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Verdade seja dita! O Brasil sempre foi muito pobre e limitado nos investimentos musicais destinados aos remixes e a música eletrônica. Dizem os pesquisadores que essa situação reflete um pouco do baixo e simplório interesse cultural da população, por acabar se tornando refém de limitações e atrasos musicais que nada mais representam além do óbvio. Nesse sentido, a música sofre a interferência da falta de desenvolvimento ou acompanhamento melódico do que está ocorrendo em outras civilizações mais avançadas no mundo. Mas não existe um comparativo de melhor ou pior. É preciso refletir sobre onde estamos e para onde queremos chegar. Seguindo esse raciocínio, diversos trabalhos musicais brasileiros são tudo e ao mesmo tempo não modificam nada, diante de uma população musicalmente apática. No Brasil existem diversos gêneros musicais que giram em torno de sí e representam apenas a continuidade do mesmo. Sejam eles comerciais, regionalistas ou contestadores, no final o resultado é o mesmo. Independente de compositor ou artista quando surge um talento outro similar morre ou opta por outras alternativas em busca de sobrevivência diante da banalidade musical e a repetição da mesma história.
Verdade seja dita! O Brasil sempre foi muito pobre e limitado nos investimentos musicais destinados aos remixes e a música eletrônica. Dizem os pesquisadores que essa situação reflete um pouco do baixo e simplório interesse cultural da população, por acabar se tornando refém de limitações e atrasos musicais que nada mais representam além do óbvio. Nesse sentido, a música sofre a interferência da falta de desenvolvimento ou acompanhamento melódico do que está ocorrendo em outras civilizações mais avançadas no mundo. Mas não existe um comparativo de melhor ou pior. É preciso refletir sobre onde estamos e para onde queremos chegar. Seguindo esse raciocínio, diversos trabalhos musicais brasileiros são tudo e ao mesmo tempo não modificam nada, diante de uma população musicalmente apática. No Brasil existem diversos gêneros musicais que giram em torno de sí e representam apenas a continuidade do mesmo. Sejam eles comerciais, regionalistas ou contestadores, no final o resultado é o mesmo. Independente de compositor ou artista quando surge um talento outro similar morre ou opta por outras alternativas em busca de sobrevivência diante da banalidade musical e a repetição da mesma história.
Nesse contexto a rádio Jovem Pan tem se mostrado através do anos, uma grande incentivadora de artistas musicais na linha do poprock comercial ao eletrônico mais sofisticado. Aliás, são várias as compilações lançadas no Brasil com a marca da emissora de rádio, cujo os produtos estão voltados ao público jovem. Por incrível que pareça, nem a MTV possui tantos lançamentos musicais legais quanto a Jovem Pan. Em parceria com a gravadora TRAMA, em 2002 a Jovem Pan lançou uma coletânea de remixes nacionais com artistas de ponta como Fernanda Porto, Jota Quest, Claudio Zoli, Luciana Mello, Technozoide e Max de Castro. A maioria dos remixes apresentados nessa compilação foram editados para tocar em emissoras de rádio. A produção executiva ficou ao cargo de João Marcello Bôscoli.
1- Claudio Zoli – Noite do prazer (A
domestic house mix radio edit) 3 ´37
Análise:
Remix bem interessante com levada de house comportado produzido, arranjado e
mixado pelo DJ Felipe Venâncio e Alex Reis. Na época de lançamento do cd,
também foi apresentada uma versão mais longa que posteriormente será postada
pelo blog.
2- Jota Quest – Na moral (Memê´s unreleased bootleg mix) 3 ´31
Análise:
Belo remix para uma canção de sucesso do Jota Quest. Essa versão não lançada
oficialmente pela banda em seus trabalhos comerciais, também está voltada para
o estilo house festivo com influências da disco music. Ótima para o dance
floor.
3- Fernanda Porto – Só tinha que ser com
você 4´16
Análise:
Essa música não é um remix, mas uma regravação de uma música escrita por
Antonio Carlos Jobim. A nova versão recebeu um tratamento eletrônico contemporâneo no estilo de drum
n´bass. Ela é cantada por Fernanda Porto e rola muito bem em bares e lounges de
conceito moderno.
4- Pedro Mariano – Pode ser (P.R. remix) 3
´23
Análise:
Remix interessante e cheio de suingue para uma canção composta por Jorge
Vercilo. Na verdade não parece “necessariamente” um remix, mas uma ótima
melodia pop turbinada para ser tocada no rádio e em barzinhos. Na pista
de dança ficou fraca.
5- Technozoide
(feat. Nanni) – Air
loves the Sun (Mad Zoo nu house remix) 5 ´24
Análise:
Opa! Essa remixagem tem personalidade!!! A suavidade na voz da cantora Nanni combinou muito bem com a levada
house. Essa versão possui bons arranjos iniciais, boa ambiência e harmonia e a
mixagem certa com a sobreposição de
camadas musicais dos sintetizadores. Boa pedida para festas em lounges,
em terraços ou na beira da piscina. Produzido por Mad Zoo. Recomendo!
Detalhe do encarte6- Luciana Mello – Assim que se faz (Memê radio Edit) 4 ´03
Análise: Remixagem super-dançante com forte ritmo percussivo, acompanhado por sons e
efeitos especiais. No entanto, o remix não convenceu e apenas algumas danceterias no Brasil
tocaram. Produzido pelo DJ Memê, essa versão possui uma levada Tribal House que no Brasil, também é chamada por algumas pessoas de “Drag house”.
Drag
o quê???
Drag
house!!!! Na verdade o “Tribal house ou House tribal” é o estilo musical
preferido pelas Drag Queens dançarem. No Brasil existe um jargão utilizado
pelas Drag Queens que se chama “bate-cabelo”. O qual, significa rodopiar
a cabeça por varias vezes durante a dança.
OK, mas ainda não entendi??!!!
É
simples: Drag queens são homens vestidos
de mulher. Eles são geralmente homossexuais, mas com algumas excessões. Logo, Drag Queens também se
divertem. Onde? Nos clubes GLS ou
nos clubes gays que tocam musicas dançantes! Entre essas musicas dançantes as
Drag Queens gostam de fazer performance na pista. De que forma? Arrasando no visual ou arrasando na dança! Como? Batendo o cabelo e rodopiando na
pista! Que tipo de música as Drag queens
preferem dançar? Elas dançam de tudo, mas
“adoooram” Tribal House,
que no Brasil é "maldosamente" rotulado de “drag house” para ser de fácil
identificação. Um dos principais DJs do estilo Tribal House é o produtor e DJ
Victor Calderone, mas vários artistas no mundo inteiro já trabalharam com
esse conceito musical, independente, de Drag Queens!!!!
7- Claudio Zoli – Cada um
cada um (a namoradeira) (Deeplick disco radio mix) 4 ´10
Análise:
O produtor e DJ Deeplick mandou muito bem nesse remix com referências do French
house e sample de Daft Punk. A versão
agitou as pistas de dança onde alguns DJs tinham ou tiveram a oportunidade de tocar musica
brasileira dançante. Pena que nem todas as danceterias no Brasil aceitaram ou aceitam musicas dançantes cantadas em português.
8- Fernanda Porto – Tudo de bom (E samba remix)
8- Fernanda Porto – Tudo de bom (E samba remix)
Análise: Remix com referências de drum n´bass e levada atmosférica perfeita para lounges e chill outs ou para ser ouvido durante a viagem de carro rumo ao litoral.
9- Pedro Mariano – Tem que ser agora
(Memê´s radio hit) 5 ´10
Análise:
Remix dançante com timbres musicais festivos e referências da Eurohouse. Mesmo
que seja super-dançante, não chegou a convencer. Vale pelo registro.
Produzido pelo DJ Memê.
10- Max de Castro – Mais uma vez, um amor
(bônus track) 4´34
Análise:
essa música também não é um remix, mas apenas uma melodia incluída no Cd como
faixa adicional.