segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Joe Euthanasia – Joe CD álbum (Edição remasterizada)
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Super Remix (compilação - vários)
Hoje publicamos a resenha mais difícil e mais polêmica de todas as resenhas já postadas pelo blog. Estamos falando de uma coletânea que estava aguardando a divulgação na lista de espera (ficou rolando na redação de um lado para outro há dez anos) e não possui consenso crítico entre nossa equipe. Trata-se dos remixes apresentados pela coletânea Super remix, que foi lançada em 1996, pela gravadora Som Livre.
(Entenda os motivos)
Para
início de conversa, o Brasil parece estar condenado a viver uma vida cercada
pelo o dilema do “karma da tentativa”.
- Karma da tentativa??? O que é isso?
Karma da tentativa é o nome que nós inventamos para designar um fato curioso que acontece no Brasil, diante qualquer tipo trabalho em meio a uma lista infinita de desculpas que vai desde a falta de dinheiro, falta de conhecimento, falta de habilidade, falta de visão holística, falta de qualificação, falta de apoio, falta de talento, falta de senso crítico....etc. Ou seja, na maioria das vezes, tudo aquilo que o brasileiro faz e não dá certo, geralmente é enquadrado na lista de justificativas que você acabou de ler. Logo, o resultado parece estar condicionado à frase: “
- Valeu pela
intenção!”
Com
sol ou com chuva, subindo ou descendo, direita ou esquerda, ganhando ou perdendo,
quase tudo acaba se resumindo na frase “valeu
pela tentativa”!
Vamos imaginar que você tenha que cozinhar feijão. Então você vai fazer a feijoada completa como manda a receita, sem ficar discutindo a + b. Entretanto, por vários motivos aleatórios você acaba fazendo a feijoada com água, sal e feijão. Ponto. O que vai acontecer com o almoço do dia? A feijoada vai ficar ruim, insonsa, fora da realidade, simplória, etc.. e para os convidados não detonarem as suas habilidades culinárias desastrosas, eles irão dizer que valeu pela tentativa. Captou?
O resultado dos remixes apresentados pela compilação “Super remix” possui várias interpretações. Nas resenhas discutidas em reuniões da equipe do blog ao longo dos anos, mas que acabaram não sendo publicadas, para não causar desanimo ou discórdia no seguimento musical dançante brasileiro, apareceu de tudo:
* Que a proposta de remixes da coletânea representava um retrocesso.
*
Que o cd deveria ser banido da dance-music brasileira.
*
Que a compilação fosse enterrada para sempre da história musical de remixes
nacionais.
*
Que a coletânea fosse queimada em praça pública.
*
Que a associação de Djs proibisse a execução dos remixes para não ofender o bom
gosto e o desenvolvimento musical dançante brasileiro já existente...
*
Que a compilação foi feita para um público que desconhece dance music e se
contenta com migalhas. Etc...etc....
Um outro detalhe muito importante na formatação e produção geral dos remixes brasileiros lançados por grandes artistas, é que mesmo que o centro das atenções musicais no Brasil seja São Paulo e Rio de Janeiro, tanto paulistas como cariocas deveriam ter percebido que, apesar de tudo, o Brasil não gira em torno do “gosto musical particular de paulistas e cariocas! ”. Ou seja, o Brasil não consome/consumia dance music em geral, apenas porque os cariocas e paulistas gostavam ou produziam. O Brasil também possuía luz própria e – dadas às proporções - também tinha desenvolvido o seu conhecimento e gosto musical pessoal, que NÃO seguia “obrigatoriamente” a mesma ordem musical ditada por cariocas e paulistas. (LONGA PAUSA PARA PENSAR...)
Pensando e refletindo......
Em alguns estados do interior do Brasil, já existia uma ligação muito forte com o que ocorria musicalmente na Europa, independente do que o Brasil da bolha carioca/paulista pensava/gostava ou deixava de pensar/gostar.....
Aliás, em termos de dance music, todo o brasileiro que tivesse interesse e tinha acesso ao dance americano, dance europeu, dance brasileiro e dance latino, já estavam familiarizados com remixes dançantes de primeira linha.
Quem produziu o Cd Super Remix, sabe-se lá por quais motivos, ignorou a visão e a euforia dançante mundial que já existia naquele momento. Isto é, os remixes apresentados na coletânea permaneceram presos ao conhecimento limitado de seus produtores, como também, no interesse pífio e questionável de quem encomendou os remixes. Por fim, era previsto que uma parte público confuso e inocente, que aceitava tudo quanto era “tum-tis-tum” de quinta categoria, aceitasse as migalhas dançantes.
De
forma prática, no entendimento da equipe do blog, os remixes ficaram
condicionados a cena dance “lado B” carioca e apresentam o básico feijão com
arroz e farofa.
(Análise....)
Se o padrão musical dançante brasileiro (a linha de remixes produzidos) já havia sido definido na década de 90, por remixes de artistas como Lulu Santos, kid Abelha, Rita Lee, Marina Lima entre outros; era evidente que o resultado final da compilação lançada em 1996 não poderia ter qualidade inferior aos discos acima referidos. Portanto, os remixes apresentados nessa coletânea não caíram nas graças da maior parte do público. Óbvio! Ponto final.
Por isso que insistimos em dizer que: - Acabou o tempo do Brasil ser amador ou viver numa eterna tentativa musical...
Entendemos que muitas vezes é legal ou libertador fazer um remix diferente, porém desde que “esse remix diferente” seja melhor ou igual aos remixes já estabelecidos no mercado e aprovados pelo público.
Entendeu agora por que no início dessa resenha citamos que o Brasil vive o “karma da tentativa? A equipe do blog adoraria dizer que a compilação é o máximo e possui o mesmo nível de qualidade, etc e tal. Mas, para não ofender as pessoas envolvidas, infelizmente muitas resenhas se resumem em “valeu pela tentativa”.
O pior é imaginar que entre as justificativas dos produtores dessa compilação, é que eles poderão dizer que os remixes não tinham essa pretensão “fantástica” de sucesso, e que era só para fazer a meia boca que foi feita. Enfim....
A compilação de remixes possui características musicais do funk melody, da música pop e uma tentativa esfarrapada do que poderíamos chamar de Euro House tupiniquim de doer na alma, no corpo e nos pés.
O CD possui as seguintes faixas:
1 - Cazuza - Exagerado (Dance Mix)
2 - Sandra De Sá - Olhos Coloridos (Charm Version)
3 - Fábio Jr. -
Enrosca (Nino's Piano Mix)
4 – Agepê - Deixa Eu
Te Amar (Love Melody Mix)
5 - Fafá De Belém -
Sereia (Dance Version)
6 - A Turma Do Balão
Mágico - Lindo Balão Azul (Euro Remix)
7 - Wanderléia - O
Exército Do Surf (L'esercito Del Surf) (Ragga Dance Mix)
8 - Barão Vermelho -
Bete Balanço (Club Station Remix)
9 - Anne Duá - Indecente (1996 Remix)
10 - Barão Vermelho - Bete Balanço (Club Station Long Remix)
* Não há registro sobre a compilação ter sido editada em vinil.
** A culpa não é dos artistas, mas de quem produziu os remixes ruins...
sábado, 14 de dezembro de 2019
Fat Family - Gulosa remix (Single promocional)
* Agradecimento especial ao Dj Werick Cannelas por ter auxiliado a equipe do blog, na localização deste single.
domingo, 27 de outubro de 2019
Dulce Quental - Viver remix (Single promocional - Item de colecionador)
Após um longo período de férias, gradativamente, a equipe do Brasilremixes está voltando a fazer postagens no blog. Não estamos em outras plataformas digitais, porque não gostamos de ficar pulando de galho em galho em cada nova ferramenta digital diferente que aparece no mercado. (Orkut-Myspace-Facebook-Pinterest-Instagram-Wordpress-Tumblr-VK-boitatá-saravá-etc......).
Por enquanto, estamos satisfeitos com o modelo de plataforma disponibilizado pelo sistema Blogger.
Na postagem de hoje, ressuscitamos o remix da canção “Viver”, da cantora Dulce Quental. O single remix foi distribuído de forma promocional lá em 1987, pela gravadora EMI. Demoramos em fazer essa postagem devido ao egoísmo de algumas emissoras de rádio e muitos djs que possuem o disco escondido em seus arquivos desorganizados e abandonados. E, além de não desejarem que as pessoas saibam disso, também evitam o compartilhamento de informações a respeito do produto. Enfim....Se a equipe do Brasilremixes dissesse que é mais fácil conseguir remixes de artistas brasileiros editados na Europa ou Estados Unidos do que em seu próprio país de origem, isso iria deixar a galera de cabelo em pé! É difícil competir com a preguiça social, mas nossa equipe se esforça. Continuando....
A cantora Dulce Quental é carioca, foi vocalista do grupo Sempre Livre (banda pop/rock de sucesso nos anos 80, que era formado por garotas). Em 1985, Dulce se lançou em carreira solo para divulgar seu primeiro disco chamado Délica. Na sequência, em 1987/1988 apresentou um novo álbum, Voz Azul* que foi produzido por Herbet Vianna (vocalista da banda Paralamas do Sucesso).
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Paralamas do Sucesso - Ska remix (Single promocional - Item de colecionador)
Em virtude da confusão de interpretação de leitura de alguns brasileiros que ainda não sabem a diferença entre streaming (plataforma para ouvir arquivos de áudio ou vídeo) e downloading (link para baixar arquivos de áudio ou vídeo sem autorização), estamos repostando a resenha do single da canção “Ska”, da banda Os Paralamas de Sucesso.
É importante saber que na concepção inicial do formato de remix, a versão da melodia com maior duração da versão original, era muitas vezes chamada de remix. Na verdade, diversos remixes de músicas brasileiras produzidos na década de 80 nada mais eram do que versões mais longas da melodia original. Atualmente a conotação dançante para o remix é outra, mas a maior parte do público brasileiro precisou de um tempo para assimilar esse entendimento. Afinal, não foram os brasileiros que inventaram a proposta do remix. Os artistas apenas seguem uma brincadeira importada de outras civilizações.
O single apresenta as seguintes versões:
LADO A
1- SKA - versão original 2´30
LADO B
1- SKA - versão longa 3'59
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
RPM - A cruz e a espada remix (single promocional - Item de colecionador)
Atenção! Existem informações incompletas e desencontradas em vários sites do Google, a respeito da música "A cruz e a espada". Por isso, A equipe do blog fez uma pesquisa minuciosa e constatou que essa canção possui alguns detalhes interessantes.
Como já mencionamos, a versão remix foi distribuída de forma promocional em 1986, mas apenas em 2008 foi incluída oficialmente no CD “Remixes e Raridades” que acompanha o box comemorativo RPM 25 anos. É importante saber que infelizmente, nem todos os remixes de vários artistas brasileiros foram oficialmente lançados. Muitos ainda permanecem enclausurados no tempo, como faixas promocionais.
domingo, 7 de outubro de 2018
Fernanda Abreu - Sla Radical Dance Disco Club (álbum)
Mas cadê os artistas dançantes brasileiros?
Portanto, com exceção de meia-dúzia de remixes perdidos entre alguns artistas brasileiros, o Brasil não produzia nada dançante para os clubes dentro do conceito eletrônico da mesma forma como já era amplamente trabalhado nos hits musicais internacionais.
Então, para suprir essa falta de música brasileira dançante, aproveitávamos (e continuamos aproveitando) todas as musicas dançantes e os sucessos disponibilizados pelos artistas gringos, tanto da escola melódica americana como da escola musical européia. Ou seja, cantando ou não cantando em português, a festa nos clubes acontecia normalmente. E graças ao trabalho de inúmeros djs, naquele momento já existia uma cena dançante forte nos clubes, nas danceterias, nas festas e em alguns programas de rádio pelo Brasil; os quais, eram agitados por canções internacionais produzidas e formatadas dentro de uma estética musical dançante, para proporcionar muita diversão.
Sla Radical Dance Disco Club possui uma atmosfera levemente underground e descolada dos padrões musicais doutrinários, que se perpetuavam no país. O álbum foi lançado em 1990 pela cantora Fernanda Abreu (Ex-banda Blitz), sendo produzido por Herbert Vianna (Paralamas do Sucesso) e Fabio Fonseca, com direção de Jorge Davidson.
Análise: Fernanda Abreu é uma guerreira! Pouco dinheiro, muito glamour e a sensação de flashes e holofotes clicando a multidão, era o chamarisco perfeito pra galera “causar” e ser vista. A letra da música descreve de forma bem clara, o pensamento de muitas pessoas que procuravam diversão, companhia e um lugar para dançar e barbarizar. Na introdução da melodia temos um clima de suspense que era característico em algumas músicas dançantes naquele período. A linha de baixo sintetizado uniforme e o charme dos teclados fizeram toda a diferença na estrutura de uma das canções de maior sucesso da cantora. Infelizmente, o remix editado em single promocional não empolgou os fãs e clubbers em geral. Em 1994, o Dj Memê editou um ótimo megamix da cantora com o que poderíamos chamar de remix de respeito pra canção A noite. Esse megamix deixou os fãs em estado de alerta, na espera pelo remix completo que ainda não foi lançado. Lamentável.
Análise: Respeitamos a proposta de Fernanda Abreu, que estava envolvida com a cena roqueira e ao mesmo tempo, se divertia com a galera dance. Não é fácil para um artista administrar e sobreviver entre dois mundos com pessoas, jornalistas e músicos que disputavam as atenções do público para satisfazer ao seu interesse. A equipe do blog gosta de músicas longas porque nós pensamos na pista de dança e não apenas no rádio. O tempo dessa canção faz parte do conceito musical da velha guarda. Lá nos anos 50/60 onde a maioria das canções durava dois minutos e meio e eram perfeitas para tocarem dentro da proposta radiofônica. Enfim, na falta do que cantar, se preenche com a melodia. Na falta de melodia, se preenche com a letra da canção. Mas, fazendo vista grossa para esse detalhe, a equipe do Brasilremixes entende que a estrutura da música Sla radical dance disco club é bem interessante. Ela se divide entre a cadência dance tradicional (tum-tis-tum) que o povo clubber adora, e a combinação habilidosa do suingue Funky americano do cantor Prince, ao qual uma porcentagem artística do Brasil (especialmente no Rio de janeiro) curtia na época. Lembramos que essa pegada mais Funky era característica da cena carioca. Vários clubes pelo Brasil nem tocavam Prince e nem tocavam Funky. Aliás, nem dava tempo, com tantas outras canções internacionais mais dançantes e mais festivas. Ou seja, Prince é uma influência dessa fase da cantora e de certa forma representava o dance da galera roqueira que não admitia músicas dançantes que não tivessem riffs de guitarra.
Análise: Temos aqui uma canção pop ótima para programas de rádio. Também foi editada em single promocional, apresentando remixes produzidos pelo Dj Irai Campos, que já foram postados pelo blog. Para rever, clique aqui!
Análise: Tanto quanto nos anos anteriores, a década de 90 foi uma época onde os artistas expressavam e aproveitavam seu talento musical em várias áreas. Música pop, música romântica, dançante, etc...Porém, no cenário atual (pós 2000) a situação ficou um pouco mais restrita. A canção “Luxo pesado” é uma ótima releitura feita da versão original "Got To Be Real", de Cheryl Lynn.
Análise: Outra música romântica da cantora que foi sucesso nas rádios das principais capitais brasileiras. Recomendamos.
Análise: Já comentamos que nosso objetivo é a pista de dança. Nessa canção não há o que tirar e nem colocar. Ela é 100% dance! Adoramos. O único detalhe é que a melodia ficou curta demais pra festa (pífios 3 minutos) e não foi lançado nenhum remix. Que desperdício!
Análise: A melodia dessa música serviria muito bem numa trilha sonora de cinema.
Análise: Os acordes de bateria eletrônica e o efeito de vocoder se encaixam de forma interessante nessa canção escrita por Fausto Fawcet. A interpretação vocal de Fernanda Abreu se manteve moderada e acabou deixando uma atmosfera de suspense no ar.
Análise: Diríamos que essa faixa do álbum está mais voltada para um jingle/vinheta dando recado para o público sobre a proposta do disco.
Análise: Essa versão romântica que Fernanda Abreu fez para o sucesso internacional de "Kung Fu Fighting", do cantor Carl Douglas, fecha o disco com chave de ouro. A proposta melódica de transformar músicas dançantes em canções românticas e vice-versa foi uma alternativa abraçada por vários artistas internacionais na primeira metade dos anos 90. Entre vários exemplos, podemos citar a canção “Nothing compares U 2”, escrita por Prince, cantada por Sinéad O´Connor e que ganhou uma versão dance de muito sucesso protagonizado pelo projeto Chip-notic. (Lá no Youtube tem.....)