quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dj Zé Pedro - Música para Dançar (remixes coletânea)

Capa
Ao digitar as palavras para compor esse texto, já estava praticamente pronta a minha artilharia apontada para a galera musical atrasada do Rio Grande do Sul. Porém, iriam surgir duas situações. De um lado o Brasil que acompanha esse blog não entenderia nada por que não sabe “ao pé da letra” o que se passa lá no final do seu país. E do outro, parte da própria gauchada de conhecimento limitado, não iria compreender a crítica a seu respeito pelo simples fato de ignorar a evolução musical, que de certa forma é vista como  uma afronta a fantasia do tradicionalismo gaúcho - perpetuado por pessoas desinformadas que compraram e vangloriam o ufanismo tradicional, desde o século XVIII como se fosse o exemplo máximo do bem para todos.


- Qual o motivo da briga?

"É que o estado do Rio Grande do Sul não é tão moderno quanto algumas pessoas acreditam. Tirando um punhado de cidades o resto é apenas interior e ponto.
A juventude gaúcha não tem vez! Se você quiser música tem que ser do jeito deles, do jeito da velharia, do jeito do passado, do jeito dos gaudérios para satisfazer uma época em nome de honras e heróis que morreram acreditando numa utopia de meia dúzia de pessoas que não queriam pertencer ao Brasil. O mundo é do futuro, mas eles não entendem e não querem isso! Desejam construir um futuro perpetuando o passado faz de conta. É como se o Brasil ignorasse tudo o que existe atualmente e voltasse a viver no tempo do império com a música clássica e música regionalista apenas, como se fosse algo sagrado!
Raízes?! Pelo amor de Deus pare de falar em raízes! No Brasil que reúne a maior diversidade étnica cultural do mundo, só os índios têm o direito de falar em raiz! O povo brasileiro é, e continua sendo formado por diversas raças e etnias de vários países! Logo, que papo de raiz é esse????? Paaaaaaaaaaaara com isso! Porque o resto é vaidade!"

- Espere um pouco! O que o DJ Zé Pedro tem com essa história?

O DJ Zé Pedro é um gaúcho que conseguiu romper a casca do ovo e se mandou pra São Paulo e Rio de Janeiro, onde a maior parte da cultura Brasileira acontece como um todo e não apenas num gueto! Motivos? Motivos? É fácil, pergunte para a modelo Gisele Bündchen, para a apresentadora Xuxa, aos parentes da cantora Elis Regina, entre outras dezenas de pessoas ligadas ao meio cultural, musical e artístico brasileiro, que seguiram suas vidas bem longe do Rio Grande do Sul. Infelizmente, o Estado gaúcho não dá suporte para sustentar a grandiosidade e o talento de determinadas pessoas. Não há nada pessoal. É apenas a triste realidade!

Mas voltando ao assunto que interessa, aqui está o Cd produzido pelo DJ Zé Pedro chamado “Música Para Dançar”. Lançado pela gravadora Universal em 2002, trata-se de uma coletânea de remixes de diversos artistas da música popular brasileira (MPB).
Não se trata dos melhores remixes e não significa que seja o melhor álbum de remixes de canções cantadas em português! É importante enfatizar essa parte, porque existem pessoas que não gostam e não irão gostar das musicas. Normal! Porém, não posso, em hipótese alguma, desmerecer a proposta desse trabalho pelo fato de conhecer o meio musical brasileiro e afirmar que tanto esse Cd como as outras coletâneas dançantes nacionais, representam alguma coisa no meio do nada!  
Em resumo, ou você se diverte com o que têm ou você fica sem nada! Triste legado na música brasileira com estética eletrônica...

Pra entender o conceito do trabalho é importante que o ouvinte esteja familiarizado com musicas dançantes comerciais e a música eletrônica em geral. Todas as faixas que compõem o Cd foram pesquisadas e escolhidas pelo DJ Zé Pedro, com o apoio de Binho Feffer para produzir os remixes. 
Lembro ao leitor que as versões apresentadas neste álbum não são definitivas e retratam um estilo musical voltado para a Dance music, de acordo com o entendimento do DJ no período em que a coletânea foi produzida. Afinal, o leitor sabe que nada é perpétuo e tudo se transforma diariamente.
Encarte





















1 - Alcione – Não deixe o samba morrer (Marrom mix) 4´41

Análise: Remix bem interessante com a levada de drum n´ bass, o problema é que a melodia original é um clássico do samba e faz parte do universo adulto. Logo, o público jovem, que é o principal consumidor do estilo dançante e de drum n´bass,  poderá achar a canção “madura” demais. 

2 - Clara Nunes – Morena de angola (Chocalho mix) 3´53

Análise: O remix ficou ótimo com influências do house latino (latin house) e toda a ginga nordestina que tempera a melodia para garantir o balanço nas pistas de dança que não sejam preconceituosas. O resgate melódico da canção foi bem importante, mas a nova roupagem irá funcionar com pessoas que já entendem do assunto.
Encarte












3 - Elis Regina – Vou deitar e rolar (Quá quará quá quá remix) 3´53

Análise: Remix com influências da house music, direcionado ao dancefloor mais “classudo” e merecia uma versão adicional mais longa. Uma das melodias mais legais do CD. Ótimo pra quem conhece!

4 - Milton Nascimento – Cravo e canela (Tempero mix) 3´29

Análise: Versão house para uma canção pouco conhecida. Funciona para um público limitado.

5 - Maria Bethânia – Um jeito estúpido de amar (Jogo perigoso) 4´30

Análise: Boa levada house para quem tem atitude. Se muitas musicas brasileiras famosas não funcionam na pista de dança, imagine uma melodia tirada do fundo do baú! Vale pelo registro.
Encarte

6 - Dorival Caymmi – Retirantes ( Lê rê lê rê mix)

Análise: Remix house discreto para manter a cadência original da melodia. Porém nem tudo que foi sucesso no passado significa que funciona no futuro. Boa escolha musical, mas merecia uma nova interpretação. A voz original do cantor Dorival Caymmi não combina na primeira audição. É preciso que o ouvinte se acostume.

7 - Joyce – Feminina (Menina mix)

Análise: Remix bossa-nova-house-turbinado, do jeito que a galera gringa gosta de ouvir quando passeia de ônibus pela orla marítima do Rio de janeiro.


8 - Gilberto Gil – Ela, toda a menina bahiana, refazenda, sitio do pica-pau amarelo (Flora mix)

Análise: Versão remix ao estilo drum n´bass muito fraca, sem fazer diferença alguma.

9 - Gal Costa – Sebastiana (Xaxado Mix)

Análise: Essa música é para pessoas do tempo do Êpa! Nem a versão remix ajuda. A voz da cantora então? Resgata uma Gal Costa que não existe mais.  Pule esta faixa, sinto muito!

10 - Amelinha – Frevo mulher (Cabeleira mix)

Análise: A melodia original dessa canção já possui um gingado marcante. Esse remix, infelizmente, ficou a desejar. Merecia algo mais turbinado! Quem sabe da próxima vez.
Encarte











11 - Caetano Veloso – Eclipse oculto (Eclipse tropical)

Análise: Esse remix recebeu o nome de “Eclipse tropical” e ficou horrível. Tecladinho eletrônico cafona, bateria enrolada tipo carnaval de boteco... Vamos pular de faixa e fingir que nada aconteceu.

12 - Edu Lobo – Ponteio (Violeiro mix)

Análise: A voz original não combinou com a reestruturação da música. A masterização ficou sem brilho. A letra da melodia não funciona na pista.  Nada a declarar. Passa!
Contra capa

















13 - Ney Matogrosso – Não existe pecado ao sul do Equador (Tucupi mix)

Análise: Ouvi diversas vezes essa versão e consultei a opinião de outros djs e até de músicos e programadores. Os arranjos iniciais do remix foram criativos, mas a bateria eletrônica fajuta e a mixagem sofrível prejudicaram o que poderia ser um dos grandes hits do Cd. A escolha da música e a ideia do remix são ótimas, mas o resultado final ficou desastroso. Faltou peso, faltou equalização, faltou definição de instrumentos (tá tudo muito embolado). Pena! O remix tinha tudo para ser uma festa de arromba! Se essa música caísse nas mãos tecnológicas dos gringos, pelo amor de Deus! Seria um mega sucesso! Quem sabe daqui alguns anos...

14 - Marcos Valle – Estrelar (Solar mix)

Análise: Ótima escolha musical, porém o remix ficou fraco. Faltou produção!!!! Que pena!

15 - Adriana Calcanhotto – Senhas, Marítimo, Vambora, Parangolé Pamplona, ....vamos comer Caetano, remix século XX, na pista de dança. (Jogo linguístico)

Análise: Remix mais alternativo do que dançante. Um medley, diria. O resultado é bem interessante, mas longe da pista!
CD

* A compilação de remixes não foi lançada em vinil. Porém, na sequência podemos ver a imagem de um single 12" promocional, que apresenta quatro canções editadas em disco.

LADO A
1- Gilberto Gil – Ela, toda a menina bahiana, refazenda, sitio do pica-pau amarelo (Flora mix)
2- Elis Regina – Vou deitar e rolar (Quá quará quá quá remix) 3´53

LADO B
1- Ney Matogrosso – Não existe pecado ao sul do Equador (Tucupi mix)
2- Dorival Caymmi – Retirantes ( Lê rê lê rê mix)

sábado, 16 de julho de 2011

Biquini Cavadão Single remix promocional

Capa






















Este é o single promocional da banda Biquíni Cavadão lançado em 1998 para promover o álbum de remixes do próprio grupo, que foi apresentado aos fãs no mesmo ano e que em breve será postado pelo blog.
O single mostra duas musicas divididas em quatro remixes (dois remixes de cada faixa).

1- Tédio´98 (Radio mix) 3´36

Análise: Esse remix foi produzido por DJ Cuca e é ótimo para FMs da vida, mas bem longe de qualquer pista de dança! A letra da música também é muito interessante, mas a melodia não funciona mais numa época em que o século XIX ficou pra trás! Sinto muito! Viva o futuro! Afinal, o tédio é coisa do passado. (Essa versão faz parte do álbum de remixes da banda. Entretanto, possui "insignificantes 10 segundos" mais longos que a versão lançada no álbum de remixes e além de tudo foi chamada de Cuca´s Mix).

2- Tédio´98 (Extended mix) 3´53

Análise: Esse remix possui influências da house music. Foi produzido por DJ Cuca e não tem nada de extended! A graça da versão remix ser chamada de extended é que foi feita com o objetivo de dançar e curtir a melodia por mais tempo na pista de dança para que o DJ não tenha que repetir a mesma música por várias vezes durante a noite.  Tá entendido ou alguém quer que eu faça um desenho? Dance, dance, dance, dance, é isso o que importa na danceteria! O resto é bobagem! Quanto mais pirotécnico, quanto mais estroboscópico, quanto mais pisicodélico e dançante melhor! Esse é o esquema da dance music, música feita para dançar! O resto é blá-blá-blá!
Na dance music não existe esse papo de coração vagabundo da MPB ou discurso de palanque roqueiro contra o sistema ou ainda Michael Jackson fazendo passinho e cara de zumbi. Enfim, tem parte do Brasil que ainda tem muito que aprender sobre a estética do remix!
No que se refere ao DJ Cuca, já mencionei em outros remixes que tenho medo em relação ao seu trabalho e essa remixagem ficou um tanto infantil. Mas vale pelo registro. Um detalhe é que esse remix não entrou no álbum de remixes da banda. 

Contra capa


















3- Vento ventania (radio version) 3´39

Análise: Remix lúdico produzido por Hitmakers para qualquer papai e mamãe abraçar seus filhinhos junto com a vovó e a titia cantando e batendo palmas numa linda tarde de domingo. Vamos dançar com os carneirinhos, os duendes, a branca de neve e coelhinho da páscoa. Um mundo encantado no castelo de fadas. Ué?! Cadê a chapeuzinho vermelho? Vai ver ela fugiu com o lobo mau pegando carona com o vento ventania para qualquer outro lugar que não seja a cafonice.  Na compilação de remixes da banda, essa versão recebeu o nome de (Hitmakers radio Edit).

4- Vento ventania (Extended version) 5´00

Análise: Quando ouço essa versão tenho vontade de fugir para qualquer lugar sem ter que voltar! O remix também foi produzido por Hitmakers e possui aqueles sininhos de “jingle Bells” usados exclusivamente em melodias de Natal e nada mais. George Michael cantando “Last Christmas” em 1986 que o diga!
Na coletêna de remixes da banda essa versão foi chamada de (Hitmakers “My Good” Extended Mix). 

CD






Até o momento não há informação de que este single promocional tenha sido editado em vinil. Gostaria de fazer um agradecimento pelas imagens do CD terem sido gentilmente cedidas por Cristiane dos Santos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

RPM - Louras Geladas (single remix promocional) Item de colecionador

Capa do single remix Louras Geladas





















A década de 80 foi bastante rica e inovadora em todos os estilos musicais. Tanto na esfera brasileira quanto na área internacional são inúmeros os exemplos melódicos que agitaram a galera. Desde a concepção musical mais simples até a mais sofisticada, os anos 80 deixaram bastante saudade para quem teve o privilégio de viver e se divertir. 

A saudosa década de 80 não sai da cabeça e dos pés de algumas pessoas por alguns fatores que merecem ser observados com atenção. Imagine a cena, as mesmas musicas chegavam a tocar de duas a seis vezes por dia em quase todas as principais emissoras de rádio no Brasil. Tanto no dial AM quanto no dial FM. Aliás, não só nas rádios principais como também na rádios secundárias. Visto que, as rádios secundárias copiavam sem pudor o estilo musical das emissoras de rádio mais importantes. É o típico efeito dominó.  “Se as grandes tocam eu também toco! “ 

As músicas de sucesso na década de 80 poderiam ser ouvidas na rua, na escola, na praia, no bairro, na fazenda, no posto de combustível, no supermercado, no carro, no ônibus, no metrô, em casa, na sala, no banheiro, na cozinha, no quarto, nas novelas, nos seriados de TV, nos filmes, nos programas de TV, no taxi, na festa de formatura, na festa de casamento, na festa de batizado, na danceteria, no almoço de domingo, no jantar de sábado, no motel, na festa dos namorados, na festa dos separados, na publicidade, nas festas populares, enfim!!! Não havia um equilíbrio musical, pois o que importava era a audiência! Alguém poderá dizer que foi uma overdose musical. Todo mundo tocando as mesmas musicas em todos os lugares!  Por isso que muita gente não consegue se desprender desse apego ao passado.

Detalhe da contracapa do single
No tópico de hoje apresentamos um single que até o momento não recebeu o seu devido valor. Senhoras e senhores, com vocês o single remix da música Louras Geladas da banda RPM. Em 1984 a gravadora CBS (atual SONY) lançou o single promocional 12" remix da música Louras Geladas. Um fato incomum no mercado fonográfico brasileiro. Afinal, as músicas geralmente eram lançadas no formato de single vinil 7" (compacto) para emissoras de rádio, com a versão original igual a canção lançada no álbum para venda aos consumidores. 

   
Não era normal no mercado brasileiro, aparecer um single remix promocional para rádios diferente da versão da música que era vendida ao público. Na área internacional foi e continua sendo uma prática bastante divulgada, mas no Brasil, infelizmente, não havia e não há esse costume. Aliás, a história tem demonstrado que um dos principais culpados disso foi o público brasileiro que não deu muita importância ao remix. Sabe como é, pra quê sofisticar a música com o remix, se o público foi doutrinado para comer feijão com arroz e migalhas musicais. Logo, pra quem está de barriga cheia a tecnologia é desnecessária, dizem alguns estudiosos. Mas isso é uma outra história.

O single remix da música Louras Geladas não foi comercializado. Ele faz parte de um pacote promocional  cujo objetivo era divulgar a canção da banda RPM entre alguns DJs e emissoras de rádio pelo Brasil.

O single remix 12" contém os remixes produzidos pelos Dj´s Julinho Mazzei, Grego (1956-2010) e Irai Campos.

Lado A 
Louras Geladas - Versão remix 5´25

Lado B
Louras Geladas - Versão Original 2´57

Louras Geladas - Versão dub mix 6´15

Lado A: versão remix
Lado B: versão dubmix

A versão remix se mantém fiel a versão original, porém com o dobro de tempo e alguns efeitos eletrônicos mais prolongados característicos do remixes de músicas de bandas de rock naquela época.

A versão original não é um remix, mas a versão igual a lançada no álbum da banda chamado Revoluções por minuto.

A versão dub mix, também se mantém fiel a estrutura da versão original, porém mais longa e com bases mais instrumentais. Não se trata, necessariamente, de um remix.

A banda RPM foi apresentada como sendo uma banda de rock. Porém a primeira fase da banda pode muito bem ser classificada como poprock. A canção Louras Geladas pode ser enquadrada tanto no sentido de rock como poprock, mas é impossível esconder as influências eletrônicas europeias no desenvolvimento da melodia. Em resumo, a canção foi uma das sacadas musicais mais legais da música pop no Brasil nos anos 80.

Os dois remixes deste single também foram lançados na época em uma edição especial (bonus extra) em fita cassete como você pode observar nas imagens abaixo.
Imagem da capa da fita cassete















* O remix da música  também aparece na coletânea de remixes nacional chamada Dance Mix vol.1 e, em Cd Box promocional comemorativo aos 25 anos da banda.

** Até o momento não há informação que os remixes tenham sido lançados em CD single ou em vinil numa possível edição especial do álbum Revoluções por minuto.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Marina Lima - O Chamado (Box edição especial para colecionadores)

Marina Lima Cd box 

Este Cd álbum não se trata de um remix! Digamos que seja um presente meu para os leitores do blog e fãs da cantora Marina Lima. Afinal, além de postar informações sobre singles e CDs com remixes de diversos DJs e artistas brasileiros, na medida do possível, também serão postados pelo blog (para aguçar a felicidade de colecionadores) edições especiais e raras sobre o trabalho de alguns desses artistas. Dizem os internautas, que não há nada tão gratificante quanto receber boas surpresas ao navegar pela internet e se deparar com coisas muito interessantes. Pois bem, descobrir essa raridade não foi uma tarefa fácil. Confesso que fui pego de surpresa e essa edição especial (rara) quase passou despercebido. Mas vamos ao que importa. 

Este Box é uma edição especial feita para promover o lançamento do cd “O Chamado” da Cantora Marina Lima em 1994. Especialistas afirmam que existem apenas 500 unidades dessa edição. Porém, os mais céticos nos revelam que possivelmente tenham sido confeccionadas somente 100 cópias, dado o alto custo de produção e a falta de mão-de-obra especializada no Brasil para fazer o trabalho de confecção do Cd.  Dessa forma, há quem entenda que naquela época, essa edição especial tenha sido produzida fora do país. Nas imagens seguintes você pode ver os detalhes do Cd box.

01 box estilizado (caixa de papel)
01 Cd "O chamado"
02 adesivos: Um com a imagem da capa do Cd e o outro com os dizeres: "Arriscar e amar até o fim."
04 cartões (cards) coloridos que formam de um lado a imagem da cantora e do outro estão pensamentos, frases e poesias escritas em português e em inglês. por Marina Lima, Antônio Cícero, Alvil L. e Pat MacDonald.
Capa
Cards frente
Cards verso
Box com Cd
Box + Cd + adesivos

* Infelizmente, este CD box não foi comercializado ao grande público. Trata-se de uma edição promocional dentro de um trabalho de marketing para presentear proprietários e locutores de emissoras de rádio, jornalistas, críticos musicais, publicitários, produtores e apresentadores de programas de TV, entre outros. Esse tipo de produto é muito comum no mercado internacional. Independente do artista ou de estilo musical, várias edições especiais de álbuns de diversos artistas são lançados anualmente. Quer dizer, não apenas distribuídos de forma escondida para meia dúzia de pessoas e sim, comercializados ao público em geral. Claro, tudo tem o seu preço. Mas ao menos está a disposição das pessoas terem a oportunidade para visualizar. Compra quem quiser ou quem puder. Não se trata de capitalismo ou socialismo, mas de presentear o público e os fãs com um produto diferenciado. Já imaginou se todo mundo tivesse que utilizar uniforme?!!! E a criatividade artística?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

kid Abelha - Como é que eu vou embora (single remixes) promocional

Capa

Ao pensar em poprock com a utilização de saxofone, sem dúvida alguma você irá se lembrar das musicas do Kid Abelha. A combinação e harmonia dos instrumentos é marca registrada da banda. Nada ou quase nada na música brasileira é tão peculiar quanto a vibração musical desse grupo, também conhecido pelo nome de Kid Abelha e os Abóboras Selvagens. Em 1996 a banda lançou o álbum chamado Meu mundo gira em torno de você. Neste trabalho são apresentadas 12 canções e entre elas está a música Como é que eu vou embora que é o tema deste cd single promocional de rádio com remixes lançado pela gravadora WEA.  



Este single apresenta os seguintes remixes:

1- Pop Dreams Radio Edit  3 ´54 **

Análise: Remix poprock ideal para rádios FMs, festas de aniversário, festas em família com todo mundo fazendo passinho e sorrindo para câmera fotográfica. Um remix produzido por DJ Cuca para ser tocado muito, mas muito longe das pistas e dos Clubs.

2- Crossover Radio Edit  3 ´52

Análise: Já falei que tenho medo de alguns remixes produzidos por Dj Cuca. E esse remix é um deles. Respeito a criatividade e a concepção, mas o resultado final ficou estranho. O remix não é dançante, não é house, não é funk carioca, não é acid house, enfim. É uma mistura de tudo e ao mesmo tempo não é nada. Apenas mais uma versão. Pena. Vale pelo registro da época. Hoje não toca mais.

3- Pop Extended Mix 4´40

Análise: A música foi um grande sucesso da banda, mas esse remix poprock também produzido por DJ Cuca segue uma linha poprock básica previsível. Mesmo sendo lançado na década de 90, esse tipo de remix não tocava nos clubs. Hoje então, virou coisa do passado!

4- Crossover Extended Mix 4 ´54 **

Análise: Esse remix é igual ao remix apresentado na segunda faixa do Cd, mas essa versão é mais longa. Por isso se chama extended.

5- Pop Instrumental Mix 4 ´40

Análise: Essa faixa não é um remix, mas apenas a versão instrumental do remix chamado pop dreams mix.

6- Crossover Instrumental Mix 4 ´40

Análise: Essa faixa também não é um remix, mas apenas a versão instrumental do remix chamado Crossover extended mix.

7- Álbum version 3´44

Análise: Essa música não se trata de um remix, mas apenas a versão original igual a versão lançada no Cd álbum. 


 
















CD

** Duas versões remixadas deste single aparecem em outro Cd single de remixes oficialmente lançado (os fãs agradecem!!!) pela banda em 1997.

** Outras duas versões remixadas deste single também foram lançadas oficialmente em edição especial com "bônus cd" para o álbum chamado "Meu mundo gira em torno de você"

*** Logo abaixo disponibilizamos as imagens de capa do Cd single promocional simples - trazendo apenas a canção original - que  também foi distribuído para rádios e Djs na época de lançamento do álbum.



*  Infelizmente, o Cd single com remixes postado hoje não é mostrado e nem comentado no site oficial da banda. Também não há informações de que estes remixes tenham sido lançados em vinil.



domingo, 12 de junho de 2011

Cazuza - Remixes


Capa

O cantor Cazuza merecia um tratamento melhor no que se refere aos remixes de suas musicas, diante do resultado final apresentado no álbum Cazuza - Remixes.
Mas o que salva é saber que a qualquer momento é possível remixar suas canções, que agitaram toda uma geração na década de 80. 

A morte de Cazuza em decorrência da AIDS mostra um lado obscuro de alguns artistas, que infelizmente não tomam ou não tomaram os cuidados necessários com sua própria saúde. Espiritualmente falando, Cazuza pode ser visto como um suicida. Ou seja, partindo do princípio de que a doutrina espírita seja verdadeira, ela explica que todo mundo que não cuida de sua saúde e que acaba morrendo em razão de um exagero é visto como suicida. Enfim, mas voltando aos remixes, este álbum foi lançado em 1998 pela gravadora Polygram. Possui 14 faixas remexidas ou quase isso. Entre as versões apresentadas nem todas deveriam se chamar de remix. Mas por enquanto é o que se tem.

1 - Bete balanço  (Hitmakers Funky Edit)  3´53

Análise: Essa canção dispensa apresentações. Trata-se de um clássico no poprock brasileiro da década de 80. Poderia ter sido feito um outro tipo de remix, porém na área de remixes existe um dado interessante para saber. Ou seja, não é bem assim remexer uma melodia e jogar na cara do público. É preciso respeitar alguns critérios musicais. Existem remixes mais sérios, remixes com um estilo mais lúdico, remixes descartáveis, remixes modistas, remixes adolescentes, remixes adultos, etc. A música Bete Balanço tem uma levada maliciosa com uma atmosfera séria. Dessa forma, os produtores podem até brincar com a melodia, porém ela exige um remix mais sério do que necessariamente um remix com influências lúdicas, por exemplo. Essa versão foi produzida por Rodrigo Kuster, Fabio Tabach e Luis Carlos para Hitmakers Music e foi chamada de Hitmakers Funky Edit. Tocou em muitos programas de rádio e até em algumas danceterias. Tem uma ótima levada poprock, mas um tanto moderada para o dancefloor. Remix ideal para os fãs da primeira fase do Barão Vermelho.

2 – Ideologia (Cuca House Edit)  4´10

Análise: ...Ideologia, eu quero um remix pra viver......Brincadeiras à parte,  infelizmente essa versão não tocou tanto quanto merecia. Ás vezes eu tenho um pouco de receio dos remixes produzidos pelo DJ Cuca. Porém confesso que em outros momentos ele consegue surpreender. E essa versão é sensacional! 100% dance club com todas as luzes e as palmas necessárias, para incendiar a pista com influências do house quase progressivo e sua pegada arrebatadora para deixar a galera alucinada com gostinho de quer mais! O remix foi muito bem masterizado. Sem dúvida um dos melhores remixes do álbum pra quem gostar de dançar! Recomendo!!!

3 – O tempo não para (Hitmakers Don´t Stop Edit)  4´06

Análise: Esse remix mantém o estilo poprock da versão original com levada funk e até influências do soul e hip hop. Ideal para FMs,  mas longe das pistas.

Atenção: Não confunda Funk com o Funk Carioca!!!! São duas coisas bem diferentes!!!

4 – Exagerado´( 98)  3´47

Análise: Essa versão é fraca e um tanto confusa. Produzida por Alessandro Tausz e Fábio Cárdia a impressão que há é de que as bases da versão original estão tocando e sobre elas foram adicionados outros instrumentos musicais para dizer que era um remix. Só isso! De fato é um remix. Mas não convence! 

5 – Codinome beija-flor (Hitmakers Black Edit)  3´32

Análise: Ótimo remix, manteve o clima da versão original com influências da Black music, utilizou o sample da canção “La vie in Rose” de Grace Jones, e adicionou uma camada de teclados trancedentais para harmonizar ainda mais a faixa. Produzido por Hitmakers. Versão muito boa para lounges e bares com apelo romântico.



















6 – Por que a gente é assim? (G-vô e E-A.W.Remix) 4´23

Análise: Remix básico sem criatividade ao estilo poprock. Produzido por Paulo Jeveaux e André Werneck, essa versão não tem apelo super-dançante, infelizmente. Fica apenas o registro.

7- Faz parte do meu show (Hitmakers Drum n´bass Edit) 2´52

Análise: Essa track é uma delícia! Produzida por Hitmakers, manteve a base original suave e tranquila da canção adicionando apenas uma modernosa levada eletrônica de Drum n´bass. Os produtores devem ter utilizado algum sample de bateria de algum artista internacional porque a bateria utilizada nessa versão não é o tipo de bateria eletrônica geralmente utilizada por artistas brasileiros. Remix clássico e sempre bem vindo!

Os: Se essa versão é editada, onde está a versão longa? Desculpe, mas ainda não encontramos. Talvez em algum cd promocional perdido por ai! Vai saber...

8- O nosso amor a gente inventa (Estória romântica) (Digital Track´s DJs Radio) 3´35

Análise: Alguém poderia jurar que esse remix é a cara do Kid Abelha na década de 80! Essa versão é 100% estilo pop, para tocar em FMs da vida e bem longe de qualquer pista de dança. Não é house, não é funk carioca, não é rock, não é dance, enfim. Parece um remix para preencher espaço! Produzida por Wallace DJ, a versão tem influências da Black music. Vale pelo registro, apenas.

9- Brasil (Hitmakers radio Edit) 3 ´43

Análise: A letra da música é ótima, mas a melodia do remix não apresenta novidade, infelizmente. Poprock e mais poprock. Essa versão nem deveria ser chamada de remix! As vezes me pergunto:  Será que Cazuza autorizaria determinados remixes para seu álbum? Mas por outro lado, penso que talvez nem o próprio Cazuza tinha conhecimento sobre a essência do remix. Talvez ele e parte da galera que estava ao seu redor conhecesse apenas os remixes de Freddie Mercury ou das musicas da Madonna! Enfim, nunca vamos saber.

10- Maior abandonado (Tausz Groove Mix) 3´39

Análise: Remix produzido por Alessandro Tausz com estilo House e sample da canção “Let´s Groove”, da banda Earth Wind and Fire. Além disso, o acompanhamento musical que utiliza um timbre de sintetizador lembrando a Ítalo House no fim da década de oitenta não combinou com a versão, mesmo que tenha sido apenas uma homenagem. Para piorar, o remix não empolga a galera do dancefloor. Fique com a versão original.

Encarte

11- Pro dia nascer feliz (Hitmakers Club Edit) 4 ´01

Análise: Quando ouço esse remix entendo alguns roqueiros que se queixam dizendo que a música foi estragada. Esse remix é tudo de ruim! Sem dúvida esse clássico do rock da década de 80 merecia algo mais festivo! Essa versão sofrível começa ruim com um efeito eletrônico de apito idiota e termina de repente sem dizer adeus. Desperdício! Que pena!

12- Bete balanço (Hitmakers Funky Mix) 4´07

Análise: Um detalhe precisa ser esclarecido para o leitor. Ou você faz um remix para tocar no rádio ou você faz um remix para tocar na pista. Porque misturar os dois não dá certo e o resultado fica pela metade. Responda rápido: Qual é a diferença entre 3:53 min e 4:07 min? Para com isso!!!  Quatorze segundos não é nada! Não adianta diminuir 14 segundos de uma música apenas para diferenciar a versão longa da versão curta como ocorreu neste remix. Na prática essa versão é igual a primeira faixa do CD já comentada neste post. Aqui tem cheiro de malandro querendo enganar a torcida!

13- Ideologia (Cuca´s 99´s Club Remix) 6´52

Análise: Remix igual a segunda faixa desse CD, porém mais longo. Ótima pegada para divertir a galera na pista. Também remixada pelo DJ Cuca. Recomendo!!

14 – Exagerado (Dance Mix) 4 ´07

Análise: Esse remix é uma vergonha!!! Essa versão produzida por Nino Carlo e Rodrigo Kuster é horrível e a faixa ainda recebe o nome de historic mix?? Pelo amor de Deus, não sei onde estavam com a cabeça e com o corpo quando produziram tamanha bizarrice! Esse remix deveria ser banido desse CD e da história musical de Cazuza e dos remixes nacionais. Lamento! Tecladinho euro dance de quinta categoria, bateria pingue-pongue terrível, harmonia musical que não serve nem para divertir a garotada de cinco anos nas festinhas de aniversário com o palhaço Bozo! Nem a Xuxa, fez um remix tão ruim! Fora!!!

Contra capa








CD

domingo, 5 de junho de 2011

DJ Mau Mau – Arts, Plugs and soul (CD álbum)

Capa principal























Este álbum foi produzido pelo DJ Mau Mau, também conhecido por Maurício Souza. Não se trata de um cd de remixes, mas de um álbum com musicas eletrônicas produzido por um brasileiro.
Porém, mesmo estando em  2010, (por enquanto no Brasil) ainda não há um grande público consumidor da estética musical eletrônica. Isso ocorre por vários motivos: Interesse, tecnologia, conhecimento, confusão musical, consciência, reflexão, medo, escravidão a estilos musicais do passado, falta de noção, entre outros.
Encarte 1









Encarte  2












Encarte 3















Arts, plugs and soul   registra a existência de uma concepção musical "electro-tupiniquim" no meio de quase nada. Digo, no meio de quase nada de forma provocativa. Até porque do jeito que as coisas andam no Brasil, até a Amazônia corre sério risco de ser toda destruída! Restando quase nada para as futuras gerações!  Dúvida??? Cuidado! Não coloque a mão no fogo em nome de outras pessoas pensando que todo mundo é querido e honesto. Milhares de árvores desmatadas na floresta amazônica não servem apenas para gerar emprego e sustentar as famílias. Mas grande parte da riqueza adquirida pela destruição da mata, vai parar no bolso de meia dúzia de medalhões para sustentar uma vida repleta de vaidades e libertinagens. E nem vou entrar em maiores detalhes porque algumas pessoas são tão ingênuas que nem acreditariam na própria sombra!  Imagine se eu continuasse a falar sobre esse assunto! Enfim.
Outra parte do encarte do C
Arts, plugs and soul é um álbum de música eletrônica bem interessante e possui doze faixas normais, acompanhadas de quatro músicas exclusivas (remixes) em MP3 para rodarem no computador. Lançado em 2006 pela gravadora Trama, todas as melodias não seguem um conceito obrigatoriamente dançante, mesmo que tenham sido feitas sob a estética eletrônica. O álbum apresenta influências musicais variadas entre o ambient, o dub, o future jazz e o techno. Para ouvidos mais exigentes é possível observar uma linguagem musical com referências ao Future Sound of London, Underworld, Aphex Twin, 808 State e até do alemão Sven Vath. Não se trata de um Cd para ser escutado de repente. É preciso ter conhecimento de música eletrônica básica, ao menos. Esse é outro grave problema no Brasil. Quando muitas pessoas falam em música eletrônica elas pensam em Village People, mas Village People não é música eletrônica!! Village People é disco music!! Enfim, existem pessoas preconceituosas porque é bastante cômodo para elas permanecerem assim. Mas é preciso ter cuidado para não se tornar uma pessoa velha dentro de conhecimentos bizarros e ultrapassados!

Este Cd possui as seguintes músicas:

1- Um Novo

2- Perfect Blur

3- Hipjazz

4- That´s It  

5- See me

6- Choro Ritual

7- 9997

8 – Another Time

9- Globalization

10- Destruição

11- How to Find

12- Exotika 

Bonus tracks em MP3 (remixes) para computador

13 - Sebastian

14- Future Attrations

15- Dance Floor

16- 3 Lovers

contra-capa do CD















CD









* Até o momento não há informações de que este álbum tenha sido editado em vinil.