sexta-feira, 6 de junho de 2014

AD - AD (CD álbum) Item de colecionador

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Mais que o simples fato de deixar o nome gravado na história da música eletrônica brasileira, a dupla “AD” formada por Jarbas Agnelli (teclados e programação) e Waldo Denuzzo, (baixo e guitarra) apresentam um trabalho ousado e bem interessante ao experimentar novas texturas musicais sintéticas que trazem um pouco de rebeldia sonora ao ambiente pirotécnico dos clubs.
Capa alternativa

Lançado em 2000 pela gravadora TRAMA, no álbum de estreia (o único oficial até o momento), nota-se uma influência melódica bem forte que vai do Techno ao Broken Beats do tipo “Chemical Brothers e Proppelerheads”, com a utilização de colagens musicais, riffs de guitarra raivosos e um ambiência melódica tipicamente underground, repleta de loops musicais sobrepostos e distorcidos.

Entre várias melodias, o álbum apresenta um total de 12 faixas com direito a bônus track, trazendo um bom remix para a canção "A semana", que muitos consideram a versão mais pop e mais confortável do álbum inteiro, para ser ouvida por pessoas mais sensíveis, digamos assim.  O trabalho também traz a participação especial da cantora Fernanda Young que colabora nas canções “Plástico” e Tools;  e do cantor Márcio Mattos que participa da música “A noite inteira”.  
Encarte 01
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Encarte 04
Encarte 05

Este álbum apresenta as seguintes melodias:

1  AD-20 (Keep Going)            
2  AD-27 (Get Down)           
3  AD-13 (Impulsos Incontroláveis)            
4  AD-17 (A Noite Inteira)            
5  AD-8 (Contact)           
6  AD-7 (Plástico)            
7  AD-2 (Tools)            
8  AD-22 (Rangido Ritmado)            
9  AD-6 (Piscina)            
10  AD-18 (What In Hell Is They Want?)            
11  AD-25 (Blá, Blá, Blá.)            
12  A Semana (Remix)

Contracapa
CD

* Ainda é possível adquirir este álbum em lsites que comercializam musicas no formato digital ou em lojas de discos usados.

** Não há registro que este trabalho tenha sido editado em vinil.

*** Para algumas pessoas “AD” é a abreviatura de “Anno Domini”, expressão em latim que significa - In the year of the Lord - “No ano do Senhor”.  

domingo, 1 de junho de 2014

Edson Cordeiro – Clubbing (CD álbum)

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Hoje revisitamos o álbum “Clubbing’ do cantor Edson Cordeiro, que foi lançado em 1998 pela gravadora Sony. Neste período o Brasil passava por um momento importante na música eletrônica. De acordo com pesquisadores, o aprimoramento tecnológico na concepção musical eletrônica se disseminou na cultura popular brasileira, a partir de 1995 e durou de forma contundente durante dez anos (até 2005). Desde então o estilo tem se estabelecido com normalidade.

- Mas qual foi o parâmetro utilizado nesta análise?

Didaticamente falando, haviam diversos gêneros musicais que conhecemos funcionando a todo o vapor no país. Ao mesmo tempo alguns desses trabalhos foram elaborados com bases eletrônicas e estavam sendo lançados no mercado brasileiro de forma tímida. Como evoluir é inevitável e o desenvolvimento também passa pela musicalidade em todas as partes do mundo, já era hora do Brasil explorar um novo conceito musical mais tecnológico e menos bairrista.

- É óbvio que o movimento cultural e tecnológico brasileiro foi influenciado pelos ventos de desenvolvimento sonoro, vindos de culturas mais independentes e evoluídas de outras partes do mundo. Se dependesse exclusivamente dos brasileiros e de uma "luz divina", o desenvolvimento não iria acontecer. Muitas pessoas são acomodadas e preguiçosas! Lamentamos dizer isso! Mas contra fatos não existem argumentos.   

Dessa forma, a partir da metade da década de noventa (1995) começou a surgir uma grande agitação de artistas brasileiros envolvidos com o conceito musical eletrônico. Essa característica foi se desenvolvendo ao longo dos anos e abriu caminho para novos talentos e novas concepções musicais que seguem o modelo de vida atual. Houveram diversas apresentações, debates e conferências envolvendo o trabalho de cantores, bandas e djs nacionais e internacionais. As raves e as festas ao ar livre tomaram conta e agitaram a galera em grande parte do país, até a metade da primeira década de 2000 (2005). Aos poucos o estilo eletrônico de fazer música foi se popularizando e atualmente já está inserido no contexto musical brasileiro.

Egoístas musicais

Pode parecer prático, mas o caminho não foi tão simples assim. Havia uma “tranqueira musical egoísta e ditatorial“ sustentada por várias pessoas em diversos seguimentos da cultura do passado e nos bastidores musicais brasileiros.  O desdém para com a música eletrônica, incluía pessoas que trabalhavam na mídia em geral e em algumas gravadoras – que tentavam a todo custo, menosprezar a musicalidade eletrônica no Brasil.

Fato semelhante ocorreu também no final da década de 60 e nos anos 70 quando, por exemplo, o rock´n´roll foi acusado de aberração satânica frente aos moldes sociais praticados na época. Parte da velharia musical acomodada chegou a descrever o rock como sendo “anti-cristo” apocalíptico!! Quando na verdade era apenas um tipo de sonoridade musical diferente. Pesquisadores afirmam que foram tempos em que as interpretações populares revelavam o medo, a falta de informação, a falta de desenvolvimento, o egoísmo e o preconceito de parte do Brasil em relação a tudo que era diferente do seu costume musical, pré-doutrinado e policiado por algumas pessoas que atuavam junto ao poder político cultural do país.  

Após 2005, a utilização de elementos musicais que abraçam a estética melódica eletrônica continuou de forma normal. Porém, algumas pessoas no Brasil ainda confundem timbres eletrônicos com música dançante superficial. Para se ter uma ideia, no continente europeu, a sonoridade eletrônica já existe na forma popular desde a década de setenta e possui estatus de música erudita.  Os mais velhos respeitam o desenvolvimento e o gosto musical dos mais jovens – o que não ocorre no Brasil, infelizmente.  Nos países europeus, diversos artistas conceituais, alternativos, comerciais e undergrounds já se esbaldaram em meio a timbres e blips eletrônicos. 

Contracapa 
O álbum de Edson Cordeiro não traz o perfil de ser uma obra-prima. Também não é comercial ou dançante, mas registra um trabalho musical simples e experimental ao utilizar o conceito eletrônico de forma inteligente.  Muito bem produzido pelo aclamado produtor (SUBA), falecido em 1999, as melodias transitam de forma harmônica entre bases do downtempo, passando pela música pop e abraçando a ambient music com algumas doses bem suaves de drum n´bass.

Além de cantar em inglês e em português, Edson Cordeiro faz uma boa releitura de canções como “Mercedes Benz” (Janis Joplin), “Menino do Rio” (Caetano Veloso), “Oye como vá” (Tito Puente) e “Lovin´you” (Minnie Riperton). Tudo é claro, embalado numa estética sonora eletrônica bem diferente aos padrões musicais brasileiros vividos em 1998. Por fim, os fãs e ouvintes são presenteados com dois remixes para a canção “Ave Maria”. Um deles foi produzido pela dupla “Thievery Corporation”, que recentemente lançaram o ótimo álbum chamado “Saudade”. O outro remix ficou sob a responsabilidade do pessoal do AD, que desapareceu de cena nos últimos anos.  Não é um trabalho que vai mudar a vida das pessoas, porém merece ser ouvido no quesito de conhecimento e história musical.
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O álbum apresenta as seguintes canções:

1 Nightclubbing  3:30 
2 Nada  3:32 
3 A Saída  4:44 
5 Menino Do Rio  4:31 
6 Até O Fim Do Mundo  3:35 
7 Oye Como Vá  3:49 
8 Sometimes I'm Happy  3:31 
9 Viúva Negra  3:49 
11 You Make Me Feel Like Dancing  3:57  
12 Voz  5:50 
13 Ave Maria  4:59

CD

Na sequência você pode ver as imagens do single promocional raro editado em vinil 12" remix, que foi distribuído pela gravadora Sony em 1998. O single apresenta os dois remixes para a canção "Ave Maria" + a versão original da música "Oye como va". Lembramos que os remixes "AD Remix e AD Version" são iguais, apenas mudaram de nome. 

Sleeve 
LADO A
1- Ave Maria (Álbum version) 4´59
2- Ave Maria (Thievery Corporation remix) 4´00

LADO B
1- Ave Maria (AD Version) 4´50
2- Oye Como Vá  3´49 

* Não há informação que este álbum tenha sido editado em vinil. 

** Ainda é possível adquirir o álbum em lojas que comercializam musicas no formato digital ou em lojas que vendem discos usados. 

domingo, 25 de maio de 2014

Daniela Mercury - Só pra te mostrar remix (single promocional - item de colecionador)

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A música “Só pra te mostrar” da cantora Daniela Mercury foi uma das canções que fez muito sucesso em escala comercial, no início da carreira da artista. O single da canção foi distribuído promocionalmente para alguns djs e algumas rádios pelo país em 1992, pela gravadora Sony. Porém, muitas pessoas afirmam que a versão apresentada neste single não se trata de um remix - de acordo com os padrões dançantes aplicáveis aos clubes no formato como conhecemos. Isto é, o single apresenta uma melodia um pouco diferente da versão original, incluída no álbum O Canto da Cidade, também lançado no mercado internacional  no mesmo ano. 

Este single destaca a ótima versão (Extended mix), que é uma melodia mais extensa e melhor desenvolvida que a composição original, para que a música seja apreciada por mais tempo. Nessa versão observam-se arranjos musicais progressivos ao iniciar a música em “fade in”, que dão ênfase aos vocais da cantora e consequentemente abraçam a melodia como um todo. Em seguida, temos uma versão editada (Edit mix) também conhecida pelo nome de “Soul mix” - que segue a mesma linha da versão anterior- porém foi editada para tocar em programas de rádio. E por fim, chegamos a versão original (Lp version).
Contracapa

É importante entender que mesmo não se tratando de uma melodia super dançante, a canção possui alguns elementos que podem ser classificados dentro da estética do remix.  Dessa forma, muitos fãs, colecionadores e parte do público em geral definem a canção como se fosse um legítimo remix. A música foi produzida por Liminha, remixada por Nino Carlo e Rodrigo Kuster e conta com a participação do cantor Herbert Vianna da banda Paralamas do Sucesso.

Este single possui as seguintes faixas:

1- Só pra te mostrar – Extended mix 6´33
2- Só pra te mostrar – Edit mix 4´56
3- Só pra te mostrar – LP version 3´55

* O single foi lançado em Cd e em Vinil 12”.

** As imagens do Cd single foram gentilmente cedidas por Robson Tedesco.

*** Com sorte, este single poderá ser encontrado à venda em lojas de discos usados ou com colecionadores.  

sábado, 17 de maio de 2014

Eletrodomésticos / Dr. Silvana & Cia remix (promocional - item de colecionador)

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Visitando a década de oitenta encontramos o single promocional editado em vinil 12”, que apresenta remixes das canções “Choveu no meu chip” da banda Eletrodomésticos e “Serão extra” da banda Dr. Silvana e Cia. A primeira canção, possui forte influência de conceitos eletrônicos que se enquadravam no estilo chamado de techno pop (expressão musical que ainda estava em construção), porém também era incluída no conceito definido como New wave ou Synth pop.  A outra música pegava carona no poprock (nem tanto rock e nem tanto pop) que foi uma combinação melódica de grande sucesso na década de 80. Independente de estilo, as duas canções obtiveram êxito em várias emissoras de rádio e em programas musicais de TV pelo país. O single foi distribuído em 1985 pela gravadora CBS e alguns clubes brasileiros até chegaram a tocar os remixes nas danceterias. 

Entretanto, nem tudo é fácil como as pessoas imaginam. Lembramos que o Brasil tinha saído da ditadura cultural do passado, mas o passado continuava presente no pensamento de parte da população, que cultivava uma espécie de "hojeriza" contra o desenvolvimento e a tecnologia musical. Para muitas pessoas daquela época, a música brasileira tinha que ser um representante do "discurso de palanque revolucionário" contra tudo e contra todos. Fazer música como diversão era coisa de carnaval e não merceia crédito!  Por essa percepção, resgatamos um depoimento feito por um dos integrantes da banda Eletrodomésticos que diz:

“Fomos uma das bandas promissoras da New Wave  que não tiveram oportunidade das grandes gravadoras nacionais, porque nos achavam futuristas demais com os sintetizadores Kraftwerkianos, mesmo tendo sido uma das músicas mais tocadas no Brasil no verão de 86, chegamos até o clipe do programa Fantástico da rede Globo de TV que era o topo do rock nacional na época!”

Eletrodomésticos / reprodução

A banda Eletrodomésticos era formada originalmente por Ricardo Camillo (vocais), Luciana Araujo Lumyx (teclados e backing vocais), Guilherme Jardim e Manfredo Jr. (Guitarra), com a participação especial de Bruno Araújo no baixo e Kadu Menezes na bateria. 
Dr. Silvana & Cia / reprodução

A outra banda se chamava Dr. Silvana e Cia e tinha em sua formação original, Ricardo Zimetbaum (vocais), Cícero Pestana (guitarra), Jorge Soledade (baixo) e Edu (bateria). 

Este single apresenta as seguintes faixas:

LADO 1
1- Eletrodomésticos- Choveu no meu chip remix  5´09

LADO 2
1- Dr.Silvana & Cia – Serão extra  5´39

CONFUSÃO MUSICAL

De forma errônea, muitas canções populares foram classificadas pela mídia brasileira no conceito musical do rock. O fato de a mídia ser produzida por pessoas de conhecimento limitado propagou a confusão musical de norte a sul do país. Estilos e conceitos musicais eram tratados ao bel prazer de cada um por vários motivos como:

- Falta de informação musical em todos os níveis sociais
- Generalidade (qualquer estilo musical de apelo jovem era incluído no rock)
- Simploriedade (é tudo a mesma coisa)
- Praticidade (falta de tempo para explicar quem era quem)
- Preconceito musical (esse tipo de música não faz parte do meu convívio)
- Medo (mas que droga de música é essa agora!?)
- Moda (em seis meses já foi!)
- Radicalismos (eu só sei falar de rock e MPB!)
- Tradicionalismos (desenvolvimento e tecnologia não fazem parte do Brasil!)
Entre outros....

* Ambas as bandas possuem alguns integrantes originais que já faleceram.

** As canções foram remixadas pelo “DJ Careca” e foram incluídas na coletânea musical chamada Dance Mix vol. 2, oficialmente lançada pela gravadora CBS (atual Sony) em 1985.

*** Não há registro que os remixes tenham sido lançados em Cd. 

sábado, 10 de maio de 2014

Biquini Cavadão - Ilusão´95 remix (single promocional)

Contracapa

Hoje apresentamos o single remix da música “Ilusão” da banda Biquíni Cavadão.  Ao nosso entender, estes remixes representam a tentativa dançante de alguma coisa. A versão original da canção faz parte do trabalho do grupo, que explora uma atmosfera musical oitentista em plena metade da década de 90. Até aqui tudo bem, afinal a banda é livre para trabalhar com qualquer estilo musical em qualquer época.  O problema está relacionado ao remix! Pelo amor de Deus! Já estávamos em 1995!!! O Prodigy, o Daft Punk, o Chemical Brothers e outros tantos artistas destruíam a galera nas raves com musicas que utilizavam timbres de bateria eletrônica super potentes. A banda Depeche Mode já em 1988, sacudia os fãs americanos no lendário show ao vivo “101”, ao utilizar uma bateria eletrônica mais saudável e convincente ao padrões musicais contemporâneos.
Capa

Neste single a composição melódica utilizada nos remixes é até simpática e pode ser tocada em programas de rádio. Porém, os remixes não funcionam na pista de dança. Os timbres de bateria eletrônica ficaram fajutas e a fraca masterização da melodia estragaram a versão! Lamentável! A ideia é interessante, mas o resultado decepciona. Na próxima vez, vamos torcer pela chegada de remixes mais empolgantes e uma produção musical melhor equalizada. Os remixes foram produzidos por “The Eletronic Idiots Inc.” (nem vamos fazer comentários a respeito do nome!)....

Este single em vinil apresenta as seguintes faixas:

LADO A
1- Biritown mix
2- Xaxado hall mix
3- Versão original

LADO B
1- Biritown mix
2- Xaxado hall mix

Na sequência você pode ver as imagens do single lançado em Cd.

Capa
Contracapa
Encarte
CD

*Este single remix promocional foi distribuído pela gravadora Sony Music em 1995. Ele foi editado em vinil e em Cd.

** Note que o single em vinil 12” apresenta no lado “A” a versão original + os remixes em rotação de 33 RPM. No lado “B” foram editados os mesmos remixes em rotação  de 45 RPM. O vinil pode causar a impressão que existem vários remixes, mas na verdade são apenas dois + a versão original. 

domingo, 4 de maio de 2014

Tim Maia - Gostava tanto de você remix (single promocional)

Imagem do Cd promo sem encarte

Antes que os fãs e colecionadores se desesperem na busca desse remix, informamos que ele foi oficialmente incluído e lançado na compilação chamada “Festa da música vol. 3” em 1999.

Este single do cantor Tim Maia, contendo apenas a versão remix da canção “Gostava tanto de você”, foi distribuído promocionalmente pela gravadora Som Livre, para algumas rádios pelo Brasil. Este trabalho faz parte daqueles CDs promocionais que ninguém sabe e que ninguém ouviu falar. Também é muito provável que singles iguais a postagem de hoje, estejam jogados num canto perdido na sala de arquivos obsoletos de algumas emissoras de rádio - sem compromisso com nada e com ninguém, infelizmente. Mas antes de parar na lata do lixo ou servir de “disco voador” na caixa de brinquedos de alguma criança sem noção; a equipe do blog Brasilremixes conseguiu localizar uma cópia  do single e trazer  até o conhecimento do público.

- Grande coisa!!

Sim, prezado leitor, em se tratando de como algumas pessoas no Brasil tratam a sua história musical com desleixo, sem dúvida, resgatar este trabalho é uma grande coisa! Ele não vai mudar o mundo! Quem muda o mundo são as pessoas, mas com certeza ele já está em boas mãos para preservar um pouco da história dos remixes nacionais - muitas vezes, tão desprezados e desconhecidos pelo senso comum.
Tim Maia - Imagem reprodução
O remix da canção “Gostava tanto de você” do cantor Tim Maia, foi produzido pelo pessoal do Hitmakers. A versão possui influências da Black music e Hip Hop, mas não chegou a fazer muito sucesso - mesmo apresentando apelo comercial e uma boa levada pop direcionada para programas de rádio. De forma simples, o remix não foi considerando empolgante e a proposta não funcionou no dancefloor. Vamos aguardar por um novo remix no futuro, mas vale pelo registro.

1-Tim Maia – Gostava tanto de você (Digital tracks remix) 3´24 

*Não há confirmação que o single ou que a compilação Festa da música vol 3 tenham sido editados em vinil.

**Agradecimento especial ao Dj Alessandro Vieira, que gentilmente forneceu as imagens do Cd para ilustrar a postagem de hoje. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Dj Renato Ratier - Black Belt (álbum)

Capa

Em 2013 chegou ao mercado musical brasileiro o trabalho do DJ e produtor Renato Ratier. Ao todo são 17 faixas que apresentam uma composição melódica voltada para vários gêneros e subgêneros eletrônicos que passam pelo house, deep house e techno. Neste trabalho autoral, o DJ  surpreende o público brasileiro ao apresentar texturas musicais sintetizadas que vão ao encontro do ambiente sonoro utilizado atualmente pela cena eletrônica mundial. 

É importante explicar que em parte do Brasil, não é comum uma pessoa do interior ter acesso ou ter apreço pela vanguarda musical e moderna. Por mais desenvolvimento que certas pessoas tenham a possibilidade de alcançar, existe uma nebulosidade educacional que paira sobre a vida de muitas pessoas que nasceram no interior. É o que chamamos de "confusão educacional do tempo e do espaço". O qual, impede que o interior possa se desenvolver, incentivar ou acompanhar a evolução musical mundial.

Essa constatação pode ser vista com graça por algumas pessoas, mas é uma situação assustadora! Diversos brasileiros acreditam "ditatorialmente" que por morarem no Brasil, eles devem seguir apenas a linha musical do sertão do nordeste ou da Tropicália. Outros, por morarem na favela, pensam que devem obedecer ao "Funk". Já no Rio Grande do Sul, os tradicionalistas chantageiam parte do povo gaúcho que - apenas por serem gaúchos - são obrigados a cultivar as raízes da tradição do pampa, numa verdadeira escravidão musical interiorana para satisfazer o ego dos fazendeiros do passado. Por isso, mesmo estando no século XXI, quando ouvimos um trabalho musical contemporâneo e que tenha sido produzido por um filho de fazendeiro nascido no interior do estado de Mato Grosso do Sul!!? Sem dúvida,  é uma grande surpresa!!!

Renato Ratier( imagem reprodução)

Black Belt foi lançado pela gravadora D.Edge records e mostra uma combinação musical singular, inteligente e desapegada aos ritmos dançantes convencionais. Entre várias melodias, o destaque do álbum vai para as canções “Jamaicanese”  “Teatime”, “Keymono” “Kung Fu´n´k” 
A equipe do blog recomenda! 

O álbum apresenta as seguintes canções:

01. Love me tokio
02. Kissu
03. Jamaicanese
04. Kozaboa
05. Midnight sun
06. Miss stereo
07. Teatime
08. Temple talent
09. Chakomigo
10. Gueixa star
11. 3-bulls
12. Keymono
13. Black belt
14. Readlight
15. Fetisshu
16. Kataí
17. Kung fu’n’k

* Este álbum teve a distribuição mundial organizada pela gravadora Kompakt. Foi lançado em vinil, CD e no formato digital.

** Para a felicidade dos fãs e da galera eletrônica, acabou de chegar ao mercado o álbum de remixes de Black Belt, mas esse assunto fica para depois....