domingo, 29 de junho de 2014

Adriana Calcanhotto - Mais feliz remix (single promocional - item de colecionador)

Capa

Existem algumas canções remixadas de artistas brasileiros que o blog está formatando para serem publicadas em breve. Sabemos que os fãs e vários colecionadores estão aguardando as postagens com muita ansiedade. Contudo, lembramos que é preciso fazer o confronto de informações, entre os dados apresentados nos remixes oficiais, os remixes promocionais e os remixes não autorizados. Alguns singles foram lançados no Brasil, outros foram editados no mercado latino e outros ainda foram disponibilizados apenas no mercado internacional. Como o blog não vai fugir ou fechar a suas portas é preciso que os internautas tenham um pouco de paciência. Obrigado!
Adriana Calcanhotto reprodução

Hoje resgatamos um single promocional que passou despercebido pela galera. Trata-se da música Mais feliz da cantora Adriana Calcanhotto.  Este trabalho também poderia ser rotulado como “remix escondido”. Ou seja, um remix distribuído promocionalmente sem a devida promoção. A frase pode ser redundante, mas é a pura verdade. Não houve a divulgação necessária em torno do remix. Ao olhar simplesmente pela capa, não há nenhum sinal que chame a atenção do produto. Parece que a  melodia foi apenas editada em Cd e distribuída para algumas emissoras de rádio e para alguns djs como se fosse um objeto qualquer. Enfim....
Encarte

A música “Mais Feliz” foi composta por Dé, Bebel Gilberto e Cazuza (falecido em 1990) e regravada pela cantora Adriana Calcanhotto. Este single apresenta dois remixes + a versão original. O remix chamado “Dé e Jongui” segue um conceito musical comportado, utilizando referências melódicas do Downtempo com direito a atmosfera contemplativa – a galera que curte MPB adora!. A outra versão foi remixada por Suba (falecido em 1999) e possui uma textura mais eletrônica e um pouco mais balançada, mas não satisfatória – a ponto de agitar a pista nos clubes. Vale pelo registro e pelo diferencial na carreira artística da cantora.

Este single apresenta as seguintes faixas:

1- Mais Feliz – Versão álbum
2- Mais Feliz –  Remix by Dé e Jongue
3- Mais Feliz –  Remix by Suba

CD Remix

* Até o momento não há registro que os remixes tenham sido lançados em vinil 12” ou relançados como faixa bônus em álbuns e coletâneas da artista.

** Na sequência o internauta pode ver a imagem de outro Cd promocional simples, sem os remixes, que também foi distribuído pela gravadora Sony.

CD Simples

sábado, 21 de junho de 2014

Cidade Negra - Realidade virtual remix (single promocional - item de colecionador)

Imagem do Cd sem encarte

Ao transitar livremente entre vários estilos e conceitos musicais indo do reggae ao pop rock, em 1996 chega ao mercado brasileiro o ‘raro” single da canção “Realidade virtual”, da banda Cidade Negra.  Este trabalho não obteve o mesmo sucesso comercial alcançado por canções como: “SOS Brasil”, “O Erê”, “Onde você mora”, “A sombra da maldade”, “Pensamento” entre outros hits que fazem parte da carreira do grupo. Porém, não significa que a canção seja ruim! 

De forma simples, este single editado em Cd, foi distribuído pela gravadora Sony e apresenta dois remixes produzidos por Paul Ralphes + uma versão original e + a versão ao vivo. Mesmo que para muitos fãs a masterização da melodia tenha ficado fraca, tornando a canção um tanto “miúda”, a composição feita por Toni Garrido e Da Gama é bem interessante e conta com a participação da cantora Patra cantando em inglês. Para a equipe do Blog, o remix “Slackers mix2” é a melhor versão entre os dois remixes. Não há registro que o single tenha sido editado em vinil 12” remix. A canção original foi oficialmente lançada pela banda em seu 4º álbum de estúdio chamado “O Erê”.

Este single apresenta as seguintes faixas:

1- Realidade Virtual – Álbum version   4´02
2- Realidade Virtual – Ao vivo  5´35
3- Realidade Virtual – Slammin Mix2+  3´51
4- Realidade Virtual – Slackers Mix2+  3´17

* Existe outro remix oficial para a canção "Realidade Virtual" que foi produzido pela galera do ASWAD e lançado no Brasil em 1999 num álbum duplo com os principais sucessos da banda. A coletânea foi chamada de HITS & DUBS”. No ano seguinte, o mesmo remix também foi incluído em outra coletânea do grupo que apresenta diferentes versões das musicas originais, que foram editadas no estilo musical de “DUB”. Esta compilação foi disponibilizada apenas no mercado internacional.

Capa do álbum “Hits & Dubs” versão brasileira (Cd duplo ou Cd simples)

 
Capa do álbum “Dubs” versão européia (Cd simples)

sábado, 14 de junho de 2014

Skank - Mandrake e os cubanos / The Memê´s Mixes (single promocional - item de colecionador)

Imagem do Cd sem encarte

Lançada oficialmente no álbum “Siderado”, a versão normal da canção Mandrake e os cubanos da banda de poprock Skank, fez bastante sucesso nas rádios comerciais pelo Brasil. Porém, quando o remix da música tocava, ninguém sabia explicar de onde havia surgido a versão. “Foi engraçado, de repente ela apareceu na programação de nossa rádio e se espalhou em meio a cópias piratas entre djs e outras FMs, que também queriam tocar a versão para atender aos pedidos dos ouvintes”, lembra um comunicador de uma famosa rádio em São Paulo, que não quis se identificar.
Skank - Imagem reprodução

Essa situação não é novidade para a equipe do blog, que já está acostumada com a falta de informações sobre os remixes nacionais, que agitam o povo nas pistas e nos programas de rádio voltados ao público dance. A principal dúvida relacionada a melodia, era se ela tinha sido lançada oficialmente ou se era um remix montado em computador no fundo de quintal. Entretanto, para a felicidade dos fãs e do público, a equipe do blog Brasilremixes conseguiu localizar um exemplar do remix, que foi editado num Cd promocional, sem encarte e sem alarde. O single foi distribuído pela gravadora Sony Music em 1998.
Detalhe do Cd 

Trata-se do que poderíamos chamar de “remix escondido”. Ou seja, um remix produzido oficialmente, mas com pouca divulgação. Outros artistas brasileiros também passaram por algo parecido e já tiveram suas músicas remixadas e distribuídas num formato promocional simplório.  Porém, lembramos que é alguma coisa no meio do nada!
Detalhe do Cd 

O single remix  da canção Mandrake e os cubanos foi produzido pelo Dj Memê e apresenta um total de quatro versões. O conceito utilizado no remix principal "Memê´s pop dance mix" é bem simples, levemente dançante e comercial. Uma versão sem muitos efeitos e boa para tocar em programas de rádio. Na pista talvez funcione durante a sessão de música pop brasileira. Nada mais que isso! A outra versão chamada “Special for Dj´s dub” é uma variação do remix principal sem os riffs de guitarra na primeira parte da melodia. Na sequência temos as versões “TV Track” e “Instrumental”, que seguem o mesmo conceito dos remixes anteriores, mantendo apenas a base instrumental sem os vocais.

Este single apresenta as seguintes faixas:

1- Mandrake e os cubanos – Memê´s pop dance mix  4´36
2- Mandrake e os cubanos – Special for Dj´s dub  4´36
3- Mandrake e os cubanos – TV Track  4´36
4- Mandrake e os cubanos – Instrumental  4´27

* Não há registro que o single tenha sido editado em vinil 12” remix.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

AD - AD (CD álbum) Item de colecionador

Capa

Mais que o simples fato de deixar o nome gravado na história da música eletrônica brasileira, a dupla “AD” formada por Jarbas Agnelli (teclados e programação) e Waldo Denuzzo, (baixo e guitarra) apresentam um trabalho ousado e bem interessante ao experimentar novas texturas musicais sintéticas que trazem um pouco de rebeldia sonora ao ambiente pirotécnico dos clubs.
Capa alternativa

Lançado em 2000 pela gravadora TRAMA, no álbum de estreia (o único oficial até o momento), nota-se uma influência melódica bem forte que vai do Techno ao Broken Beats do tipo “Chemical Brothers e Proppelerheads”, com a utilização de colagens musicais, riffs de guitarra raivosos e um ambiência melódica tipicamente underground, repleta de loops musicais sobrepostos e distorcidos.

Entre várias melodias, o álbum apresenta um total de 12 faixas com direito a bônus track, trazendo um bom remix para a canção "A semana", que muitos consideram a versão mais pop e mais confortável do álbum inteiro, para ser ouvida por pessoas mais sensíveis, digamos assim.  O trabalho também traz a participação especial da cantora Fernanda Young que colabora nas canções “Plástico” e Tools;  e do cantor Márcio Mattos que participa da música “A noite inteira”.  
Encarte 01
Encarte 02
Encarte 03
Encarte 04
Encarte 05

Este álbum apresenta as seguintes melodias:

1  AD-20 (Keep Going)            
2  AD-27 (Get Down)           
3  AD-13 (Impulsos Incontroláveis)            
4  AD-17 (A Noite Inteira)            
5  AD-8 (Contact)           
6  AD-7 (Plástico)            
7  AD-2 (Tools)            
8  AD-22 (Rangido Ritmado)            
9  AD-6 (Piscina)            
10  AD-18 (What In Hell Is They Want?)            
11  AD-25 (Blá, Blá, Blá.)            
12  A Semana (Remix)

Contracapa
CD

* Ainda é possível adquirir este álbum em lsites que comercializam musicas no formato digital ou em lojas de discos usados.

** Não há registro que este trabalho tenha sido editado em vinil.

*** Para algumas pessoas “AD” é a abreviatura de “Anno Domini”, expressão em latim que significa - In the year of the Lord - “No ano do Senhor”.  

domingo, 1 de junho de 2014

Edson Cordeiro – Clubbing (CD álbum)

Capa 

Hoje revisitamos o álbum “Clubbing’ do cantor Edson Cordeiro, que foi lançado em 1998 pela gravadora Sony. Neste período o Brasil passava por um momento importante na música eletrônica. De acordo com pesquisadores, o aprimoramento tecnológico na concepção musical eletrônica se disseminou na cultura popular brasileira, a partir de 1995 e durou de forma contundente durante dez anos (até 2005). Desde então o estilo tem se estabelecido com normalidade.

- Mas qual foi o parâmetro utilizado nesta análise?

Didaticamente falando, haviam diversos gêneros musicais que conhecemos funcionando a todo o vapor no país. Ao mesmo tempo alguns desses trabalhos foram elaborados com bases eletrônicas e estavam sendo lançados no mercado brasileiro de forma tímida. Como evoluir é inevitável e o desenvolvimento também passa pela musicalidade em todas as partes do mundo, já era hora do Brasil explorar um novo conceito musical mais tecnológico e menos bairrista.

- É óbvio que o movimento cultural e tecnológico brasileiro foi influenciado pelos ventos de desenvolvimento sonoro, vindos de culturas mais independentes e evoluídas de outras partes do mundo. Se dependesse exclusivamente dos brasileiros e de uma "luz divina", o desenvolvimento não iria acontecer. Muitas pessoas são acomodadas e preguiçosas! Lamentamos dizer isso! Mas contra fatos não existem argumentos.   

Dessa forma, a partir da metade da década de noventa (1995) começou a surgir uma grande agitação de artistas brasileiros envolvidos com o conceito musical eletrônico. Essa característica foi se desenvolvendo ao longo dos anos e abriu caminho para novos talentos e novas concepções musicais que seguem o modelo de vida atual. Houveram diversas apresentações, debates e conferências envolvendo o trabalho de cantores, bandas e djs nacionais e internacionais. As raves e as festas ao ar livre tomaram conta e agitaram a galera em grande parte do país, até a metade da primeira década de 2000 (2005). Aos poucos o estilo eletrônico de fazer música foi se popularizando e atualmente já está inserido no contexto musical brasileiro.

Egoístas musicais

Pode parecer prático, mas o caminho não foi tão simples assim. Havia uma “tranqueira musical egoísta e ditatorial“ sustentada por várias pessoas em diversos seguimentos da cultura do passado e nos bastidores musicais brasileiros.  O desdém para com a música eletrônica, incluía pessoas que trabalhavam na mídia em geral e em algumas gravadoras – que tentavam a todo custo, menosprezar a musicalidade eletrônica no Brasil.

Fato semelhante ocorreu também no final da década de 60 e nos anos 70 quando, por exemplo, o rock´n´roll foi acusado de aberração satânica frente aos moldes sociais praticados na época. Parte da velharia musical acomodada chegou a descrever o rock como sendo “anti-cristo” apocalíptico!! Quando na verdade era apenas um tipo de sonoridade musical diferente. Pesquisadores afirmam que foram tempos em que as interpretações populares revelavam o medo, a falta de informação, a falta de desenvolvimento, o egoísmo e o preconceito de parte do Brasil em relação a tudo que era diferente do seu costume musical, pré-doutrinado e policiado por algumas pessoas que atuavam junto ao poder político cultural do país.  

Após 2005, a utilização de elementos musicais que abraçam a estética melódica eletrônica continuou de forma normal. Porém, algumas pessoas no Brasil ainda confundem timbres eletrônicos com música dançante superficial. Para se ter uma ideia, no continente europeu, a sonoridade eletrônica já existe na forma popular desde a década de setenta e possui estatus de música erudita.  Os mais velhos respeitam o desenvolvimento e o gosto musical dos mais jovens – o que não ocorre no Brasil, infelizmente.  Nos países europeus, diversos artistas conceituais, alternativos, comerciais e undergrounds já se esbaldaram em meio a timbres e blips eletrônicos. 

Contracapa 
O álbum de Edson Cordeiro não traz o perfil de ser uma obra-prima. Também não é comercial ou dançante, mas registra um trabalho musical simples e experimental ao utilizar o conceito eletrônico de forma inteligente.  Muito bem produzido pelo aclamado produtor (SUBA), falecido em 1999, as melodias transitam de forma harmônica entre bases do downtempo, passando pela música pop e abraçando a ambient music com algumas doses bem suaves de drum n´bass.

Além de cantar em inglês e em português, Edson Cordeiro faz uma boa releitura de canções como “Mercedes Benz” (Janis Joplin), “Menino do Rio” (Caetano Veloso), “Oye como vá” (Tito Puente) e “Lovin´you” (Minnie Riperton). Tudo é claro, embalado numa estética sonora eletrônica bem diferente aos padrões musicais brasileiros vividos em 1998. Por fim, os fãs e ouvintes são presenteados com dois remixes para a canção “Ave Maria”. Um deles foi produzido pela dupla “Thievery Corporation”, que recentemente lançaram o ótimo álbum chamado “Saudade”. O outro remix ficou sob a responsabilidade do pessoal do AD, que desapareceu de cena nos últimos anos.  Não é um trabalho que vai mudar a vida das pessoas, porém merece ser ouvido no quesito de conhecimento e história musical.
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O álbum apresenta as seguintes canções:

1 Nightclubbing  3:30 
2 Nada  3:32 
3 A Saída  4:44 
5 Menino Do Rio  4:31 
6 Até O Fim Do Mundo  3:35 
7 Oye Como Vá  3:49 
8 Sometimes I'm Happy  3:31 
9 Viúva Negra  3:49 
11 You Make Me Feel Like Dancing  3:57  
12 Voz  5:50 
13 Ave Maria  4:59

CD

Na sequência você pode ver as imagens do single promocional raro editado em vinil 12" remix, que foi distribuído pela gravadora Sony em 1998. O single apresenta os dois remixes para a canção "Ave Maria" + a versão original da música "Oye como va". Lembramos que os remixes "AD Remix e AD Version" são iguais, apenas mudaram de nome. 

Sleeve 
LADO A
1- Ave Maria (Álbum version) 4´59
2- Ave Maria (Thievery Corporation remix) 4´00

LADO B
1- Ave Maria (AD Version) 4´50
2- Oye Como Vá  3´49 

* Não há informação que este álbum tenha sido editado em vinil. 

** Ainda é possível adquirir o álbum em lojas que comercializam musicas no formato digital ou em lojas que vendem discos usados. 

domingo, 25 de maio de 2014

Daniela Mercury - Só pra te mostrar remix (single promocional - item de colecionador)

Capa

A música “Só pra te mostrar” da cantora Daniela Mercury foi uma das canções que fez muito sucesso em escala comercial, no início da carreira da artista. O single da canção foi distribuído promocionalmente para alguns djs e algumas rádios pelo país em 1992, pela gravadora Sony. Porém, muitas pessoas afirmam que a versão apresentada neste single não se trata de um remix - de acordo com os padrões dançantes aplicáveis aos clubes no formato como conhecemos. Isto é, o single apresenta uma melodia um pouco diferente da versão original, incluída no álbum O Canto da Cidade, também lançado no mercado internacional  no mesmo ano. 

Este single destaca a ótima versão (Extended mix), que é uma melodia mais extensa e melhor desenvolvida que a composição original, para que a música seja apreciada por mais tempo. Nessa versão observam-se arranjos musicais progressivos ao iniciar a música em “fade in”, que dão ênfase aos vocais da cantora e consequentemente abraçam a melodia como um todo. Em seguida, temos uma versão editada (Edit mix) também conhecida pelo nome de “Soul mix” - que segue a mesma linha da versão anterior- porém foi editada para tocar em programas de rádio. E por fim, chegamos a versão original (Lp version).
Contracapa

É importante entender que mesmo não se tratando de uma melodia super dançante, a canção possui alguns elementos que podem ser classificados dentro da estética do remix.  Dessa forma, muitos fãs, colecionadores e parte do público em geral definem a canção como se fosse um legítimo remix. A música foi produzida por Liminha, remixada por Nino Carlo e Rodrigo Kuster e conta com a participação do cantor Herbert Vianna da banda Paralamas do Sucesso.

Este single possui as seguintes faixas:

1- Só pra te mostrar – Extended mix 6´33
2- Só pra te mostrar – Edit mix 4´56
3- Só pra te mostrar – LP version 3´55

* O single foi lançado em Cd e em Vinil 12”.

** As imagens do Cd single foram gentilmente cedidas por Robson Tedesco.

*** Com sorte, este single poderá ser encontrado à venda em lojas de discos usados ou com colecionadores.  

sábado, 17 de maio de 2014

Eletrodomésticos / Dr. Silvana & Cia remix (promocional - item de colecionador)

Capa

Visitando a década de oitenta encontramos o single promocional editado em vinil 12”, que apresenta remixes das canções “Choveu no meu chip” da banda Eletrodomésticos e “Serão extra” da banda Dr. Silvana e Cia. A primeira canção, possui forte influência de conceitos eletrônicos que se enquadravam no estilo chamado de techno pop (expressão musical que ainda estava em construção), porém também era incluída no conceito definido como New wave ou Synth pop.  A outra música pegava carona no poprock (nem tanto rock e nem tanto pop) que foi uma combinação melódica de grande sucesso na década de 80. Independente de estilo, as duas canções obtiveram êxito em várias emissoras de rádio e em programas musicais de TV pelo país. O single foi distribuído em 1985 pela gravadora CBS e alguns clubes brasileiros até chegaram a tocar os remixes nas danceterias. 

Entretanto, nem tudo é fácil como as pessoas imaginam. Lembramos que o Brasil tinha saído da ditadura cultural do passado, mas o passado continuava presente no pensamento de parte da população, que cultivava uma espécie de "hojeriza" contra o desenvolvimento e a tecnologia musical. Para muitas pessoas daquela época, a música brasileira tinha que ser um representante do "discurso de palanque revolucionário" contra tudo e contra todos. Fazer música como diversão era coisa de carnaval e não merceia crédito!  Por essa percepção, resgatamos um depoimento feito por um dos integrantes da banda Eletrodomésticos que diz:

“Fomos uma das bandas promissoras da New Wave  que não tiveram oportunidade das grandes gravadoras nacionais, porque nos achavam futuristas demais com os sintetizadores Kraftwerkianos, mesmo tendo sido uma das músicas mais tocadas no Brasil no verão de 86, chegamos até o clipe do programa Fantástico da rede Globo de TV que era o topo do rock nacional na época!”

Eletrodomésticos / reprodução

A banda Eletrodomésticos era formada originalmente por Ricardo Camillo (vocais), Luciana Araujo Lumyx (teclados e backing vocais), Guilherme Jardim e Manfredo Jr. (Guitarra), com a participação especial de Bruno Araújo no baixo e Kadu Menezes na bateria. 
Dr. Silvana & Cia / reprodução

A outra banda se chamava Dr. Silvana e Cia e tinha em sua formação original, Ricardo Zimetbaum (vocais), Cícero Pestana (guitarra), Jorge Soledade (baixo) e Edu (bateria). 

Este single apresenta as seguintes faixas:

LADO 1
1- Eletrodomésticos- Choveu no meu chip remix  5´09

LADO 2
1- Dr.Silvana & Cia – Serão extra  5´39

CONFUSÃO MUSICAL

De forma errônea, muitas canções populares foram classificadas pela mídia brasileira no conceito musical do rock. O fato de a mídia ser produzida por pessoas de conhecimento limitado propagou a confusão musical de norte a sul do país. Estilos e conceitos musicais eram tratados ao bel prazer de cada um por vários motivos como:

- Falta de informação musical em todos os níveis sociais
- Generalidade (qualquer estilo musical de apelo jovem era incluído no rock)
- Simploriedade (é tudo a mesma coisa)
- Praticidade (falta de tempo para explicar quem era quem)
- Preconceito musical (esse tipo de música não faz parte do meu convívio)
- Medo (mas que droga de música é essa agora!?)
- Moda (em seis meses já foi!)
- Radicalismos (eu só sei falar de rock e MPB!)
- Tradicionalismos (desenvolvimento e tecnologia não fazem parte do Brasil!)
Entre outros....

* Ambas as bandas possuem alguns integrantes originais que já faleceram.

** As canções foram remixadas pelo “DJ Careca” e foram incluídas na coletânea musical chamada Dance Mix vol. 2, oficialmente lançada pela gravadora CBS (atual Sony) em 1985.

*** Não há registro que os remixes tenham sido lançados em Cd.