domingo, 12 de junho de 2011

Cazuza - Remixes


Capa

O cantor Cazuza merecia um tratamento melhor no que se refere aos remixes de suas musicas, diante do resultado final apresentado no álbum Cazuza - Remixes.
Mas o que salva é saber que a qualquer momento é possível remixar suas canções, que agitaram toda uma geração na década de 80. 

A morte de Cazuza em decorrência da AIDS mostra um lado obscuro de alguns artistas, que infelizmente não tomam ou não tomaram os cuidados necessários com sua própria saúde. Espiritualmente falando, Cazuza pode ser visto como um suicida. Ou seja, partindo do princípio de que a doutrina espírita seja verdadeira, ela explica que todo mundo que não cuida de sua saúde e que acaba morrendo em razão de um exagero é visto como suicida. Enfim, mas voltando aos remixes, este álbum foi lançado em 1998 pela gravadora Polygram. Possui 14 faixas remexidas ou quase isso. Entre as versões apresentadas nem todas deveriam se chamar de remix. Mas por enquanto é o que se tem.

1 - Bete balanço  (Hitmakers Funky Edit)  3´53

Análise: Essa canção dispensa apresentações. Trata-se de um clássico no poprock brasileiro da década de 80. Poderia ter sido feito um outro tipo de remix, porém na área de remixes existe um dado interessante para saber. Ou seja, não é bem assim remexer uma melodia e jogar na cara do público. É preciso respeitar alguns critérios musicais. Existem remixes mais sérios, remixes com um estilo mais lúdico, remixes descartáveis, remixes modistas, remixes adolescentes, remixes adultos, etc. A música Bete Balanço tem uma levada maliciosa com uma atmosfera séria. Dessa forma, os produtores podem até brincar com a melodia, porém ela exige um remix mais sério do que necessariamente um remix com influências lúdicas, por exemplo. Essa versão foi produzida por Rodrigo Kuster, Fabio Tabach e Luis Carlos para Hitmakers Music e foi chamada de Hitmakers Funky Edit. Tocou em muitos programas de rádio e até em algumas danceterias. Tem uma ótima levada poprock, mas um tanto moderada para o dancefloor. Remix ideal para os fãs da primeira fase do Barão Vermelho.

2 – Ideologia (Cuca House Edit)  4´10

Análise: ...Ideologia, eu quero um remix pra viver......Brincadeiras à parte,  infelizmente essa versão não tocou tanto quanto merecia. Ás vezes eu tenho um pouco de receio dos remixes produzidos pelo DJ Cuca. Porém confesso que em outros momentos ele consegue surpreender. E essa versão é sensacional! 100% dance club com todas as luzes e as palmas necessárias, para incendiar a pista com influências do house quase progressivo e sua pegada arrebatadora para deixar a galera alucinada com gostinho de quer mais! O remix foi muito bem masterizado. Sem dúvida um dos melhores remixes do álbum pra quem gostar de dançar! Recomendo!!!

3 – O tempo não para (Hitmakers Don´t Stop Edit)  4´06

Análise: Esse remix mantém o estilo poprock da versão original com levada funk e até influências do soul e hip hop. Ideal para FMs,  mas longe das pistas.

Atenção: Não confunda Funk com o Funk Carioca!!!! São duas coisas bem diferentes!!!

4 – Exagerado´( 98)  3´47

Análise: Essa versão é fraca e um tanto confusa. Produzida por Alessandro Tausz e Fábio Cárdia a impressão que há é de que as bases da versão original estão tocando e sobre elas foram adicionados outros instrumentos musicais para dizer que era um remix. Só isso! De fato é um remix. Mas não convence! 

5 – Codinome beija-flor (Hitmakers Black Edit)  3´32

Análise: Ótimo remix, manteve o clima da versão original com influências da Black music, utilizou o sample da canção “La vie in Rose” de Grace Jones, e adicionou uma camada de teclados trancedentais para harmonizar ainda mais a faixa. Produzido por Hitmakers. Versão muito boa para lounges e bares com apelo romântico.



















6 – Por que a gente é assim? (G-vô e E-A.W.Remix) 4´23

Análise: Remix básico sem criatividade ao estilo poprock. Produzido por Paulo Jeveaux e André Werneck, essa versão não tem apelo super-dançante, infelizmente. Fica apenas o registro.

7- Faz parte do meu show (Hitmakers Drum n´bass Edit) 2´52

Análise: Essa track é uma delícia! Produzida por Hitmakers, manteve a base original suave e tranquila da canção adicionando apenas uma modernosa levada eletrônica de Drum n´bass. Os produtores devem ter utilizado algum sample de bateria de algum artista internacional porque a bateria utilizada nessa versão não é o tipo de bateria eletrônica geralmente utilizada por artistas brasileiros. Remix clássico e sempre bem vindo!

Os: Se essa versão é editada, onde está a versão longa? Desculpe, mas ainda não encontramos. Talvez em algum cd promocional perdido por ai! Vai saber...

8- O nosso amor a gente inventa (Estória romântica) (Digital Track´s DJs Radio) 3´35

Análise: Alguém poderia jurar que esse remix é a cara do Kid Abelha na década de 80! Essa versão é 100% estilo pop, para tocar em FMs da vida e bem longe de qualquer pista de dança. Não é house, não é funk carioca, não é rock, não é dance, enfim. Parece um remix para preencher espaço! Produzida por Wallace DJ, a versão tem influências da Black music. Vale pelo registro, apenas.

9- Brasil (Hitmakers radio Edit) 3 ´43

Análise: A letra da música é ótima, mas a melodia do remix não apresenta novidade, infelizmente. Poprock e mais poprock. Essa versão nem deveria ser chamada de remix! As vezes me pergunto:  Será que Cazuza autorizaria determinados remixes para seu álbum? Mas por outro lado, penso que talvez nem o próprio Cazuza tinha conhecimento sobre a essência do remix. Talvez ele e parte da galera que estava ao seu redor conhecesse apenas os remixes de Freddie Mercury ou das musicas da Madonna! Enfim, nunca vamos saber.

10- Maior abandonado (Tausz Groove Mix) 3´39

Análise: Remix produzido por Alessandro Tausz com estilo House e sample da canção “Let´s Groove”, da banda Earth Wind and Fire. Além disso, o acompanhamento musical que utiliza um timbre de sintetizador lembrando a Ítalo House no fim da década de oitenta não combinou com a versão, mesmo que tenha sido apenas uma homenagem. Para piorar, o remix não empolga a galera do dancefloor. Fique com a versão original.

Encarte

11- Pro dia nascer feliz (Hitmakers Club Edit) 4 ´01

Análise: Quando ouço esse remix entendo alguns roqueiros que se queixam dizendo que a música foi estragada. Esse remix é tudo de ruim! Sem dúvida esse clássico do rock da década de 80 merecia algo mais festivo! Essa versão sofrível começa ruim com um efeito eletrônico de apito idiota e termina de repente sem dizer adeus. Desperdício! Que pena!

12- Bete balanço (Hitmakers Funky Mix) 4´07

Análise: Um detalhe precisa ser esclarecido para o leitor. Ou você faz um remix para tocar no rádio ou você faz um remix para tocar na pista. Porque misturar os dois não dá certo e o resultado fica pela metade. Responda rápido: Qual é a diferença entre 3:53 min e 4:07 min? Para com isso!!!  Quatorze segundos não é nada! Não adianta diminuir 14 segundos de uma música apenas para diferenciar a versão longa da versão curta como ocorreu neste remix. Na prática essa versão é igual a primeira faixa do CD já comentada neste post. Aqui tem cheiro de malandro querendo enganar a torcida!

13- Ideologia (Cuca´s 99´s Club Remix) 6´52

Análise: Remix igual a segunda faixa desse CD, porém mais longo. Ótima pegada para divertir a galera na pista. Também remixada pelo DJ Cuca. Recomendo!!

14 – Exagerado (Dance Mix) 4 ´07

Análise: Esse remix é uma vergonha!!! Essa versão produzida por Nino Carlo e Rodrigo Kuster é horrível e a faixa ainda recebe o nome de historic mix?? Pelo amor de Deus, não sei onde estavam com a cabeça e com o corpo quando produziram tamanha bizarrice! Esse remix deveria ser banido desse CD e da história musical de Cazuza e dos remixes nacionais. Lamento! Tecladinho euro dance de quinta categoria, bateria pingue-pongue terrível, harmonia musical que não serve nem para divertir a garotada de cinco anos nas festinhas de aniversário com o palhaço Bozo! Nem a Xuxa, fez um remix tão ruim! Fora!!!

Contra capa








CD

domingo, 5 de junho de 2011

DJ Mau Mau – Arts, Plugs and soul (CD álbum)

Capa principal























Este álbum foi produzido pelo DJ Mau Mau, também conhecido por Maurício Souza. Não se trata de um cd de remixes, mas de um álbum com musicas eletrônicas produzido por um brasileiro.
Porém, mesmo estando em  2010, (por enquanto no Brasil) ainda não há um grande público consumidor da estética musical eletrônica. Isso ocorre por vários motivos: Interesse, tecnologia, conhecimento, confusão musical, consciência, reflexão, medo, escravidão a estilos musicais do passado, falta de noção, entre outros.
Encarte 1









Encarte  2












Encarte 3















Arts, plugs and soul   registra a existência de uma concepção musical "electro-tupiniquim" no meio de quase nada. Digo, no meio de quase nada de forma provocativa. Até porque do jeito que as coisas andam no Brasil, até a Amazônia corre sério risco de ser toda destruída! Restando quase nada para as futuras gerações!  Dúvida??? Cuidado! Não coloque a mão no fogo em nome de outras pessoas pensando que todo mundo é querido e honesto. Milhares de árvores desmatadas na floresta amazônica não servem apenas para gerar emprego e sustentar as famílias. Mas grande parte da riqueza adquirida pela destruição da mata, vai parar no bolso de meia dúzia de medalhões para sustentar uma vida repleta de vaidades e libertinagens. E nem vou entrar em maiores detalhes porque algumas pessoas são tão ingênuas que nem acreditariam na própria sombra!  Imagine se eu continuasse a falar sobre esse assunto! Enfim.
Outra parte do encarte do C
Arts, plugs and soul é um álbum de música eletrônica bem interessante e possui doze faixas normais, acompanhadas de quatro músicas exclusivas (remixes) em MP3 para rodarem no computador. Lançado em 2006 pela gravadora Trama, todas as melodias não seguem um conceito obrigatoriamente dançante, mesmo que tenham sido feitas sob a estética eletrônica. O álbum apresenta influências musicais variadas entre o ambient, o dub, o future jazz e o techno. Para ouvidos mais exigentes é possível observar uma linguagem musical com referências ao Future Sound of London, Underworld, Aphex Twin, 808 State e até do alemão Sven Vath. Não se trata de um Cd para ser escutado de repente. É preciso ter conhecimento de música eletrônica básica, ao menos. Esse é outro grave problema no Brasil. Quando muitas pessoas falam em música eletrônica elas pensam em Village People, mas Village People não é música eletrônica!! Village People é disco music!! Enfim, existem pessoas preconceituosas porque é bastante cômodo para elas permanecerem assim. Mas é preciso ter cuidado para não se tornar uma pessoa velha dentro de conhecimentos bizarros e ultrapassados!

Este Cd possui as seguintes músicas:

1- Um Novo

2- Perfect Blur

3- Hipjazz

4- That´s It  

5- See me

6- Choro Ritual

7- 9997

8 – Another Time

9- Globalization

10- Destruição

11- How to Find

12- Exotika 

Bonus tracks em MP3 (remixes) para computador

13 - Sebastian

14- Future Attrations

15- Dance Floor

16- 3 Lovers

contra-capa do CD















CD









* Até o momento não há informações de que este álbum tenha sido editado em vinil. 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Fernanda Abreu - A noite remix (single promocional - Item de colecionador)


capa/verso
Na década de 90, Fernanda Abreu foi uma das referências musicais brasileiras mais contemporâneas naquele período. Depois de fazer parte da banda Blitz, se lançou em carreira solo com o ótimo álbum chamado “Sla Radical Dance Disco Club”. Este trabalho rendeu três singles remixes (fato um tanto inédito na cena musical tupininquin) para as musicas A noite, Sla radical dance disco Club e kamikases do Amor. Mas por enquanto, vou dedicar esse post para falar sobre a música chamada “A noite” que agitou várias pistas de dança no país inteiro.  Sem dúvida ela é um dos grandes sucessos da cantora e pode ser considerada um clássico nas danceterias pelo Brasil afora tanto quanto “Dancin´days” das Frenéticas ou “Descobridor dos sete mares” de Lulu Santos. Este single remix foi lançado de forma promocional em 1990 pela gravadora EMI Odeon. Possui três músicas divididas em três versões diferentes, mas com apenas um remix. 

A) A Noite - Álbum mix- 4´27
B) A noite - New York dance mix - 5´08
B) A noite - Instrumental álbum mix - 4´34

A primeira versão é chamada de álbum mix.  Possui uma levada house e foi produzida pelo cantor Herbert Vianna da banda Paralamas do Sucesso e Fabio Fonseca. Não é um remix, mas apenas a versão igual a versão original lançada no disco da cantora.

A segunda versão é um remix chamado de New York dance Mix. Também possui uma levada house com bateria marcante com influências do  Freestyle. O remix foi produzido por Tuta Aquino e pelo DJ Irai Campos. Entretanto, essa versão não agradou a todos porque naquela época, grande parte do público festeiro estava mais voltado para o estilo “Vogue” da cantora Madonna do que necessariamente para o estilo “New York Dance” de Fernanda Abreu. Em resumo:  De um lado temos o estilo brasileiro e a concepção própria da cantora Fernanda Abreu com um remix simples para a música A noite. E do outro, temos a atenção massiva voltada para o estilo contundente e marcante da música vogue da cantora Madonna. São conceitos bem diferentes, mas no remix, quem saiu perdendo foi a cantora Fernanda Abreu por ter apresentado um remix muito fraco para uma canção de grande sucesso. Essa simplicidade ofuscou o remix produzido para a música A noite” fazendo com que a galera preferisse ficar com a versão original da melodia. Aqui é necessário fazer uma explicação:

"No conceito de remix, subentende-se que a versão remixada seja mais completa ou mais turbinada que a versão original. É como se a versão original fosse um “fusquinha” e a versão remixada fosse uma “mercedes”, entendeu!? Se não houver esse entendimento, não existe motivo para fazer um remix. 
- Ahhhhhhh, eu não sabia desse detalhe!!!
Prezado leitor, lembre-se que é dessa forma que funciona! Sinto muito! É como fazer amor. Não basta ser uma "transadinha". O sexo tem que ser o momento máximo no amor entre duas pessoas." Logo,

o remix deve ser o  momento máximo de diversão na pista de dança! 

Essa situação se confirma na voz de muitos DJs pelo Brasil que nunca tocaram o remix de “A noite” por não se encaixar no set dançante com a mesma harmonia como outras musicas de sucesso internacional agitavam a galera naquele período. Um fato curioso é que haviam DJs que preferiam tocar a versão original com a desculpa de que o remix não era tão empolgante para fazer a pista de dança balançar!  

A terceira versão não se trata, necessariamente de um remix.  Mas apenas uma versão instrumental da versão original. Ainda na década de 90 foi lançado um novo remix para a música “A noite”, no álbum de remixes da cantora chamado  “Raio X, no entanto, também não emplacou tanto como a versão original.

Capa
Notas:

** Existem algumas cópias deste vinil 12” remix à venda pelo Brazil nas melhores casas de CDs e discos usados. O preço varia de R$15,00 a R$30,00 reais, dependendo do estado de conservação.

*** Não há referências de que este single tenha sido lançado em CD.

* A Cantora Fernanda Abreu possui um site quase completo, com informações sobre sua carreira musical, mas infelizmente, não se sabe por qual motivo, este single  não aparece até o momento em sua discografia. http://fernandaabreu.uol.com.br


domingo, 22 de maio de 2011

O Rappa - Vapor Barato ( single remix) Item de colecionador


Capa
Este single faz parte da série “quem procura acha”. Ele poderia estar abandonado ou se decompondo em alguma lojinha vagabunda de CDs roubados. Como também, poderia estar perdido e mofando em alguma sala fedorenta com discos velhos de alguma rádio pelo país. Dúvida? Desculpe, mas eu não! Conhecendo o meio musical de parte do Brasil, afirmo que não vale à pena pôr a mão no fogo por determinados profissionais e determinadas emissoras rádio. Organização? Compromisso? Hahaha! Piada! Ninguém está defendendo o endeusamento das músicas!!! Apenas estamos alertando que parte da história musical no Brasil está sendo destruída graças algumas pessoas inescrupulosas que tomaram conta de parte da mídia!
Mas nem tudo está perdido e muitas coisas não acontecem por acaso. Um exemplo disso foi a localização e compra deste single remix “quase raro" da música Vapor barato” da banda O Rappa.  Não se trata da melhor música do grupo e nem da melhor música do Brasil, mas pelo simples fato de ter sido apresentada em single remix já faz parte da história das musicas brasileiras na área de remixes. Lançado em 1997 pela gravadora Warner Music Brasil, “Vapor barato” fez sucesso em várias regiões do país. A música tem produção de Liminha e quem assina o projeto gráfico do cd single é Cristina Portella.  
O Rappa tinha em sua formação original os músicos Falcão, Marcelo, Xandão, Marcelo Lobato e Lauro Farias.

1) Vapor Barato – Álbum version: 4´23

Análise: Álbum version não é remix, mas apenas uma versão da música igual a versão original apresentada no CD álbum da banda chamado Rappa Mundi.

2|) Vapor Barato – Kaya radio mix: 4´24

Análise: Remix ao estilo reggae pop com pitadas de rock e composição marcante com forte apelo social. Uma ótima versão para ser tocada nas ondas do rádio e longe das pistas de dança. Produzido por DJ Cuca. 

Contra capa
3) Vapor Barato – Main remix: 3´54

Análise: A tradução literal de “Main remix” possui o significado de “remix principal”. De certa forma é até compreensível porque entre todas as versões deste single, sem dúvida é a única que poderia ser encaixada num set musical dançante nos clubes. Com uma levada house, mas ser perder as influências do reggae foi produzida por Paul Ralphes. (Esse remix também foi editado no cd Pop Brasil Remix 99Fm, que em breve será postado no blog.

4) Vapor Barato – Dub: 3´50

Análise: Remix Dub com tempo de duração muito curto, mas com ótima levada para amantes do estilo. Mantém a base voltada para o reggae e influências do hip-hop. Produzido por Paul Ralphes, a canção possui atmosfera introspectiva com riffs de piano moderado para garantir uma boa viajem naquele velho navio, oh minha honey baby, babyyyyy, babyyyyy, honey babyyyyyyyyyyyyy. 

CD
*Até o momento não há informações se este single foi lançado em vinil 12".


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Jorge Benjor - World Dance (remixes)

Capa

Jorge Benjor poderia ser chamado de Filho Maravilha da música brasileira. O cantor apareceu no cenário nacional em 1963, com a canção “Mas, que nada", no álbum Samba esquema novo. Depois de várias músicas e diversos álbuns gravados mudou seu nome artístico de Jorge Ben para Jorge Bem Jor e depois para Jorge Benjor. No início da década de 90 seu trabalho musical foi direcionado mais para a linha pop. Afinal, a maior parte do público que compra discos e CDs está na faixa etária dos quinze aos quarenta anos. Nada mais justo para qualquer artista dar uma turbinada em sua carreira. Não que as pessoas mais velhas não tenham valor. Porém as pessoas mais velhas geralmente são acomodadas e pensam que já viram tudo na vida. Dessa forma e por outros motivos naturais, perdem o interesse para determinadas coisas. Exemplos? Nem preciso citar. Enfim....

O álbum de Jorge Benjor é uma coletânea com várias canções remixadas do cantor com produção internacional de Ricky Peterson. Gravado e mixado no Paisley Park Studios em Mineapolis e masterizado em Nova Iorque nos EUA. Apesar de toda a produção internacional, ao analisar a coletânea por inteira, diria que ficou com uma vibração um tanto contida. Os remixes são interessantes e diferentes. Porém muitas pessoas dizem que poderia ser mais vibrante. 
Encarte

Se houvesse uma comparação entre o álbum de remixes de Lulu Santos remixado pelo DJ Memê em 1996, e a coletânea de remixes de Jorge Benjor remixado por um time de primeira linha com diversos recursos musicais disponíveis para o padrão internacional, com certeza o álbum do Lulu Santos ficou bem mais contagiante que o de Jorge Benjor.  Porém, nada que não possa ser consertado. Ou melhor, remixado novamente para a nova geração! Quem sabe? Por que não? World Dance foi lançado em vinil, K-7 e CD em 1995. Gravadora Warner Music Brasil. 

OBS: Infelizmente até a data desse post, verificou-se que o site Wikipédia não é uma fonte confiável de referências musicais. Suas informações são limitadas sobre a discografia de dezenas de artistas brasileiros. Por exemplo, até o momento, a página de Jorge Benjor no site Wikipédia não informa a existência desse álbum na carreira do artista. Isso ocorre muitas vezes porque algumas pessoas ou fãs que divulgam as informações sobre o artista, descrevem apenas o que gostam ou o que desejam. Por esse motivo, infelizmente, o Wikipédia não é confiável. Porém, o site oficial do cantor http://www.jorgeben.com.br/ divulga os devidos créditos de forma correta. Ainda bem! 













1 - Pisada De Elefante (Radio Version)
Análise: Por experiência de muitos anos lidando com mixes e remixes de vários artistas mundiais, existe o entendimento que quando uma música vem acompanhada da referência “radio version” significa que a mesma música possa ter outras versões. Por exemplo, “álbum version”, "club version", "dance version" entre outros. Até porque, ninguém vai colocar de graça a expressão “radio version” sem que haja (tenha) algum sentido para isso! Então suspeita-se que a outra versão dessa mesma melodia não foi editada nesta coletânea por falta de espaço ou pelo fato da versão não ter ficado tão boa para satisfazer o gosto do consumidor na época. Enfim. Pisada de elefante não é um remix, mas apenas uma canção poprock. Produzida por Paul Peterson.

2 W Brasil (Club Dance Version)
Análise: Essa música foi encomendada pela agência de publicidade W/Brasil. O remix foi chamado de “Club Dance Version” e de acordo com informações apresentadas nos créditos do encarte da coletânea, essa versão também foi produzida por Paul Peterson. Trata-se, a meu ver, de um remix pop que em alguns momentos lembra a pegada musical do cantor americano Prince. Não foi uma versão que “bombou” nas pistas.

3 Dzarm (Radio Version Elétrica) ***
Análise: Versão pop normal para ser tocada no rádio, produzido por Kirk Johnson. Não se trata de um remix.

4 A Banda Do Zé Pretinho (Radio Version)
Análise: A melodia é muito boa, mas não existem motivos para se chamar de remix. No máximo, uma versão pop gostosa para ser tocada em FMs pelo Brasil. Se essa versão fosse apresentada em 1977 junto com Dancin days das Frenéticas até era possível fazer a pista de dança ferver. Mas em 1995 essa pegada já era.

5 Filho Maravilha (Club Dance Version)
Análise: A letra da música é ótima, mas o remix não empolgou. Produzido por Kirk Johnson, de ”club” não tem nada! Até parece algumas produções de Dudu Marote com uma bateria eletrônica mixuruca. O remix tinha tudo pra ser o carro chefe do álbum, entretanto ficou muito fraco! Quem sabe na próxima. Lamento!

Encarte
6 Pais Tropical (Radio Version)
Análise: Ótima versão para fãs da década de 70. Em 1995 já era!

7 Spirogyra Story (Club Dance Version)
Análise: Aqui temos uma levada house com influências do afro-house. Um remix interessante produzido por Kirk Johnson.

8 Alcohol (Radio Version)
Análise: Versão pop para ser tocada em FMs com direito a efeito de vocais infantis cantando em inglês. 

9 Engenho De Dentro (Club Dance Version)
Análise: Remix com referências house com pitadas de funk a la James Brown. Produzido por Kirk Johnson. Ótima pedida para um “revival brasileiro” em bares e lounges lá pelas 4 da manhã! É sério!!!

10 Taj Mahal (Club Dance Version)
Análise: “Tete te te re te te re te te re te...Tah Mahal”.....Muitos consideram um dos remixes mais legais dessa coletânea. Nem tão dançante para “bombar” a galera na pista e nem tão calmo como nas canções românticas. É um remix de final de festa e volta para o aconchego do lar. É o típico remix saudosista que gosto de ouvir no rádio do carro voltando para casa ao amanhecer. Produzido por Kirk Johnson, essa versão tem uma levadinha ambient-house com direito a baking vocals caprichados e harmonia cósmica. Esse remix também poderia ser encaixado no conceito de balearic beats** da famosa ilha de Ibiza.

11 Dzarm (Radio Version Acústica) ***
Análise: Aqui não se trata de um remix, mas apenas de uma versão acústica para a música. 

12 Filho Maravilha (Radio Version)
Análise: Sem dúvida o melhor remix deste álbum. Pensando bem, o nome da versão “radio version” está errado e deveria se chamar “club version!” Enfim, vai entender!!! Diferente da versão remix “Club Dance Version”, essa  remistura*  tem influências da ítalo-house e uma ótima pegada para agitar o dance floor num set de flashback brasileiro. Produzido por Paul Peterson.

13 Pisada De Elefante (Club Dance Version)
Análise: Remix básico ao estilo house bem masterizado mas sem muitas variações ou efeitos adicionais. Produzido por Kirk Johnson. 
Contracapa 

* Remistura: Infelizmente é uma palavra pouco utilizada no vocabulário português do Brasil. Tem o mesmo significado da expressão remixagem.

** Balearic Beats é a levada musical das ilhas baleares de Ibiza, na Espanha, que tem o nome de: Maiorca, Menorca, Ibiza e Formentera. É uma referência aos ritmos musicais do balneário de Ibiza.

*** Dessa coletânea foi retirada a faixa Dzarm que compõem o single promocional de remixes que em breve será postado pelo Blog. Aguarde.
CD

* Na imagem seguinte você pode visualizar a coletânea de remixes editada em fita-K7.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Titãs - Pela paz (single remix)

Capa
No post de hoje vou destacar um momento poprock nacional da banda Titãs e o EP/CD “Pela paz”.
É importante que o leitor saiba que a concepção de EP (Extended Play) é aplicada apenas ao formato musical utilizado pelo vinil (Long play) e não para CD. Ou seja, não existe e não se chama as músicas gravadas em CD de “EP”.

O EP é um formato exclusivo para discos em vinil!


Recordando:

LP (Long Play, vinil, popularmente chamado de disco no Brasil. Apresenta o álbum inteiro do artista e varia entre dez e quinze músicas, dependendo dos minutos de cada canção)

LP Double ou triple (É um long play em vinil duplo ou triplo com todas as canções de álbum do artista, varia entre dez a vinte músicas dependendo dos minutos de cada melodia)

EP (Extended Play, no mesmo formato do vinil, porém com menos músicas que o long play. Geralmente apresenta de duas a quatro canções)

Mini LP (no mesmo formato do vinil com menos musicas que o Long play, geralmente apresenta de duas a cinco canções)

No Brasil o formato de LP (long play) é popularmente chamado de disco, porque o objeto tem o formato de disco e não possui nenhuma conotação com a disco music. Certo!

- Tá! Mas que frescura é essa????Não é tudo a mesma coisa!?

Hahaha!!!! Caro leitor, você tem razão! É tudo a mesma coisa. A única diferença no vinil é a quantidade e o tamanho das músicas. Uma hora eles chamam de Long play. Outra hora eles chamam de Extended play. No outro momento eles dizem que é mini LP e assim por diante! Estresse!!
No formato de CD é mais simples. Se você gravar apenas uma canção, o CD será chamado de single. Se você gravar duas, três, quatro ou cinco músicas num CD, ele também será chamado de single. Se você gravar dez ou mais músicas em um CD, ele será chamado de álbum. Mas o álbum também pode ser duplo ou triplo, dependendo do tamanho do arquivo de cada música. Em outra ocasião explicaremos o que é: Maxi-single , CD5, single remix e 12"remix.

Voltando ao assunto da banda Titãs, este single (agora está certo) apresenta quatro melodias. Uma canção normal, um remix para “Eu não vou dizer nada” e dois remixes para a música que leva o nome de “Tudo o que você quiser”.
Lançamento Warner Music  Brasil – 1997, produzido por Liminha. 
 
Encarte

1 -  Pela Paz (3`45)

Análise:  Essa música não é um remix, mas uma canção normal estilo poprock.





2 – Eu não vou dizer nada (Além do que estou dizendo) – Remix (4´12)

Análise: É uma versão caprichada ao estilo poprock, muito boa para ser tocada em FMs, mas longe da pista de dança. Remixado pelo produtor Liminha trata-se uma versão contida e nem chega perto dos remixes arrebatadores produzidos pelos DJs para algumas músicas do U2, por exemplo. Tem boa masterização e ótimo apelo popular, porém não se trata de um remix dançante.  Ótima versão para fãs da banda e roqueiros da década de 90.

3 – Tudo o que você quiser – Remix (3´59)

Análise: Esta versão não tem nome. Não é club mix, não é radio mix, não é mega mix enfim, trata-se apenas de um remix. Produzido por Paul Ralphes, este remix comportado tocou em FMs em várias partes do Brasil. Na melodia se percebe influencias do “reggae pop “ ao estilo “Inner Circle” que também fez sucesso com a música  Sweat (A La La La La Long).

4 – Tudo o que você quiser – Remix (2) (3´45)

Análise: Esta versão também não tem nome. Por isso batizei de remix (2), apenas para diferenciar. A canção foi remixada pelo DJ CUCA e também apresenta o estilo alegre e marcante do reggae pop tanto quanto o remix apresentado na versão anterior. 

*** Não há informação até o momento de que este single tenha sido lançado no formato de vinil. 
Contra-capa











CD










domingo, 1 de maio de 2011

Caetano Veloso - Sozinho (single remix promocional)

Capa do single *
Em 1998 Caetano Veloso lançava o álbum chamado “Prenda minha” com a música Sozinho” que se tornou um grande sucesso em sua carreira. No ano seguinte, em 1999 foi lançado de forma promocional o single de remixes para essa canção. Alguns dizem que o single chegou a ser comercializado normalmente nas lojas junto com o álbum em uma nova edição, mas as informações são desencontradas.
O fato é que não exite razão para este single ser chamado de "Sozinho remix ao vivo." Remix sozinho pode, mas "ao vivo"?!!! Como assim? Ao vivo? Esses remixes não tem nada de "ao vivo". A não ser por um sample de segundos mixado no meio da versão "Caêdrum n´bass" e só! Enfim, vai saber..... Este trabalho tem a produção de Jaques Morelenbaum e traz para os fãs dois ótimos remixes para a música “Sozinho”. Gravadora Universal. 

* Note que o design na capa deste single utiliza cores um tanto "apagadas" e não vibrantes porque a imagem original de fábrica  já é assim.


1- HITMAKERS CLASSIC MIX - 7´16 min

Análise: Produzido por Rodrigo Kuster e Fabio Tabach que atendem pelo nome de Hitmakers, esse remix eletrônico pop segue o estilo house “papai-mamãe” para aquecer as pistas de dança em clubes comportados. Neste remix você encontra uma pegada dançante social e não um delírio selvagem das raves.  Lembre-se que existem vários subgêneros dançantes para cada tipo de lugar.


2- HITMAKERS CLASSIC RADIO EDIT – 3´14 min

Análise: Remix house igual a versão anterior, porém editado e mais curto para ser tocado nas rádios FMs. Por isso que o single possui apenas dois remixes.



3- CAÊDRUM ´N´BASS – 5´30 min

Analise: Ao que parece essa versão também foi produzida por Hitmakers. Para muitas pessoas esse remix é um dilema. Ame-o ou deixe-o! Depende muito da preferência, do desenvolvimento e da domesticação musical de cada um. Confesso que gosto do conceito de música eletrônica como um todo. 

Particularmente diria que o remix é quase perfeito. Ele possui uma ambiência melódica interessante sem deixar a canção abstrata ou pegajosa. Essa versão utiliza timbres musicais e efeitos sonoros suaves que interagem harmoniosamente com a levada do Drum n´bass. Diria até que essa versão possui um leve sotaque de "Before Today" do Everything But the Girl, na maravilhosa versão produzida pelo Chicane. Mas, semelhanças à parte, temos aqui um belo remix para ser contemplado em lounges e chill outs, sem aquela cara de música velha mesmo que já tenham se passado muito tempo. Divirta-se!












CD





















* Até o momento não há informação de que este single tenha sido lançado em vinil. A versão deste cd ainda pode ser encontrada à venda em lojas musicais especializadas em produtos usados pelo Brasil. 

** Logo abaixo você pode ver a imagem de outra edição do Cd single promocional exclusivo para emissoras de rádio, contendo as versões remixadas iguais ao single já mencionado, mas sem a capa de papel. 


CD (com design diferente)