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domingo, 4 de outubro de 2015

Daniela Mercury - O canto da cidade remixes (Single importado - Item de colecionador)

Capa

Na época de lançamento do disco, a equipe do blog nunca ouviu o remix da canção O canto da cidade, ser tocado no rádio e raros foram os Djs brasileiros, que tocaram a versão dançante nas festas e nos clubes. Até mesmo, naqueles programas de rádio direcionados ao público dance, não houve a divulgação do remix nem por curiosidade. Também pudera! Os remixes oficiais da canção O canto da cidade, não foram editados no Brasil. O single em vinil 12” remix, foi lançado pela gravadora SONY - em 1993 na Europa, América do Norte e em alguns países na America Latina. 
Daniela Mercury / reprodução

No início da década de noventa, a música pop brasileira continuava em transformação. O “rock total” de grande sucesso nos anos 80, já não era mais tão atraente aos ouvidos da juventude, que buscava novos ídolos – independente de estilo musical.  A MPB tinha o seu clubinho fechado e longe de modernidades. As periferias do país – musicalmente abandonadas e excluídas, se viravam do jeito que dava. Isto é, de acordo com o desenvolvimento educacional que tinham acesso e interesse, bem como, de acordo com as possibilidades financeiras. Na esfera rural, representantes do campo defendiam o território levantando o escudo de defesa dos ritmos regionais saudosistas repletos de romantismo piegas. Uma situação orquestrada por atitudes de pessoas, que estavam presas na concepção cultural do passado, na simploriedade da vida, no sofrimento e na satisfação de agir dessa forma, apenas. 

Coisas do tipo: Para entrar no céu o importante é ser simples. Afinal, pessoas sofisticadas não poderão entrar no céu..... (Típico pensamento social de alguns brasileiros que confundem educação com religião) Ou seja, se as pessoas irão entrar no céu é por elas terem praticado boas ações e não pelo fato de serem pessoas simples, apenas!   

Piegas: O termo "piegas" é normalmente aplicado a uma pessoa sentimental e que se emociona com facilidade. Um indivíduo que passa a vida se lamentando ou se queixando de tudo o que acontece ao seu redor. 

Contracapa

Muitas vezes, alguém poderá ter a impressão, que o Brasil vive numa bolha musical particular – esse entendimento não está totalmente equivocado! Na prática, o Brasil vive a sua história de acordo com seu desenvolvimento intelectual. Com algumas exceções, o país cultiva um ambiente formado por músicos e por grande parte da população de conhecimento raso. Onde a tecnofobia, a preguiça, a confusão de sentidos e a falta de esclarecimento dominam. Podemos perceber, que o Brasil tenta exportar um produto musical, ignorando o fato que os consumidores de uma parte do planeta, já estão sofisticados e educacionalmente desenvolvidos.

Pesquisadores apelidaram essa situação de vencer o público no cansaço – ou seja, muitos líderes culturais, nos mais diversos setores artísticos, defendem que é assim que nós somos (simplórios) e assim devemos agir de forma constante! Algo parecido com a atitude dos tradicionalistas lá no estado do Rio Grande do Sul! Os quais boicotam o desenvolvimento musical, sem se preocupar com qualquer tipo de questionamento, enquanto a  população acaba sendo doutrinada para se contentar com migalhas, pensando que é o suprassumo! Lamentável.....
Detalhe da contracapa do single

Portanto, resumindo o ambiente musical brasileiro descrito no parágrafo anterior, a canção “O canto da cidade” da cantora Daniela Mercury, se tornou um megassucesso nacional em 1992/1993. Naquela época, uma parte do público já estava enjoado com a atitude roqueira pós anos 80. Ao mesmo tempo em que o regionalismo rural se fortalecia, muitas pessoas ficaram indiferentes com a obviedade poética da MPB e na falta de desenvolvimento, permaneciam distante dos beats eletrônicos. A musicalidade urbana nas periferias, não convencia a população e a classe midiática do centro do país, passava as férias no nordeste brasileiro (terra natal do Axé Music).

Ascensão da Axé music no Brasil

O movimento musical do Axé Music era sucesso na região nordeste do país e apesar de ter sido criado na década de 80, somente a partir da década seguinte (com a ajuda da mídia brasileira), conseguiu chegar ao estrelato. Na prática, profissionais da mídia que passavam férias na região, procuravam algo que fosse atrativo, empolgante e diferente para ser mostrado nas grandes redes de TV. Então, unindo o útil com o agradável, parte da mídia acostumada com festas de carnaval, ficou deslumbrada com a vibração sonora da região e acabou projetando as novidades musicais para o Brasil inteiro. Dessa forma, a cantora Daniela Mercury junto com outros artistas como: Olodum, banda Cheiro de Amor, Araketu, banda Eva (Ivete Sangalo), Carlinhos Brown, Chiclete com Banana, Márcia Freire, banda Mel, Asa de Águia, Netinho, Luiz Caldas, Timbalada, Margareth Menezes, Reflexus entre outros, se tornaram a nova cara da música popular do país. É importante lembrar, que no meio musical existe uma regra que afirma: "Vence o artista ou estilo musical que conseguir reunir o maior número de pessoas a seu favor, como se fosse um político!"

OS REMIXES...

O single apresenta doze faixas e onze remixes. Uma das características mais legais dos remixes é que as versões fogem do contexto original, ao reconstruir a melodia, proporcionando uma nova perspectiva musical da canção. O conceito melódico utilizado pelos djs e produtores Roger Sanchez, Direct Hit e Murk Boys, contempla referências da House music, com nuances – é claro – de Tribal House, Latin House e da Italo house. Quando a equipe do blog começou a procurar na internet o áudio dos remixes, para ilustrar a postagem, ouviu gargalhadas e comentários dizendo: - Imagine se você vai conseguir um remix produzido há 23 anos?? É verdade, não conseguimos localizar o áudio de todos os remixes, mas de alguns, sim!

Lembramos aos leitores de primeira audição, para não se assustarem com os remixes, pois eles registram uma época bem diferente das produções atuais.  

O single duplo em vinil 12” possui as seguintes versões:

LADO A
A1 O Canto Da Cidade (Radio Mix) 4:33
A2 O Canto Da Cidade (Ultimate Club Mix) 6:54

LADO B
B1 O Canto Da Cidade (Murk Boys Miami Mix) 4:35
B2 O Canto Da Cidade (Original Version) 3:22
B3 O Canto Da Cidade (Ultimate Dub) 6:48

LADO C
C1 O Canto Da Cidade (Radio Groove) 3:33
C2 O Canto Da Cidade (NU Solution Dub) 6:06
C3 O Canto Da Cidade (S-Man's Tribal Bonus) 5:07

LADO D
D1 O Canto Da Cidade (Murk Boys Habana Mix) 5:03
D2 O Canto Da Cidade (Direct Groove Mix) 5:40
D3 O Canto Da Cidade (Oscar G's Dope Mix) 3:35

* Não há registro que os remixes tenham sido lançados em CD.

** Na imagem seguinte podemos ver a capa do single promocional americano com os mesmos remixes apresentados pelo single comercial.
*** Justiça seja feita! Se a versão original empolgou o Brasil inteiro, infelizmente, os remixes não vibraram tanto quanto deveriam. Valeu pela tentativa......

**** Atenção! A imagem de capa do single com remixes, possui a mesma fotografia da capa do álbum original.

domingo, 25 de maio de 2014

Daniela Mercury - Só pra te mostrar remix (single promocional - item de colecionador)

Capa

A música “Só pra te mostrar” da cantora Daniela Mercury foi uma das canções que fez muito sucesso em escala comercial, no início da carreira da artista. O single da canção foi distribuído promocionalmente para alguns djs e algumas rádios pelo país em 1992, pela gravadora Sony. Porém, muitas pessoas afirmam que a versão apresentada neste single não se trata de um remix - de acordo com os padrões dançantes aplicáveis aos clubes no formato como conhecemos. Isto é, o single apresenta uma melodia um pouco diferente da versão original, incluída no álbum O Canto da Cidade, também lançado no mercado internacional  no mesmo ano. 

Este single destaca a ótima versão (Extended mix), que é uma melodia mais extensa e melhor desenvolvida que a composição original, para que a música seja apreciada por mais tempo. Nessa versão observam-se arranjos musicais progressivos ao iniciar a música em “fade in”, que dão ênfase aos vocais da cantora e consequentemente abraçam a melodia como um todo. Em seguida, temos uma versão editada (Edit mix) também conhecida pelo nome de “Soul mix” - que segue a mesma linha da versão anterior- porém foi editada para tocar em programas de rádio. E por fim, chegamos a versão original (Lp version).
Contracapa

É importante entender que mesmo não se tratando de uma melodia super dançante, a canção possui alguns elementos que podem ser classificados dentro da estética do remix.  Dessa forma, muitos fãs, colecionadores e parte do público em geral definem a canção como se fosse um legítimo remix. A música foi produzida por Liminha, remixada por Nino Carlo e Rodrigo Kuster e conta com a participação do cantor Herbert Vianna da banda Paralamas do Sucesso.

Este single possui as seguintes faixas:

1- Só pra te mostrar – Extended mix 6´33
2- Só pra te mostrar – Edit mix 4´56
3- Só pra te mostrar – LP version 3´55

* O single foi lançado em Cd e em Vinil 12”.

** As imagens do Cd single foram gentilmente cedidas por Robson Tedesco.

*** Com sorte, este single poderá ser encontrado à venda em lojas de discos usados ou com colecionadores.  

quinta-feira, 24 de março de 2011

POP ROCK REMIXES Vol. 2 (coletânea)

Capa do cd
Confesso que fiquei muito chateado em relação ao CD Pop Rock Brasil Remixes Vol. 2. Mas, antes de pôr as cartas na mesa, gostaria de fazer um agradecimento aos idealizadores desta coletânea, pois ao mesmo tempo que  criticamos o resultado final, também reconhecemos que não é fácil lançar um produto, diante de um público domesticado para consumir sempre a mesma coisa. 

Sim, prezado leitor, eu gosto de provocar os brasileiros doutrinados, que se fazem de desentendidos! São pessoas queridas, mas exageradamente simplórias.  Por essa simplicidade preguiçosa, perdem grandes oportunidades e de braços cruzados, aguardam o tempo passar!!! Ou seja, muitas pessoas ficam sapateando ao redor do fogo de chão, da praia, da cerveja e das bundas. Comem feijão com arroz e de tão simplórias, dizem amém para tudo e para e para todos! 

É preciso parar com essa história de raiz e domesticação, porque a vida passa rápido. É necessário se libertar do passado e colocar um pouco de tecnologia no contexto social! Para piorar a situação, o resultado dos remixes deste CD são difíceis de serem avaliados. Existem remixes pobres que foram considerados tudo e remixes grandes que não deram em nada! Triste paradoxo musical tupiniquim! Gravadora BMG - 2000.

1 - Adriana Calcanhotto – Maresia (Club mix)
Análise: O remix é fraco. Porém, do que adianta fazer um super remix se uma parte atrasada da musicalidade brasileira não está preocupada com isso? E o público então? Nem se fala! O estilo house meia boca predomina nesta versão. Infelizmente, não rolou química entre o estilo da cantora e a dance music. Mas valeu a tentativa. Quem sabe na próxima!  

2 - Daniela Mercury – Ilê pérola negra  (Pablo Flores Club Mix)
Análise:O DJ Pablo Flores acertou na remodelagem musical, mas o remix tem muita informação e os brasileiros não conhecem a ginga latina. Ou seja, esse remix é enquadrado no estilo Latin House (house latino) mas tem muito suingue, muita sobreposição de metais, muito piano, muita percussão e é preciso tomar cuidado. O remix é ótimo, mas não foi realizado para satisfazer o paladar brasileiro e sim, destinado ao mercado internacional com  algumas ressalvas!

3 - Pato Fu – Made in japan (remix)
Análise: Remix ao estilo drum n´ bass produzido pelo DJ Marky. A versão parece que está na coletânea errada! O remix é interessante mas não vingou nem para apreciadores da música eletrônica e nem para os fãs da banda. 

4 - Patrícia Coelho – Vem  (Paul Ralphes Remix)
Análise: O mercado musical está precisando diariamente de novos talentos e inovação musical. A proposta da cantora Patrícia Coelho é bem interessante, mas nesse remix faltou um pouco mais de empolgação. 


5 - Biquíni Cavadão – Sabor do Sol  (G-vô Mix)
Análise: Remix básico e pop sem inovações. Ótimo para FMs da vida, mas longe das pistas de dança. Produzido por DJ Leo e Paulo Jeveaux (leia-se Paulo Gevô) por isso que o remix se chama G-vô mix. Jeveaux é um sobrenome francês que se escreve de uma forma e se pronuncia de outra!!!

6 - Negril – Pense bem (remix)
Análise: Remix pop com direito a passinho, riffs de guitarra e pitadas românticas de soul. Ótima melodia para fazer charme ou para embalar os namorados perdidos nas ondas do rádio, bem longe da pista de dança!

7 - Arnaldo Antunes – O silêncio (remix refrão Brown)
Análise: Arnaldo Antunes (ex-Titãs) sempre foi um artista com um conceito musical interessante, por utilizar um repertório criativo e inovador no cenário rock-pop-mpb brasileiro. Mesmo com a participação de Carlinhos Brown, o remix dessa música produzida por Mitar Subotic é limitado e de certa forma não consideraria essa versão como um remix. Mas apenas uma versão melhorada da versão original. Sinto muito! Queremos remix!





Contracapa

















8 - Daúde – Pata  Pata  (The Turbomix)
Análise: O problema aqui não se trata da melodia, mas da letra da canção. Imagine alguém cantarolando o dia inteiro o refrão da música dizendo Pata-pata Pata-pata Pata-pata, é muito chato!!!  Infernooooooooooooooooo! Quem esses músicos pensam que os ouvintes são? Mas o que esta ruim pode ficar ainda pior, quando se percebe que o remix tem de tudo, menos “turbo”! Aliás, O nome pomposo do remix não corresponde a melodia, infelizmente. O trabalho da cantora Daúde é divertido, mas essa música é muito chata! Nem a participação de Carlinhos Brown e nem o remix feito pelo produtor Will Mowat ajudou!  Lamentável!

9 - Ana Carolina – Garganta  (Dance 130 mix)
Análise: A introdução desse remix possui arranjos de funk carioca que se misturam a batida house básica. Produzido por Billy Umbella, o remix é legal para FMs. Na pista de dança não funciona. Mas valeu pelo registro! A vida é assim mesmo! Você tem que pensar em tudo! Um remix para o rádio FM, uma outra versão para o clube, outro remix para a outra rádio AM, um remix para a periferia, outro remix para a classe rica, um remix para a classe pobre, outro remix para os negros, um remix para os surfistas etc e etc....Pode parecer um tanto paranóico, mas faz parte do negócio!!! É bom o ouvinte saber que para cada musica de sucesso internacional, existem no mínimo, umas cinco versões diferentes pra ela. Por exemplo, a música “American Pie” da cantora Madonna existem nada mais nada menos que 50 versões diferentes! Depois, muitas pessoas não entendem porque Madonna faz tanto sucesso!!! O artista tem que pensar em tudo e em todos !!! Simplicidade, voz e violão já era! 

10 - Fabio Jr – Só você (Extended)
Análise: Se o assunto é dança, esse é o melhor remix dessa coletânea. A letra e a melodia são pegajosas e a batida house com sotaque da Italo house oitentista agitaram programas dançantes de rádios FMs e até embalaram o set de remixes nacionais de algumas danceterias espalhadas pelo Brasil. Porém não foi em todos os lugares que a versão  funcionou! A produção do remix ficou a cargo de Nado Leal e Paulo Jeveaux. O nome do remix está errado porque “extended” não diz nada além de ser uma versão mais longa (estendida). E versão longa não significa que seja remix. OK! Existe muita diferença entre o “subentende-se” e a “realidade”!

11 - Lulu Santos – Fogo de Palha (Fubá Mix extended version)
Análise: Esse remix ao estilo house foi produzido por Alex Dias e Nado Leal. É uma versão simples, que possui arranjos musicais e riffs de bateria de escola de samba misturados com a voz de Lulu Santos,  muitas vezes camuflada sob o efeito do vocoder. Interessante! 


CD