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“O Cantor Tim Maia sempre gostou de festas. Realizou diversas e inesquecíveis, sempre acompanhado da banda Vitória Régia. Hoje você é dono da festa. Chegou a sua vez de fazer uma big festa com o Tim.”
A referida mensagem foi impressa no encarte do Cd que acompanha a coletânea de remixes do cantor Tim Maia. Neste trabalho musical, observamos boas ideias e ótimas vibrações para que os remixes pudessem fazer um grande sucesso. Porém, o que era para ser "tudo" acabou dando em quase nada. Lançado em 2002 pela gravadora Som Livre, a releitura de algumas canções que fizeram sucesso na carreira do cantor Tim Maia, foram produzidas e mixadas pelo DJ Memê com a participação de outros produtores como Dj Corello e Maurício Lopes.
Um antigo ditado popular nos lembra que é importante dar "tempo ao tempo". Dez anos após o lançamento do Cd, a equipe do blog fez uma nova audição dos remixes e constatou que a proposta das versões possui diversas referências melódicas, que giravam em torno do contexto musical no período em que o CD foi colocado à venda no mercado Brasileiro. Neste trabalho destacam-se pontos positivos e pontos negativos que serão comentados agora.
O álbum registra as seguintes canções:
1- Intro festa (Dj Memê) 0´37
Análise: Apenas uma introdução melódica para fazer ambiente na festa.
2-Vale Tudo (In my House Memê mix) 4´59
Análise: Essa versão começa muito bem e o Dj Memê utiliza elementos da house music para trazer um pouco da vibração musical pós-disco que influênciou vários artistas na área dance music em todo o planeta.
3- Acenda o farol (Memê´s Philly Flavormix) 5´14
Análise: Esse remix segue a mesma linha da versão anterior sem deixar a peteca cair e manter a festa em alta voltagem.
4- Você e eu, eu e você (M&M Electro-La mix) 5´36
Análise: Aqui o ouvinte pode conferir uma remixagem mais voltada para o conceito e menos para a pista de dança. Interessante, afinal nem todos os remixes tem o objetivo de serem dançantes.
5- Não quero dinheiro (Memê 2002 mix) 4´35
Análise: Nessa versão entendemos que a base musical não precisava ser tão apressada, mas respeitamos a criatividade e o conceito do remix. Como resultado temos uma grande melodia, mas não contagiou a galera na pista de dança, talvez por ter uma pegada meio Euro house com pitadas de Disco music. Vale pelo registro.
6- Sossego (The Underground Solution mix) 5´48
Análise: Bom remix para ser tocado na pista durante a mudança de ritmo ou para dar uma “segurada” no dancefloor. Possui referências do House com efeitos e sobreposições eletrônicas que podem lembrar a clássica versão da música K-Jee do M.F.S.B. remixada por Satoshi Tomiie! Recomendamos!
7- Você (The Blacksuit mix) 3´39
Análise: Essa releitura apresenta uma vibração mais calma com base no hip-hop e na Black music. Bom remix para ser tocado em programas de rádio ou naquela sessão flash back nacional voltando de carro pra casa por volta das 6hs da manhã!
8- Azul da cor do mar (Memê Meets Corello mix) 3´48
Análise: Outra remescla com levada hip-hop para dançar agarradinho fazendo charme e tudo que a sessão coruja permitir.....
9- Gostava tanto de você (Memê´s Liquid Kitchen Experience) 5´26
Análise: Remix com influências do drum n´bass. Poderia ter sido melhor, quem sabe na próxima.
10- Do leme ao pontal (Memê´s Febre mix) 5´18
Análise: Outro remix com características de drum n´bass. Ficou bem melhor que a versão apresentada na música anterior.
11- A festa dos Santos Reis (Maresias Club mix) 5´09
Análise: A ideia do remix foi boa, mas a levada “altamente Eurohouse“ não convenceu. Foi uma aposta do DJ Memê num remix diferente para quase tudo o que estava sendo produzido de remixes no Brasil naquela época. Mas esse tipo de remix com pegada quase “happy house” e ‘trance comercial” não deu em nada! Não são todas as melodias que combinam com esse ritmo, ainda mais se for cantada em português! Vale pelo registro.
12- Só mais uma vinheta 0´32
13- Não quero dinheiro (só quero amar) (Ibiza Sunset mix) 4´15
Análise: A equipe do blog discutiu, se debateu e lamentou muito sobre essa versão. E entre todos os equívocos, a equipe entendeu que esse remix foi uma tremenda furada porque ele não definiu o que era e desperdiçou uma oportunidade de ouro. A versão não é dançante, não é romântica, não é abstrata, não é conceitual, não é alternativa, enfim. Se o DJ tivesse optado por fazer uma versão lounge nos parâmetros de Café Del Mar, seria muito provável que a canção tivesse si tornado um grande sucesso internacional nessa área, como ocorreu com a melodia da música “Bob” do cantor Otto, que foi remixada por Edu K e que pelo conceito utilizado na produção do remix, fez com que a canção fosse incluída em dezenas de compilações internacionais de lounge e chill out. O nome do remix indicava “tudo”, mas o resultado obviamente não correspondeu a realidade da época. Quem sabe um novo remix no futuro! Lamentamos o desperdício porque nem sempre as oportunidades aparecem. Afinal, do jeito que parte da música anda, vai levar no mínimo mais uns dez anos para que talvez seja feita uma nova remixagem para esta música. Além do remix ter um outro entendimento, muitas pessoas não querem esperar até aos 60 anos de idade para curtir uma melodia que poderia ter sido feita agora!!!!!! Pense nisso!!!!
Detalhe da capa do CD
* Não há registro de que este álbum tenha sido lançado em vinil.
** Ainda é possível comprar esta coletânea de remixes nas melhores lojas de venda de Cds novos ou usados ou em sites que comercializam musicas no formato digital. Enjoy It!