Luka / Imagem
reprodução
Hoje
trazemos a mega postagem da canção “Tô nem ai” da cantora LUKA. Por
enquanto não dispomos de informações a respeito do single promocional divulgado
no Brasil. Entretanto, conseguimos imagens do single lançado comercialmente no
mercado internacional. O trabalho foi distribuído na Europa entre 2004 e 2005 e
apresenta diversos remixes - oficiais - editados em single vinil 12” e em Cd. Algumas imagens serão
ilustradas pelo blog, para satisfazer a curiosidade dos fãs e dos colecionadores
de remixes.
A
música ”To nem ai” fez muito sucesso no Brasil e em vários países
no mundo. Seguindo um estilo voltado ao pop dance comercial, a canção caiu nas
graças de produtores e djs internacionais, que fizeram a festa e projetaram a melodia
muito além das emissoras de rádio no país. Diz o ditado popular: “Quem não tem
cão caça como gato”; dessa forma, a equipe do blog entende, que a cantora LUKA possui a total liberdade para
trabalhar em qualquer estilo musical que bem entender, independente de suas
origens. Mas essa atitude muitas vezes, não é incentivada pelas pessoas que
estão ao nosso redor! Principalmente, no Rio Grande do Sul, terra natal da
cantora, que estava sob “os fantasmas da ditadura musical do pampa gaúcho”, que só respeitam e incentivam o estilo musical do campo. Esse assunto será retomado ao final do
texto na parte da Reflexão.
O
Cd single italiano possui sete versões:
Capa
Contracapa
1-Tô Nem Ai - Radio Version 2:21
2-Tô Nem Ai - DJ Ross Radio Rmx 3:32
3-Tô
Nem Ai - Delication Radio Edit) Remix 2:34
4-Tô
Nem Ai - Shaved Legs Radio Edit 2:42
5-Tô
Nem Ai - DJ Ross Extended Rmx 4:47
6- Tô
Nem Ai - Delication Club Mix 6:04
7- Tô
Nem Ai - Shaved Legs Club Mix 5:17
O
Cd single lançado na Alemanha possui cinco versões:
Capa
Contracapa
CD
1- Tô Nem Ai - Radio Version 2:21
2- Tô
Nem Ai - Delication Radio Edit 2:34
3- Tô
Nem Ai - Shaved Legs Radio Edit 2:42
4- Tô
Nem Ai - Delication Club Mix 6:04
5- Tô Nem Ai - Shaved Legs Club Mix 5:17
O
single lançado na Holanda possui três versões:
Capa
Contracapa
1- Tô Nem Ai - Radio Version 2:21
2- Tô
Nem Ai - Shaved Legs Radio Edit 2:42
3- Tô
Nem Ai - Shaved Legs Club Mix 5:17
Existem diversos remixes que foram lançados entre 2004 e 2005. Eles foram editados por
gravadoras diferentes no formato de Cd e em vinil 12" .
O
single vinil promo 12”
remix distribuído na Itália contém as seguintes versões:
LADO A
1-Tô Nem Ai - Dj Ross Extended Rmx 4´47
2-Tô Nem Ai - Dj Ross Radio Rmx 3´32
LADO B
1-Tô Nem Ai - Radio version 2´21
2-Tô Nem Ai - Delication Club Mix 6´04
Single
vinil 12”
lançado na Inglaterra apresenta quatro versões da música cantada em inglês e em português:
Capa
Contracapa
Sleeve
1-Tô Nem Ai – Shaved legs remix
2-Tô Nem Ai – Nu electric remix
3-Tô Nem Ai – Sharon o love up north remix
4-Tô Nem Ai – Sharon o piano feels right remix
Single
vinil 12” lançado
nos Estados Unidos com três versões:
Capa
Tô Nem
Ai - Delication Club Mix 6´04
Tô
Nem Ai - Shaved Legs Club Mix 5:18
Tô
Nem Ai – Orange Factory English Club Mix 6´44
Logo abaixo
você pode observar a imagem do Cd single promocional com quatro remixes, que foi
distribuído pela X-treme records com o nome da música trocado. Ao invés de
chamar “Tô nem ai” o título da canção
foi impresso como “Tú nem ai”.
1-Tú nem ai – Shaved legs remix
2-Tú nem ai – Nu electric remix
3-Tú
nem ai – Sharon
o love up north remix
4-Tú
nem ai – Sharon
o piano feels right remix
Em 2006, a gravadora brasileira WEA relançou no mercado, o álbum "Porta Aberta" da cantora Luka. A nova edição inclui a música "Tô nem ai" na versão acústica, versão 2006 e versão extended remix, que não aparece entre os remixes lançados anteriormente. Em 2014, já foram observados novos remixes da canção circulando em mp3 na internet!
Reflexão
Falar
sobre um trabalho artístico feito pela cantora LUKA e de outros artistas
nascidos no estado do Rio Grande do Sul é um tarefa quase emblemática, se
comparada com o entendimento musical confuso, que é sustentado no estado gaúcho, dentro de questionamentos como: A música e produto de consumo, o ambiente
musical brasileiro, a estética melódica internacional, a concepção do tempo e
do espaço, a liberdade, a evolução, entre
outros....
O
estado gaúcho já é culturalmente problemático por si só. Porto Alegre então,
não foge a regra de representar “de forma inconsciente”, um passado tradicional campeiro,
como se tivesse a eterna obrigação de sustentar a cultura da região do pampa.
Tudo é claro, com honrarias aos fazendeiros, que no século XVIII brigaram com
Portugal, usando a desculpa dos altos impostos cobrados pelo preço do charque e
outros detalhes, que os historiadores nos contam ou nos escondem. Nem vou
mencionar a apologia, que fazem a respeito de uma guerra, que os gaúchos do pampa
perderam e nem vou citar a forma covarde, com que pessoas de origem africana
foram enganadas ao lutar e morrer num conflito, com a promessa de
compartilhamento de terras, que nunca aconteceu. O tempo passou, mas centenas de
pessoas confusas ainda não admitem a verdade dos fatos!
Para
agravar a situação, é fácil encontrar os herdeiros do passado cultural,
misturados a “roqueiros” acomodados e superprojetados. Sob o ponto de vista reacionário, eles não
evoluem na mesma velocidade, que parte do Brasil ou que parte do mundo está
acostumado a se mexer. Apesar do rock ter o mesmo número de artistas gays,
tanto quanto outros estilos musicais, o rock n´roll prevalece como “o ritmo” da
galera, num verdadeiro ícone do macho moderno, para o macho ver e para o macho
ouvir.
Apesar
de o estilo fazer parte da juventude vivida pela cantora LUKA - que acabou
utilizando o conceito musical roquista em seu trabalho - na prática, para
desespero de músicos fundamentalistas do passado e para o espanto da própria
cantora, o estilo musical eletrônico e dançante foi o conceito, que acabou
projetando a carreira da artista rumo ao sucesso em “outros pagos” (outras
regiões), muito além do desenvolvimento musical gaúcho!
Lembramos
também, que pesquisadores afirmam, que os estilos musicais nada mais representam
do que um produto de consumo de uma época. Seria algo como a sonoridade lúdica
inventada por alguém para expor a sua capacidade intelectual, com ajuda de sons
produzidos por instrumentos acústicos ou sintetizados, que foram colocados de
forma harmônica para compor a estrutura de uma melodia. Ponto. Só isso!
Entretanto,
para os donos da cultura porto-alegrense, se alguma música no contexto comercial
fizer sucesso, essa música tem que ser roqueira, gauderia ou fazer discurso de palanque do tipo Chico Buarque/Che Guevara. Afinal, música popular corrompe, música
brega não pode, música pop é afeminada e música instrumental é chata. Para
variar, se a música for dançante ou eletrônica – Deus nos livre!
Neste
caso, preferimos ficar com a multiplicidade sonora brasileira, que – por evolução
e por sacudir a poeira deixada pela ditadura musical do passado – está um pouco
melhor, que a musicalidade glorificada no pampa do estado gaúcho.
No
ambiente social relatado, surge a cantora LUKA, que trabalha com um
conceito melódico voltado ao pop rock. De repente, a cantora lança no mercado
uma canção chamada “Tô nem ai” e
sabe-se lá por quais motivos, acabou sendo remixada por um dj desconhecido e se
tornou um grande sucesso no Brasil e na Europa em 2004/2005.
Acompanhando
a explicação até aqui, sem precisar citar nomes ou locais, os internautas conseguem
imaginar o quanto é difícil falar sobre um trabalho musical, diante de um
público simplório, que tenta camuflar a realidade dos fatos e ao mesmo tempo permanece espalhando sua confusão e seu egoísmo particular, junto ao desenvolvimento cultural da sociedade brasileira.