sexta-feira, 19 de maio de 2017

Patricia Marx - ...E o meu amor vi passar / Earth remix (single promocional - Item de colecionador)

Capa

Bem distante das melodias utilizadas nos tempos do grupo Trem da alegria (sic) lá na década de oitenta - no século passado, a nova fase artística da cantora Patrícia Marx, nos presenteou com duas canções, que exploram muito bem o conceito musical pop contemporâneo adulto no tempo atual. Aliás, o público percebeu que não foram feitas apenas mudanças de estilos musicais. Mas, de todo um projeto artístico pessoal.
Contracapa

Lançado em 2003 pela gravadora TRAMA, o single vinil 12” registra um trabalho musical com personalidade e luz própria da cantora Patrícia Marx, que apresenta uma tonalidade de voz bem suave nos remixes das canções “...E o meu amor vi passar” e “Earth”.  Entretanto, mesmo que as versões não sejam direcionadas para pista de dança, o single promocional registra três remixes que impressionam pela qualidade e sofisticação. As faixas foram produzidas por Makako Project (Bill F. e Ady Harley) e Bruno E. Todas apresentam uma sonoridade eletrônica voltada aos beats de Downtempo, que faz parte da atmosfera musical de ambientes como Lounges e Chill outs.
Patricia Marx / reprodução

O único detalhe que a equipe do blog achou estranho foi o nome “Makako Project”. A equipe do Brasilremixes não vai entrar na briga do “politicamente correto”. Entretanto, estamos cansados de ver a música brasileira envolvida no eterno conceito de selva amazônica e seus aspectos tropicais e selvagens. Por diversas vezes, quando alguns gringos se referem ao Brasil, de uma forma ou de outra a estética da floresta e seus habitantes acaba sendo utilizada como referência.

Makako Project é um nome que lembra macacos. A palavra macaco é de origem africana (Makako). No Brasil, o termo é estupidamente utilizado por um bando de descerebrados preconceituosos para perseguir e criticar pessoas de origem africana. Em tradução literal poderíamos entender que “Makako Project” significa Projeto macacos. O que o pessoal estaria querendo dizer com isso? Apenas porque o Brasil lembra macacos, então você vai utilizar o termo para definir a nomenclatura de um remix? Enfim, ponto final. (Foi só para não passar despercebido!).

O single contém as seguintes faixas:

LADO A
A1- ...E O Meu Amor Vi Passar (Makako Project Remix) 6´36
A2- ...E O Meu Amor Vi Passar (Album Mix)   5´51

LADO B
B1- ...E O Meu Amor Vi Passar (Bruno E. Nu Alma Mix)6´34
B2- Earth (Makako Project Remix) 5´00

* Não há registro que o single vinil 12” tenha sido editado em Cd.

** As músicas apresentadas neste single, foram originalmente incluídas no álbum Respirar  lançado em 2002, pela gravadora TRAMA.

*** Ninguém, nos Estados Unidos utiliza a referência musical "Black Music", na mesma forma que no Brasil. Isso ocorre pelo fato do termo ser considerado ofensivo para a comunidade negra americana. Então tá! Os americanos podem colocar barreiras nessa história. Mas, por que os Brasileiros não podem?! O Brasil aceita tudo e finge que não existe preconceito racial! Faz nos rir...

O tempo passa e lembramos que o mundo está em 2017. Tudo o que era aceito no passado, não significa que será praticado eternamente! A escravidão no Brasil também era aceita e perpetuada por lei, mas a história mudou. Há quem afirme que ninguém presta atenção nesses detalhes! Então, convidamos os internautas para viajarem para alguns países islâmicos com o crucifixo de Jesus pendurado no pescoço, e observem se eles não cortam fora rapidinho!!! Um dos problemas do Brasil é que a sociedade se faz de desentendida. E, por essa “distração”, o país sustenta e perpetua diariamente, as desigualdades que possui ao acreditar que suas ações irão dar em nada!

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Djavan - Eu te devoro remix (single promocional - Item de colecionador)

Imagem do single s/ encarte

Os leitores do Brasilremixes já perceberam que o final do milênio pode ser considerado uma época de ouro (nos anos 90) para os remixes de artistas brasileiros, devido ao grande número de lançamentos e projetos musicais que beberam e se esbaldaram da estética dançante.
Djavan / imagem reprodução

Hoje relembramos de um Cd single raro do cantor Djavan para a canção “Eu te devoro”. A música foi originalmente incluída no álbum “Bicho Solto O XIII”, lançado pelo cantor em 1999. Porém, como não há registro de data oficial do laçamento do Cd promo e também não há uma nota pública de esclarecimento (até a data de fechamento dessa postagem) dizendo quem é o pai, o filho e o espírito santo; se deduz que o single tenha sido divulgado em 1999/2000.
Detalhe do Cd

Entre todas as versões, apenas duas foram remixadas pelo produtor Paulo Jeveaux, que também assina pelo codinome “Paulo G-Vô”. Os remixes não apresentam surpresas e seguem o estilo pop moderado, ótimo para agitar programas de rádio. Na época, o remix não funcionou na pista de dança jovem porque a juventude estava curtindo uma outra vibe musical. Talvez seja uma boa pedida para os Djs tocarem em festas da galera que gosta de MPB. A classe rica pós 40, também poderá curtir em suas baladinhas particulares em apartamentos de cobertura ou em iates luxuosos navegando pelo litoral brasileiro. O single promo foi distribuído pela gravadora SONY.

O Cd single registra as seguintes faixas:

1- Eu Te Devoro (Versão original) 4´58
2- Eu Te Devoro (Radio Mix) 4´29
3- Eu Te Devoro (Extended Mix) 6´50

* Não há registro que o single tenha sido editado em vinil 12”.

** O remix da canção “Eu te devoro” ficou de fora dos remixes lançados pelo cantor em 2005, na coletânea “Na pista”, já divulgado pelo blog. Para rever clique aqui!

*** Agradecimento especial ao fã e colecionador Everton C. Santana, por ter gentilmente fornecido a imagem do single, para ilustrar a nossa postagem. 

terça-feira, 25 de abril de 2017

Marina Lima - Pierrot remix (Single promocional - item de colecionador)

Imagem do vinil

Objeto de desejo de muitos fãs, o single promocional da cantora Marina Lima com a música "Pierrot", foi e continua sendo, um artigo raro no mercado nacional com diferentes seguimentos musicais voltados para a Dance music.
Detalhe 

Lançado em 1998 pela gravadora Polygram, o disco single em vinil 12” apresenta duas faixas da canção "Pierrot", que foram remixadas pelos Djs Marky Mark e Felipe Venâncio, com a masterização do Dj e produtor Renato Cohen, e a direção artística de Beto Lago (Mundo Mix Music). A versão original da canção foi oficialmente lançada pela cantora, no álbum Pierrot do Brasil.

A versão (Lov.e, Lov.e Lov.e vocal mix) assinada por Felipe Venâncio, registra um remix eletrônico mais conceitual do que comercial. É bom lembrar, que na musicalidade eletrônica naquela época, existiam diversos estilos e conceitos inseridos em cada subgênero. Independente da música produzida pelo artista, havia dezenas de seguimentos dançantes para escolher. Por exemplo, House comercial, House alternativo, House moderado, House underground, House agressivo, House popular, etc e tal. Na linha eletrônica voltada para o Techno ou Trance também havia diversas variações. Por escolha própria, o Dj Felipe Venâncio apresentou um remix utilizando aspectos musicais lineares com referências do Techno. Ou seja, a versão é direcionada ao público que gosta Techno, quase TechHouse de alto impacto, para fazer cara de intelectual na pista de dança, mas sem ser festivo (comercial) ou pegajoso (popular).

O outro remix produzido pelo Dj Marky (Marky Mark remix) também não possui uma estética comercial feliz para fazer pose do tipo: - Para tudo que eu tenho que dançar essa música! Isto é, Dj Mark também optou por elaborar um remix mais sério e introspectivo, ao fazer com que a versão tivesse a formalidade e o ritmo do Drum´n´bass, sem utilizar efeitos eletrônicos com característica épica ou comercial. O remix é direcionado para um público exigente que entende do assunto, e para quem gosta de qualquer coisa referente ao Drum´n´bass. 

A edição limitada do single em vinil 12”, utiliza capa dura de papel especial metalizado com efeito espelhado e selos de papel impressos no vinil fazendo efeito de glitter azul.

O single contém dois remixes:

LADO A
1- Pierrot – Mark Marky remix 5´10

LADO B
1- Pierrot - Lov.e, Lov.e Lov.e vocal mix 6´57

* O single editado em CD, apresenta remixes diferentes das versões registradas no vinil 12”. O Blog Brasil remixes já fez a postagem, para rever clique aqui!

Vamos falar de conceito musical...

De forma simples, diríamos que não existe uma regra absoluta para definir o que é ou o que deveria ser música comercial, underground, popular, inovadora ou alternativa - independente do estilo em que a melodia for produzida. Cada gênero musical ou proposta musical dentro do próprio estilo, possui um entendimento diversificado. Vamos utilizar o exemplo da banda Information Society.

Na prática, o INSOC é um grupo que trabalha com música eletrônica. Se o conteúdo musical da banda for calmo, agressivo, dançante, rápido, feliz ou melancólico – não importa! O grupo continua fazendo parte do seguimento musical eletrônico, tanto no Brasil como em qualquer parte do mundo. Contudo, o trabalho musical da banda poderá ser momentaneamente condicionado em campos diferentes.

Às vezes a banda poderá ser comercial,
Às vezes a banda poderá ser popular,
Às vezes a banda poderá ser alternativa,
Às vezes a banda poderá ser inovadora
E outras vezes a banda poderá ter uma sonoridade underground.

Tudo vai depender do entendimento do mercado e de um conjunto de fatores estéticos escolhidos pelo grupo, para marcar o seu posicionamento musical. A opção poderá ser temporária ou durar o tempo que o artista desejar. Nos Estados Unidos o Information Society é classificado como uma banda de música eletrônica alternativa, mas no Brasil, o Information Society é classificado como uma banda de música eletrônica comercial.

- Outros artistas também passam por essa situação? 

Sim! 

- Porque essa diferença?

São conhecimentos, interesses e entendimentos de mercado diferenciados.

- Na prática, muda alguma coisa?

Não! É apenas para auxiliar na classificação estética musical do trabalho artístico ou mesmo, no tipo de comportamento musical adotado pelo artista.

- Quais são os desdobramentos disso tudo?

Os desdobramentos dessa situação se referem aquelas pessoas/consumidores que compram determinados produtos musicais dependendo do conceito artístico. Por exemplo, existem consumidores que adoram música pop comercial. Mas, também existem outros consumidores que odeiam pop comercial e preferem pop alternativo. Há pessoas que amam música underground por entenderem que esse modelo de som, seja mais autêntico e original. Entretanto, outras pessoas odeiam música underground por considerarem que se trata de uma melodia crua, estranha ou de baixa popularidade. E assim sucessivamente. Seja Rock, Pop, Sertanejo, MPB, Eletrônico, etc....todos possuem um segundo olhar voltado para a estética, que pode ser underground, popular, alternativa, comercial ou inovadora.

sábado, 15 de abril de 2017

Jorge Benjor - Dzarm remixes (single promocional - item de colecionador)

Capa

Nos últimos anos, o cantor Jorge Benjor anda um pouco sumido dos holofotes midiáticos. Também, pudera! Aos 72 anos de idade não é fácil pra ninguém manter a forma e a fama musical. Se bem que, é difícil acreditar que o artista já tenha 72 anos!!!. Dizem os especialistas que a genética afro-brasileira não transparece tanto a idade das pessoas quanto a genética ocidental. Sorte dos fãs!
Contracapa

Na metade da década de noventa, a gravadora WEA lançou no mercado nacional uma compilação com remixes de algumas músicas que foram sucesso na carreira do cantor (.....já postado pelo blog, para rever clique aqui!). Entre as canções editadas na coletânea, a música “Dzarm”, foi escolhida para ser remixada e distribuída em single, no formato de Cd e em vinil 12”.
Jorge Benjor

A canção "Dzarm"  ganhou quatro remixes (7’ remix, Horn Dub, Straigt Dub e Master Mix) produzidos por Kirk Johnson e Paul Peterson com a mixagem de Tom Garnieu. Mas atenção! Mixagem não é a mesma coisa que remixagem! Os remixes seguem o conceito pop da versão original sem apresentar surpresas e são bons para tocar em programas de rádio, e em ambientes de Lounge e Chill out.

Os singles editados em Cd e em vinil 12” são raros e possuem um playlist diferente. A edição digital apresenta cinco versões.

O single editado em Cd apresenta um total de cinco faixas:

1- Dzarm (Versão Acústica) 5:14
2- Dzarm (7 Remix) 5:18
3- Dzarm (Horn Dub) 6:27
4- Dzarm (Straight Dub) 6:34
5- Dzarm (Master Mix) 5:15
CD

O single editado em vinil 12", registra um total de seis faixas, mas apenas três versões para a canção Dzarm. As outras faixas são músicas diferentes, conforme lista abaixo relacionada.

O single editado em vinil apresenta um total de seis faixas:

LADO A
A1 Dzarm (Versão Acústica) 5:14
A2 Dzarm (Horn Dub) 6:27
A3 Dzarm (Straight Dub) 6:34

LADO B
B1 País Tropical (Sax Mix) 6:06
B2 A Banda Do Zé Pretinho (Vocal Up) 6:08
B3 Alcohol (Playground Mix) 6:08

Imagem da capa do single vinil 12”
Imagem da contracapa do single vinil 12"

* Nem todos os remixes da canção Dzarm foram lançados na coletânea World Dance!

** Os remixes das músicas País Tropical (Sax Mix), A Banda Do Zé Pretinho (Vocal Up) e Alcohol (Playground Mix) são versões exclusivas do single vinil 12” e não foram editadas na compilação. Mas não se preocupe. Se os remixes não foram sucesso na época (1995), agora também não vão fazer a diferença. Vamos torcer para novos remixes no futuro.

Aqui podemos ver a imagem da capa da compilação editada em CD.

domingo, 9 de abril de 2017

Plebe Rude - Proteção / Até quando esperar remix (single promocional - item de colecionador)

Capa

A banda Plebe Rude ganhou destaque radiofônico na década de oitenta, em algumas das principais capitais do Brasil. Mesmo com a proposta melódica voltada ao Punk rock, algumas melodias do grupo estavam mais comprometidas com o conceito pop do que necessariamente punk - dos ingleses do Sex Pistols. Porém, há quem afirme que o grupo era livre e circulava por outros estilos musicais como New wave, Poprock, etc.
Contracapa

Lançado pela gravadora EMI Odeom em 1986, o disco/single em vinil 12” foi distribuído de forma promocional com a canção “Proteção” + o remix da música Até quando esperar”. Neste caso, a remixagem ou a tentativa do que deveria ser um remix, acabou fugindo do objetivo e transformou a melodia numa versão mais longa, ao manter as bases originais com destaque na parte instrumental. Algo bem típico dos remixes produzidos na década de 80 e que atendiam o seguimento roqueiro brasileiro.
Plebe Rude formação original

Como não há créditos para a produção do remix, subentende-se que a remixagem da melodia foi realizada pelo próprio produtor original da gravação. Na época, a concepção do remix era vista como novidade e, muitas vezes, para não prejudicar a reputação da banda, a remescla** era produzida discretamente, para atender uma demanda de mercado sem que houvesse o comprometimento da gravadora e da banda com a estética dançante. Afinal, para muitos artistas, fãs e o público em geral, a melodia dançante poderia causar um certo preconceito musical. Esse fato é bem peculiar, visto que, mesmo com o fim da ditadura, parte do Brasil ainda respirava músicas que tinham um conceito melódico voltado para o "discurso de palanque e protestos generalizados". Existiam canções felizes, mas o mercado ainda tinha um pouco de resistência, por achar a música dançante superficial e fugaz.

No meio do caldeirão de interesses e fantasias é importante observar que diversas canções brasileiras lançadas na década de 80, foram produzidas para tocar - exclusivamente - em programas de rádio e em festivais de Rock´n´roll. Isto é, bem ao contrário, por exemplo, das estratégia musical adotada por artistas americanos e europeus, cuja as canções eram editadas com o objetivo de tocar, tanto em em programas de rádio quanto nas pistas de dança. Afinal, os artistas poderiam faturar e fazer sucesso tanto com pessoal de Rock, quanto o pessoal dos remixes dance.

A confusão de interesses entre artistas, produtores, empresários e o público de conhecimento limitado no país, pode explicar o fato de muitos remixes brasileiros serem considerados fracos. Uma parte dos remixes foi produzido por um pessoal......digamos, ......"sem noção" a respeito do objetivo dos clubes e do objetivo da dance music. Embora, que alguns Djs nacionais soubessem das características do dance, eles tinham que ficar explicando, justificando e convencendo a todos, sobre a proposta, a graça e a vibe musical que sacudia a pista de dança nos clubes.

O comportamento brasileiro

Devido a essa situação, dezenas de artistas brasileiros tinham um projeto musical limitado e perderam pelo fato de produzirem trabalhos musicais empacotados e direcionados a um formato específico. Quando o público (fãs) envelheceu e não frequentava mais shows e festivais ou não ligava mais o rádio, "todo" o conceito musical feito pelo artista - por melhor que fosse desenvolvido, acabava sendo ignorado e esquecido, por fala de divulgação e lembrança. Faltou unidade na estratégia musical brasileira que era muito diversa. Alguns artistas produziram remixes outros não. Por isso, que a sequência foi prejudicada com uma exceção: As coletâneas Dance Mix volume 1, 2 e 3 que foram um grande sucesso no Brasil! 

O comportamento internacional

Enquanto isso, na cena musical americana e européia a estratégia era diferente e aproveitava todas as oportunidades. Independente de estilo musical, num primeiro momento o artista lançava seu álbum como desejava. Porém, já tinha uma equipe na gravadora que escolhia algumas músicas para fazer os remixes dançantes. Enquanto as canções originais tocavam nas emissoras de rádio e em programas de TV, os remixes agitavam os clubes e as festas da galera. Então, existia uma dinâmica e todo mundo ganhava, pois o artista era lembrado em vários nichos de mercado. Os cantores e bandas internacionais nunca perdiam. Ou a música original chamava atenção ou o remix turbinava a carreira do artista. Em vários casos, aconteceram as duas coisas ao mesmo tempo.

O single apresenta as seguintes faixas:

LADO A
1- Proteção 2´10

LADO B
1- Proteção 2´10
2- Até Quando Esperar (Remix) 4´41

* O single não foi editado em CD.

** Remescla significa "remixagem" em espanhol.

*** A canção "Proteção", acabou ganhando uma outra versão (Promo mix) que foi lançada em outro disco promocional já postado pelo blog. Para rever clique aqui!

terça-feira, 28 de março de 2017

DAÚDE - Pata Pata remixes (Single promocional)

Encarte do single promocional s/capa

Detalhe da canção:

“.........O DJ do rádio não pára de dançar
Assim como você tá no seu salão
Assim como você está na sua casa
Ei, no sacolejo pra lá, e sacolejo pra cá
E no sacudo pra lá, e no sacudo pra cá
É assim, esse é o clima do pata pata.....”

Pergunta: De qual Dj e de que pessoa eles estão falando?????

Hoje temos o desprazer de anunciar o single de remixes de uma das canções mais irritantes da história da música mundial! Senhoras e senhores, apresentamos a insuportável, chata, azucrinante e enfadonha  “Pata Pata”!

Lançado no Brasil em 1997 pela cantora Daúde, o CD single promocional da música Pata Pata foi divulgado pela gravadora SONY/Natasha records e apresenta nove remixes produzidos pelos Djs Cuca e Dj Will Mowatt e também pelo produtor Suba. A música foi originalmente escrita no século passado para as pessoas do século passado, e foi regravada por dezenas de artistas latinos e europeus ao longo dos anos, de acordo com o interesse de cada um. Porém, mesmo que já tenha se passado 60 anos, há quem goste de ficar sapateando ao redor dessa melodia a vida inteira.
Contracapa

A equipe do blog analisou, consultou, ouviu, brigou e não teve jeito. Os remixes fazem parte do conceito musical existente na década de 90, mas a letra da canção e o blá-blá-blá (???) são muito chatos! O problema aqui não está relacionado ao remix ou ao cantor. Por esse motivo, enumeramos as razões e os porquês da música ser considerada infinitamente chata:

1 A letra lembra um trocadilho de palavras lúdicas para crianças da África. Lembramos que aquilo que serve para a África não significa que sirva para os brasileiros. Como também, aquilo que serve para os americanos e europeus, também não significa que sirva para os brasileiros! E assim sucessivamente.

2 O pessoal do meio artístico misturado com a galera circense junto com o povo da cena musical deve ter um pouco mais de cuidado com as escolhas. Apesar da diversão que a melodia pode causar entre quatro paredes, não significa que ao entrar em contato com o público, haverá a mesma empatia e a mesma reação positiva.

3 Nenhum artista que tenha respeito por sua carreira e trajetória musical deveria gravar ou ter gravado essa cantiga. Mas, apesar dos conceitos musicais serem considerados uma loteria, se tivessem perguntado ao blog, jamais teríamos deixado essa regravação acontecer.

4 A composição dessa música nunca foi sucesso nacional pelo fato das pessoas não estarem ligadas e não aceitarem determinadas brincadeiras e falácias coloquiais, que imperam em algumas regiões e em alguns países. Outras canções internacionais regravadas por artistas brasileiros também não alcançaram sucesso pelo mesmo motivo. Ou seja, o Brasil não está ligado em “todos” os modismos e em “todas” as brincadeiras e bobagens internacionais. Lembre-se! É apenas um punhado de brasileiros que se deixa envolver com esse tipo de situação!

5 Teoria é diferente da prática. A letra pode até ser “engraçadinha” ou chamar atenção, mas não se engane, a composição é irritante!

6 Artistas ligados ao cenário pop não devem transformar melodias coloquiais em produto musical popular. O motivo é simples, a geração de pessoas de 1997 era bem diferente da geração de pessoas de 1957 – ano em que a canção foi originalmente escrita. Afinal, as brincadeiras também perdem a graça com o tempo.

7 Mesmo diante de outras tantas chatisses musicais que volta e meia os artistas insistem em apresentar para o Brasil,  vamos fingir que a ótima cantora DAÚDE não tenha regravado essa bobagem junto com Carlinhos Brown.

8 O refrão da música é muito inconveniente, aporrinhante e repetitivo. Pata Pata pra cá, Pata Pata pra lá, Pata aqui, Pata acolá, a Pata, a Peta, a Pita, a Pota, a Puta e o Pateta! Aff....

9 Vamos esquecer que isso aconteceu. Até mesmo porque, nenhum remix convenceu a galera dos clubes, como também nem Suba, nem o Dj Cuca e nem o Dj Will Mowatt são responsáveis pela escolha musical equivocada de alguns artistas e suas influências desmioladas. Não é Carlinhos????

O Cd single editado no Brasil registra as seguintes faixas:

1- Pata Pata (Versão original) 4´05
2- Pata Pata (The Turbomix) 5´36
3- Pata Pata (Pop Club Edit) 4´17
4- Pata Pata (Pop Club Extended) 5´14
5- Pata Pata (House edit) 4´15
6- Pata Pata (House Extended) 5´14
7- Pata Pata (Ultraviolet Mix) 5´40
8- Pata Pata (Cuca´s Amazon Florest Edit) 3´52
9- Pata Pata (Cuca´s Amazon Florest Jungle Edit) 5´12
CD

* A equipe do blog Brasilremixes espera que essa bobagem musical não tenha sido lançada em vinil.

** Mesmo diante de outras músicas bem legais cantadas por Daúde, foram escolher justamente a pior canção para ser lançada no mercado europeu.
- E o resultado? 
O resultado não deu em nada! Óbvio!

*** É mais fácil o público cantar um funk pornográfico do tipo “Meu pau de ama”, do que essa papagaiada de Pata aqui Pata acolá!

**** Depois vão dizer que a culpa é do Brasilremixes por falar a verdade!!!! kkkkkkkk

terça-feira, 21 de março de 2017

Só Pra Contrariar - Dance remixes Go Back / A Barata (Single promocional - Item de colecionador)

Capa single importado

Hoje apresentamos um outro single de remixes do grupo de pagode Só Pra contrariar. Na semana passada destacamos a canção Santo, Santo remixes, mas dessa vez, a festa fica por conta das músicas Go Back e A Barata.
Contracapa single importado

Lançado em 1993 pela gravadora BMG, a edição do single brasileiro em vinil 12” foi distribuída de forma promocional para algumas emissoras de rádio e para alguns djs. O disco registra de um lado os remixes da música "A Barata" e, do outro, remixes para a canção "Go Back" (que foi grande sucesso da banda Titãs no final dos anos 80).

Todas versões foram produzidas pelo Dj Memê. A equipe do blog entende a proposta da gravadora em valorizar o conceito de remix e a tentativa de colocar o grupo na lista de canções que agitavam danceterias e clubes pelo Brasil. Entretanto, como o público consumidor brasileiro é preconceituoso, infelizmente ambas as músicas remixadas não alcançaram o resultado esperado.

Já mencionamos que o Brasil não se resume aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Aliás, para grande parte do país, quem era do rock deveria ficar no rock até o fim. A turma do pagode deveria ficar no pagode até o fim e o pessoal do funk deveria ficar no funk até o fim. E, assim sucessivamente. Não existia esse conceito de fazer trabalhos musicais diferentes para pessoas diferentes. Parte do público até fazia "vista grossa" diante de roqueiros que se aventuravam em águas dançantes. Mas, se tratava de exceções! Pode ser horrível e cruel? Sim! Mas era a lei do mercado consumidor de remixes. Naquele ano (1993), Michael Jackson e Madonna estavam desembarcando no país para celebrar grandes shows. Logo,  imagine se a classe média e a classe alta dos brasileiros - metidos a modernos - se estavam interessados no pagode perifericamente pobre, do Só Pra Contrariar - que até então era megassucesso junto ao povo, apenas!?

Sociólogos dizem que o Brasil é confuso e ainda possui um conhecimento limitado e preconceituoso sobre o que se passa a seu redor. O país não se identifica e não vive o mundo das comunidades, da periferia, das favelas. O Brasil não consegue nem se identificar com a América Latina! Então, imagine se o público frequentador das danceterias e dos clubes, iria ficar dando trela para artistas ligados ao meio social rotulado de pobre, preto, brega, atrasado e abandonado pelo mundo?

A mesma coisa acontece agora com os remixes do estilo musical sertanejo. Apesar da ascensão e do sucesso da música sertaneja no país, os remixes são considerados superficiais e passageiros. Em cinco anos vai estar tudo esquecido, pois a galera que curte e que gosta do conceito de remix para os clubes, nem está dando importância.

Os remixes produzidos pelo Dj Memê para a canção A Barata, possuem influências da House music e  efeitos tribais com samples da canção "Give it up" do projeto The Goodmen, que foi sucesso nas pistas mundo afora  em 1992. Já os remixes editados para a música Go Back revelam o sample da canção "All that she wants" dos suecos do Ace Of Base. Em ambas melodias o resultado é fraco. Novos remixes podem ser produzidos no futuro, porém a equipe do blog prefere que não seja feito mais nada com essas canções. Afinal, se na época já era ruim ouvir os remixes, imagine para a equipe do blog ter que relembrá-los!!!!!!

O single latino-europeu possui as seguintes faixas:
LADO A

A1 A Barata (Meme's Eurohouse 12") 4´46
A2 A Barata (Meme's Radio House) 3´41
A3 A Barata (The Samba Of The Mad Black) 3´58
A4 A Barata (Eurodub Trip Mix) 3´35
LADO B

B1 Go Back (Meme's Ace Of Ragga Mix) 6´08
B2 Go Back (Meme's Radio Ragga Mix) 4´45
B3 Go Back (The Masterkeys Dub) 6´40

* Até o momento não há informação que o single tenha sido editado em CD.

** O single promocional em vinil 12” editado no Brasil não apresenta capa e possui a seguinte ordem musical:
LADO A

A1 A Barata (Meme's Eurohouse 12") 4´46
A2 A Barata (Meme's Radio House) 3´41
A3 A Barata (The Samba Of The Mad Black) 3´58
A4 A Barata (Eurodub Trip Mix) 3´35
A5 A Barata (Versão original) 3´17
LADO B

B1 Go Back (Meme's Ace Of Ragga Mix) 6´08
B2 Go Back (Meme's Radio Ragga Mix) 4´45
B3 Go Back (The Masterkeys Dub) 6´40
B4 Go Back (Versão original) 3´10

*** Nem vamos comentar a letra de duplo sentido com apelo sexual da canção A Barata. Afinal, dessa forma é muito fácil fazer sucesso!