quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Paulo Ricardo - A um passo da eternidade remix (single promocional - Item de colecionador)





















Em 1989 o cantor e compositor Paulo Ricardo, nacionalmente conhecido por ser o vocalista da banda de sucesso RPM, lançou seu primeiro álbum solo que levava o próprio nome do artista. O trabalho rendeu três singles 12”. Entre eles está o remix bem produzido para a canção “A um passo da eternidade”, que tocou de forma interessante em várias rádios pelo país. Se estivéssemos nos EUA ou na Europa, a melodia seria incluída no estilo musical chamado de Synthpop (pop sintentizado). Synthpop é um estilo de música em que os teclados e sintetizadores são os instrumentos musicais predominantes. O single foi distribuído de forma promocional e apresenta quatro versões. O remix principal foi realizado por “Two Junks” nos estúdios Transamérica em São Paulo. 

Contracapa

Mas quem era Two Junks?

Existia uma dúvida nessa situação. De um lado ninguém sabia quem era ou quem eram as pessoas por trás do nome “Two Junks”. Do outro, havia um pensamento afirmando que “Two Junks” na verdade seria “Two Junkies”. O problema teria ocorrido pelo fato da produção geral ter impresso erradamente o nome Two Junks nos créditos do remix postado na contracapa do vinil de Paulo Ricardo. Essa teoria ganhou força após o blog fazer uma rápida pesquisa de dados e conseguir localizar um outro single lançado na mesma época (1989/1990) com a música “Eu vou comer a Madonna” cantado por Leo Jaime. O qual, os créditos do remix estão postados corretamente como “Two Junkies”!!!

Na prática ouve duas coincidências para essa situação: A proximidade do nome e a proximidade do ano de lançamento. Porém uma luz ascendeu em meio as informações desencontradas e o DJ Silvio Müller (atualmente atendendo pelo nome artístico de "DJ Dumato") esclareceu os fatos. Ou seja, o Dj afirmou que o nome correto é Two Junkies, como havíamos imaginado!  Portanto, Two Junkies era o nome artístico da dupla de DJs/produtores Sylvio Müller e  Hipócrattis que infelizmente faleceu em 2010. 

LADO A:
1- A um passo da eternidade – Radio version 4´20
Análise: Remix editado para ser tocado em programas de rádio. 

2- A um passo da eternidade – Instrumental 5´14
Análise: Versão do remix sem os vocais.   

LADO B: 
 
1 - A um passo da eternidade – Junk Club version 6´00
Análise:  Versão remix direcionada aos clubes, mas lembro que a pegada festiva na época já era outra. Esse remix é ótimo, porém um tanto comportado. O estilo lembra os remixes de artistas como Icehouse, Human League, Bryan Ferry e Spandau Ballet.

2- A um passo da eternidade – Eternapella 5´32
Análise: Remix em versão capella sem percussão ou bateria. (apenas cantado)

* Até o momento não há informação que este remix tenha sido lançado em Cd single ou comercializado digitalmente.


** Gostaríamos de agradecer ao DJ Max por ter fornecido as informações deste single e também ao belo tratamento digital feito pelo designer Benno na restauração da imagem mantendo a originalidade da capa e contracapa deste vinil.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Capital Inicial - Remixes


Capa

Existem alguns remixes brasileiros que a equipe do blog se morde de raiva quando ouve a versão remixada e quando lê seu histórico. Essa coletânea de remixes da banda  Capital Inicial é uma delas. O álbum apresenta os maiores sucessos da primeira fase do grupo, com remixes produzidos por vários djs brasileiros. A maioria das versões foram editadas para tocar no rádio.
Para a equipe do blog, a maior  parte dos remixes dessa coletânea são suspeitos de terem sido produzidos para ver no que iria dar. Sabe aquela história de tapar o buraco com tapete? É mais ou menos assim! Infelizmente os remixes ficaram fracos e não convencem! Como consumidores, entendemos que as canções da banda Capital Inicial mereciam um tratamento melhor. Quem sabe na próxima vez....Vale pelo registro. Essa coletânea de remixes foi lançada em 1998 pela gravadora Polygram. 

Este álbum apresenta as seguintes faixas:

1 - Fátima – Cuca´s 98 mix  4´16
Análise: Remix festivo ao estilo house produzido pelo Dj Cuca.

2 - Independência – Hitmakers “The independence of my Good” mix 3´33
Análise: Outro remix bem comercial ao estilo house festivo com influências do Eurohouse, produzido por Hitmakers. Perfeito para ser tocado em programas dançantes em FMs pelo Brasil.

3 - Pedra na Mão – Tom Tom mix 3´14
Análise: Essa versão foi produzida por Hitmakers e contém uma levada mais pop com direito a efeitos de Scratch e pianinho made anos 70 fazendo estilo “Genius of Love” do Tom Tom Club.

4 - Psicopata – Cuca´s Pop mix 3´54
Análise: Essa remixagem não funcionou muito bem. A letra é interessante, mas a melodia não convence e não empolga. Vale pelo registro.

5 - Música Urbana – The Urban Music mix 3´37
Análise: Aqui se percebe um remix óbvio com riffs de bateria que quase todos os artistas pop da década de 90 utilizaram, por exemplo: Stereo MCs, PM Dawn, Digable Planet, George Michael, Simply Red, Lisa Stansfield, Pet Shop Boys, New Order, Shanice, Suzanne Vega,  New Kids on The Block e outras dezenas de grupos de rap e hip hop! Produzido por Hitmakers. Vale pelo registro, mas bem longe da danceteria.
Encarte

6 - Todos os Lados – Tausz remix 5´35
Análise: Produzido por Alexander Tausz, essa versão possui influências de techno e Eurohouse. A harmonia musical tem conteúdo ao utilizar bons efeitos eletrônicos sem cair no pastelão ou fazer do remix um mero tuque-tuque. Interessante!

7 - Fogo – Hitmakers “The Fire Still Burns” mix 3´49
Análise: Remix pop comportado com levadinha do reggae. Boa pedida para bares e restaurantes, longe das pistas é claro!

8 - Belos e Malditos – Digital tracks djs 3´38
Análise: O sample da risadinha da música “Short Dick Man” do 20 Fingers misturada com a bateria da música “Fire up” do Funk Green Dogs resultou na base desse remix produzido por Digital Tracks DJs. Diferente, mas não chegou a empolgar.

9 - Sob Controle – Under Control Mix 3´27
Análise: A levada funk/soul predominam nas bases melódicas dessa versão. Você já sabe que Funk é uma coisa e funk carioca é outra. Certo! O remix é básico, mas vale pelo registro.

(Bônus track:)

10 - Fogo – Hitmakers Peppers Extended Mix 5´04
Análise: Atenção leitores e ouvintes! Quem disse que as musicas românticas não podem ser remixadas? Hein? Pois é a proposta dessa versão no momento mais meloso de todos os remixes do álbum. Boa sugestão para bares e ambientes mais confortáveis!
Contracapa

(Historic bônus Tracks)

11- Psicopata  (Memê´s original 86 remix)  3´50
Análise: "Eu não matei Joana Dark", mas juro que os riffs de bateria desse remix são a cara da música de sucesso da banda Camisa de Vênus! Coincidências? A faixa foi produzida pelo DJ Memê lá na metade da década de 80 e registra o tipo de remix produzido naquela época. Ou seja, completamente diferente do entendimento atual!

12 - Música Urbana (Memê´s original 86 remix)  5´22
Análise: Quando o remix possui criatividade e conteúdo, geralmente o ouvinte percebe nos primeiros acordes musicais e essa versão não engana. Mantendo a base original roqueira, o DJ Memê soube temperar a melodia na medida certa. É claro que a letra e o ritmo original também ajudam em muito a canção. Como resultado, o ouvinte tem um registro musical interessante de outro remix  produzido no Brasil nos anos 80.

13 - Mickey Mouse em Moscou (Memê´s original 87 remix) 5´34
Análise: Para finalizar a coletânea e satisfazer os fãs também foi incluído o remix da música “Mickey Mouse em Moscou” em versão digitalizada. Essa versão foi produzida pelo DJ Memê em 1987, porém há controvérsias quanto se refere a data verdadeira, bem como quem realmente a produziu! Da mesma forma que as produções anteriores feitas pelo DJ, a base musical original foi mantida e apenas foram adicionados alguns efeitos eletrônicos.
CD

* Zapeando pela internet é possível comprar esta coletânea de remixes em sebos ou lojas de discos e CDs usados pelo Brasil. Mas o preço máximo pagável por este Cd não ultrapassa R$30,00 reais. Tem gente vendendo por R$100,00 reais!!!! Enfim, pessoas sem noção!!!!

** Infelizmente os samples utilizados nos remixes não foram creditados.

*** Não há registro que o Cd tenha sido lançado em vinill.

**** As musicas que fazem parte das faixas do “Historic bônus track” foram originalmente editadas em single vinil 12" e distribuídas de forma promocional para algumas rádios e alguns Djs na década de 80. As imagens dos singles serão postados pelo blog gradativamente.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sandra de Sá - Dou a volta por cima (single remix)

Capa

...Deeper, vai dançar, deeper, vai dançar, deeper, vai dançar …...é o refrão inicial desse remix que segue o estilo house (quase deep house) “comportado” e “classudo” e foi produzido pelo Dj Memê para a música “Dou a volta por cima” da cantora Sandra de Sá, também chamada de Sandra Sá! Falo remix “comportado” para expressar que se trata de uma versão house dançante, porém mais tranquila. Também chamo de remix “classudo” para expressar que se trata de uma versão mais glamurosa para ser tocada em festas ou em pistas de dança com público selecionado e menos eufórico. Este single possui uma versão longa para ser tocada nas pistas e o mesmo remix foi editado (tempo mais curto) para ser tocado no rádio.

Contracapa

"Classic House"  possui o sentido de expressar que se trata de uma versão que segue a linha  da escola musical de house music mais clássica. Com influências dos djs americanos como Frankie Knukcles, Tony Humphries e mais tarde com a participação do dj  David Morales. O número 12" adicionado ao nome da versão que aparece no lado B do disco significa "12 polegadas" que é o tamanho do diâmetro do long play (LP). O qual, na linguagem dos djs também significa entender que se trata de um single no formato de 12" e não de um álbum inteiro. Já o Cd single em si possui o tamanho de "5 polegadas". Dessa forma, ele também é chamado internacionalmente de "CD 5". O qual, também subentende-se que se trata de um single e não um álbum inteiro!  

Por sua vez, este single 12" remix foi distribuído de forma promocional para alguns djs e para algumas rádios brasileiras em 1994 pela gravadora BMG Ariola. O design de capa não possui créditos e a canção original aparece no álbum chamado D´Sá  lançado em 1993.

Lado A
Dou  a volta por cima (Memê´s house radio) 5´02

Lado B
Dou a volta por cima  (Memê´s Classichouse 12”) 7´14

Até o momento não há registro de que este  vinil 12” tenha sido lançado em  Cd single ou como faixa bônus em alguma coletânea de remixes da cantora ou em alguma coletânea de sucessos variados ou comercializado no formato digital.

* O single está fora de catálogo, mas é possível comprá-lo em algumas lojas de discos usados pelo Brasil.

** Infelizmente, até o momento dessa postagem, o site oficial da cantora não faz nenhum comentário sobre a existência dessa versão remix. Da mesma forma como outros cantores e artistas brasileiros também não fazem referência aos remixes de suas musicas.  Deve ser por vergonha, falta de afinidade ou pra não prejudicar a carreira do artista. Como se isso fosse prejudicar???!!! É uma pena, porque são pessoas legais mas de marketing limitado. Afinal, se todo mundo canta, onde está o diferencial dos artistas???

sábado, 22 de outubro de 2011

Ed Motta / Kid abelha (single remix promocional nº 14) Item de colecionador

























Este single remix foi divulgado de forma promocional em 1990, pela gravadora Warner/WEA Brasil. No entanto, aviso ao leitor que se trata de um remix realizado sob os mesmos critérios musicais de muitos remixes nacionais produzidos na década de 80 na linha poprock. Ou seja, muitos remixes foram produzidos por pessoas que não eram DJs ou não tinham nenhum conhecimento dançante propriamente dito. As músicas são ótimas, mas não tem aquele sabor de danceteria. Um exemplo clássico dessa situação são as musicas do cantor americano Prince. Algumas são ótimas para curtir em casa, na sala ou até para dançar no fundo do bar próximo ao banheiro, mas na balada não funcionam porque a vibe e a pegada é diferente. Aliás, já naquela época era diferente!
Se perguntar para qualquer Dj qual era o “hit” nas danceterias em 1990, com certeza entre centenas de sucessos ele irá responder dois: Technotronic e Madonna. Agora você pode imaginar a cena e entender porque esses remixes do Kid Abelha e do Ed Motta são classificados  por serem apenas uma tentativa de alguma coisa.
Lembro também que naquela época haviam alguns clubes no Brasil que tinham duas pistas de dança para separar a mistureba pop/rock/dance/axé/pagode brasileira da mistureba dance/techno/house/Italo/pop/rock da música internacional. 

Os remixes apresentados neste single vinil 12” são interessantes sob o ponto de vista do conhecimento e de parte do desenvolvimento musical brasileiro naquele período. A melodia da música Solução do cantor Ed Motta possui claras influências musicais do cantor Prince. Por outro lado, a  versão para a música Todo o meu ouro do Kid Abelha nada mais é do que um poprock animado bem ao gosto pop brazuka referenciado naquela ocasião. Observo que ambas as canções não tinham força para concorrer com os remixes produzidos pelos gringos. 

Lado A:

Ed Motta - Solução (remix) 5´36 - Produzido e arranjado por Ed Motta e Bombom














Lado B:

Kid Abelha e os Abóboras Selvagens - Todo o meu ouro (remix) 5´19 Produzido por Nilo Romero/ George Israel / Vitor Farias / Bruno Fortunato



Nesse assunto cabe uma explicação que ninguém disse até agora por falta de conhecimento ou falta de visão estratégica:
         “Se você quer fazer um remix dançante, no mínimo a levada do remix deverá ser muito próxima ao estilo dos remixes que estão “bombando” nas pistas no momento". E mesmo assim não há garantia nenhuma!!! Se os remixes de sucesso atual são internacionais, então o estilo do seu remix deverá ser, no mínimo,  igual a pegada dos remixes internacionais!!!!
Você pode fazer diferente, mas as pessoas não estão muito “ANTENADAS” com o diferente. (Lembre-se não é culpa sua pela limitação musical do povo) Aliás, até você convencer o povo acostumado com os remixes internacionais, de que o seu remix brasileiro é melhor???!!! Há, Há, Há vai levar muuuuuuuuinto temmmmmpo!
        A situação é simples. Você quer ser médico então você tem que estudar para ser médico! Você quer ser piloto de corrida? Então você tem que saber andar rápido! Você quer fazer um remix? Então você tem saber muito bem que tipo de remix está sendo feito por outros artistas no momento e o que você quer provar ao público com sua versão remix! Onde vocêr quer chegar? A quem voce quer impressionar?
"FAZER QUALQUER MONTAGEM E CHAMAR DE REMIX NÃO FUNCIONA! “

O leitor do blog deve ter percebido que essa crítica musical não foi muito favorável aos remixes nacionais. Sim. É verdade! Mas é preciso ir além e explicar um outro detalhe cultural que acontecia no Brasil:
“Não existia uma cultura de música dançante, ao menos naquela época”. As pessoas frequentavam os clubes para encontrar a sua cara metade, se distrair ou participar de um evento social festivo que reunisse gente, música e bebida. Dançar mesmo, havia mais tentativa do que dança. Dependendo do clube quase a metade dos frequentadores permanecia a noite toda escorada na parede do bar segurando uma cerveja ou um copo de bebida. Sem mencionar, é claro, que muitos clubes representavam apenas uma diversão passageira. Portanto, a partir do momento em que os frequentadores encontrassem alguém interessante, logo começavam a namorar e bye, bye festa! Então, produzir um remix “top” ou um remix “fraco” não iria fazer a menor diferença para uma parte desse público que infelizmente não sabe quando começa o início ou termina o fim. Então os artistas investiam e investem mais na carreira musical de shows e de rádio (com projeção satisfatória) do que na produção de um remix para ser tocado nas danceterias. Mas essa constatação não proteje e não impede de que os remixes sejam criticados diante de um resultado musical fraco. Afinal, uma pista de dança que se preze não pode ser tratada com simplicidade.
Quando elogiamos é porque vale a pela. Quando criticamos é porque tem problema! 
Sinto muito!  

domingo, 16 de outubro de 2011

Os Paralamas do sucesso - Uns dias/Óculos remix (Single promocional - item de colecionador)

Capa 

Este single também poderia ser considerado um remix histórico, mas ouvindo atentamente a melodia é preciso descer do pedestal e encarar a realidade simplória desta música. A banda Paralamas do Sucesso sem dúvida alguma merece todo o respeito por sua importância e seu destaque musical no Brasil e em parte da América latina. O estilo da banda até o momento  foi direcionado ao poprock brazuca com referências do Ska, o Dub, o Reggae, a MPB e até alguns efeitos eletrônicos em suas melodias. A música “Óculos” fez muito sucesso nas paradas musicais populares após o seu lançamento oficial em 1984, no álbum O Passo do Lui. No entanto, o remix dessa música só apareceu em 1988 em single 12” com outra canção chamada "Uns dias". 

O remix em si, nada mais é do que uma versão estendida ou alongada da versão original. Não foi estilizada, não foi desconstruída, não é dance, não é techno, não é house enfim. Trata-se de uma ótima melodia com levada mais pop do que rock, perfeita para tocar em programas de rádio bem longe das danceterias. A remixagem é uma mistura da versão original e uma versão, digamos, “dub” mais instrumental. Em resumo, de “remix” a música não tem nada, mas vale pelo registro. As canções foram produzidas  por Carlos Savalla e Marcelo Sussekind. Este single foi lançado pela gravadora Emi-Odeon. A direção de arte ou design da capa do disco não foram creditados.

* Não há informação que o single tenha sido comercializado na época. De qualquer forma ele foi distribuído promocionalmente para algumas emissoras de rádio e para alguns DJs, que tocavam música brasileira em festas variadas. 

** Até o momento também não há registros que o single tenha sido editado em Cd ou digitalizado como faixa bônus em relançamento de algum álbum da banda, porém é possível comprá-lo em lojas especializadas em discos usados.

LADO A

1- Uns dias 3´58

LADO B

1- Óculos remix 6´10 (produzido por Marcelo Sussekind)

Na imagem seguinte podemos ver a capa do single na versão original, editado em vinil com apenas a música "Uns dias".

Capa

Contracapa

Na sequência podemos observar a capa do compacto simples da canção "Óculos", que também foi lançado em 1984 pela gravadora Emi-Odeon, com duas versões: original e instrumental.
Capa
Contracapa 

Exclusividade do blog Brasil remixes!

Para a felicidade dos fãs, a equipe do blog conseguiu localizar a imagem de um single promocional ultra-mega-raro lançado pela gravadora EMI, com a música "Óculos". O single promo lançado em 1984, foi editado em disco vinil 12" azul e distribuído em cópias limitadíssimas! Sem dúvida, um item para tirar o sono dos colecionadores e fãs! (risos)

sábado, 8 de outubro de 2011

Jovem Pan REMIXES (coletânea / vários)

Capa

Verdade seja dita! O Brasil sempre foi muito pobre e limitado nos investimentos musicais destinados aos remixes e a música eletrônica. Dizem os pesquisadores que essa situação reflete um pouco do baixo e simplório interesse cultural da população, por acabar se tornando refém de limitações e atrasos musicais que nada mais representam além do óbvio. Nesse sentido, a música  sofre a interferência da falta de desenvolvimento ou acompanhamento melódico do que está ocorrendo em outras civilizações mais avançadas no mundo. Mas não existe um comparativo de melhor ou pior. É preciso refletir sobre onde estamos e para onde queremos chegar. Seguindo esse raciocínio, diversos trabalhos musicais brasileiros são tudo e ao mesmo tempo não modificam nada, diante de uma população musicalmente apática.  No Brasil existem diversos gêneros musicais que giram em torno de sí e representam apenas a continuidade do mesmo. Sejam eles comerciais, regionalistas ou contestadores, no final o resultado é o mesmo. Independente de compositor ou artista quando surge um talento outro similar morre ou opta por outras alternativas em busca de sobrevivência diante da banalidade musical e a repetição da mesma história.

Nesse contexto a rádio Jovem Pan tem se mostrado através do anos, uma grande incentivadora de artistas musicais na linha do poprock comercial ao eletrônico mais sofisticado. Aliás, são várias as compilações lançadas no Brasil com a marca da emissora de rádio, cujo os produtos estão voltados ao público jovem. Por incrível que pareça, nem a MTV possui tantos lançamentos musicais legais quanto a Jovem Pan. Em parceria com a gravadora TRAMA, em 2002 a Jovem Pan lançou uma coletânea de remixes nacionais com artistas de ponta como Fernanda Porto, Jota Quest, Claudio Zoli, Luciana Mello, Technozoide e Max de Castro. A maioria dos remixes apresentados nessa compilação foram editados para tocar em emissoras de rádio. A produção executiva ficou ao cargo de João Marcello Bôscoli.

1- Claudio Zoli – Noite do prazer (A domestic house mix radio edit) 3 ´37

Análise: Remix bem interessante com levada de house comportado produzido, arranjado e mixado pelo DJ Felipe Venâncio e Alex Reis. Na época de lançamento do cd, também foi apresentada uma versão mais longa que posteriormente será postada pelo blog.

2- Jota Quest – Na moral (Memê´s unreleased bootleg mix) 3 ´31

Análise: Belo remix para uma canção de sucesso do Jota Quest. Essa versão não lançada oficialmente pela banda em seus trabalhos comerciais, também está voltada para o estilo house festivo com influências da disco music. Ótima para o dance floor.

3- Fernanda Porto – Só tinha que ser com você  4´16

Análise: Essa música não é um remix, mas uma regravação de uma música escrita por Antonio Carlos Jobim. A nova versão recebeu um tratamento  eletrônico contemporâneo no estilo de drum n´bass. Ela é cantada por Fernanda Porto e rola muito bem em bares e lounges de conceito moderno.


4- Pedro Mariano – Pode ser (P.R. remix) 3 ´23

Análise: Remix interessante e cheio de suingue para uma canção composta por Jorge Vercilo. Na verdade não parece “necessariamente” um remix, mas uma ótima melodia pop turbinada para ser tocada no rádio e em barzinhos. Na pista de dança ficou fraca. 

5- Technozoide (feat. Nanni) – Air loves the Sun (Mad Zoo nu house remix) 5 ´24

Análise: Opa! Essa remixagem tem personalidade!!! A suavidade na voz da cantora Nanni combinou muito bem com a levada house. Essa versão possui bons arranjos iniciais, boa ambiência e harmonia e a mixagem certa com a  sobreposição de camadas musicais dos sintetizadores. Boa pedida para festas em lounges, em terraços ou na beira da piscina. Produzido por Mad Zoo. Recomendo! 
Detalhe do encarte

6- Luciana Mello – Assim que se faz (Memê radio Edit) 4 ´03

Análise: Remixagem super-dançante com forte ritmo percussivo, acompanhado por sons e efeitos especiais. No entanto, o remix não convenceu e apenas algumas danceterias no Brasil tocaram. Produzido pelo DJ Memê, essa versão possui uma levada Tribal House que no Brasil,  também é chamada por algumas pessoas de “Drag house”.
Drag o quê???
Drag house!!!! Na verdade o “Tribal house ou House tribal” é o estilo musical preferido pelas Drag Queens dançarem. No Brasil existe um jargão utilizado pelas Drag Queens que se chama “bate-cabelo”. O qual, significa rodopiar a cabeça por varias vezes durante a dança.
OK, mas ainda não entendi??!!!
É simples:  Drag queens são homens vestidos de mulher. Eles são geralmente homossexuais, mas com algumas excessões. Logo, Drag Queens também se divertem. Onde? Nos clubes GLS ou nos clubes gays que tocam musicas dançantes! Entre essas musicas dançantes as Drag Queens gostam de fazer performance na pista. De que forma? Arrasando no visual ou arrasando na dança! Como? Batendo o cabelo e rodopiando na pista! Que tipo de música as Drag queens preferem dançar? Elas dançam de tudo, mas  “adoooram”  Tribal House, que no Brasil é "maldosamente" rotulado de “drag house” para ser de fácil identificação. Um dos principais DJs do estilo Tribal House é o produtor e DJ Victor Calderone, mas vários artistas no mundo inteiro já trabalharam com esse conceito musical, independente, de Drag Queens!!!!

7- Claudio Zoli – Cada um cada um (a namoradeira) (Deeplick disco radio mix) 4 ´10

Análise: O produtor e DJ Deeplick mandou muito bem nesse remix com referências do French house  e sample de Daft Punk. A versão agitou as pistas de dança onde alguns DJs tinham ou tiveram a oportunidade de tocar musica brasileira dançante. Pena que nem todas as danceterias no Brasil aceitaram ou aceitam musicas dançantes cantadas em português.

8- Fernanda Porto – Tudo de bom (E samba remix)

Análise: Remix com referências de drum n´bass e levada atmosférica perfeita para lounges e chill outs ou para ser ouvido durante a viagem de carro rumo ao litoral. 

9- Pedro Mariano – Tem que ser agora (Memê´s radio hit) 5 ´10

Análise: Remix dançante com timbres musicais festivos e referências da Eurohouse. Mesmo que seja super-dançante, não chegou a convencer. Vale pelo registro. Produzido pelo DJ Memê.
10- Max de Castro – Mais uma vez, um amor (bônus track) 4´34

Análise: essa música também não é um remix, mas apenas uma melodia incluída no Cd como faixa adicional. 
Contracapa
CD

*** Até o momento não informações de que este CD tenha sido editado em vinil.

sábado, 1 de outubro de 2011

Benzina (a.k.a Scandurra) - REMIXES

Capa

Atenção leitores do blog! Quando Edgard Scandurra entra em cena a levada musical é outra! Bem-vindos ao Benzina a.k.a Scandurra REMIXES. Brincadeiras a parte o negócio é sério. O álbum de remixes “Benzina” do cantor, produtor e guitarrista Edgard Scandurra está recheado de timbres, efeitos e ritmos eletrônicos bem interessantes. Mas para quem pensa que o cantor abandonou suas referências musicais roqueiras está muito enganado! Na verdade, Edgard Scandurra ampliou seus sentidos e horizontes musicais, o qual, todo artista que se preze tem direito! Esse álbum de remixes foi lançado em 2004 pela gravadora ST2 Records e teve a participação dos produtores Ivo Barreto e Mad Zoo. Todos os remixes são de faixas originais extraídas do álbum chamado “Dream Pop” lançado pelo cantor em 2003, com exceção da música “Orgânico Eletro Rock”.

Edgard Scandurra foi guitarrista da banda “Ira”, mas no decorrer de sua carreira optou em diversificar seus trabalhos musicais que atualmente abraçam tanto a levada roqueira quanto a pegada eletrônica. De acordo com parte da crítica musical brasileira que entende de música eletrônica, este é um dos melhores trabalhos musicais voltados ao estilo até o momento, principalmente, pelo fato de ter sido lançado por um artista brasileiro. O álbum apresenta um total de oito remixes produzidos por vários DJs e produtores e ainda inclui duas faixas multimídia com clipes das musicas “Eu estava lá(Dirigido por: Raul Machado e Toro) e “Toda doce live” (dirigido por Alexandre Rossi e Sergio Chilvarguer).
Para outras informações sobre o trabalho do artista acesse: http://edgardscandurra.uol.com.br/
Encarte

1- Orgânico Eletro Rock

Análise: Essa música não é um remix, mas uma melodia nova que foi incluída no lançamento do álbum de remixes.

2- O Mostro – Camilo Rocha remix

Análise: Versão techno temperada com percussão brasileira e recheada de efeitos eletrônicos que lembram uma corrida de automóveis. Esse remix tem influências dos trabalhos musicais eletrônicos produzidos pelos brasileiros do M4J.

3- Dream pop – Eraldo Palmero Remix

Análise: Essa versão possui uma linha de baixo sintético muito apreciado pelos fãs de música eletrônica. Nesse trabalho podemos curtir um remix com levada pop para fazer “jus” ao nome da música. Os riffs de guitarra wah-wah foram bem colocados proporcionando uma bela harmonia musical entre o orgânico e o sintético. Versão perfeita para lounges e chill outs ou para curtir naquela viagem de carro rumo ao litoral. Versão remixada por Eraldo Palmero. Recomendo!


4- Bons Sonhos – Mimi Remix

Análise: Remix interessante produzido por Mimi com levada house  comportada e bass lines que lembram a sonoridade eletrônica do ballearic beats. É um remix para ser ouvido e não dançado. Perfeito para final de festa e volta pra casa ao amanhecer. 

5- Toda doce – Mystical VS Marcio S. remix

Análise: Esse remix parece house, porém é mais techno do que house. Diria house techno. Aliás house techno e tech-house são diferentes. Um é dos anos 90 e o outro é mais característico da nossa época. Ou seja, nesta primeira década do novo milênio. Essa versão  possui influências do old skoll techno europeu de grupos como 808 State e The Grid. Os riffs de guitarra sintetizada fazem toda a diferença e garantem o charme especial nessa remixagem.

6- Eu estava lá – Renato Lopes remix

Análise: Aqui os ouvintes podem conferir um versão bem típica dos remixes techno que eram produzidos na década de 90 e que sacudiam os night clubs mais alternativos e undergrounds da vibe eletrônica mundial. Imagine a cena: Um lugar do tamanho de uma sala de aula pintado de preto, no tento apenas a luz negra e a luz estroboscópica piscando, sound system em perfeita qualidade e na pista uma galera outsider usando óculos escuros. Não preciso dizer mais nada.....

CD

7- Orgânico Electro rock – Pet Duo remix

Análise: Pra quem conhece o trabalho da dupla Pet Duo já sabe que irá encontrar um remix contundente com bases eletrônicas furiosas, percussão de condução e ruídos distorcidos de sintetizador numa levada contagiante para garantir uma viagem musical recheada de beats sintéticos. Sem dúvida uma versão Hard Techno com referências de uma subdivisão do techno mais pesado conhecido como “Schranz”. Ótimo remix para ser tocado em pistas de techno nas raves.

8- Verani – Mad Zoo remix

Análise: Esse remix tem boa levada utilizando breaks e bases bem “nervosas” ao melhor estilo drum n´ bass, produzido por Mad Zoo. Fique parado se puder!

 9- Faixa multimídia
Contracapa

* Até o momento não informações de que este álbum tenha sido lançado em vinil.