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sábado, 11 de julho de 2015

BRASIL eletrônico - vários (single promocional)

Capa

No final de década de 90 e início do século 20, os timbres eletrônicos chamavam a atenção das pessoas envolvidas e antenadas com a cena musical mundial. Em parte do Brasil não foi diferente. Aliás, apenas “em parte”, porque o interior do país permanecia longe dos acontecimentos mundiais e nem sabia exatamente, o que significavam as musicas que tocavam nas emissoras de rádio ou as canções que agitavam o povo nos clubes, enfim...
Contracapa

Hoje apresentamos o CD single promocional Brasileletrônico, que foi distribuído em 2001, na edição número 4 da revista ÚNICA, em parceria com a gravadora TRAMA.  Neste trabalho foram incluídas quatro canções dos artistas, OTTO, M4J, XRS Land e Drumagick, que faziam parte do elenco musical da gravadora naquela época.  As faixas que compõem o single foram escolhidas pelo jornalista Marcelo Ferla, com projeto gráfico assinado por Walkyria Garotti.

Entre vários conceitos musicais eletrônicos disponíveis no mercado, o single promocional contempla algumas musicas de artistas que desenvolviam uma sonoridade voltada para os beats sintéticos, que estavam em evidência. O estilo melódico do Drum´n´bass tomou conta do gosto popular e acabou se espalhando em vários cantos do Brasil. Mesmo sendo tratado com "certa indiferença" no país, o Techno marcou presença e fez história na cena musical tupiniquim. Aliás, ambos os gêneros (Drum´n´bass e Techno) continuam se misturando e se desenvolvendo junto a musicalidade brasileira. Na MPB também haviam artistas que beberam da fonte musical eletrônica. Como é o caso do cantor e compositor OTTO e o remix da canção “Distraída pra morte”, produzido por Max de Castro. Algumas faixas do single promo, já foram postadas pelo blog, com exceção de XRS Land, que em breve irá aparecer por aqui.

O single possui as seguintes canções:

1- XRS Land - Bom dia (original)
2- M4J -  Paulicéia (original)
3- Drumagick -  Aí maluco (remix)
4- OTTO - Distraída pra morte (remix Max de Castro)

CD

* Este single promocional não foi lançado em vinil.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

M4J - Folklore nuts (Brazilian electronic experience) - CD álbum

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É importantíssimo lembrar ao leitor que a proposta do M4J é fazer música eletrônica com influências da musicalidade brasileira. Então não adianta reclamar se você sentir falta de instrumentos musicais orgânicos. A graça do projeto M4J é a música eletrônica! Sintética, robótica, tecnológica, etc.. Aqui não existe esse papo de "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos....blá-blá-blá"  que não vai rolar....Se liga! 

Os Djs não foram as pessoas que inventaram a música eletrônica, mas não há dúvidas que o trabalho dos Djs,  auxiliou no desenvolvimento do estilo musical no mundo inteiro. Mesmo com parte de uma população, digamos, um tanto displicente com o que ocorre no planeta, o Brasil não poderia ficar de fora desse movimento. Foi então que começaram a surgir vários núcleos musicais compostos por Djs, produtores independentes e músicos espalhados pelo país, com a proposta de utilizar um conceito musical mais moderno e tecnológico, de acordo com o processo de vida existente no século XXI.
Encarte 1

Independente do conflito de gerações e culturas existentes no Brasil, sociólogos analisam que a música eletrônica nada mais é do que a formatação digital dos instrumentos musicais acústicos e analógicos inventados no passado. O que antes era feito com a participação de várias pessoas, a parafernália eletrônica acabou democratizando o acesso musical e dissipou conflitos e discussões ideológicas, em que cada participante queria fazer do seu jeito. Dessa forma, além de diminuir o tempo para a formatação de um determinado trabalho musical, os beats eletrônicos também contribuíram para redução de custos de produção e possibilitaram ao autor, maior autonomia na elaboração estética de seu trabalho.
Encarte 2
Detalhe

Atento as novas possibilidades e ao desenvolvimento musical no mundo, ao final da década de 90 surge o projeto chamado M4J, que era composto por DJ Mau Mau e pelos produtores Manoel Vanni, Macel SK e Franco Junior. A vibração eletrônica do M4J é inspirada em vários gêneros e subgêneros musicais sintéticos, que passam pelo Techno, Tech house, Tribal House, Downtempo, Minimal, IDM, etc. Tudo é claro, temperado com os ritmos folclóricos inventados pela musicalidade brasileira. Afinal, se a música eletrônica foi inventada, os ritmos folclóricos brasileiros também foram inventados no passado. Ou vai dizer que você nunca tinha percebido isso???!!!
Encarte 3
Contracapa

Diferente do álbum anterior que estava mais voltado para o Techno com influências musicais do samba, os produtores do M4J decidiram utilizar em “Folklore Nuts”, uma textura melódica composta por ritmos folclóricos brazucas, que fazem parte do balaio musical da região norte e nordeste do país. Folklore nuts é um ótimo álbum que registra um momento bem interessante na musicalidade eletrônica Brasileira, que servirá como fonte de pesquisa musical para as futuras gerações. Lançado em 2000 pela gravadora TRAMA. Recomendamos!

Este álbum possui as seguintes canções:

1 Ser Tão (Ambience) 3:14
2 Um Baião  3:48
3 Favela é Fato 5:05
4 Folk'n'Beat 5:31
7 Embolada (RMX)  5:57
8 Paulicéia   6:41
9 Tuning...0:42
10 Paulicéia (RMX) 5:36
11 Tropicália 5:39
12 A Chave do Paraíso 5:36
13 Macumba 6:28

CD

* Não há informação que o álbum inteiro tenha sido lançado em vinil.

Na sequência os internautas podem observar a imagem do single vinil 12” editado pela gravadora TRAMA com as canções “Favela é fato”, “Embolada”, “Macumba” e “Chave do paraíso”.

Também podemos ver a imagem de outro single vinil 12” com a canção “Forró com F” e a inédita “Madalena” remixada pelo próprio M4J.
Um outro single também foi editado em vinil 12” pela Tropic records com as canções “Macumba “, “Tropicália”, “Three Lovers (Mix 2)” e “Stage Piano (Mix 2)”.
Para finalizar, temos mais um single editado em vinil 12”, também pela Tropic Records, com as músicas “Ziriguidum”, “Tereza”, “Paulicéia” e “Tropicália”.


domingo, 29 de março de 2015

TRAMA Sambaloco 1 compilação - Original e remixes (vários - promocional)

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Quando entra em análise um Cd recheado com remixes de diversos artistas, a equipe do blog logo se emociona! Também pudera, de certa forma no Brasil, a escassez de remixes oficiais tem feito com que alguns apreciadores façam de tudo para ter um exemplar garantido na sua coleção!
Contracapa

Na postagem de hoje, revisitamos a compilação nacional TRAMA Sambaloco 1, com versões originais e remixes de diversas melodias de vários artistas, que faziam parte do elenco de trabalho da gravadora TRAMA. O Cd possui um total de 14 faixas. A coletânea promocional foi lançada em 2001.

A compilação apresenta as seguintes canções:

1- Dj Patife – Só tinha de ser com você (Cosmonautics extended remix) 7´00”
2- Dj Patife – Só tinha de ser com você (Cosmonautics edit remix) 4´58”
Análise: A música é cantada por Fernanda Porto e o remix foi produzido por Cosmonautics. A versão é muito boa e possui referências do Drumn´bass. Os remixes são iguais com apenas uma diferença de tempo de duração. Uma (extended remix) é para tocar nos clubes e a outra (edit remix) é para tocar nas rádios.

3- Dj Patife – Sambassim (Dj Patife extended remix) 8´05”
4- Dj Patife – Sambassim (Dj Patife edit remix) 3´36”
Análise: Outra melodia que traz a voz de Fernanda Porto com remix produzido pelo próprio DJ Patife. A remixagem com referências de cuíca e vários beats eletrônicos formam a autêntica malevolência do Brazilian Drum´n´bass. Uma versão é pra tocar nos clubes e a outra para animar programas de rádio.
Encarte 01

5- Dj Marky – Shake it (Extended version) 5´42”
6- Dj Marky – Shake it (Edit version) 5´42”
Análise: O estilo do Drum´n´bass é a característica principal da melodia que não possui créditos na interpretação da canção. Tá, mas os créditos falam num tal de “Shy FX”!? Certo! Mas esse tal de “Shy FX” é um músico inglês que disponibilizou a canção “Shake it” para ser incluída na coletânea “Áudio Architecture 2” mixada pelo DJ Marky!  Só isso! Uma versão é pra tocar nos clubes e a outra é para animar programas de rádio.

7- Dj Marky – Carolina Carol Bela (Dj Marky & XRSland extended remix) 5´59”
Análise: Mais um remix no estilo Drum´n´bass!


8- Dj Anderson Soares - My boo (Extended version) 9´05”
9- Dj Anderson Soares - My boo (Edit version) 5´02”
Análise: Aqui temos uma melodia original não remixada com referências da House Music. Melodia original não remixada - neste caso - significa que a canção já foi originalmente produzida dentro do conceito musical da House Music. A diferença é que uma versão é para tocar nos clubes e a outra para tocar nas rádios. Boa melodia pra quem gosta de House Music comportado.
Encarte 02

10-  Dj Anderson Soares – Sunday Shoutin’ (Original version) 5´41”
Análise: Também cantada em inglês como na canção anterior, “Sunday Shoutin´, não foi remixada e pertence a estética musical da House Music. Ótima para agitar o Warm up, a exemplo da melodia anterior, essa canção também faz parte da coletânea “Houses essencials” que foi organizada pelo DJ Anderson Soares.

11- M4J – Forró com F (Original version) 4’54”
Análise: Voltando ao Brasil, o projeto M4J apresenta uma ótima melodia com vibração sonora que faz uma ponte musical entre os ritmos folclóricos brasileiros e os beats eletrônicos modernos. Recomendamos! Em breve o álbum Folclore Nuts do M4J (que traz a mesma canção) será postado pelo blog.

12- AD – Ad#8 Contact (Original version) 4’05”
Análise: Com uma pegada eletrônica de alto impacto e uma linha de baixo quase “Trancedental” a dupla AD (Jarbas Agnelli e Waldo Denuzzo), impressiona e provoca os ouvintes ao som timbres sintetizados e uma ambiência musical tecno-científica! Muito bom!

13- O Discurso – Mr. Pharmacist (Cosmonautics samba jazz edit mix) 4´37”
Análise: O Discurso é um projeto do produtor e músico Bruno E. Essa versão foi  remixada pelo pessoal do Cosmonautics. A canção possui influências do Drum´n´bass com um sotaque samba-jazzístico da ginga musical tupiniquim.

14- Dj Patife – Esfera (Cosmonautics edit remix) 5´18
Análise: Pra fechar, a coletânea apresenta a canção  “Esfera” que possui os vocais de Rosy Aragão com a levada do Drum´n´bass.
CD

* Não há informação que esta compilação tenha sido editada em vinil ou que as canções tenham sido promovidas em singles individuais.

domingo, 22 de abril de 2012

AMP MTV BRASIL 01 - Coletânea


Capa





















A equipe do blog Brasilremixes nunca acreditou ou simpatizou com o trabalho mostrado pela MTV no Brasil até o momento. Com MTV ou sem MTV nunca houve diferença alguma na música brasileira.  Ninguém ganhou mais, ninguém teve a sua carreira beneficiada e ninguém ficou mais famoso por causa da MTV!   Aliás, o programa musical eletrônico apresentado pela MTV beirava ao fiasco. Mas esse é um assunto para outra oportunidade.

No tópico de hoje apresentamos o CD Coletânea de música eletrônica chamado  AMP MTV Brasil Vol. 01. Lançado em 2000 pela gravadora Trama, o CD reúne alguns dos principais nomes da música eletrônica brasileira existente na virada do milênio. Há representantes de diversas concepções que vão do experimental, passando pelo drum n´bass, broken beats e várias referências do techno. 

Mesmo que a compilação seja interessante e valorize um pouco da produção musical brasileira no estilo eletrrônico, entre as canções apresentadas na coletânea o leitor poderá encontrar “oportunistas de plantão” que tratam a melodia eletrônica como se fosse modismo ou como se representasse uma concepção “alucinógena” fruto dos problemas musicais da atual sociedade!

Contracapa

Neste caldeirão de estilos eletrônicos para quase todos os gostos é possível ouvir um pouco de conteúdo musical existente em algumas melodias como: “Ciranda de maluco” de Otto, “Sereia” do produtor Suba, “Ged Down” da dupla AD#27, “Pra você lembrar” de Max de Castro com remix do DJ Patife, “Station” do 2Freakz, “ Ai maluco” do Drumagik e “Macumba” do M4J.

A produção gráfica de Jardel Maluf e o design assinado por Clarissa Tossin possuem uma abordagem interessante ao apresentar capa plástica com estilo minimal e imagem desfocada. No verso, foi utilizado um papel especial - quase transparente - que reflete o entendimento eletrônico existente naquele período ao explorar novas concepções musicais e novos padrões artísticos.

O Cd apresenta as seguintes canções:

1- Boucing – Technozoide    4´16
2- Sereia – Suba     6´00
3- Pra você lembrar (Dj Patife´s remix) – Max de Castro   3´51
4- Ciranda de maluco (batendo o tambor) – OTTO   5´14
5- Station – 2Freakz   5´27
6- Gruvi – Flu    4´14
7- AD#27 (get down) – AD    4´48
8-Macumba – M4J      6´28
9- Jazz – Mikrob   4´22
10-Aí maluco (DJ Marky´s remix) – Drumagick     5´16
11- Lady´s room – Pink Freud    6´16
12- Freestyle Dialogon – Gil Mahadeva    5´05
13- Crack – Influx      6´30

14- São Paulo – O Discurso    6´08


CD

* Até o momento não há registro que a compilação tenha sido lançada em vinil. 

** Ainda é possível comprar o Cd nas melhores lojas de venda de discos na internet ou em algumas lojas de discos usados pelo país! 

*** Essa compilação também pode ser adquirida digitalmente em alguns sites na WEB.

**** Para ouvir todas as músicas basta clicar aqui!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

OTTO - Changez Tout Samba pra burro dissecado (remixes)

CD Box do cantor OTTO




















Não é possível falar sobre o trabalho musical do cantor Otto sem mencionar a coletânea de remixes chamada “CHANGEZ TOUT - Samba pra burro dissecado”. Esse projeto apresenta de forma inédita no Brasil um álbum duplo de remixes. (Até o o seu lançamento só existia single ou álbum normal de remixes de artistas nacionais e não um álbum duplo de remixes!) Lançado em 2000 pela gravadora Trama, o álbum foi editado em duas versões. A primeira na forma simples em Cd duplo e a segunda em edição especial no formato de Box com livro e dois Cds independentes (um laranja e outro em vermelho). Em ambas as edições todas as músicas foram contempladas. A diferença está no formato especial do Box com tiragem numerada e limitada em 5000 mil cópias. Apenas por curiosidade, o arquivo do blog BRASILREMIXES possui a edição de número 671.
Changez Tout é uma expressão francesa que em português significa “mudar tudo”. Aliás, um termo bem apropriado para o Cd de remixes do cantor que foge não apenas do estilo tradicional de dance utilizado no Brasil, mas também, por destacar diversos conceitos melódicos bem diferentes dos que eram feitos no país na virada do milênio. Nessa fase o flerte com a concepção eletrônica era inevitável e a utilização de estilos musicais brasileiros característicos da região norte e nordeste do país auxiliaram no desenvolvimento sonoro deste Cd. Changez Tout não apresenta remixes super-dançantes e comerciais pois o seu foco principal está mais voltado para o eletrônico conceitual e alternativo. O álbum foi produzido com a colaboração de vários artistas. As imagens contidas no encarte foram feitas por Vavá Ribeiro. Folhando o livro que acompanha o Box é possível ler um parágrafo escrito pelo jornalista Renato L. que sintetiza muito bem o projeto do Cd:

“Em CHANGE TOUT - Samba pra burro dissecado o que mais importa é a aposta que se esconde por trás do projeto: O remix não é encarado apenas como uma maneira de tornar a música mais radiofônica, mas acessível, e sim como uma chance de abrir um novo espaço pra a criatividade. Uma convocação para os alquimistas sonoros de plantão exercerem suas magias....”

CD 1

1 – Bob (Bossa velha mix) 5 ´59

Análise: Remix produzido por BID. O estilo de downtempo ou slowbeats permanece nos acordes musicais bem próximos a versão original. Não se trata de um remix para os clubs, mas é perfeito para bares, restaurantes e salas musicais com um público mais selecionado e conceito voltado para lounges e chillouts.

2 – O celular de Naná (DJ Patife mix) 6 ´09

Análise: Ótima versão em drum n´bass. Poderíamos chamar de Brazilian drum n´bass. Produzido pelo DJ Patife.

Imagem do BOX

3 – Reanult/Peugeot (Rica Amabis e Luca Raele mix) 3 ´39

Análise: Remix com abordagem conceitual. Os arranjos iniciais sintetizados e distorcidos lembram buzinas de automóvel.  A estrutura melódica segue uma linha mais contida e apresenta influências discretas do movimento MangueBeat.

4 – Café preto (M4J mix) 4 ´43

Análise: M4J é um projeto musical eletrônico com estilo predominante voltado para o Techno. Entretanto, diria que esse remix está mais para o Techno dançante do que para ser tocado numa rave, por exemplo. Mas os aspectos musicais abstratos fazem a diferença.

Encarte 1 

5 – Changez Tout (Superchocoboy mix) 6 ´32

Análise: Essa faixa remixada por Superchocoboy tem ênfase na percussão e não destaca muito a melodia. Quem conhece e já está acostumando em ouvir música eletrônica há muito tempo, poderá perceber claras influências do techno misturado com beats quebrados (Broken Beats) que era produzido nos anos 90. É óbvio que tudo isso com uma levada bem mais comportada.  Boa versão para ambientes como lounges e chill outs.

6 – Distraída pra morte (Da viola Max de Castro mix) 4´17

Análise: Remix produzido por Max de Castro. Possui uma abordagem musical voltada para a bossa nova levemente quebrada por acordes envolventes do drum n´ bass.

7 – Ciranda de maluco/batendo o tambor (Apollo 9 mix) 8 ´36

Análise: Se o assunto for criatividade, esse remix é show de bola! Produzido por Apollo 9, essa versão é cheia de interferências tribais e quebradas melódicas que atrapalham e harmonizam o andamento da melodia. A construção desse remix foi muito interessante. Ele faz com que o público fique hipnotizado com a vibração dançante e ao mesmo tempo envolvido em movimentos quase lisérgicos  sem entender nada. Um dos melhores remixes do álbum.  Pra quem entende, é claro!

8 - O celular de Naná (ABU mix) 5 ´35

Análise: Remix assinado por Andre Abujanra, com uma abordagem simples e destaque para a voz distorcida do cantor Otto acompanhado de influências musicais do MangueBeat.

9 - Reanult/Peugeot (AD mix) 4 ´24

Análise: Remixagem de atitude com levada bem eletrônica produzida pela dupla “AD”. É tipo de versão que tocaria em clubes ou inferninhos com o charme do extinto e lendário “Hells Club” em São Paulo. 


10 – BOB (Edu K mix) 4 ´57

Análise: Remix de peso nessa coletânea assinando por EDU K. Aliás, não se trata de um remix alucinante, pelo contrário, a suavidade melódica dessa canção fez com que ela se tornasse um dos remixes brasileiros mais badalados nas compilações internacionais de lounge e chill out lançadas na época. Falando sobre o trabalho desenvolvido por EDU K, diria que se trata de um personagem musical complexo e cheio de extremos. Ora ele está voltado para o rock n´roll e pop rock. Um tempo depois você vê ele detonando todas ao fazer caras e bocas no melhor estilo Marilyn Manson e Prodigy.  Então desaparece da cena musical. De repente, ele renasce fazendo estilo rap, hip-hop e funk carioca ao lado de popozudas. Um tempo depois surge novamente ao produzir um dos mais belos remixes nacionais no conceito downbeats, misturando a bossa nova ao ambient eletrônico fazendo clara referência as canções etéreas produzidas por Moby. 

Capa do livreto do BOX

11 – O celular de Naná (Technozoide mix) 5 ´37

Análise: Outro remix para a música O celular de Naná, mas apresentado por Tecnozoide. Nessa melodia podemos observar uma versão mais suave, quase experimental, com sussurros e referências ao Acid House e ao Ambient Techno produzido no início da década de 90. Ótima pedida pra quem gosta do estilo.

12 – São Paulo (Nude Mix) 5 ´31

Análise: Remix eletrônico produzido por NUDE  voltado para o trance com sotaque americano. Como assim? O estilo já passou por diversas fases e existem vários tipos de trance como trance europeu, trance alemão, trance americano, psy trance, goa trance, neotrace, hard trance entre outros...
Trance é um diminutivo da palavra trancedental no sentido de trancender a música. O estilo passeia por vários conceitos desde o comercial, o underground, o alternativo, o abstrato etc. o trance pde ser suave ou acelerado, possui um clima cósmico, viajante, emotivo, lisérgico, hipnótico, etéreo, melódico e intimista. Geralmente é instrumental, mas também pode ser cantado.

13 - Distraída pra morte (Muchacho´s Cut) 3 ´34

Análise: Remixagem feita por Muchacho Alves com influências do Trip hop. Sem dúvida, se trata de uma versão direcionada para lounges e chill outs.

14 – TV a cabo/ O que dá lá é lama (medley) 3 ´14

Análise: Medley produzido por Garcia y Carvalho sem cara de remix. Parece ser apenas uma versão diferente.

CD1 

Changez Tout – Samba pra Burro Dissecado é explicado pelo próprio Otto, em texto apresentado no livro:

“Num mundo tão remixado o Brasil só pode ser rei. O remix aqui começa na pele, em anos de miscigenação racial. Os DJS que contruíra Changez Tout - Samba para Burro Dissecado representam perfeitamente este mix. Esta consciência faz redobrado o prazer de entregar minha criação para estas pessoas e ouvir de volta coisas tão maravilhosas e diferentes. Espero que este disco contribua para a música eletrônica brasileira e que estes amigos voem bem alto. Este disco é deles. Salve o grande Deus digital.” 

OTTO
Para mais informações sobre o trabalho do artista acesse: 
Capa do single 02

OBS: Após ouvir com atenção todos os remixes apresentados no primeiro Cd, tem se a impressão de que o segundo volume possa ter sido prejudicado pela repetição de estruturas (idéias) e conceitos musicais.

1 - O celular de Naná  (DJ Dolores mix)

Análise: Esse remix produzido por DJ Dolores possui várias referências do Manguebeat e influências afro-brasileiras temperadas na medida certa, com o aporte tecnológico ao qual o DJ se propõem em sua releitura musical que tem a participação do percussionista Nana Vasconcelos.

2 – Distraída pra morte (Mamelo Sound System &  Marcos Axé mix) 3´56

Análise: Mais um remix com influências musicais nordestinas com a adição de elementos lúdicos bem próprios do pessoal que trabalha em circo e em teatro popular no interior do país. Remistura produzida por Mamelo Sound System &  Marcos Axé mix. 
BOX  verso 

3- Renault/Peugeot (2 caras mix) 5´46

Análise: Remix ao estilo drum n´bass produzido por Ram Science.

4 – Changez Tout (Monoaural Mix) 2´56

Análise: Remix experimental produzido por Kassin & Berna Cepas.

Outro detalhe do livro que acompanha o CD Box













5 – RE/PE (2 Freaks TB & Mamborin remix) 7´43

Análise: Faixa remixada por Camilo Rocha e Dj Yah! Essa versão é um dos melhores remixes apresentados neste segundo Cd. Uma faixa eletrônica dançante com sample de escola de samba e influências que vão do techno ao progressive house.

6 – Ciranda de maluco (João Marcelo mix) 5´09

Análise: Remix pouco criativo com pitadas sutis de drum n´bass. Produzido por João Marcelo.

7 – Renault/Peugeot (6 Renault 6 Peugeot 6) 2´34

Análise: Remixagem voltada para o Trip-hop, produzido por dj Nuts.

8 – TV a cabo/ O que dá lá é lama (medley) 6´59

Análise: Essa versão é assinada por Friendtronik que adiciona riffs de drum n´bass como base no andamento melódico da canção. 

9 – BOB (Scratchadelic experience mix) 7´27

Análise: Produzido por DJ Marky, esse belo remix também apresenta uma levada ao estilo drum n´bass e resgata um pouco do clima “jungle” ao qual o drum n´bass foi classificado em suas primeiras aparições na cena musical.

10 – Café preto (Pingado mix) 4´05

Análise: Uma versão bem “fusion” misturando vários conceitos musicais. Aqui você encontra elementos do rap, hip-hop, trip hop, acid jazz, ambient, e outras interferências melódicas.  Em resumo, uma ótima canção para viajar na fumaça. Remix editado por Leon T. Jr  e DJ Pliff.

Detalhe do verso do livro que acompanha o CD Box



















11 – Low 4 ´41

Análise: Remix ao estilo Broken beats com influências dos ingleses do Chemical Brothers e Propellerheads. Interessante. Produzido por Marcelinho.

12 – BOB (Vr. 303 x 505) 4´53

Análise: Independente de gênero eletrônico é possível perceber quando um remix é interessante prestando atenção apenas na atmosfera melódica que ele transmite ao ouvinte. Essa releitura pode ser considerada experimental, abstrata, conceitual e até com influências do drum n´ bass.  Mas independente disso, essa versão tem personalidade ao apresentar uma mixagem com timbres musicais “limpos e vivos” sem embolar a canção. Boa pedida para quem já está familiarizado com o ambiente sintético. O destaque é a participação da cantora Bebel Gilberto. Faixa produzida por Edgar Scandurra.

13 – Café preto 4´32

Análise: Muitos brasileiros já conhecem o termo “malevolência” que é utilizado para falar de algumas musicas na área de samba e pagode. Porém, talvez seja a primeira vez que alguém utilize a palavra “malevolência” para definir o “felling” dessa melodia eletrônica. Nesse remix sem nome, mas produzido por FLUX, os timbres sintetizados se misturam ao suingue malandro da batida do samba.

14 – Low 3´31

Análise: Que tal misturar “Firestarter“ do Prodigy em versão suave e adicionar um pouco de tempero brazuca nessa história??? É o que o remix está nos mostrando. Produzido por Autoload.

15 - TV a cabo/ O que dá lá é lama (medley) (Carangueijo a cabo mix) 4´45

Análise: Outro remix com influências do broken beats (batidas quebradas) ao estilo Chemical Brothers. Produzido por Alvin FX, essa versão tem uma boa pegada nervosa para contentar um público de atitude. 
CD 02

*** Até o momento não há informações de que este Cd box remixes tenha sido editado em vinil. 
Imagem do livreto + CD1 e CD2


**** Agradecimento especial a equipe da gravadora TRAMA, que se empenhou no desenvolvimento desse projeto, tanto na produção musical quanto no design gráfico. Afinal, essa compilação representa alguma coisa no meio do quase nada na área musical eletrônica brasileira. E olha que o CD nem parece ser tão eletrônico quanto falam!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

M4J - BRAZIL - Electronic experience (cd álbum)

Este não é um álbum de remixes. É um álbum de música eletrônica. O projeto brasileiro M4j era composto pelo dj Mau Mau, Manoel Vanni, Marcel Sk e Franco Junior. Foi lançado pela gravadora Trama em 1998.
Até o momento não foram localizadas informações sobre a existência de singles promocionais ou remixes tanto em cd quanto em vinil das musicas desse álbum que recebeu o nome de BRAZIL - Electronic experience.
O trabalho musical possui fortes influências do techno e do hard house. Na época, a concepçâo do cd foi o máximo para a cultura rave tupininquim que vivia sua primeira fase do boom eletrônico*  musical.

*** Para entender:

A primeira fase do boom eletrônico em parte do mundo ocorreu em 1989/1990 com o famoso verão do amor europeu regado a muita música dançante e eletrônica. Mas na época o Brasil ainda estava suspirando rock n´ roll tipo Rock in Rio, Guns n´ roses e fantasias roqueiras daquilo que os próprios roqueiros almejavam que acontecesse de acordo com  seu interesse. Visto que, o rock n´ roll era postado por parte da mídia como um estilo musical perpétuo, jovem e saudável. Porém a maioria da população não sabia e não tem consciência de saber que parte da mídia postava rock com o objetivo de lucratividade, apenas.

A segunda fase do boom eletrônico ocorreu em parte do mundo no final da década de 90. Nesse período parte do Brasil, para não ficar para trás, já estava familiarizado com as novas tecnologias musicais. Logo, aproveitou o momento e não tratou empíricamente a música eletrônica como um modismo musical. Até porque,  há vários anos já existia e ainda existe uma poderosa cena musical eletrônica mundial e a galera moderna e antenada no Brasil sabia disso! Porém parte da famigerada mídia brasileira se deparou com três situações descritas a seguir:

1) Uma parte da mídia doutrinada e ignorante se calou e ignorou outros estilos musicais mesmo ao perceber que o próprio poprock, tão amado e querido, já não estava com tanto fôlego de sucessos musicais pois já havia dado tudo o que podia.

2) A outra parte da mídia teve que engolir à seco a música eletrônica, até então marginalizada, menosprezada e mal compreendida pelos correligionários envelhecidos do rock infiltrados na mídia que durante vários anos havia acreditado e vendido para o público consumidor a ideia absoluta de um estilo musical roqueiro inabalável e imortal.

3)  A outra parte da mídia conseguia assimilar a evolução musical das pessoas, o avanço das tecnologias e da musicalidade eletrônica, porém, ás vezes fingia que entendia para não fazer feio ou ser rotulada de veículo midiático atrasado em relação a cena cultural no mundo. Enfim ...coisas do Brasil. Momentos trágicos de nossa história onde uma civilização é musicalmente  tratada por modismos. Lamentável.


Capa + encarte











Encarte 2












Encarte 3

CD

Contracapa

O álbum contém as seguintes canções:

1 - Intro 16 A
2 - Stage Piano
3 - Capoeira
4 - Pedro Bahiano
5 - Brasil Menu
6 - Camisa Verde
7 - D. Smoke
8 - 16B Swing
9 - She
10 - É isso aí

Em 1998 foi lançado no mercado internacional o álbum no formato de vinil EP (extended Play) com apenas quatro musicas. São elas

Lado A: 1- Stage Piano e 2 - É isso aí
Lado B: 1 - Capoeira e 2 - 16B swing

Abaixo o detalhe do sleeve impresso no vinil.  Gravadora Joss House.