Volume I
Lista de canções:
01 -
Mutante (Gui Boratto Rework)
02 -
Mania De Você (Dubdogz Watzgood Remix Radio Edit)
03 -
Cor De Rosa Choque (Mary Olivetti Remix)
04 -
Caso Sério (DJ Marky Latin Love Song Remix)
05 -
Lança Perfume (The Reflex Revision)
06 -
Vírus Do Amor (Krystal Klear Remix)
07 -
Doce Vampiro (Inner Soto Rework)
08 -
Mania De Você (Harry Romero Remix)
09 -
Saúde (Tropkillaz Remix)
10 -
Caso Sério (DJ Marky Drum And Bass Remix)
11 -
Atlântida (Renato Cohen Remix)
12 -
Nem Luxo Nem Lixo (Chemical Surf Remix)
A equipe do blog parabeniza a organização e
produção desse ótimo trabalho da cantora Rita lee, mesmo diante das divergências
de opinião que o resultado possa causar no público, fãs e amantes de Dance
Music. É importante compreender que os produtores escolheram – nesse momento –
o caminho certo. Isso significa que não adiantaria fazer remixes “apoteóticos”,
pois o público atual não iria se empolgar tanto quanto foram os remixes no
passado.
Não vamos negar que a nossa expectativa
“supervalorizava” os remixes desse projeto audacioso com três coletâneas
musicais do mesmo artista, sendo lançadas simultaneamente!!!!. A justificativa
ocorre por dois motivos. De um lado, sabíamos que as canções originais por si
só já eram boas. Do outro, também conhecíamos a capacidade dos djs e produtores
responsáveis pela releitura dos sucessos. Entretanto, durante a audição dos
remixes, percebemos que havia uma peça no quebra-cabeça melódico que não estava
se encaixando. Ou seja, é necessário que o ouvinte e os fãs tomem um “banho de realidade musical atual”, ao
acompanhar o que se passa ao nosso redor no tempo presente. Também é
importante sair da “bolha musical confortável
do passado”, que foi projetada pela estética de remixes dançantes nos últimos
30 anos.....
ANÁLISE DO TEMPO
A partir do ano de 2000 houve grandes mudanças que
mexeram no conceito musical de fazer, de ouvir, de perceber, de seguir, de
dançar, de curtir e de divulgar música. Vamos listar de forma rápida, alguns
momentos que fazem diferença:
- A migração do sistema de rádio de AM para FM:
Foi apenas uma mudança de tecnologia, masssssssssss,
se antes a FM ostentava uma programação musical vendida como diferenciada, urbana, “mais
evoluída” e sofisticada; com essa
mudança no sistema, a proposta musical usada pelas rádios AM bagunçaram tudo. Hoje é
possível ouvir lado a lado, na mesma frequência do rádio, músicas de 15º
categoria com músicas top de qualquer gênero musical.
- Houve uma ruptura no conceito de diversão
dançante:
A dance music saiu da pista de dança e ampliou seu caminho
dividindo-se em rave, em club, em bar e em lounge.
- Alguns aplicativos de celular, por falta de
negociação com as gravadoras, limitaram o acesso popular do catálogo musical
das décadas de 60-70-80 e 90.
Quem deseja fazer um vídeo PROFISSIONAL no
celular e colocar uma música do passado, vai ter acesso limitado ou vai ter que
se contentar com a lista musical atual DE MERDA!!!!!! gratuita, “pré-escolhida e formatada”, pelo interesse DE MERDA!!! dos criadores do aplicativo DE MERDA!!!.
- Radialistas se aposentaram ou foram substituídos
pela nova geração CONFUSA.
Isso significa que grande parte da juventude atual,
está agindo de forma “preguiçosa”, confusa, escrava e dependente do “número de
curtidas” de páginas de youtubers, instagramers e de pessoas que não viveram a
“vibe” (empolgação), das festas e das pistas de dança nos anos 80 e 90. Logo,
as referências musicais ou são inexistentes, ou ficaram no passado, ou são
relembradas de forma superficial e desorganizada. Em alguns casos, o passado foi
solenemente ignorado, para dar espaço a estética e a representatividade musical CONFUSA da nova geração, apenas por ser novo – independente se é bom ou ruim....
- O público atual passa/está passando pelo grave
problema causado pela pandemia do Corona vírus.
Com muitas limitações, o público ficou disperso e se
distanciou de qualquer tipo de festa, de clube e de rave. Ao permanecer
protegido em casa, as pessoas ficaram expostas a uma lista musical limitada ou determinada pelas emissoras de rádio e pelos
interesses particulares e limitados dos influenciadores digitais. Dessa forma, o público foi silenciosamente se
afastando e perdendo o jeito de dançar, de curtir, de ouvir, de ver os outros
dançarem, de estar em grupo e de brincar de fazer estilo, etc....
Ahhh mas tem os vídeos no tik tok e similares!!! Certo! Os vídeos nas redes sociais são localizados
e estereotipados. Os vídeos representam o jeito de dançar de pessoas, de grupos,
de guetos, de músicas coreografadas, de interpretações pessoais. O público
atual perdeu um pouco daquele sentido de dançar em multidão, com aglomerações que
havia antes da pandemia. Quem viveu intensamente
o “sentido club/rave de fazer festa na década de 90”, envelheceu e saiu da
pista, deixando a juventude com poucas referências! Portanto, os jovens não chegaram a observar o sentido de diversão
do público mais velho. Parte da nova geração está procurando um novo sentido
para as coisas e estão um pouco distantes e perdidos daquele conceito dance
club que era tradicional. Toda essa situação + o fato do conceito melódico do
lounge ter se misturado com a dance music nos últimos 20 anos, temos como
resultado diversos remixes atuais que puxaram o freio na velocidade. É provável
que daqui um, dois ou três anos a estética mude. Até porque os conceitos
estéticos musicais mundiais estão em constante metamorfose. Mas na linha
musical atual de clubes, rádios, bares, restaurantes e festas particulares, segue
o conceito dançante igual à proposta apresentada pelos remixes atuais da
cantora Rita Lee.
Volume IILista de canções:
1.
Nem Luxo Nem Lixo (The Reflex Revision)
2.
Lança Perfume (Vintage Culture & Bruno Be Remix / Radio Edit)
3.
Pega Rapaz (Eric Kupper Remix)
4.
Caso Sério (Phonique Vocal Remix)
5.
Baila Comigo (Leha & Eze Remix)
6.
Corre-Corre (Vivi Seixas Remix)
7.
Mania De Você (Rodrigo Ferrari Remix)
8.
Atlântida (DJ Meme Remix)
9.
Saúde (Beto Cury & Pedro Turra aka Clickbox Remix)
10.
Jardins Da Babilônia (João Lee Remix)
11.
Agora É Moda (The Reflex Revision)
12.
Caso Sério (Phonique Stripped Out Remix)
13.
On The Rocks (feat. Apollo 9) [Apollo 9 & Beto Lee Remix]
OS REMIXES
Com a pandemia sendo controlada, aos
poucos os clubes começam a reabrir e receber o público que até então estava
fechado no seu umbigo de proteção. A
proposta dos remixes das três compilações são bem legais e seguem a estética melódica
atual. É claro que o povo LGTQIA+ e o povo das raves continuam dançando,
curtindo remixes apoteóticos em várias partes do mundo. Mas para os clubs,
festas particulares, bares, restaurantes e o público em geral, os remixes
atuais então moderados e mais suaves. Por isso que, ao ouvir os remixes da
cantora Rita Lee nos três cds, não há todo aquele frenesi dançante ou
apoteótico, ao qual, estávamos acostumados, no passado recente.
A linguagem musical é bastante líquida. É provável
que amanhã, daqui um ano, ou mais, a proposta de remixes seja completamente
diferente e a vida segue o seu percurso.....
Melodicamente falando, para entender o que poderia
ser considerado apoteótico, underground ou club, vamos utilizar como exemplo uma
canção que todos conhecem. Ela se chama Dancing
days do grupo Frenéticas,
que ao longo dos anos passou por várias releituras.
Exemplo de remix apoteótico: Dancing days gravado pelo Ponte aérea.
Exemplo de remix underground: Dancingdays gravado
pelo grupo Que fim levou Robim?
Exemplo de remix pra rádio /club: Dancing days gravado pelo músico Lulu Santos.
As três interpretações da canção são ótimas, mas cada
uma possui uma vibração completamente diferente da outra. É isso que a equipe
do blog tenta explicar nessa resenha. Por enquanto, remixes “apoteóticos” estão
sendo feitos só pra tocar nas Raves ou nas festas para o público LGBTQIA+. Nos
outros ambientes, neste momento, o dance continua de forma mais comportada com
menos delírio.
Volume III
Lista de canções:
1.
Só de você ( Coppola remix)
2.
Pega rapaz (Gui Boratto & Junior C remix)
3.
Banho de espuma (Fatnotronic & Emmo remix)
4.
Nem luxo nem lixo (Reboot remix)
5.
Tabitati (Renato Ratier feat. Tqt remix)
6.
Shangrilá (Elekfantz remix)
7.
Lança perfume ( Alex Boman remix)
8. Saúde
(Dee:vision remix)
9.
Agora é moda (Cobblestone jazz remix)
10.
Mania de você (Gutti feat. Sarks remix)
11.
Chega mais (Diogo Accioly e Nuven remix)
12. Doce
vampiro (Kolombo rework)
13.
Caso sério (L_cio & Tessuto remix)
14.
Lança perfume (Filhos do Rock remix)
15.
Corre-corre (Ney Faustini remix)
16.
Atlântida (Alex Justino remix)
17.
Vítima (Morganna remix)
Vale lembrar que lá no inicio da década de 90,
diversas canções pop ou românticas foram transformadas em musicas dançantes.
Exemplos: - Please don´t go - Double You (versão original do KC
& The Sunshine band), Nothing Compares 2 U do Chyp-Notic (versão original da
Sinead O'Connor ) Ride Like the Wind do
Another Class (versão original do Christopher Cross), Baker Street do Undercover (versão original de Gerry Rafferty), Aways
on my mind do Pet Shop Boys (versão
original do Elvis Presley), Alive & Kicking do East side Beat (versão original do
Simple Minds), Smells Like Teen Spirit
da Abigail (versão original da banda Nirvana), ... entre outros.
Agora em 2020/2021 (30 anos depois), o dance parece
repetir o caminho ao contrário. Isto é, não em direção a música romântica, mas
misturado com o conceito melódico e contemplativo das canções feitas para o
ambiente de lounge. Porém, é fundamental perceber que amanhã a vibe dançante
poderá ser completamente diferente. E o recurso do remix possibilita novas
interpretações para acompanhar a metamorfose do tempo.
As três compilações estão a venda nas plataformas digitais. Divirta-se!