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domingo, 17 de abril de 2011

Daúde - Vênus (single remix promo) Item de colecionador

Capa
Essa canção se chama “Vênus” e foi originalmente escrita por Robbie Van Leeuwen que fazia parte do grupo chamado Shocking Blue e tudo isso aconteceu lá na década de 70. Anos depois, uma versão da música foi adaptada pela cantora Daúde em parceria com a cantora Cris Braun e resultou nessa releitura muito interessante. Lembre-se que uma música adaptada não significa que seja uma tradução idêntica a original.
Este single remix promocional foi lançado para promover o álbum de remixes da própria Daúde que em breve também será postado pelo blog. O single apresenta o projeto gráfico de Patrícia Maranhão e foi lançado durante o ano de 1999 pela gravadora Natasha Records. Este CD single possui apenas uma música dividida em três versões. A original e dois remixes. 

1 - Vênus  3:35

Análise: Música produzida por Dudu Marote e DJ GU, possui base eletrônica com influências do estilo house com direito a efeitos musicais psicodélicos e cósmicos. Não se trata de um remix porque é igual a versão original apresentada pelo álbum que contém remixes e originais. Detalhe: o single não informa que essa versão seja igual a versão do álbum.

Contra capa
2 – Vênus (Carlos Trilha) 3:40

Análise: Essa versão não recebeu nenhum nome, porém, no álbum de remixes da cantora, ela é chamada de “Cool Version”. Isto é, um ótimo remix produzido por Carlos Trilha para ser apreciado em lounges ou em ambientes sofisticados (cools) com gente bonita, bebendo champagne, roupas de grife, sapato alto, all night long....
Mas atenção, como você pode ver, as imagens adicionais não definem corretamente quem produziu essa versão. Logo, infelizmente, o single não possui orientações claras sobre quem é quem. Na primeira olhada, o encarte informa ao leitor (com letras escritas em branco) que se trata de apenas duas músicas. Porém, na prática esse single possui três faixas. A terceira versão ocupa a mesma linha de informação postada pela segunda faixa. Faltou espaço? Acho que faltou diagramação gráfica profissional!
As palavras escritas em branco neste CD transparecem ao leitor que se trata de uma faixa única. Somente depois se percebe que há uma divisão de informações. Um outro erro gráfico é o fato de utilizar uma tipografia com palavras muito finas sobre uma imagem trabalhada. A ordem educacional publicitária definida após vários anos de estudo, por centenas de profissionais no mundo inteiro é categórica! “Nunca devemos utilizar letras finas sobre uma imagem trabalhada, para não atrapalhar a compreensão do texto!  Nesse caso, a imagem trabalhada até pode ser mantida desde que a letra de cada palavra escrita em preto (no texto) fique mais “gorda”, para evitar o “embaralhamento” da visão das pessoas!
Lembrete: a comunicação em qualquer língua deve ser clara e de fácil compreensão para evitar ambiguidades, desentendimentos e interpretações jocosas! Outro fato importante que a maioria dos artistas brasileiros e suas produções erram feio é a da falta de informação sobre o produto “musical” que está sendo vendido. Ou seja, quando uma música é lançada, ela deve orientar o público, os DJs e os programadores de seleção musical das rádios sobre o seu objetivo. Não basta lançar no mercado para ver no que vai dar. É preciso definir as coisas. As músicas desse single são ótimas, mas pouca gente tocou a canção por falta de conhecimento e entendimento musical.
É preciso definir quem, quando e como a melodia deve ser tocada para evitar saladas musicais desagradáveis do tipo:
Roda uma música dos Beatles, depois roda a musica da Ivete Sangalo, em seguida roda a música do Zezé di Camargo e Luciano e na sequência roda uma outra música do Fat Boy Slim e depois toca a música da Daúde......enfim, Critérios musicais! Não dá pra jogar assim nos ouvidos das pessoas. Tem momentos e momentos! Cada macaco no seu galho!!!! 
Encarte interno













3 – Venus (Extended C. Trilha) 5: 56
 
Análise: Você já sabe que versão extended não se trata, necessariamente, de um remix. Pois uma versão estendida nada mais é do que a versão original mais longa. Entretanto, nesse caso, a versão extended produzida por Carlos Trilha é de fato um remix. Ele apresenta uma levada house, com sequência de bateria eletrônica diferente das outras versões. Possui riffs de guitarra sintéticos, arranjos musicais e alguns efeitos sonoros também diferenciados. Um remix bem interessante.

CD
OBS: Não há informações até o momento de que este single também tenha sido editado em vinil 12". Para outras informações sobre a carreira da cantora clique no link abaixo: http://www2.uol.com.br/daude/home.htm

OBS2: Existe mais um remix para a música Vênus que foi editado num outro cd single da cantora Daúde com a música "Vamos Fugir". Mas ele será postado pelo blog em outro momento. Aguarde, tem muita coisa legal para ser mostrada.





quinta-feira, 24 de março de 2011

POP ROCK REMIXES Vol. 2 (coletânea)

Capa do cd
Confesso que fiquei muito chateado em relação ao CD Pop Rock Brasil Remixes Vol. 2. Mas, antes de pôr as cartas na mesa, gostaria de fazer um agradecimento aos idealizadores desta coletânea, pois ao mesmo tempo que  criticamos o resultado final, também reconhecemos que não é fácil lançar um produto, diante de um público domesticado para consumir sempre a mesma coisa. 

Sim, prezado leitor, eu gosto de provocar os brasileiros doutrinados, que se fazem de desentendidos! São pessoas queridas, mas exageradamente simplórias.  Por essa simplicidade preguiçosa, perdem grandes oportunidades e de braços cruzados, aguardam o tempo passar!!! Ou seja, muitas pessoas ficam sapateando ao redor do fogo de chão, da praia, da cerveja e das bundas. Comem feijão com arroz e de tão simplórias, dizem amém para tudo e para e para todos! 

É preciso parar com essa história de raiz e domesticação, porque a vida passa rápido. É necessário se libertar do passado e colocar um pouco de tecnologia no contexto social! Para piorar a situação, o resultado dos remixes deste CD são difíceis de serem avaliados. Existem remixes pobres que foram considerados tudo e remixes grandes que não deram em nada! Triste paradoxo musical tupiniquim! Gravadora BMG - 2000.

1 - Adriana Calcanhotto – Maresia (Club mix)
Análise: O remix é fraco. Porém, do que adianta fazer um super remix se uma parte atrasada da musicalidade brasileira não está preocupada com isso? E o público então? Nem se fala! O estilo house meia boca predomina nesta versão. Infelizmente, não rolou química entre o estilo da cantora e a dance music. Mas valeu a tentativa. Quem sabe na próxima!  

2 - Daniela Mercury – Ilê pérola negra  (Pablo Flores Club Mix)
Análise:O DJ Pablo Flores acertou na remodelagem musical, mas o remix tem muita informação e os brasileiros não conhecem a ginga latina. Ou seja, esse remix é enquadrado no estilo Latin House (house latino) mas tem muito suingue, muita sobreposição de metais, muito piano, muita percussão e é preciso tomar cuidado. O remix é ótimo, mas não foi realizado para satisfazer o paladar brasileiro e sim, destinado ao mercado internacional com  algumas ressalvas!

3 - Pato Fu – Made in japan (remix)
Análise: Remix ao estilo drum n´ bass produzido pelo DJ Marky. A versão parece que está na coletânea errada! O remix é interessante mas não vingou nem para apreciadores da música eletrônica e nem para os fãs da banda. 

4 - Patrícia Coelho – Vem  (Paul Ralphes Remix)
Análise: O mercado musical está precisando diariamente de novos talentos e inovação musical. A proposta da cantora Patrícia Coelho é bem interessante, mas nesse remix faltou um pouco mais de empolgação. 


5 - Biquíni Cavadão – Sabor do Sol  (G-vô Mix)
Análise: Remix básico e pop sem inovações. Ótimo para FMs da vida, mas longe das pistas de dança. Produzido por DJ Leo e Paulo Jeveaux (leia-se Paulo Gevô) por isso que o remix se chama G-vô mix. Jeveaux é um sobrenome francês que se escreve de uma forma e se pronuncia de outra!!!

6 - Negril – Pense bem (remix)
Análise: Remix pop com direito a passinho, riffs de guitarra e pitadas românticas de soul. Ótima melodia para fazer charme ou para embalar os namorados perdidos nas ondas do rádio, bem longe da pista de dança!

7 - Arnaldo Antunes – O silêncio (remix refrão Brown)
Análise: Arnaldo Antunes (ex-Titãs) sempre foi um artista com um conceito musical interessante, por utilizar um repertório criativo e inovador no cenário rock-pop-mpb brasileiro. Mesmo com a participação de Carlinhos Brown, o remix dessa música produzida por Mitar Subotic é limitado e de certa forma não consideraria essa versão como um remix. Mas apenas uma versão melhorada da versão original. Sinto muito! Queremos remix!





Contracapa

















8 - Daúde – Pata  Pata  (The Turbomix)
Análise: O problema aqui não se trata da melodia, mas da letra da canção. Imagine alguém cantarolando o dia inteiro o refrão da música dizendo Pata-pata Pata-pata Pata-pata, é muito chato!!!  Infernooooooooooooooooo! Quem esses músicos pensam que os ouvintes são? Mas o que esta ruim pode ficar ainda pior, quando se percebe que o remix tem de tudo, menos “turbo”! Aliás, O nome pomposo do remix não corresponde a melodia, infelizmente. O trabalho da cantora Daúde é divertido, mas essa música é muito chata! Nem a participação de Carlinhos Brown e nem o remix feito pelo produtor Will Mowat ajudou!  Lamentável!

9 - Ana Carolina – Garganta  (Dance 130 mix)
Análise: A introdução desse remix possui arranjos de funk carioca que se misturam a batida house básica. Produzido por Billy Umbella, o remix é legal para FMs. Na pista de dança não funciona. Mas valeu pelo registro! A vida é assim mesmo! Você tem que pensar em tudo! Um remix para o rádio FM, uma outra versão para o clube, outro remix para a outra rádio AM, um remix para a periferia, outro remix para a classe rica, um remix para a classe pobre, outro remix para os negros, um remix para os surfistas etc e etc....Pode parecer um tanto paranóico, mas faz parte do negócio!!! É bom o ouvinte saber que para cada musica de sucesso internacional, existem no mínimo, umas cinco versões diferentes pra ela. Por exemplo, a música “American Pie” da cantora Madonna existem nada mais nada menos que 50 versões diferentes! Depois, muitas pessoas não entendem porque Madonna faz tanto sucesso!!! O artista tem que pensar em tudo e em todos !!! Simplicidade, voz e violão já era! 

10 - Fabio Jr – Só você (Extended)
Análise: Se o assunto é dança, esse é o melhor remix dessa coletânea. A letra e a melodia são pegajosas e a batida house com sotaque da Italo house oitentista agitaram programas dançantes de rádios FMs e até embalaram o set de remixes nacionais de algumas danceterias espalhadas pelo Brasil. Porém não foi em todos os lugares que a versão  funcionou! A produção do remix ficou a cargo de Nado Leal e Paulo Jeveaux. O nome do remix está errado porque “extended” não diz nada além de ser uma versão mais longa (estendida). E versão longa não significa que seja remix. OK! Existe muita diferença entre o “subentende-se” e a “realidade”!

11 - Lulu Santos – Fogo de Palha (Fubá Mix extended version)
Análise: Esse remix ao estilo house foi produzido por Alex Dias e Nado Leal. É uma versão simples, que possui arranjos musicais e riffs de bateria de escola de samba misturados com a voz de Lulu Santos,  muitas vezes camuflada sob o efeito do vocoder. Interessante! 


CD