sexta-feira, 17 de julho de 2015

Silvia Patricia - Mil pedaços e...crac! remix (single promocional - Item de colecionador)

Capa

Na década de 90 a canção “Mil pedaços e... crac!” da cantora Silvia Patrícia, fez grande sucesso nas rádios AM e FM no Brasil inteiro. A melodia pop, que também possui um refrão da música “Can Take my eyes of you...”,  acabou ganhando um remix, que foi lançado em single vinil promocional pela gravadora Warner/WEA, em 1991. Mesmo que os produtores tenham se preocupado em ampliar as oportunidades musicais da cantora, ao investir no conceito de remix, o resultado final passou quase despercebido.
Silvia Patricia / Reprodução

Na análise feita pela equipe do blog, não houve consenso de opinião na proposta apresentada pelo remix da canção. Enquanto alguns djs ignoraram o trabalho, outros tiveram uma postura mais diplomática e compreenderam, que o conceito utilizado pelo produtor GPA, contemplava uma versão simples e levemente dançante, apenas.
Contracapa

O remix possui o sample da canção “I like you” do Culture Beat, que havia sido lançada em 1990. Muitos Djs não tocaram a canção Mil pedaços e crac nos clubes e nas festas, pelo fato do remix não ser tão empolgante para o público. Porém, lembramos que não há nada que impeça a realização de um novo remix no futuro. Vale ficar na torcida!

LADO A
1- Mil pedaços e... crac! – Versão original 4´25

LADO B

1- Mil pedaços e... crac! – Versão remix 4´57

* Não há informação que o single tenha sido editado em CD.
** A versão original está no álbum “Curvas e retas” lançado pela cantora em 1991. 

sábado, 11 de julho de 2015

BRASIL eletrônico - vários (single promocional)

Capa

No final de década de 90 e início do século 20, os timbres eletrônicos chamavam a atenção das pessoas envolvidas e antenadas com a cena musical mundial. Em parte do Brasil não foi diferente. Aliás, apenas “em parte”, porque o interior do país permanecia longe dos acontecimentos mundiais e nem sabia exatamente, o que significavam as musicas que tocavam nas emissoras de rádio ou as canções que agitavam o povo nos clubes, enfim...
Contracapa

Hoje apresentamos o CD single promocional Brasileletrônico, que foi distribuído em 2001, na edição número 4 da revista ÚNICA, em parceria com a gravadora TRAMA.  Neste trabalho foram incluídas quatro canções dos artistas, OTTO, M4J, XRS Land e Drumagick, que faziam parte do elenco musical da gravadora naquela época.  As faixas que compõem o single foram escolhidas pelo jornalista Marcelo Ferla, com projeto gráfico assinado por Walkyria Garotti.

Entre vários conceitos musicais eletrônicos disponíveis no mercado, o single promocional contempla algumas musicas de artistas que desenvolviam uma sonoridade voltada para os beats sintéticos, que estavam em evidência. O estilo melódico do Drum´n´bass tomou conta do gosto popular e acabou se espalhando em vários cantos do Brasil. Mesmo sendo tratado com "certa indiferença" no país, o Techno marcou presença e fez história na cena musical tupiniquim. Aliás, ambos os gêneros (Drum´n´bass e Techno) continuam se misturando e se desenvolvendo junto a musicalidade brasileira. Na MPB também haviam artistas que beberam da fonte musical eletrônica. Como é o caso do cantor e compositor OTTO e o remix da canção “Distraída pra morte”, produzido por Max de Castro. Algumas faixas do single promo, já foram postadas pelo blog, com exceção de XRS Land, que em breve irá aparecer por aqui.

O single possui as seguintes canções:

1- XRS Land - Bom dia (original)
2- M4J -  Paulicéia (original)
3- Drumagick -  Aí maluco (remix)
4- OTTO - Distraída pra morte (remix Max de Castro)

CD

* Este single promocional não foi lançado em vinil.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Jota Quest - Waiting for you remixes (single digital)

Capa do single virtual

Voando para o tempo presente, chegamos em 2014 com o belo single de remixes para a canção Waiting for you da banda Jota Quest. Isso mesmo! A equipe do blog irá chamar de “single” e não de “Extended Play – EP”, como o departamento de marketing da gravadora da banda escolheu para divulgar os remixes da música.

A equipe do blog entende que ninguém no mercado musical utiliza a definição de “Extended play – EP” para condicionar remixes. Extended Play serve para definir “mini-álbum” ou mini-LP de canções. Falou em remix ou pensou em remix, todo mundo chama de “Single” ou “Maxi single”. O objetivo é justamente para não confundir com EP, que apresenta diferentes canções e não “diferentes versões” ou remixes!!

No mercado musical nacional e internacional ninguém diz: “Comprei o novo EP de remixes do fulano de tal”. O mercado, os vendedores, os fãs e os próprios artistas dizem: “Comprei o novo “single” de remixes de fulano de tal.” 

Até o momento, o single com remixes da canção Waiting for you, não foi disponibilizado em CD ou em vinil. As versões remixadas existem apenas no formato digital e estão sendo comercializadas em sites de vendas de arquivos musicais.

OS REMIXES…
Jota Quest / imagem reprodução

Já falamos em outras postagens, que a sonoridade do Jota Quest está entre as bandas mais bem sucedidas no mercado brasileiro no momento atual. Embora o grupo tenha preferência pelo poprock juvenil e adulto, vale lembrar que o mundo não gira exclusivamente ao redor de um único estilo. Por essa razão, dadas às proporções, o Jota Quest consegue se sair muito bem em vários nichos musicais, que passam pelo Pop, Rock, Poprock, MPB, Hip-Hop, Downtempo, Dance, Techno, Disco, Funky, Black, entre outras conexões melódicas, com a ajuda - é claro – de bons produtores e bons Djs.

O single virtual contempla várias opções de remixes, para satisfazer diversos modelos de público, espalhados em diferentes festas pelo Brasil.

Ops! O discurso do remix já mudou!!??

- Exato!

Antes os djs faziam um único remix para o Brasil inteiro. Mas aos poucos as pessoas começaram a perceber, que não existe unidade musical no país. Logo, dependendo do conhecimento e do interesse de cada região, alguns remixes acabam fazendo mais sucesso que outros. Por esse motivo e para valorizar a remixagem feita por vários djs, o single registra uma lista de versões diferentes pra todo mundo ficar feliz!  Ou quase isso!

O single virtual apresenta os seguintes remixes:

1 - Waiting For You (Party On) 2´25
Análise: Versão pop contemporânea igual a versão original do álbum.

2 - Waiting For You (Shine On, Shine On) 3´38
Análise: Versão cremosa cheia de dengos para seduzir namorados numa linda noite de luar. A estrutura melódica embalada por voz e violão é a trilha perfeita para casais românticos.

3 - Waiting For You (Ready2Go, Marc Ruzz & Giovany Ribeiro Remix) 3´12
Análise: Remix bacana pra quem gosta de EDM made in Dj David Ghetta!

4 - Waiting For You (Pic Schmitz Club Remix) 3´01
Análise: Ótimo remix pop para programas de rádio, porém ficou muito curto para a pista de dança. Cadê a versão longa?????

5 - Waiting For You (Morgana & Thascya Remix) 3´23
Análise: Esse remix possui influências eletrônicas Davidghettanas…..(Davi Ghetta), muito bom para programas de rádio e muito curto para as pistas.

6 - Waiting For You (Leo Z & Guz Zanotto Remix) 7´01
Análise: Chegamos ao melhor remix do single. A versão produzida por Léo Z e Guz Zanotto apresenta uma das linhas melódicas da EDM comercial, que mais está fazendo sucesso no momento. Mas atenção, os djs devem ter cuidado para tocar esse remix porque ele não combina com qualquer festa e qualquer tipo de público.

7 - Waiting For You (Babey Drew Dub Club Remix) 4´13
Análise: Produzido pelo Dj americano Babey Drew, a construção melódica do remix deve ser encarada de forma diferente. Por esse motivo sugerimos ouvir a faixa separada das outras. Se o remix for ouvido junto com os outros remixes da canção, haverá comparações e a galera vai torcer o nariz. A versão é interessante porque ela foge do padrão dance comercial tradicional e não funciona em qualquer tipo de festa ou para qualquer tipo de programa de rádio. O remix é ideal pra quem está cansado da mesmice e procura uma sonoridade diferente para causar.

8 - Waiting For You (Bleeping Sauce Hyperpower Remix) 4´45
Análise: Temos aqui um remix nervoso com atmosfera rocker, nuances de Dub Step e uma pegada quase Broken Beats, mas não é indicado para a pista de dança comercial. A versão produzida por Bleeping Sauce utiliza uma linha de baixo perigosa, com tempero ideal para filmes de ação à la James Bond! Vale a pena curtir sem preconceitos musicais!

9 - Waiting For You (Mister Jam & Gabiru Radio Remix) 3´49
Análise: Festa garantida com esse remix bem pop comercial para programas de rádio, mas ficou curto para o dancefloor. 

* A versão original da canção Waiting for you foi lançada pela banda no álbum Funky funky boom boom, em 2013 pela gravadora Sony.

** Lembramos que alguns artistas preferem chamar o "EP" de "mini-álbum" para dar um significado maior ao seu trabalho em vez de ser classificado apenas como mais um complemento em sua discografia. Entretanto, a equipe do blog escolheu chamar de single, por ser uma expressão mais popular e facilmente compreendida por aqueles que trabalham na cena musical. 

*** Todos os remixes podem ser ouvidos clicando aqui!

sábado, 27 de junho de 2015

Cidade Negra - Eu também quero beijar remix (Single promocional raro - Item de colecionador)

Imagem do single sem encarte

Em busca dos remixes perdidos ou será desconhecidos?.....Apresentamos a canção Eu também quero beijar”, da banda Cidade Negra. Este single promocional sem encarte, foi divulgado pela gravadora SONY e faz parte do que poderíamos chamar de remixes “escondidos” dos fãs e do público. Como a versão original da música era muito boa, a equipe do blog suspeitava, mas não tinha certeza, que um remix havia sido produzido. Depois de um longo tempo garimpando em lojas de artigos musicais usados, nossa desconfiança chegou ao fim. Naquela ocasião localizamos, acidentalmente, um single promo “desconhecido” para a canção “Eu também quero beijar” do grupo Cidade Negra. Pronto! O sorriso tomou conta da equipe, pois estávamos diante de uma grande surpresa!!!

Entusiasmados com a descoberta e sem perder tempo, corremos pro estúdio de som para testar a novidade. Porém, depois de alguns minutos o que era para ser uma grande festa, foi tomado pelo silêncio e se tornou uma grande decepção.

- Que roubada!!!

O remix foi visto com revolta e indignação pela equipe do blog e por muitos fãs de remixes, que não gostaram do resultado final por vários motivos:

1)A versão remix apresenta um balanço melódico tão fraco que chega a parecer “um remix de fundo de quintal”.

2) Apesar de alguns remixes “toscos”, o Dj Cuca já produziu releituras interessantes de outros artistas. Porém, a versão assinada por ele não fez e não faz a menor diferença. Ninguém vai sentir falta!

3) A versão remix ficou tão inexpressiva que os fãs da banda nunca tinham ouvido falar a respeito.

4) Com 3min e 38seg de duração é possível fazer uma ótima melodia. Porém, um remix de respeito precisa ser maior. A “graça” do remix é dançar e curtir a versão tocada nos clubes por mais tempo – para não repetir à mesma música a noite toda.

5) Entre o remix simplório e a versão original? – Ficamos com a versão original!

Diante da decepção, a equipe do blog definiu uma regra básica para djs e produtores que ainda não entenderam como funciona o remix. Para ler em voz alta:


- A pista de dança é um momento de glória e pura diversão. O (público) tem que ter o incentivo e o prazer de dançar a música que o (artista) inventou. O (público) é cliente dos músicos e dos djs. Lembre-se, as festas, as danceterias e os clubes existem porque o (público) escolheu esse modelo de divertimento para se entreter. Se não fosse pelos clientes (público) não haveria festa. Por isso, o trabalho dos artistas e dos djs tem que ser satisfatoriamente bom, à ponto de fazer o (público) dançar e prestigiar o dj e o artista a noite toda! Caso contrário, não adianta reclamar da concorrência musical estrangeira. Portanto, quem produzir música dançante seguindo a estética internacional é importante saber, que a melodia da canção deve ser ultra-super-megadançante. Caso contrário não faça! Amém!


Este Cd single possui as seguintes “tentativas” de remix:

1- “Eu também quero beijar” – Cuca remix 3´38
2- “Eu também quero beijar” – Cuca instrumental remix 3´38
3- “Eu também quero beijar” – Cuca dub remix 3´38

* Não acreditamos que a gravadora SONY teria a coragem de investir na distribuição promocional de um remix tão “inexpressivo”, no formato de vinil 12”.

** Na figura seguinte podemos ver a imagem de outro Cd single da canção, editado de forma simples com a mesma versão apresentada no álbum.
Single simples  

*** A música “Eu também quero beijar do grupo Cidade Negra, foi originalmente incluída na coletânea de sucessos “Hits & Dubs”, lançada pela banda em 1999. 
Coletânea de sucessos da banda

**** A equipe do blog descobriu o single esquecido, mas diante da decepção com o resultado, acabou compreendendo porque ninguém falava a respeito do assunto! Muitas vezes a crítica não tem o objetivo de destruir o trabalho dos djs, mas de alertar que quando a questão se refere ao remix, não basta ser feito qualquer tum-tis-tum e jogar na cara do público que vai estar tudo bem.
É preciso um pouco de consciência sobre o que está sendo produzido, mesmo que o “parte” do público não tenha o conhecimento necessário para valorizar o os remixes dançantes. Mas é uma questão de tempo....
Para o blog não ser tachado de carrasco, lembramos que nada impede da canção ser remixada no futuro. Que alívio! 

sábado, 20 de junho de 2015

SÓ DANCE / Música brasileira em exclusivo remix dance (compilação vários - Item de colecionador)


Capa

Comemorando 150 mil acessos do blog, com 240 postagens de remixes, singles, promos, compilações, álbuns entre outras mixagens; a equipe do Brasilremixes agradece aos leitores, djs, músicos, clubbers, produtores, gravadoras, artistas, colecionadores e fãs, que colaboraram e auxiliam a equipe do blog na pesquisa, registro histórico e valorização dos remixes nacionais. A todos o nosso muito obrigado!

A maioria dos remixes oficiais postados pelo blog já estão fora de catálogo e aqueles que restam ou se encontram nas mãos de colecionadores e lojas de discos usados ou estão abandonados em cedetecas mofadas de emissoras de rádio pelo país. Mas a festa continua e hoje apresentamos a coletânea chamada SÓ DANCE, que é uma das melhores compilações de remixes de musicas brasileiras lançadas na década de 90. 

Encarte 1

Comercializada oficialmente em 1994/1995 pela gravadora EMI-Odeon, a compilação registra doze remixes de canções de seis artistas (Marina Lima, Daúde, Fernanda Abreu, Leoni, Paralamas do Sucesso e Taciana Barros), que faziam parte do elenco musical da gravadora naquele período. Algumas canções fizeram mais sucesso que outras, de acordo com o conceito musical das festas e das emissoras de rádio em cada região do Brasil.

Encarte 2

A coletânea foi muito bem-vinda, pois valorizou o conceito musical dançante, incentivou o trabalho dos djs e ampliou as possibilidades musicais dos artistas. Mesmo que a compilação tenha sido divulgada há 20 anos, tanto a edição do CD quanto a do vinil, já são considerados raros e se tornaram objeto de desejo de colecionadores.

A compilação editada em CD registra as seguintes versões:

1– Marina Lima - Eu Vi O Rei (Meme'sIn The House 12") 5´55
Análise: Dj Memê se saiu muito bem na produção do remix ao unir prática + experiência + bom gosto em suas produções. A música “Eu vi o rei” apresenta uma sonoridade eletrônica temperada com House music + riffs piano + a malevolência latina e uma dose equilibrada de percussão brasileira. Um belo remix pra agitar festas temáticas made in Brazil anos 90!

2– Os Paralamas Do Sucesso - DosMargaritas (Meme's Technolgical 12") 5´16
Análise: Essa versão é a mais longa de todos os remixes editados no single promocional da canção, distribuído na época. Se o remix fosse produzido no tempo atual, a equipe do blog iria sugerir para que o Dj Memê duplicasse as camadas melódicas (landscapes) na música. Isso poderia ampliar os graves na sustentabilidade da canção e marcar melhor o andamento melódico da trilha musical. Um remix bem interessante, mas pouco lembrado.

3– Leoni - Falando de Amor (Love House Mix) 6´16
Análise: Ouvindo atentamente, podemos afirmar que este remix é um tanto audacioso. Produzido pelo próprio cantor Leoni (ex-Kid Abelha e Heróis da Resistência) com a participação de Adriano Dj, a versão ficou muito boa ao apresentar um remix eletrônico, com referências do Eurohouse (Gênero musical eletrônico europeu pouco explorado no Brasil). Quem produz remixes sabe que não basta colocar uma batida dance ou acelerar a velocidade da música que está tudo pronto! É necessário habilidade e conhecimento no assunto, para combinar qual seria o melhor tipo de melodia de acordo com a voz do artista. A proposta do remix deu certo!

4– Fernanda Abreu - Megamix (Club Version) 6´39
Análise: A cantora Fernanda Abreu era tudo de bom na musicalidade pop dance brasileira nos anos 90. Se alguém falasse em dance music nacional – Fernanda Abreu ganhava disparado. O ótimo megamix da cantora foi assinado pelo Dj Memê, mas não se trata de remix.
"Megamix ou Medley" significa algo como se fosse uma “montagem musical”. É uma expressão técnica inglesa que também é chamada pelo franceses de “Pot-Pourri”, (leia-se pu-purri). O termo Megamix é mais voltado para a pista de dança, enquanto que o Medley ou Pot-Pourri estaria mais direcionado para canções radiofônicas. A expressão “Megamix” ganhou fama popular, depois de grande sucesso das “montagens musicais” produzidas por djs no anos 90.
Os exemplos não faltam, Maquina total, Bolero Mix, Dj computer, Max-Mix e outros tantos megamixes coletivos ou individuais de inúmeros artistas gringos, que fizeram uso da técnica musical para divulgar o seu trabalho. No Brasil, pra variar, o uso do megamix é é restrito e desconhecido. Recentemente, os djs e produtores Deeplick e Ram Science produziram um megamix dançante para o cantor Roberto Carlos (Roberto Carlos 70´s megamix), que pode ser ouvido clicando aqui!

5– Daúde - Chove Chuva (Extended Remix) 5´51
Análise: A canção é interessante, mas o remix não possui cara de remix nos moldes que as danceterias estavam acostumadas. O conceito musical utilizado na remixagem feita por Nino Carlo e Rodrigo Kustler (ex-Hitmakers), pega carona nos breaks de Hip Hop e Rhythm and blues contemporâneo, para solidificar a melodia no ambiente pop moderno brasileiro, que tentava se fazer presente nos anos 90. O ponto positivo é que o remix não ficou com o “estilo de tempo passado”. A versão não serve para a pista de dança, mas ainda pode ser tocada em programas de rádio naturalmente.

6–Taciana - Tudo Faz Sentido (Suba Extended Version) 7´19
Análise: A música brasileira andava um tanto desgastada pelo tempo, devido à falta de criatividade dos artistas e a falta de receptividade do público doutrinado para um novo ambiente musical. Pensando nisso, o produtor Mitar Subotic fez uma versão ousada para a música da artista Taciana Barros (ex-gang 90). O remix mergulha nos beats eletrônicos alternativos, numa época de plena ascensão da musicalidade eletrônica popular na Europa. Mesmo que a canção não seja super dançante para agitar o povo nas pistas, o resultado ficou ótimo ao apresentar uma estrutura melódica inteligente que transcendia os padrões musicais tupiniquins. Se a letra da canção diz  “...Tudo faz sentido com você ao meu lado...”, sem dúvida alguma, estamos diante de um remix que faz todo o sentido nesta compilação.

7– Marina Lima - Eu Vi O Rei (Radio House Mix) 4´22
Análise: Versão remix igual a versão principal, mas editada para tocar em programas de rádio.

8– Os Paralamas Do Sucesso - Dos Margaritas (Technolgical Radio Mix) 4´27
Análise: Versão remix igual a versão principal, mas editada para tocar em programas de rádio.

9– Leoni - Falando de Amor (New Jack Mix) 4´27
Análise: Remix estiloso muito bom para tocar em programas de rádio, mas bem longe das pistas. A versão New Jack mix tem mais a ver com quem gosta de Soul, Black music e R&B do que qualquer outro ritmo. A galera que curte baile charme adorou! O remix também foi produzido por Leoni e Adriano Dj.

10– Fernanda Abreu - Megamix (Radio Version) 5´05
Análise: Versão remix igual a versão principal, mas editada para tocar em programas de rádio.

11– Daúde - Chove Chuva (Acid Chuva Remix) 4´14
Análise: Versão remix igual a versão principal, mas editada para tocar em programas de rádio. Detalhe: No mercado internacional, o álbum da cantora foi lançado com um remix que se chamava "Acid Rain Mix" que é igual a "Acid Chuva Remix

12–Taciana - Tudo Faz Sentido (Suba Radio Mix) 3´38
Análise: Versão remix igual a versão principal, mas editada para tocar em programas de rádio.
Contracapa 

CD 

A compilação editada em disco vinil registra as seguintes versões:
Capa 

LADO A

1– Marina Lima - Eu Vi O Rei (Meme's In The House 12") 5´55
2– Leoni - Falando de Amor (Love House Mix) 6´16     
3– Daúde - Chove Chuva (Extended Remix) 5´51

LADO B

1– Os Paralamas do Sucesso - Dos Margaritas (Meme's Technolgical 12") 5´16
2– Fernanda Abreu  Megamix (Club Version)  6´39
3– Taciana - Tudo Faz Sentido (Suba Extended Version) 7´19

* Algumas canções incluídas na compilação já foram postadas pelo blog e também foram distribuídas de forma promocional, em singles individuais no formato de Cd e em vinil 12”.

** Alguns remixes também foram lançados comercialmente nos álbuns dos artistas:

Leoni – Leoni (CD edição especial) (1994)
- Leoni - Falando de Amor (Love House Mix) 6´16
- Leoni - Falando de Amor (New Jack mix) 4´24

Taciana - Janela dos Sonhos (1995)
- Tudo Faz Sentido (Suba Radio Mix) 3´38
- Taciana - Tudo Faz Sentido (Suba Extended Version) 7´19

Daúde – Daúde (1999)
- Daúde - Chove Chuva (Acid Chuva Remix) 4´14

sábado, 13 de junho de 2015

Claudio Zoli - Último beijo remix (single promocional - item de colecionador)

Capa

Continuando o trabalho de pesquisa de remixes produzidos no país durante as décadas de 70, 80, 90 e 00, o blog Brasilremixes relembra o single da canção “Último beijo” do cantor Claudio Zoli. No ano de 1988, a cena musical brasileira ainda estava absorvendo os remixes limitados que haviam sido produzidos nos anos anteriores para diversas canções de rock, pop, poprock e MPB. 

Naquela época, a linha musical internacional relacionada ao mainstream, já explorava largamente os beats eletrônicos utilizados no conceito do remix. Devido a grande quantidade de canções desenvolvidas pela galera alternativa, descolada, erudita e tradicional, muitos artistas já apresentavam uma estética sonora voltada para novos caminhos, que haviam sido trilhados pela musicalidade eletrônica. Afinal - dizem os pesquisadores, os principais álbuns do estilo, tanto comerciais como alternativos foram lançados na década de noventa. Logo, podemos perceber um atraso musical e tecnológico em grande parte dos artistas brasileiros, se comparados com os artistas "Top" do circuito internacional. 

Ok, ok, nem todo mundo tinha obrigação de produzir "isso ou aquilo". Porém, quando você se propõem a fazer um trabalho musical e a proposta desse "trabalho" seja influenciada pelos gringos, o resultado deve manter a mesma qualidade apresentada pelo artista original. Quando inventaram a guitarra, uma grande quantidade de artistas brasileiros produziram ótimas canções utilizando a guitarra na concepção musical da melodia. Quando chegou a vez dos brasileiros fazerem canções eletrônicas ou com vibrações eletrônicas dançantes, salve raras exceções, o resultado melódico ficou uma porcaria. 

Em 1988 o estilo musical Freestyle já tinha se tornado uma lembrança do pop dance americano produzido de 1983 a 1987! Entretanto, as danceterias brasileiras mais famosas já tocavam um outro modelo de dance music bem mais festivo e longe de "passinhos coreografados". Apenas como exemplo, na ocasião a música mais pedida nas rádios FMs e no clubs era "Blue Monday remix" da banda New Order!!! Madonna já tinha lançado o single promocional de "Like a prayer" , Information Society mandava bem com "What´s on your mind", Pet Shop Boys ressuscitava Elvis Presley com a famosa "Always on my mind" e o pessoal do Technotronic se preparava para lançar a canção "Pump up the jam" - que se tornaria o megahit de 1989/90, junto com outras tantas canções eletrônicas de alto impacto - de diversos artistas europeus. Portanto, em 1988 o Freestyle era considerado um som pop pra bailinho de quinta categoria! 

É preciso entender que quando alguém se propõem a fazer um remix, ele deve ser um "remix top". Se for uma tentativa de remix não faça, porque além do resultado ficar distante daquilo que o público estiver acompanhando, o remix também vai ser ignorado! 

Detalhe

Não deu outra! O single vinil 12” remix da canção Ultimo Beijo do cantor Claudio Zoli, não apresentou surpresas por uma série de fatores musicais, que vão desde a disponibilidade técnica de produção do Dj ou produtor, o interesse musical do brasileiro, o entendimento musical da gravadora, o entendimento musical do artista entre outros detalhes. A proposta do remix feito pelo Dj Irai Campos era simples e seguia o estilo Freestyle americano, ao qual já comentamos anteriormente. A canção não foi um grande sucesso do artista e o remix se manteve desconhecido e ignorado sem fazer diferença. Valeu pela intenção e quem sabe um novo remix mais dançante no futuro!

Este disco disponibiliza as seguintes versões:

LADO A

1- Último beijo – Radio mix 3´59
2- Último beijo – Álbum mix 3´20

LADO B


* Até o momento não há informação na discografia oficial do cantor Claudio Zoli,  afirmando que o remix tenha sido lançado em Cd.

** Procure no youtube as musicas que foram utilizadas como exemplo nesta resenha e faça suas próprias comparações! 

*** Quando a equipe do Brasilremixes critica um remix, não é pelo fato da produção ter ficado ruim. O problema é que ficou péssimo! É preciso olhar ao redor e ver de que forma o mundo está se movimentando!  Acorda Brasil.......

domingo, 7 de junho de 2015

Biquini Cavadão - Sabor do sol remix (single promocional)

Capa do single

Mesmo que álbum de remixes da banda Biquini Cavadão não tenha convencido o povo do festerê, não significa que tudo está perdido. Pois não há nada que impeça que novos remixes sejam criados. Portanto, a banda continua com seu lugar ao sol no cenário poprock brasileiro. Aliás, falando em lugares e constelações hoje relembramos a música “Sabor do sol” do grupo Biquini Cavadão, que foi lançada oficialmente no álbum Biquini.com.br em 1998, pela gravadora BMG.
Contracapa do single

O CD single da canção Sabor do sol, também foi distribuído promocionalmente em 1998 e registra três versões, sem remixes. Todas foram produzidas por Paul Ralphes com a direção artística de Jorge Davidson. A música Sabor do sol possui uma melodia pop reggae igual a versão original, que é interessante para ser tocada em programas de rádio, mas bem longe das pistas e dos clubes. Entretanto, para a surpresa de todos e para a felicidade dos fãs de remixes brasileiros, se o Cd single não apresentou um remix decente, o álbum da banda “Biquini com.br”, acabou trazendo um ótimo remix para ser tocado nas pistas. A versão remixada se chama Sabor do sol - Tutamix. Ela recebeu boas doses de House music e foi produzida por Tuta Aquino. Sem dúvida um belo remix para ser ouvido bem alto! Recomendamos!!

Em relação ao CD single, não tem nada de mais, pois registra as seguintes versões editadas:

1- Sabor do sol – Promo (version Edit  1) - 3´37
2- Sabor do sol – Promo (version edit  2) - 4´00
3- Sabor do sol – Álbum (version) -  4´16
CD

* Não há informação que este single tenha sido editado em vinil 12”.

** No álbum Biquini.com.br lançado pela banda, também foi incluído um remix para a música Dançar pra não dançar” (Tutamix). As imagens podem ser visualizadas na sequência.
Capa
Encarte
Contracapa