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terça-feira, 5 de abril de 2016

Sambaloco Espiritual Drum´n´bass vol. 1 (compilação vários)

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Chegar ao consenso para fazer a resenha crítica dessa compilação não foi tarefa fácil. Como em outras ocasiões, houve muito bate-boca e imposição de argumentos românticos em defesa da coletânea, dos artistas, da proposta musical, enfim. Mas não teve jeito. Parte da equipe do blog ficou revoltada com o resultado final das canções que fazem parte da compilação Sambaloco Spiritual Drum´n´bass vol 1.

O trabalho registra uma seleção musical que provoca amor e ódio ao mesmo tempo. Amor porque apresenta melodias para quem adora Drum´n´bass e ódio porque o título da coletânea não corresponde ao conceito das canções e o resultado não chega a ser tão espiritual quanto deveria. Ou seja, você cria uma interpretação e expectativa junto ao público, mas na prática, acaba frustrado.
Encarte 01

Ao ler Spiritual Drum´n´bass”, a equipe do blog imaginava um conceito melódico mais elaborado. Com mais criatividade e harmonia, com timbres musicais mais contemplativos entre outras qualidades. Porém, o que tinha tudo para ser sucesso, acabou se tornando apenas um punhado de canções repetitivas de Drum´n´bass, que representam uma grande batucada eletrônica. Aliás, já falamos em outras ocasiões que a música brasileira tem excesso de batuque e pouca melodia.
Encarte 02 

Quando os excessos prejudicam.....

Ué? Não somos um país tropical com influências africanas?

- Sim, sim, sim! Uma parte do Brasil é! Mas existe lugar para todos e não significa que as pessoas irão ficar a vida inteira batucando. Cuidado! Todos os excessos enjoam. Não significa que a vida seja uma pista de dança e que o mundo gire em torno do batuque. Lembre-se! É preciso fazer música para milhares de pessoas (consumidores) nos mais diversos estilos e preferências musicais. Tem gente que gosta de Drum´n´bass furioso e distorcido, tem gente que gosta de Drum´n´bass moderado e há pessoas que gostam de Drum´n´bass suave.  Se todo mundo copiar o mesmo conceito musical, a mesma velocidade, os mesmos timbres, etc...o ritmo logo cairá na mesmice.
Encarte 03 

Na década de 60/70 a música eletrônica sozinha não era nada. Nos anos 80, visionários já previam que o rock não iria se sustentar por muito tempo, então colocaram o conceito musical eletrônico para andar de carona com o rock. A mistura deu certo e alavancou a carreira de várias bandas roqueiras até hoje. Nos anos 90, a música eletrônica já era conhecida e capaz de cuidar de si mesma. Entretanto, ela também deveria ser variável dentro de seu próprio estilo. Mas, com a falta de visão no futuro musical, por parte de muitos produtores nacionais e artistas de conhecimento limitado, o sucesso do Drum´n´bass no Brasil, perdeu uma grande oportunidade de explorar o estilo em sua variedade e velocidade. Isto é, ao invés de explorar novos caminhos, a galera preferiu ficar na mesma estrada. Deu no que deu. Apesar do mercado internacional continuar produzindo todas as combinações melódicas possíveis que o Drum´n´bass pode proporcionar, o gênero no país, se tornou moda e atualmente são raros os djs brasileiros e programas de rádio, que ainda continuam tocando musicas nesse estilo.
Encarte 04

A equipe do blog esperava uma compilação com um ambiente musical mais elaborado e contemplativo, cujo o resultado se aproximasse de canções como: Something Always Happens (Doc Scott remix) do Art of Noise ou numa composição arrojada como em Horizons do LTJ Buken ou até algo mais sofisticado como Before Today (Adam F remix) do Everything but the Girl. Mas infelizmente, a compilação não mostrou nada semelhante. Bem ao contrário, parece uma competição de melodias iguais que disputavam entre si o mesmo público. 

Os protagonistas poderão argumentar que o objetivo não era fazer uma seleção sofisticada. Certo! Então o blog pergunta, quando vai existir uma compilação brasileira sofisticada e quando o músico brasileiro vai parar de fazer tudo igual aquilo que todo mundo faz? Enfim, não é por nada que na maioria dos balaios que vendem cds usados pelo Brasil, quando você fala em compilação de Drum´n´bass encalhada, é fácil encontrar a coletânea Sambaloco Spiritual Drum´n´bass vol 1.

A compilação apresenta as seguintes canções:

CD 1

1- XRSLand - TV Aquarium (Alpha Omega Remix) Remix 7´36
2- Drumagick – Tiquinho 6´17
3- Ramilson Maia - Pé De Pano 5´22
4- DJ Marky – Tudo 6´10
5- Mystical Works - Vanne's Work 7´53
6- XRSLand - Caionagandaia Featuring – Caio Bernardes, Fernanda Porto 6´54
7- Makako Project - Na Favela 6´53
8- Mikrob - Blue Note 4´23
9- Ramgui - Espírito De Amor 5´26
10- Cosmonautics - Karen (Heaven) Featuring – Junior  6´43
11- Prespeus - Conversa De Família Featuring – Fábio V 10´42
CD 2

1- DJ Will - A Cidade Parou 7´08
2- DJ Patife - The Vibes 6´14
3- O Discurso - Mr Pharmacist (Cosmonautics Samba Jazz Mix) 6´37
4- Loop B - Quatro Nuvens 4´37
5- Friendtronik - Red Pill 6´54
6- DJ Andy - A Mudança  6´47
7- O Discurso - Sertão (DJ Strech's Mix) 6´41
8- Anvil Fx - A Augusta Me Ama, Eu Também Não  5´13
9- Sinister - Cactus 4´53
11- Telefunqen - Genoma 6´53
11- DJ Koloral - Um Trampo 6´53
12- DJ Marnel- Yllek 6´37

* Não há registro que a compilação tenha sido lançada em vinil.  

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Que fim levou Robin? - Aqui vende chanel 2014 remixes (single digital)

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Até Que (en) Fim Levou Robin!!!

A frase poderia ser lida como se fosse um trocadilho com o nome da banda, mas dessa vez o objetivo é chamar a atenção do leitor e mostrar que depois de muito tempo - finalmente – acabam de ser lançados, novos remixes para uma das canções mais legais da banda Que fim levou Robin?

Formado em 1989, pelo DJ Mauro Borges (voz), DJ Renato Lopes (Dj), Claudia (look) e Bebete Indarte (backing vocals) o grupo alcançou o sucesso em várias rádios pelo Brasil em 1990. O projeto Que fim levou Robin?, com ponto de interrogação no final, é considerado a primeira banda brasileira de dance music comercial. Seus principais sucessos foram: “Aqui não tem Chanel” e a canção “Que fim levou Robin?”, que levava o mesmo nome da banda.

Após duas décadas desde o lançamento original,  a música Aqui não tem chanel”  teve sua composição rejuvenescida e recebeu uma nova interpretação ao se chamar Aqui “vende” Chanel 2014. Essa metamorfose musical pode sinalizar um novo caminho para a comportada vida noturna brasileira.

Os novos remixes de Aqui vende chanel 2014 são ótimos e foram produzidos por uma galera que não está preocupada em repetir o passado, mas sim, permanecer alerta para construir o futuro! Tem remix para quase todos os tipos de público e de festas. House, Deep house, Euro house, Tribal house e Techno são as principais referências utilizadas pela equipe de djs, que teve a responsabilidade de turbinar o antigo sucesso da banda! Os remixes servem para agitar programas de rádio voltados ao público dance e também para fazer as pistas de dança ferverem muito além do amanhecer! Altamente recomendado!

Este single apresenta as seguintes versões:

1- Aqui Vende Chanel 2014 (Mauro Borges + Alex Hunt Radio Mix) 3´28
2- Aqui Vende Chanel 2014 (Mauro Borges + Alex Hunt Original Extended Mix) 5´50
3- Aqui Vende Chanel 2014 (Cesar Machia Mix) 8´43
4- Aqui Vende Chanel 2014 (Edinei Oliveira Mix) 5´58
5- Aqui Vende Chanel 2014 (Robert Belli + Junior Loppez Mix) 5´00
6- Aqui Vende Chanel 2014 (Lacozta Mix) 7´11
7- Aqui Vende Chanel 2014 (DJ Mau Mau Mix) 6´10
8- Aqui Vende Chanel 2014 (Ramilson Maia Mix) 5´16
9- Aqui Vende Chanel 2014 (Ricardo Motta Mix) 6´08
10- Aqui Vende Chanel 2014 (Ronald Pacheco Mix) 6´50
11- Aqui Vende Chanel 2014 (Acapella) 5´48

* Não há informação referente a comercialização dos remixes. Porém, os leitores do blog podem ouvir todas as versões acessando a página Soundcloud, do DJ Mauro Borges, clicando aqui

domingo, 26 de maio de 2013

Ram Science Project - Pará (single remix)

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Hoje o blog está postando o EP da música “Pará” do produtor, remixer e Dj Ram Science aka Ramilson Maia. Relembramos aos leitores do blog, que o Dj Ramílson Maia se tornou conhecido no Brasil inteiro ao produzir a música de sucesso “Tem que valer” do Kaleidoscópio que ultrapassou fronteiras e chegou até  agitar uma parte da Europa em 2004. Durante esse período, o dj também esteve envolvido com diversos trabalhos musicais na cena eletrônica tanto no Brasil quanto em outros países.

O EP (extended play) - que mais parece um single - foi lançado e distribuído promocionalmente pela PUTZ RECORDS em 2011 e apresenta três versões da canção "Pará" que utiliza samples da música “Bicho papão” do artista Pinduca que faz parte da cultura regional e folclórica do estado do Pará com o ritmo Carimbó.

- Mas o que é isso afinal?

    "Ram Science utilizou uma base melódica eletrônica para mixar com ritmos folclóricos. É que grande parte do Brasil não está acostumada a evoluir e fazer diferente. Afinal, grande parte do Brasil está escravizada musicalmente a fazer "igual" ao passado. Como se fosse uma "honra" repetir e sapatear ao redor das raízes para agradar aos fantasmas que se foram. 
        
       A equipe do blog Brasilremixes não está desmerecendo a proposta do passado. Nós alertamos que as pessoas estão esquecendo que vivem num tempo presente e caminham em direção ao futuro. Portanto, quando muitas pessoas ouvem as mudanças musicais do nosso tempo, elas acham estranho. São pessoas queridas que se mantém presas ao passado e não perceberam que o mundo atual gira no tempo presente-futuro!"  É como diz aquela música do cantor Lulu Santos: 

      "...Nada do que foi será
         De novo do jeito que já foi um dia
         Tudo passa
         Tudo sempre passará...
."

De acordo com as informações postadas na página do produtor na internet, Ram Science Project é uma  performance audiovisual inédita em que Ramilson Maia interage com outros elementos no palco, apresentando novas músicas e remixes, trazidos de sua última turnê pela Europa.

Contracapa

Tanto a canção original quanto os remixes produzidos por Mad Zoo e pela dupla Deeplick e Rick Dub que também assinam o projeto Dub2Deep,  possuem uma boa pegada musical para a pista de dança ao utilizar timbres eletrônicos bem definidos com claras influências da House music  e do Techhouse,  digamos, quase progressivo. Sem dúvida, um dos pontos fortes deste single EP é a masterização e mixagem das melodias que seguem o mesmo nível de qualidade apresentada pelas canções e remixes dançantes internacionais.

Este trabalho apresenta as seguintes versões:

01 - Pará - RAM SCIENCE (Ramilson Maia Original MIX) 6´45

02 - Para - RAM SCIENCE (Madzoo BadNoise RMX) 4´04

03 - Para - RAM SCIENCE (Dub2Deep RMX) 4´38

* Para ouvir a canção original não incluída neste single clique aqui!

** As musicas deste EP podem ser adquiridas em sites que comercializam canções no formato digital.

*** Para assistir a uma entrevista muito interessante feita com o produtor Ramilson Maia sobre o seu trabalho,  clique aqui! 

****  Informações adicionais, dúvidas e contatos  podem ser feitos  através do site: http://www.putzrecords.com/emusic/events/11-ram-science-aka-ramilson-maia-para-ep-no-geracao-eletronica.html


 
Imagem divulgação

OBS: Atenção produtores de remixes no Brasil! Falta de qualidade prejudica a melodia!

"Ao ouvir a música deste single utilizando um bom equipamento de áudio, os leitores do blog Brasilremixes poderão observar que a canção é simples e a “vibração melódica” do remix no dancefloor ficou perfeita!

Porém, nem sempre isso acontece com os remixes brasileiros! É justamente a falta dessa “vibração” que muitas vezes criticamos alguns trabalhos de produtores brasileiros, que mesmo fazendo um bom remix o resultado acaba ficando péssimo. Logo, com a falta de qualidade e peso na masterização, um remix que era para ser tudo, acaba se transformando num remix fajuta e sem tempero." Cuidado!