domingo, 15 de janeiro de 2023

Titãs - Remixes 2021 (EP digital + single)

Capa

Esse lançamento musical da banda Titãs poderia ser resumido em Quem? Quando? Onde? Como? e Porquê? Mas não apenas naquele sentido informativo dado pelos jornais ou portais de notícias. A impressão que temos do mercado musical brasileiro é que todos os artistas (nacionais ou estrangeiros), precisam ser reapresentados constantemente ao público, que parece viver num mundo (DDD) - disperso, desligado e descartável.

Este EP que reúne quatro remixes atuais de algumas canções de sucesso do grupo Titãs, foi lançado no final de 2021, mas percebemos que para 90% do Brasil, todos os remixes vão ter sabor de novidade. Estamos em 2023 e para surpresa geral, poucas pessoas possuem conhecimento sobre os novos remixes da banda, apesar de todo o sistema de comunicação existente nos dias atuais. Enfim....
   Titãs em 2021 / reprodução internet

Diante disso, para facilitar a leitura dos fãs, colecionadores, seguidores do blog e o público em geral, vamos fazer uma rápida análise de cada faixa.

1- Enquanto houver sol remix (radio edit) 2´17
Análise: Produzida por Titãs, Guz Zanotto e Overdrive Duo, essa track ficou ótima. A versão original foi lançada em 2003 no álbum Como estão vocês? 
Quando ouvimos o remix pela primeira vez, de imediato, lembramos da sonoridade musical da banda de música eletrônica mexicana chamada Moenia. Corre lá no youtube e ouça as novas musicas do Moenia e compare com o remix. A percepção de uma atmosfera melódica semelhante é inevitável.
Esse fato não é ruim, pelo contrário, o remix ficou ótimo e é um bom conceito de remixes para serem utilizados por bandas de rock e pop rock brasileiras, porque funciona muito bem tanto em shows ao vivo, quanto nos clubes e nas raves.

2- Epitáfio remix (radio edit) 3´09
Análise: Um clássico da banda lançado em 2001, essa faixa recebeu um proposta musical deliciosamente progressiva e foi remixada pelos Titãs em conjunto com Pontifexx.
Maaaassssss, apesar da canção ser muito boa a dinâmica utilizada pelo remix exagerou nas paradas. Afinal? É dance ou não é dance? Foi muito arriscado fazer um remix com muitas pausas no ritmo dançante. 

Muito "Drop" e pouco dance

A versão "radio edit" já é curta e perfeita para programas de rádio. Porém, quando a versão está começando a ganhar pique, ela diminui de repente e acaba deixando o ouvinte no vácuo. Ou vai ou não vai!!!!? Dói no coração e nos pés ouvir um super-remix morrendo afogado numa poça de água. 

Poderíamos indicar a versão extended, mas ela também exagera no estilo de "vai ou não vai". Sabemos que existe uma modinha musical do "Drop". O que é o "drop"? De forma resumida, o drop na música é uma espécie de efeito de quebra do ritmo dançante. É aquela sensação de viagem, de expectativa causada quando há uma desaceleração musical proposital, que vende uma ideia de 'flutuar melodicamente" antes do auge da canção, do refrão principal da canção. Então o drop é um efeito melódico com o objetivo de gerar "um clima de êxtase/emoção coletiva" na rave. Mas, se usado de forma exagerada, o público acaba ficando apenas na sensação. Porque música boa de dançar que é bom, só fica no imaginário. Djs e produtores tenham cuidado com o excesso de efeito de drop!" 

3- Pra dizer adeus remix (radio edit) 3´12
Análise: Uma das coisas mais legais dos remixes são as infinitas combinações e possibilidades melódicas disponíveis na reconstrução de uma canção. Esse remix produzido pelo Titãs e Dg3 Music ficou quase irreconhecível. Nós gostamos, pois toda releitura musical dá um novo gás a um velho hit de sucesso. O resultado ficou bem pop e é perfeito para programas de rádio. A versão original é de 1985.

4- Bichos escrotos (remix radio edit) 5´00
Análise: Sucesso de 1986, o arranjo inicial traz um solo de guitarra acústica interessante que deixou o remix mais comportado. Entretanto, é necessário ter cuidado com o excesso de paradas na melodia para pontuar as falas ou destacar os instrumentos musicais. A versão é ótima para ser ouvida em programas de rádio. Para a pista de dança, indicamos a versão extended que foi lançada em single digital próprio.
A track foi produzida por Titãs e Mochakk. Não sabemos dizer se foi pelo piano ou pelos riffs de guitarra presentes no decorrer do remix, mas percebemos de longe; veja bem, de longe uma lembrança de Gotan Project. Gostamos de remixes criativos que exploram novas vibrações e possibilitam o casamento natural entre ritmos orgânicos e sintetizados. O resultado ficou bacana, resta saber se a pista vai aceitar. 

Onde ouvir: Lá no youtube tem todas as versões.

Onde comprar: Em algumas plataformas musicais.

Onde dançar: Depende do interesse dos Djs.

Divirtam-se!

* As versões longas (extended) foram lançadas em singles individuais, as imagens podem ser visualizadas na sequência.
Capa

1- Enquanto houver sol remix (radio edit) 2´17
2- Enquanto houver sol remix (extended mix) 2´51
Capa

1- Epitáfio remix (radio edit) 3´09
2- Epitáfio remix (extended mix) 4´42
Capa

1- Pra dizer adeus remix (radio edit) 3´12
2- Pra dizer adeus remix (extended mix) 4´35
Capa

1- Bichos escrotos (remix radio edit) 5´00
2- Bichos escrotos remix (extended mix) 5´30

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Dj Memê - Clássicos reboot vol. 1 - (compilação digital vários)

Capa

Apresentação

Antes de falar sobre a compilação de remixes mais importante do ano, é necessário entender que a maior parte da sociedade não gosta de separar as coisas por classe social. Mas, observamos que definir a classe social é muito importante para auxiliar na compreensão do sucesso de uma determinada canção. Dessa forma, a equipe do brasilremixes percebe que no Brasil, cada classe social (ricos, falsos ricos e pobres), possui afinidade com seus ídolos e suas musicas de acordo com o seu interesse. E, ao agir dessa forma, podem ou não influenciar no sucesso e na divulgação de uma melodia.

As pessoas confusas, parte dos educadores, a mídia sem compromisso com a verdade verdadeira e o sistema (conveniente com os desejos de algumas pessoas), generaliza tudo pela praticidade de um pensamento único, que defende que o Brasil inteiro seja igual a São Paulo e Rio de Janeiro. Maaaaaaaaas NÃO É!

Diante desse cenário social tendencioso, para quem gosta de dance music cantado em português, surge uma das compilações mais importantes do ano. Trata-se de “Clássicos reboot vol 1” lançado pelo Dj Memê.

Mas atenção! A coletânea editada pela gravadora Universal não se destina para uma festa com hora marcada pra acabar. Os remixes não são um “piscar de olhos” na pista de dança, como a juventude ansiosa faz quando chega na festa à meia-noite, e,........ as duas da manhã já quer ir embora pro motel para transar ou pra casa, porque tem que acordar cedo no dia seguinte.

Portanto, esses remixes são destinados para uma festa sem hora pra acabar!

Se existe uma vantagem que a maioria dos djs possuem em relação aos músicos e as pessoas comuns, é que ao longo dos anos, durante seu trabalho de pesquisa musical, o dj ouve muitas musicas - nas mais variadas versões, independente se a canção fez sucesso ou não. Dessa forma, o dj profissional, se transformou numa espécie de “curador musical” e sabe o que funciona, o que pode funcionar e aquilo que não é legal pra pista de dança.

Nessa área, os anos foram bem generosos com o Dj Memê - que aprendeu direitinho - a formula certa de transformar uma canção comum num sucesso musical.
Imagem ilustrativa 1

Durante a audição das canções dessa compilação, podemos observar como a musica brasileira é maravilhosa e cheia de possibilidades. Sim! Agora que a tecnologia musical mundial ficou mais equilibrada, não existe aquela desculpa de que as canções internacionais sejam melhores.

Portanto, ouvir as faixas remixadas dessa compilação permite que os ouvintes e fãs, tenham a sensação de estar diante de remixes atuais, mas que deveriam ter sido lançados lá nos anos 80 e que infelizmente não foram. Entretanto, nunca é tarde para festejar e resgatar antigos sucessos que marcaram época.

Então rapidamente, convidamos o leitor para acompanhar uma análise de cada faixa, começando por:

1- Ed Motta – Daqui pro Méier (DJ Meme Disco Mix) 7´50
Análise: Sucesso de 1997 do cantor Ed Motta, a canção Daqui pro Meier abre a lista de hits repaginados da coletânea, com uma versão em ritmo house e um leve toque disco.

2- Marina Lima – Fullgás (DJ Meme & Facchinetti Remix) 6´57
Análise: Existe uma lenda e algumas pessoas garantem que a versão original da faixa, lançada em 1984, foi a primeira musica brasileira que utilizou uma bateria eletrônica. Nessa versão remix de 2022, a melodia original foi mantida e melhor aproveitada dando ênfase a uma linha de baixo sensacional. No decorrer do remix há também um ambiente de festa infinita proporcionado por um efeito de “palmas” que acompanha os riffs de bateria. Recomendamos!

3- Dalto – Pessoa (DJ Meme Extended Remix) 8´52
Análise: Essa música é maravilhosa e possui naturalmente uma melodia bem intensa e um tanto dramática. A track foi originalmente gravada em 1983. O remix atual ficou interessante e o Dj poderia ter explorado um pouco mais os timbres que compõem a estrutura da faixa. Mas, respeitamos a visão do Dj nesse momento ao apresentar uma versão com um tempero 100% anos 80, apenas.

4- Caetano Veloso – Quero Um Baby Seu (DJ Meme 12” Disco Mix) 7´04
Análise: Originalmente lançada em 1981, Quero um baby seu é uma música de Caetano Veloso pouco conhecida do grande público, mas acabou recebendo um remix estilo disco-mega-festivo e dance total. Perfeito!

5- Maria Bethania – Cheiro de Amor (DJ Meme Sexy Rework) 4´14
Análise: Quer saber, aqui tem cheiro de Dj Zé Pedro na escolha dessa faixa. Sabemos que o Dj Zé Pedro ama Maria Bethânia e ajudou o dj Memê na seleção musical das canções que iriam fazem parte dessa compilação. Então....A faixa foi originalmente lançada em 1979 e o remix atual ficou perfeito e é direcionado para ambientes de lounge e chill out com direito a brisa de verão, pôr do sol, muitos sofás, gente bonita e tudo mais o que você quiser porque essa música é linda. Aproveite!

6- Gonzaguinha – O Lindo lago do Amor (DJ Meme Remix) 8´58
Análise: Tem um pessoal da MPB que adora essa canção de Gonzaguinha que foi lançada em 1984. Mas há restrições. O remix produzido pelo Dj Memê mantém as bases originais e adiciona um verniz musical mais sofisticado a faixa. Surpreenda-se!

7- Paralamas do Sucesso – Óculos (DJ Meme Re-Vision ’22)  5´35
Análise: Temos aqui um clássico de 1984, o próprio nome do remix já define o que o ouvinte vai encontrar nessa track. Isto é, uma revisão musical atual de um grande sucesso dos anos 80. O típico remix que não foi produzido na época e que agora o pessoal pós 40 pode aproveitar.

8- Rita Lee – Lança Perfume (DJ Memê Definitive Remix) 9´51
Análise: Nos anos 80 essa música chegou a fazer sucesso internacional e a faixa é como se fosse uma transa daquelas bem gostosas, onde a canção vai começando de mansinho e aos poucos o tesão vai aumentando. Lança perfume apresenta uma levada pop progressiva bem suave e os vocais de Rita Lee soam como se fosse “goza” no lugar de lança, digo, lança perfume. (risos). A galera enlouquece com isso.......

9- Lady Zu – A Noite Vai Chegar (DJ Memê Dancin’ Days Mix) 5´42
Análise: Originalmente lançada em 1977 - em plena efervescência disco - essa canção recebeu um remix atual interessante com acordes iniciais contendo o sample cremoso do hit “The Hustle” do Van Mccoy, e serve muito bem pra galera saudosista que adora dançar coletivamente fazendo passinho. Aqui temos outro exemplo de remix que não foi produzido na época e que agora preenche aquele espaço em branco que existia.

10- Vinicius Cantuária – Só Você (DJ Memê Remix) 5´22
Análise: Sucesso de 1984, essa música de Vinicius Cantuária fecha com chave de ouro a compilação de remixes produzidos pelo dj Memê. Lembramos que a canção recebeu um remix nos anos 90, que foi produzido por um tal de “BPM” e até tocou muito nas festas para suprir a falta de remixes originais. Mas agora, passados 38 anos do lançamento (2022 – 1984 = 38), o novo remix produzido pelo Dj Memê, reapresenta a melodia para a nova geração e ressuscita a vontade da galera pós 40 de cair na pista de dança de novo, para matar a saudade de uma época de exuberância musical. Divirtam-se!
Imagem ilustrativa 2

Detalhes da coletânea

Todos os remixes do álbum são versões longas e perfeitas para serem cantadas, dançadas e contempladas.

Se o dj preferir que a faixa tenha mais impacto ou fique mais dançante na pista, basta aumentar a velocidade (o pitch) da canção.

Todos os remixes podem ser tocados antes, durante e depois da festa. Pois se encaixam muito bem em qualquer horário.

No momento atual, os álbuns e singles digitais possuem um problema que se chama descartabilidade. Como eles não foram lançados fisicamente, o descarte acontece sem culpa. As músicas no formato digital facilitam a divulgação, mas não agregam valor ao produto. Dessa forma, existe uma previsão para 2023 do lançamento de uma caixa especial contendo 5 discos em vinil com todos os remixes dessa compilação. Vamos torcer para que essa informação se concretize, para evitar que os remixes caiam no esquecimento e descarte.  

Quem ouvir os remixes poderá dizer que faria melhor. Nesse caso, basta apenas arregaçar as mangas e produzir melhor do que foi apresentado. Simples. E tem mais, lembramos que existem dezenas de canções de sucesso dos anos 80 que aguardam ansiosamente para serem remixadas.

Favor não confundir Dj Memê com meme das redes sociais.

Onde ouvir de forma fácil sem fazer registro disso ou aquilo? Em algumas rádios pelo Brasil ou acessando o Youtube.

Onde comprar? Nas plataformas digitais.

Onde dançar? Nos clubes com Djs que tocam musicas dançantes cantadas em português.

* No final de 2023 os remixes foram lançados em vinil colorido pela gravadora Universal.


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Gal Costa - Sublime remix (single digital)

Capa

Hoje temos um outro single digital lançado pela cantora Gal Costa em 2020. A faixa escolhida se chama Sublime, que também faz parte do álbum A pele do futuro, que foi lançado pela artista em 2018, através da gravadora Biscoito Fino.
Imagem: Marcos Hermes / internet reprodução

O remix é assinado por Diogo Strausz e dessa vez o produtor escolheu influências do House e algumas pitadas (bem discretas, por sinal) da Disco music para agitar a faixa. Além dos clubes, o remix é indicado para tocar em programas de rádio, que vai agradar em cheio uma parte do público da MPB que, de vez em quando, pula a cerca pra pista de dança.

Onde ouvir? Lá no Youtube tem.

Onde comprar? Em algumas plataformas musicais.

Onde dançar? Em festas com a  galera que gosta de dançar musicas cantadas em português.

Divirtam-se!

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Gal Costa e Marília Mendonça - Cuidando de longe remix (single digital)

Capa

Apenas para fazer registro, a postagem de hoje destaca um single digital lançado em 2020 pela gravadora Biscoito Fino, com a música “Cuidando de longe” da cantora Gal Costa, que tem a participação especial de Marília Mendonça e foi remexida pelo cantor, compositor e produtor Diogo Strausz.

Coincidência ou não, a equipe do Brasilremixes entende que na formatação desse remix, possui uma atmosfera melódica muita parecida com a estética dos remixes apresentados pela coletâneas internacionais da gravadora Verve (Verve Remixed vol. 1,2,3 e 4)

As compilações trazem diversos remixes moderninhos de músicas cantadas por Nina Simone, Astrud Gilberto, Ella Fitzgerald, Roy Ayers entre outros artistas. Esse tipo de remodelagem musical não é unanime, mas é uma estética de remixagem bem interessante e contemporânea que permite sutilmente, que artistas ampliem seus horizontes musicais em busca de novos consumidores.

Portanto, o remix de “Cuidando de longe” de Gal Costa que foi produzido por Diogo Strausz, ficou perfeito para lugares ou ambientes como Lounges e Chillouts e vai agradar aos fãs mais conservadores da cantora, que nos deixou recentemente.

Onde ouvir? Lá no Youtube tem.

Onde comprar? Em algumas plataformas musicais.

Detalhe: Marília Mendonça faleceu em 2021 e a cantora Gal Costa faleceu em 2022.

A versão original da canção foi lançada por Gal Costa, em 2018, no álbum A pele do futuro.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

RemiXme - Compilação vários artistas

Capa

Lançado em 2015, a coletânea de remixes RemiXme foi uma aposta feita pela gravadora Warner com novos talentos da musica pop brasileira.

Olhando de perto, a iniciativa foi ótima, entretanto além da baixa divulgação promocional, infelizmente as canções escolhidas não conquistaram o público e o pouco sucesso que a compilação teve, ficou limitado ao gueto musical dos artistas que participam da coletânea. 

Para constar

Antigamente, havia a impressão de mais receptividade por parte dos consumidores. Porém, com a virada do milênio, houve mudanças no comportamento do público que provocaram uma desconexão musical silenciosa - que por sua vez -  rompeu e reconfigurou o interesse e o sentido musical das pessoas. 

Esse comportamento, substituiu a solidez alcançada por sucessos musicais do passado pela superficialidade passageira e descartável atual. Esse fato, segundo pesquisadores, está sendo impulsionado pelas redes sociais que estão famintas pelo novo sucesso, apenas. 

E tem mais....

- Mais? 

Sim! Se a galera da favela e dos guetos não se identifica musicalmente com o Brasil, o brasileiro também não se sente representado musicalmente pela galera dos guetos e favelas. O resultado disso já pode ser visto onde cada artista ou pseudo artista faz sucesso no seu quadrado. Para muitos especialistas no assunto, essa situação é inevitável e previsível, mas não imaginávamos que estaria acontecendo no tempo presente. Parece que o Brasil está se dividindo em clubinhos, guetos......

Todas as canções e remixes dessa compilação, infelizmente, não alcançaram projeção nacional, mesmo com a presença de Anitta e Ludmilla. O sucesso (passageiro) das músicas, ficou restrito ao gueto e aos fãs dos artistas. Mas atenção! Esse fato não ocorre apenas no Brasil. Existem centenas de remixes de artistas internacionais que também não alcançaram o sucesso que mereciam. 

A compilação registra os seguintes remixes:

01. Anitta - Zen (Club by Umberto e Mãozinha)
02. Duduzinho - O Mundo É Nosso (Leo Breanza e Miller Remix)
03. Ludmilla - 24 Horas por Dia (Leo Breanza Remix)
04. Tiê - A Noite (Deep Lick Remix)
05. Biel - Demorô (Leo Breanza Remix)
06. Dj Tubarão feat. Gabily - Avisa ao Baile (Versão Extendida)
07. Trio Yeah - Patricinha (Leo Breanza e Miller Remix)
08. Letticia - Sem Hora Marcada (Leo Breanza e Miller Remix)
09. Shameless feat Débora Cidrack - Pieces Of Us (Leo Breanza Remix)
10. Tiê - Isqueiro Azul (Kassiano Remix)
11. Ludmilla - Não Quero Mais (Leo Breanza e Miller Remix )
12. Tiê - A Noite (Adriano Cintra Remix)
Contracapa

Reflexão sobre o sucesso

Não é por aparecer ou ter aparecido meia dúzia de vezes na TV , que o artista seja conhecido ou que seja sucesso no Brasil.

- Porque? Porquê? Porquê?

Porque aparecem trocentos mil novos artistas na TV a todo momento. Isso é legal, mas ao mesmo tempo ocorre dispersão do público que diante de tantas possibilidades, acaba relativizando todos os artistas como se fossem a mesma coisa. Dessa forma, entramos na banalidade musical onde artistas bons são misturados e comparados a calouros de programas de TV.

Onde ouvir? Lá no Youtube tem, faixa por faixa.

Onde comprar? Em lojas que vendem discos e Cds novos e usados ou em algumas plataformas digitais. Pela raridade, essa compilação está virando item de colecionador. 

Onde dançar? Depende do Dj, depende da região, depende do público, depende do quadrado.....

sábado, 15 de outubro de 2022

Luiz Gonzaga - O Xote das meninas remix (single digital)

Capa

Antes de falar sobre o remix da canção “O Xote das meninas” temos um lembrete para todos os djs, produtores e artistas do Brasil e do mundo inteiro.

É notório que o pessoal gosta de super dimensionar números, utilizando o discurso de “milhares de visualizações” para fazer pose, turbinar a carreira, usar como moeda de troca ou ostentar um sucesso musical, uma vitória, uma conquista. No primeiro olhar pode passar batido, mas......

Se as milhares de curtidas ou de visuali
zações se converterem em grana e muito dinheiro para o artista, dj ou produtor, então o sucesso será total e o prazer infinito.

Porémmmmmmmmmmmmmmmmm....., se as milhares de visualizações só beneficiarem os donos das redes sociais como Instagram, Facebook, Tiktok, e as plataformas de vendas de musicas no formato digital, então, estamos diante um grave problema!!! Ou seja, artistas estariam vivendo o que chamamos de “Deslumbramento sob o vazio”. Pois do que adianta milhões de visualizações se esse número não for convertido em grana para o ARTISTA!

Não estamos falando de salário mínimo ou cachê de 100 mil reais. Estamos falando de uma quantidade de dinheiro tão grande e pomposa quanto o número de visualizações!

Apenas ouvir a música e não comprar não adianta nada. A audição da melodia precisa ser revertida em grana para o artista, caso contrário, estamos diante de um deslumbramento sobre o vazio e o número de curtidas não pagam as contas. (pausa para pensar)

Por isso, cuidado com o discurso midiático e a vantagem ilusória e superdimensionada de “milhões de visualizações”, porque essa informação serve apenas para agradar aos olhos e ao ego, e não preenche o bolso vazio.

Às vezes, um banho de realidade ajuda as pessoas a manter a lucidez. Menos ostentação de visualizações e mais grana, por favor! Primeiro a grana, depois se comemora!

Seguindo....

Tivemos uma surpresa bem legal nesse mês de outubro com o lançamento do remix da música “Xote das meninas” do saudoso Luiz Gonzaga. A versão foi produzida pelo Dj Pontifexx (Tomas Pontifexx) e lançada pela HUB records.

Com influências da House music, Pontifexx conseguiu formatar um grande sucesso regional para a estética dançante utilizada nas pistas nos clubes. 

O ponto negativo do remix é o break (parada) de 43 segundos no meio da versão. Ou seja, o remix já é curto e ainda tem uma parada incidental no meio da track? Ah não!!!! É preciso tomar muito cuidado com os breaks no meio dos remixes porque eles "esfriam" a empolgação/ritmo do povo na pista de dança. 

Para o rádio, fica tudo certo, mas para pista de dança o break é longo demais e a galera fica fazendo cara de paisagem esperando até a música retornar ao ritmo que estava. E, dependendo da música, tem um pessoal que vai embora da pista sem olhar para trás. Cuidado!!! 

O remix é como se fosse um bolo. Para alcançar o crescimento desejado você não pode abrir a porta do forno no meio do caminho porque senão o bolo desanda!

Onde ouvir? Lá no Youtube tem.

Onde comprar? Nas plataformas digitais.

Onde dançar? Nos clubes e nas festas pelo Brasil com djs que tocam remixes de musicas brasileiras.

Divirtam-se!

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Re, Re-Re, Re-Remix Nacional – Os maiores sucessos em nova versão (coletânea varios)

Capa

Ao analisar os remixes feitos nos anos 80, é necessário pensar como se estivéssemos naquela época. Os remixes eram bem simples e modestos, pois não havia o conhecimento e nem o interesse musical voltado para a estética dançante dos clubes, como nos dias atuais.

Quem tinha um pouco de experiência nessa área eram os djs. Mas, exceto esse grupo de profissionais, havia poucos artistas que frequentavam as festas nos clubes, para saber o que acontecia ao seu redor e de que forma poderiam tirar proveito da situação.

Entre os cantores e artistas que frequentavam a vida noturna, existiam quatro tipos de interesse:

- O que era incentivado para fazer contatos artísticos;

- O que fazia propaganda de si mesmo (quem não é visto não é lembrado);

- O que desejava curtir a festa e ter possibilidade de pegação sexual;

- e aquele que reunia as três características citadas anteriormente.

Entre várias situações, nota-se que para muitos artistas naquela época, o objetivo de frequentar uma festa nos clubes, não era necessariamente, por causa da música que os clubes tocavam. Portanto, a maioria não compreendia o que se passava a seu redor e nem fazia ideia das infinitas possibilidades musicais que sua obra poderia alcançar.

Então hoje relembramos um disco com remixes nacionais que quase passou despercebido naquela ocasião. Trata-se da coletânea: Re, Re-Re, Re-Remix Nacional – Os maiores sucessos em nova versão, que foi lançado pela gravadora RGE, em 1986. Essa compilação apresenta remixes de artistas brasileiros conhecidos e nem tão conhecidos do grande público.

Estávamos na metade da década de oitenta e apesar da exuberância musical vivida naquele período, dadas as proporções, foi uma época difícil para alguns artistas que não faziam parte do “top musical brasileiro”. Além disso, a criançada e os adolescentes estavam seduzidos pelo Menudo, enquanto que o pessoal juvenil ficava grudado no sucesso da banda RPM e tudo o que eles faziam e cantavam.

Outros estilos musicais como a MPB tradicional, por exemplo, seguia maravilhosamente bem. As bandas de rock e pop rock lotavam ginásios e ganhavam programação especial nas rádios FMs, e, para completar, os artistas regionalistas dominavam a programação popular das emissoras de rádio AM.

Dizem que há lugar pra todo mundo, mas contestamos essa frase, quando percebemos que “o todo mundo que se pensa” segue uma vibração única. Então essa ideia de “lugar para todos não existe”, porque nem todo mundo vai caber no mesmo espaço ou usufruir de forma completa aquilo que merece. Naquele momento, o pessoal estava concentrado, doutrinado e seduzido em prestigiar apenas determinados artistas e não os outros.

Nesse ambiente, o disco Re, Re-Re, Re-Remix nacional – Os maiores sucessos em nova versão, foi lançado e infelizmente, não conquistou o gosto do público e não alcançou o sucesso popular da mesma forma que as coletâneas concorrentes. Quais?

- Dance mix 1 e 2 (1985), Dance mix 3, (1986), Transremix (1986) e Remixou dançou (1987).

Como já mencionamos, havia exuberância musical da MPB + grandes sucessos do rock e poprock nacional e internacional + a musica regionalista de cada estado brasileiro + o Menudo mania + RPM mania. A concorrência musical era gigantesca e não dava tempo para o público prestigiar todo mundo com a devida importância.

Os remixes dessa compilação foram produzidos pelo Djs Sylvio Muller e Cabello. O disco registra as seguintes faixas:

LADO A
1- Camisa de Vênus – Hoje
2- Civil – Não há tempo a perder
3- 14º Andar – O que nós sabemos

LADO B
1- Carbono 14 – Parece mas não É
2- Suzan – Agora eu sei
3- Alvaro Petersen – Caminhos
Contracapa

* Agradecimento especial ao Dj Sylvio Muller, por ter fornecido as imagens do disco para ilustrar a postagem  de hoje. 

** Proposital ou não, o nome da coletânea lembra o som produzido pelo efeito de um scratch quando o dj movimenta o disco com as mãos (Re, Re-Re, Re-Remix.....).

*** As canções não receberam o crédito especial de remix. Sendo apenas creditado na capa do disco. Para perceber o remix é preciso fazer uma comparação com as versões originais. 

**** A compilação ainda pode ser comprada em lojas que vendem produtos musicais e antiguidades. Não há registro que a coletânea tenha sido lançada em CD ou que esteja disponível nas plataformas que vendem musicas no formato digital.