indarte e Claudia, o QFLR? utilizava os apetrechos tecnológicos disponíveis no país, de acordo com a habilidade e conhecimento de seus integrantes e apoiadores. Em sua estreia, o grupo apresentou um álbum com letras provocativas, bem-humoradas e de duplo sentido. Ou, como a jornalista Erika Palomino escreveu no livro Babado Forte, lançado em 1999, pela editora Mandarim...

“...o grupo estava inspirado na estética do Deee-lite, no vídeo da música Deep in Vogue (de Malcolm Mclarem), na estilista Coco Chanel, na Madonna e no conceito “faça-você-mesmo” da cultura clubber....”,

Parte da cultura "clubber" tinha uma atitude musical, independente daquilo que a sociedade conservadora e doutrinada pensava ou deixava de pensar.
Dj Mauro Borges

As canções "Que fim levou Robin?" e "Aqui não tem Chanel" foram aceitas pelo público e o grupo conquistou fama nos clubes e nas principais emissoras de rádio pelo Brasil. O disco, que teve a produção de Dudu Marotte, também registrava uma ótima releitura da canção "Dancing Days" das Frenéticas, que foi gravada por elas originalmente em 1978, no auge das discotecas.
Dj Renato Lopes

Muitos fãs, Djs, colecionadores e parte da crítica musical atualizada, consideram o disco importante para Dance Music brasileira. Aliás, é um trabalho musical que todo o Dj brasuca deveria ter e conhecer. A equipe do blog lembra que na época de lançamento, o disco Aqui não tem Chanel do grupo QFLR?, preenchia um espaço vazio no meio de migalhas e remixes nacionais produzidos até então por meia dúzia de DJs brasileiros, apenas. 

O disco possui as seguintes faixas:

LADO A
1- Aqui não tem Chanel 4´07
2- Tia  3´27
3- Que fim levou Robin? 3´59
4- O rei e a rainha do shopping 3´30

LADO B
1- Dancin´ days  4´12
2- Sei lá não sei o que 3´32
3- Objeto de uso pessoal 4´08
4- A última caçada  4´35

* Além de ter sido lançado em vinil e em CD, na imagem seguinte podemos ver que o disco também foi editado em  fita K-7.
** A versão em CD possui uma faixa bônus com o remix da canção Aqui não tem Chanel (The sapucai mix).
Capa
Contracapa

*** Em 2014 foram lançados onze remixes da canção Aqui não tem Chanel. Para rever a resenha já postada pelo blog, clique aqui!

**** Ao clicar no link em destaque, (Programa batendo o prato / Mauro Borges) o internauta poderá ouvir e assistir a uma entrevista com o Dj Mauro Borges que conta detalhes de sua carreira e o trabalho do grupo.

***** Em outro link disponível no Youtube, o internauta poderá ouvir a participação do (QFLR no programa Novas Tendências), apresentado por Jose Roberto Mahr em 1991.

Quem nunca brincou de hedonismo?

“Abra as suas asas,
Solte suas feras,
Caia na gandaia,
Entre nessa festa....
Me leve com você,
Pro seus sonhos mais loucos..........”

As palavras em destaque fazem parte da canção “Dancing Days do grupo Frenéticas, que se tornou hino nos clubes e nas festas pelo Brasil. A composição exemplifica muito bem o que poderíamos chamar de momento “hedonista” do ser humano na pista de dança. Segundo psicólogos, a letra da música reflete (consciente ou inconsciente) uma atitude de celebrar o prazer supremo, o devaneio, a curtição ou até mesmo algo superficial e “politicamente incorreto”, como estilo de vida.

Da mesma forma que existem canções voltadas para o discurso de palanque, o protesto político, as mazelas sociais, a futilidade, o saudosimo entre outros; também pode ser observado a combinação de frases com influência “hedonista” em diversas composições musicais nacionais e internacionais. Na mídia tupiniquim (Rádio / jornal / revistas e TV)* a pessoa (profissional ou não) que falava sobre música, geralmente não possuía um olhar holístico sobre a musicalidade e suas variações como um todo. Quem perdia com isso era o público que formava uma opinião crítica limitada.

Geralmente, quem falava de rock, somente escrevia sobre grupos de música roqueira. Quem falava de sertanejo, só opinava sobre os artistas da linha musical sertaneja. Quem falava sobre Dance Music só sabia dizer se era bom ou ruim e assim sucessivamente. Refletir sobre conceitos musicais envolvendo vários estilos, era muito trabalhoso e até parte do público consumidor não conseguia compreender o óbvio. Imagine então entender aquilo que os seres humanos faziam e cantavam no seu dia a dia?

É claro que, passados 25 anos, muita gente vai torcer o nariz e dar gargalhadas ao assistir alguns vídeos espalhados na internet com apresentações do grupo QFLR? ao vivo. Alguns, inclusive, posteriormente viraram motivo de piada. Mas, tudo faz parte de uma estética dançante que existia lá no final do século passado. O grupo nunca foi uma superbanda musical produzida por mega produtores especializados. Era tudo feito de acordo com o dinheiro, o conhecimento e a tecnologia brasileira disponível, na época.

Por isso, que entre cobras e lagartos na cena musical mundial, a equipe do blog resgatou aspectos musicais hedonistas, que são inconscientemente praticados na composição de várias canções e estilos, desde "Start me up" dos Rolling Stones, passando por "Twist and shout" dos Beatles e chegando até o "Camaro amarelo" da dupla Munhoz e Mariano. De forma provocativa, para algumas pessoas a composição do QFLR? pode ser considerada fraca, mas todo mundo no meio musical tem culpa no cartório! Debaixo dos caracóis dos seus cabelos pode ser muito bom para caetanos da vida, mas, quem sabe, se não é dos carecas que elas gostam mais?

* (Não havia internet naquela época!)

** Agradecimento especial ao Dj Benno que colaborou com algumas imagens para ilustrar a postagem de hoje.


*** Se alguém ainda não entendeu o conceito de música + estilo + moda + atitude + dança do grupo Que fim levou Robin?, a equipe do blog escolheu o vídeo internacional do projeto Off-Shore com a música I can´t take the power (lá no Youtube tem) que mostra "explicitamente" qual era a vibe dançante da galera descolada, que frequentava os clubes entre 1988 e 1991.  Alguém poderá dizer: - Ahh mas é apenas uma dancinha!? - Mas ninguém disse que era diferente! Quem procura música de discurso ou música de palanque tem que voltar pra ditadura na década de 60!  

**** Essa resenha foi postada bem no dia de comemoração da independência do Brasil em 2016. 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Silvera - Canto remixes (single promocional)

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A vida toda, grande parte do Brasil acreditou na informação de que se alguma coisa faz sucesso no Rio de Janeiro ou em São Paulo, significa que faz sucesso no país inteiro. Mas, isso não é verdade! No passado recente essa situação era comum, mas agora com a tecnologia disponível a favor da comunicação exata e imediata, as pessoas começaram a perceber que a história é outra. Independente de Rio ou de Sampa, cada estado brasileiro possui luz própria. É claro, que existem emissoras de rádio que são mais importantes e exercem um poder midiático maior sobre a sociedade. Entretanto, nem todas as estações de rádio conseguem ou possuem o interesse de abraçar a pluralidade de artistas e estilos musicais brasileiros, cultuados em todo o território nacional. Simples assim. 

Estudiosos afirmam que essa situação seria um dos fatores para explicar o fato de que por melhor que seja o trabalho musical - se não houver empatia ou conhecimento do público - pouco vai adiantar produzir qualquer tipo de canção. Na mesma linha de raciocínio, ao observar diversos artistas que conseguem chegar o estrelato, podemos perceber que a "conquista" não significa que as celebridades irão obter o sucesso de forma plena. Mas, ele virá de forma parcial e confinado a um gueto de pessoas e a um tipo de classe social, apenas. Estudos sociais realizados entre a população brasileira, sugerem que não existe unidade musical no pais!
Contracapa

Nesse ambiente chegamos ao trabalho desenvolvido pelo cantor e compositor  Silvera. Em 2005 ele lançou pela gravadora TRAMA o álbum Silvera 2, que apresentava onze faixas com referências do R&B a Soul music.

Silvera produziu e compôs todas as músicas e, inclusive, tocou todos os instrumentos com exceção da faixa “Ninguém Mais”, que conta com a participação do maestro César Camargo Mariano, no piano. Naquele momento (2005), a gravadora distribuiu de forma promocional (2000 cópias) o CD single da música "Canto", com um total de sete versões bem interessantes. Quatro canções foram remexidas por Eddie Valdez & Fernandinho Dj e um remix foi assinado pelo pessoal do Vitrola All Stars, que era formado por Grand Master Ney, Silvinho e Tubarão SP. Atualmente, o cantor Silvera anda um pouco distante da cena pop e está se dedicando ao estilo musical Gospel. Para fãs e admiradores do cantor, o single destaca uma estética musical voltada para remixes em Drum´n´ bass e House. Vale pelo registro!

O single possui as seguintes faixas:

1- Canto (Original Version) 4:05
2- Canto (Vitrola All Stars Remix)  4:01
3- Canto (Eddie Valdez & FDJ Urban Radio Mix) 4:16
4- Canto (Eddie Valdez & FDJ Urban Mix) 5:47
5- Canto (Eddie Valdez & FDJ D&B Radio Mix) 4:14
6- Canto (Eddie Valdez & FDJ D&B Mix) 6:54
7- Canto (Eddie Valdez Latin Dub House Mix) 6:44

CD

Alguns remixes também foram editados de forma promocional em single vinil 12", como podemos ver nas imagens seguintes. 

LADO A

01 - Canto - original version 4´03
02 - Canto - versão acapela 4´00

LADO B

01 - Canto - Vitrola all stars remix 4´03
02 - Canto - Eddie Valdez & FDJ urban mix 5´48

Detalhe do vinil.  

sábado, 20 de agosto de 2016

Fat Family - Pra onde for, me leve / Fim de tarde remixes (Single promocional - Item de colecionador)

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O single de remixes das canções Pra onde for, me leve e Fim de tarde do  grupo Fat Family resgata dois momentos. No primeiro ele promove os remixes da música “Pra onde for me leve” e, no segundo, ele relembra os remixes da canção “Fim de tarde”. O qual, foi - logisticamente - mal distribuído entre as emissoras de rádio e entre os djs, na época em que o single individual foi lançado. O blog Brasilremixes já fez a postagem do promo da canção “Fim de tarde” e para rever clique aqui!

As duas músicas fazem parte do álbum “Pra onde você for, me leve” lançado em 2001 pela gravadora EMI-Odeon.
Contracapa

Em virtude do estilo melódico do Fat Family estar voltado para a Black Music, Soul, R&B e MPB, consequentemente, os remixes produzidos pelo pessoal do Hitmakers não apresentam surpresas e mantém as mesmas referências musicais que garantiram o sucesso do grupo, que em 2016 está comemorando 20 anos de carreira e trabalha na promoção da sua nova música chamada “Mexe esse pescoço aí”. Mas, essa é uma outra história.
Fat Family em 2016 / Reprodução

Para a felicidade dos colecionadores e fãs, o single registra as seguintes faixas:

1- Pra onde for, me leve - Original version 4´31
2- Pra onde for, me leve - Hitmakers sexy radio Edit 3´38
3- Pra onde for, me leve - Hitmakers sexy extended mix 4´32

4- Fim de tarde – Versão original 4´06
5- Fim de tarde – Original Cuti extended mix 5´09
6- Fim de tarde – Original Cuti edit mix 3´30
7- Fim de tarde – Cuti radio mix 3´07
8- Fim de tarde – Cuti extended mix 5´17 

CD

*Até o momento não há registro que este single tenha sido lançado em vinil.

** Na imagem seguinte você pode ver a capa do single promocional com a nova canção “Mexe esse pescoço aí”. 

domingo, 14 de agosto de 2016

Electronic promo 2005 - ST2 Records (compilação vários)

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Na primeira dezena do século XX o Brasil começava a colher alguns frutos musicais eletrônicos, que haviam sido plantados no final do século passado. A velha diretoria das gravadoras nacionais, aos poucos era substituída por novos olhares e novos ouvintes mais atentos ao desenvolvimento e a renovação do mercado musical brasuca.
Contracapa

Para quem buscava novidades na época,  podemos destacar a compilação ST2 Electronic promo 2005, que registra o trabalho musical de alguns brasileiros que faziam parte da gravadora ST2 Records. São eles: André Andreo, o projeto Benzina de Edgar Scandurra (banda Ira), Dj Mystical que também atendia pelo codinome Maracutaia e, Deeper & Pacific.
Andre Andreo / Imagem reprodução

Para curtir o Cd é importante que o internauta esteja familiarizado com a estética eletrônica e a dinâmica melódica ao qual o estilo se propõem. temos aqui uma compilação de sabores musicais variados que flertam como o Downtempo, House, Deep House, Future Jazz, Techno, Nu Bossa e Drum´n´bass. O trabalho possui ótimos momentos musicais que irão agradar a galera que gosta de canções voltadas para Lounges e Chill-outs.  
Dj Mystical / Imagem reprodução

A equipe do blog Brasilremixes constatou que a maioria das canções foram lançadas de forma oficial no mercado brasileiro, através de coletâneas produzidas pela gravadora ST2 Records.

A compilação apresenta as seguintes canções: 

01- André Andreo - South beach soul 4´38
02- Deeper & Pacific - São Paulo midnight 5´08
03- Benzina aka Scandurra - Dream pop (Eraldo Palmero remix) 6´57
04- André Andreo – Straight from the sky 4´23
05- Deeper & Pacifc – Disco magic 6´59
06- Macumba feat. Dj mystical – I kiss you 7´02
07- Deeper & Pacifc  feat. Luz Mariam – Levanta-te 4´48
08- Deeper & Pacifc  feat. Vanessa Falabella – Harmony (DSremix) 6´37
09- Benzina aka Scandurra – Orgânico eletro rock (Radio Edit) 4´11
10- Bassclash – Bassclash (Digital Skin remix) 6´22 */*       
11- Soul Slinger feat. Zaiana – Chemtrails 6´09 */*
12- Dj Mystical – Restful 6´48
13- André Andreo – Clouds 4´51
14 Maracutaia feat. Samuel Fraga – Camisa listrada 4´17

* Não há registro que a compilação promocional tenha sido editado em vinil.

** As melodias marcadas por um  (*/*) não são de artistas brasileiros.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Biquini Cavadão - No mundo da lua / Tédio remix (Single promocional - Item de colecionador)

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Alguns momentos na década de 80 registram a doce inocência do poprock nacional. Entre eles, podemos lembrar a passagem das canções Tédio e No mundo da lua, que marcaram o inicio de carreira da banda Biquini Cavadão. Estávamos em 1985, o rock e o poprock dominavam as paradas de sucesso nas principais rádios no Brasil e ao mesmo tempo, se transformava na linguagem musical da juventude.
Biquini Cavadão em início de carreira
Biquini Cavadão no tempo atual

Nessa época, o grupo Biquini Cavadão era o mais novo artista contratado da gravadora Polygram. A banda lançou um single 12" vinil para promover a canção No mundo da lua e o remix da canção Tédio.
Contracapa

Ambas as melodias são ótimas e tiveram uma repercussão comercial muito boa. O remix por sua vez, não apresenta surpresas e segue a estética bem característica de remixes roqueiros produzidos no país nos anos oitenta. De acordo com informações obtidas através do site oficial da banda, o remix foi produzido por Carlos Beni com palpites do Dj Memê. 

Lembramos que outro remix da canção Tédio foi lançado em 1998, na compilação que reuniu vários sucessos da banda remixados por vários Djs e que já foi postado pelo blog. Para rever clique aqui!  Mas atenção! O remix da canção Tédio de 1985 é diferente do remix da canção Tédio de 1998. 

O single possui as seguintes canções:

LADO A
1- No mundo da lua - 3´05

LADO B

1- Tédio (remix) - 3´30

* O single não foi editado em CD.

** Na imagem seguinte podemos ver a capa/contracapa do single 12" em vinil promocional simples, que foi lançado com a música Tédio na versão original. 

sábado, 30 de julho de 2016

Karla Sabah - Corações Psicodélicos remix (single promocional)

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A cantora Karla Sabah também marcou presença no cenário musical eletrônico brasileiro, com o ótimo álbum Drum´n´Bossa, que chegou ao mercado em 2004, pela gravadora Indie records.
Encarte

Nessa época, diversos gêneros de música eletrônica haviam ultrapassado as paredes dos clubes e agitam a programação diária de algumas emissoras de rádio pelo país. Quer dizer, ao menos naquelas emissoras que tinham profissionais e um público com posicionamento musical voltado para a contemporaneidade. O que, de certa forma, não era e não é uma característica unanime na sociedade brasileira, que sofre pela falta de compreensão do tempo e do espaço em que vive. Atitudes do tipo: Nasci no tempo presente, mas quero viver uma vida musical do passado ou nasci na cidade, mas quero viver uma cultura do campo e vice-versa.

É o típico problema enfrentado por várias pessoas sem posicionamento que querem sentar em várias cadeiras, mas no final acabam se sentando no chão.
Essa é uma realidade social corriqueira tão imbecil, mas tão imbecil, que a resposta mais plausível seria:

- Se era pra viver numa confusão de tempo e espaço, certas pessoas nem deveriam ter nascido. Gostar é uma coisa, viver é outra.

Continuando....
Contracapa

No mesmo ano, a cantora divulgou um single remix promocional da canção Corações psicodélicos.  A letra da música foi composta pelo cantor Lobão em parceria com Bernado Vilhena (ver cantor Ritchie) e Julio Barroso (ver Gang 90). A canção original virou hit no inicio de carreira da banda Titãs, lá na década de 80.  Ao regravar a melodia, Karla Sabah conseguiu fazer uma ótima releitura do antigo sucesso que até ganhou um belo remix em Drum´n´bass (Madzoo´s Kosmic Sessions) produzido pelo próprio Madzoo.

O single apresenta três faixas:

1- Corações psicodélicos (Versão original) 4´07
2- Corações psicodélicos (Mix Edit) 4´30
3- Corações psicodélicos (Madzoo´s Komic Sessions) 6´34
CD

* Existem poucas informações e pesquisas no meio acadêmico que falam e discutam sobre o tema: música X escravidão X imitação X cultura X raízes X sociedade X educação X desenvolvimento X tempo. Muitos estudiosos que falam sobre o assunto não fazem, didaticamente, uma associação e uma comparação de custo X benefício sobre o assunto.

** Existe um detalhe que poucos notaram, mas na comparação de imagens a equipe do Brasilremixes percebeu que existe uma edição promocional do Cd single, com foto de capa e contracapa diferentes. Na imagem seguinte, você pode notar que as cores são outras.

Capa e contracapa diferente do mesmo single 

*** Para a felicidade dos fãs e colecionadores, o remix principal do single foi incluído no álbum Drum´n´bossa.
  
*** Não há registro que o single tenha sido editado em vinil.*

sábado, 23 de julho de 2016

MUGOMANGO - Elétrico Brasil 2002 (álbum)

Capa

Todo o país que possui dimensões continentais como Brasil tem dificuldade em conhecer os artistas que produz e na música não é diferente. Na postagem de hoje, apresentamos o trabalho de MUGOMANGO. Quem entende e ouve música eletrônica como um todo, vai se surpreender com este álbum. Não se trata de um trabalho comercial ou alternativo cheio acordes musicais folclóricos misturados de forma superficial com texturas computadorizadas. O álbum possui atitude sem cair na repetição de fórmulas musicais meramente dançantes ou na tentativa de parecer moderno.
 
Arthur Joly /  Fotografia by (Gabriel Quintão)

MUGOMANGO é o nome artístico de Arthur Joly que além de produtor e compositor, também é multi-instrumentista. Figura conhecida e atuante na cena musical paulistana, Arthur lançou seu primeiro álbum com o título de Elétrico Brasil 2002, pela gravadora independente Reco-Head records.
Encarte 01
 
Encarte 02 a
Encarte 02 b

Mesmo que o Cd já tenha sido lançado oficialmente há mais de dez anos, a sonoridade das musicas não ficaram parecendo uma electro-disco-music saudosista. Em meio a diversas referências e estilos eletrônicos, o álbum passeia por ritmos brasileiros e adiciona um toque especial de contemporaneidade nas canções. Ao fazer uso de timbres sintetizados, MUGOMANGO, esbanja habilidade na produção, na criatividade e na masterização das 16 faixas que compõem o disco.
Contracapa

Além possuir uma sonoridade forte e de ter sido bem recebido pela crítica musical internacional, sem dúvida, para aqueles que acompanham o desenvolvimento da musicalidade eletrônica brasileira, a proposta do Cd marca território na lista de referências musicais eletrônicas mais importantes do país. Ouça à vontade! Recomendamos!

O álbum registra as seguintes faixas:

1- Elétrico Brasil 2002
2- Jazzy Mugo
3- Drum V.B.
4- Miles X Hermeto - 1º Round
5- Copa 70
6- Beewax
7- Jimmy's mines
8- Drum vagum
9- Quimica beat grool
10- Preta menina
11- A preferência nacional
12- Mugo trois
13- Domingo introspectl
Bonus tracks
14- Cambridge apt 42
15- Um whisky com vinil
16- Je suis um lac et tu me sec
CD
*Capa/contracapa da “luva” que acompanha o álbum.

** Para ouvir o Cd clique aqui

** MUGOMANGO acaba de lançar um novo álbum chamado Elétrico Brasil 3003, mas essa resenha vai ficar para um outra ocasião.