terça-feira, 25 de abril de 2017

Marina Lima - Pierrot remix (Single promocional - item de colecionador)

Imagem do vinil

Objeto de desejo de muitos fãs, o single promocional da cantora Marina Lima com a música "Pierrot", foi e continua sendo, um artigo raro no mercado nacional com diferentes seguimentos musicais voltados para a Dance music.
Detalhe 

Lançado em 1998 pela gravadora Polygram, o disco single em vinil 12” apresenta duas faixas da canção "Pierrot", que foram remixadas pelos Djs Marky Mark e Felipe Venâncio, com a masterização do Dj e produtor Renato Cohen, e a direção artística de Beto Lago (Mundo Mix Music). A versão original da canção foi oficialmente lançada pela cantora, no álbum Pierrot do Brasil.

A versão (Lov.e, Lov.e Lov.e vocal mix) assinada por Felipe Venâncio, registra um remix eletrônico mais conceitual do que comercial. É bom lembrar, que na musicalidade eletrônica naquela época, existiam diversos estilos e conceitos inseridos em cada subgênero. Independente da música produzida pelo artista, havia dezenas de seguimentos dançantes para escolher. Por exemplo, House comercial, House alternativo, House moderado, House underground, House agressivo, House popular, etc e tal. Na linha eletrônica voltada para o Techno ou Trance também havia diversas variações. Por escolha própria, o Dj Felipe Venâncio apresentou um remix utilizando aspectos musicais lineares com referências do Techno. Ou seja, a versão é direcionada ao público que gosta Techno, quase TechHouse de alto impacto, para fazer cara de intelectual na pista de dança, mas sem ser festivo (comercial) ou pegajoso (popular).

O outro remix produzido pelo Dj Marky (Marky Mark remix) também não possui uma estética comercial feliz para fazer pose do tipo: - Para tudo que eu tenho que dançar essa música! Isto é, Dj Mark também optou por elaborar um remix mais sério e introspectivo, ao fazer com que a versão tivesse a formalidade e o ritmo do Drum´n´bass, sem utilizar efeitos eletrônicos com característica épica ou comercial. O remix é direcionado para um público exigente que entende do assunto, e para quem gosta de qualquer coisa referente ao Drum´n´bass. 

A edição limitada do single em vinil 12”, utiliza capa dura de papel especial metalizado com efeito espelhado e selos de papel impressos no vinil fazendo efeito de glitter azul.

O single contém dois remixes:

LADO A
1- Pierrot – Mark Marky remix 5´10

LADO B
1- Pierrot - Lov.e, Lov.e Lov.e vocal mix 6´57

* O single editado em CD, apresenta remixes diferentes das versões registradas no vinil 12”. O Blog Brasil remixes já fez a postagem, para rever clique aqui!

Vamos falar de conceito musical...

De forma simples, diríamos que não existe uma regra absoluta para definir o que é ou o que deveria ser música comercial, underground, popular, inovadora ou alternativa - independente do estilo em que a melodia for produzida. Cada gênero musical ou proposta musical dentro do próprio estilo, possui um entendimento diversificado. Vamos utilizar o exemplo da banda Information Society.

Na prática, o INSOC é um grupo que trabalha com música eletrônica. Se o conteúdo musical da banda for calmo, agressivo, dançante, rápido, feliz ou melancólico – não importa! O grupo continua fazendo parte do seguimento musical eletrônico, tanto no Brasil como em qualquer parte do mundo. Contudo, o trabalho musical da banda poderá ser momentaneamente condicionado em campos diferentes.

Às vezes a banda poderá ser comercial,
Às vezes a banda poderá ser popular,
Às vezes a banda poderá ser alternativa,
Às vezes a banda poderá ser inovadora
E outras vezes a banda poderá ter uma sonoridade underground.

Tudo vai depender do entendimento do mercado e de um conjunto de fatores estéticos escolhidos pelo grupo, para marcar o seu posicionamento musical. A opção poderá ser temporária ou durar o tempo que o artista desejar. Nos Estados Unidos o Information Society é classificado como uma banda de música eletrônica alternativa, mas no Brasil, o Information Society é classificado como uma banda de música eletrônica comercial.

- Outros artistas também passam por essa situação? 

Sim! 

- Porque essa diferença?

São conhecimentos, interesses e entendimentos de mercado diferenciados.

- Na prática, muda alguma coisa?

Não! É apenas para auxiliar na classificação estética musical do trabalho artístico ou mesmo, no tipo de comportamento musical adotado pelo artista.

- Quais são os desdobramentos disso tudo?

Os desdobramentos dessa situação se referem aquelas pessoas/consumidores que compram determinados produtos musicais dependendo do conceito artístico. Por exemplo, existem consumidores que adoram música pop comercial. Mas, também existem outros consumidores que odeiam pop comercial e preferem pop alternativo. Há pessoas que amam música underground por entenderem que esse modelo de som, seja mais autêntico e original. Entretanto, outras pessoas odeiam música underground por considerarem que se trata de uma melodia crua, estranha ou de baixa popularidade. E assim sucessivamente. Seja Rock, Pop, Sertanejo, MPB, Eletrônico, etc....todos possuem um segundo olhar voltado para a estética, que pode ser underground, popular, alternativa, comercial ou inovadora.

sábado, 15 de abril de 2017

Jorge Benjor - Dzarm remixes (single promocional - item de colecionador)

Capa

Nos últimos anos, o cantor Jorge Benjor anda um pouco sumido dos holofotes midiáticos. Também, pudera! Aos 72 anos de idade não é fácil pra ninguém manter a forma e a fama musical. Se bem que, é difícil acreditar que o artista já tenha 72 anos!!!. Dizem os especialistas que a genética afro-brasileira não transparece tanto a idade das pessoas quanto a genética ocidental. Sorte dos fãs!
Contracapa

Na metade da década de noventa, a gravadora WEA lançou no mercado nacional uma compilação com remixes de algumas músicas que foram sucesso na carreira do cantor (.....já postado pelo blog, para rever clique aqui!). Entre as canções editadas na coletânea, a música “Dzarm”, foi escolhida para ser remixada e distribuída em single, no formato de Cd e em vinil 12”.
Jorge Benjor

A canção "Dzarm"  ganhou quatro remixes (7’ remix, Horn Dub, Straigt Dub e Master Mix) produzidos por Kirk Johnson e Paul Peterson com a mixagem de Tom Garnieu. Mas atenção! Mixagem não é a mesma coisa que remixagem! Os remixes seguem o conceito pop da versão original sem apresentar surpresas e são bons para tocar em programas de rádio, e em ambientes de Lounge e Chill out.

Os singles editados em Cd e em vinil 12” são raros e possuem um playlist diferente. A edição digital apresenta cinco versões.

O single editado em Cd apresenta um total de cinco faixas:

1- Dzarm (Versão Acústica) 5:14
2- Dzarm (7 Remix) 5:18
3- Dzarm (Horn Dub) 6:27
4- Dzarm (Straight Dub) 6:34
5- Dzarm (Master Mix) 5:15
CD

O single editado em vinil 12", registra um total de seis faixas, mas apenas três versões para a canção Dzarm. As outras faixas são músicas diferentes, conforme lista abaixo relacionada.

O single editado em vinil apresenta um total de seis faixas:

LADO A
A1 Dzarm (Versão Acústica) 5:14
A2 Dzarm (Horn Dub) 6:27
A3 Dzarm (Straight Dub) 6:34

LADO B
B1 País Tropical (Sax Mix) 6:06
B2 A Banda Do Zé Pretinho (Vocal Up) 6:08
B3 Alcohol (Playground Mix) 6:08

Imagem da capa do single vinil 12”
Imagem da contracapa do single vinil 12"

* Nem todos os remixes da canção Dzarm foram lançados na coletânea World Dance!

** Os remixes das músicas País Tropical (Sax Mix), A Banda Do Zé Pretinho (Vocal Up) e Alcohol (Playground Mix) são versões exclusivas do single vinil 12” e não foram editadas na compilação. Mas não se preocupe. Se os remixes não foram sucesso na época (1995), agora também não vão fazer a diferença. Vamos torcer para novos remixes no futuro.

Aqui podemos ver a imagem da capa da compilação editada em CD.

domingo, 9 de abril de 2017

Plebe Rude - Proteção / Até quando esperar remix (single promocional - item de colecionador)

Capa

A banda Plebe Rude ganhou destaque radiofônico na década de oitenta, em algumas das principais capitais do Brasil. Mesmo com a proposta melódica voltada ao Punk rock, algumas melodias do grupo estavam mais comprometidas com o conceito pop do que necessariamente punk - dos ingleses do Sex Pistols. Porém, há quem afirme que o grupo era livre e circulava por outros estilos musicais como New wave, Poprock, etc.
Contracapa

Lançado pela gravadora EMI Odeom em 1986, o disco/single em vinil 12” foi distribuído de forma promocional com a canção “Proteção” + o remix da música Até quando esperar”. Neste caso, a remixagem ou a tentativa do que deveria ser um remix, acabou fugindo do objetivo e transformou a melodia numa versão mais longa, ao manter as bases originais com destaque na parte instrumental. Algo bem típico dos remixes produzidos na década de 80 e que atendiam o seguimento roqueiro brasileiro.
Plebe Rude formação original

Como não há créditos para a produção do remix, subentende-se que a remixagem da melodia foi realizada pelo próprio produtor original da gravação. Na época, a concepção do remix era vista como novidade e, muitas vezes, para não prejudicar a reputação da banda, a remescla** era produzida discretamente, para atender uma demanda de mercado sem que houvesse o comprometimento da gravadora e da banda com a estética dançante. Afinal, para muitos artistas, fãs e o público em geral, a melodia dançante poderia causar um certo preconceito musical. Esse fato é bem peculiar, visto que, mesmo com o fim da ditadura, parte do Brasil ainda respirava músicas que tinham um conceito melódico voltado para o "discurso de palanque e protestos generalizados". Existiam canções felizes, mas o mercado ainda tinha um pouco de resistência, por achar a música dançante superficial e fugaz.

No meio do caldeirão de interesses e fantasias é importante observar que diversas canções brasileiras lançadas na década de 80, foram produzidas para tocar - exclusivamente - em programas de rádio e em festivais de Rock´n´roll. Isto é, bem ao contrário, por exemplo, das estratégia musical adotada por artistas americanos e europeus, cuja as canções eram editadas com o objetivo de tocar, tanto em em programas de rádio quanto nas pistas de dança. Afinal, os artistas poderiam faturar e fazer sucesso tanto com pessoal de Rock, quanto o pessoal dos remixes dance.

A confusão de interesses entre artistas, produtores, empresários e o público de conhecimento limitado no país, pode explicar o fato de muitos remixes brasileiros serem considerados fracos. Uma parte dos remixes foi produzido por um pessoal......digamos, ......"sem noção" a respeito do objetivo dos clubes e do objetivo da dance music. Embora, que alguns Djs nacionais soubessem das características do dance, eles tinham que ficar explicando, justificando e convencendo a todos, sobre a proposta, a graça e a vibe musical que sacudia a pista de dança nos clubes.

O comportamento brasileiro

Devido a essa situação, dezenas de artistas brasileiros tinham um projeto musical limitado e perderam pelo fato de produzirem trabalhos musicais empacotados e direcionados a um formato específico. Quando o público (fãs) envelheceu e não frequentava mais shows e festivais ou não ligava mais o rádio, "todo" o conceito musical feito pelo artista - por melhor que fosse desenvolvido, acabava sendo ignorado e esquecido, por fala de divulgação e lembrança. Faltou unidade na estratégia musical brasileira que era muito diversa. Alguns artistas produziram remixes outros não. Por isso, que a sequência foi prejudicada com uma exceção: As coletâneas Dance Mix volume 1, 2 e 3 que foram um grande sucesso no Brasil! 

O comportamento internacional

Enquanto isso, na cena musical americana e européia a estratégia era diferente e aproveitava todas as oportunidades. Independente de estilo musical, num primeiro momento o artista lançava seu álbum como desejava. Porém, já tinha uma equipe na gravadora que escolhia algumas músicas para fazer os remixes dançantes. Enquanto as canções originais tocavam nas emissoras de rádio e em programas de TV, os remixes agitavam os clubes e as festas da galera. Então, existia uma dinâmica e todo mundo ganhava, pois o artista era lembrado em vários nichos de mercado. Os cantores e bandas internacionais nunca perdiam. Ou a música original chamava atenção ou o remix turbinava a carreira do artista. Em vários casos, aconteceram as duas coisas ao mesmo tempo.

O single apresenta as seguintes faixas:

LADO A
1- Proteção 2´10

LADO B
1- Proteção 2´10
2- Até Quando Esperar (Remix) 4´41

* O single não foi editado em CD.

** Remescla significa "remixagem" em espanhol.

*** A canção "Proteção", acabou ganhando uma outra versão (Promo mix) que foi lançada em outro disco promocional já postado pelo blog. Para rever clique aqui!

terça-feira, 28 de março de 2017

DAÚDE - Pata Pata remixes (Single promocional)

Encarte do single promocional s/capa

Detalhe da canção:

“.........O DJ do rádio não pára de dançar
Assim como você tá no seu salão
Assim como você está na sua casa
Ei, no sacolejo pra lá, e sacolejo pra cá
E no sacudo pra lá, e no sacudo pra cá
É assim, esse é o clima do pata pata.....”

Pergunta: De qual Dj e de que pessoa eles estão falando?????

Hoje temos o desprazer de anunciar o single de remixes de uma das canções mais irritantes da história da música mundial! Senhoras e senhores, apresentamos a insuportável, chata, azucrinante e enfadonha  “Pata Pata”!

Lançado no Brasil em 1997 pela cantora Daúde, o CD single promocional da música Pata Pata foi divulgado pela gravadora SONY/Natasha records e apresenta nove remixes produzidos pelos Djs Cuca e Dj Will Mowatt e também pelo produtor Suba. A música foi originalmente escrita no século passado para as pessoas do século passado, e foi regravada por dezenas de artistas latinos e europeus ao longo dos anos, de acordo com o interesse de cada um. Porém, mesmo que já tenha se passado 60 anos, há quem goste de ficar sapateando ao redor dessa melodia a vida inteira.
Contracapa

A equipe do blog analisou, consultou, ouviu, brigou e não teve jeito. Os remixes fazem parte do conceito musical existente na década de 90, mas a letra da canção e o blá-blá-blá (???) são muito chatos! O problema aqui não está relacionado ao remix ou ao cantor. Por esse motivo, enumeramos as razões e os porquês da música ser considerada infinitamente chata:

1 A letra lembra um trocadilho de palavras lúdicas para crianças da África. Lembramos que aquilo que serve para a África não significa que sirva para os brasileiros. Como também, aquilo que serve para os americanos e europeus, também não significa que sirva para os brasileiros! E assim sucessivamente.

2 O pessoal do meio artístico misturado com a galera circense junto com o povo da cena musical deve ter um pouco mais de cuidado com as escolhas. Apesar da diversão que a melodia pode causar entre quatro paredes, não significa que ao entrar em contato com o público, haverá a mesma empatia e a mesma reação positiva.

3 Nenhum artista que tenha respeito por sua carreira e trajetória musical deveria gravar ou ter gravado essa cantiga. Mas, apesar dos conceitos musicais serem considerados uma loteria, se tivessem perguntado ao blog, jamais teríamos deixado essa regravação acontecer.

4 A composição dessa música nunca foi sucesso nacional pelo fato das pessoas não estarem ligadas e não aceitarem determinadas brincadeiras e falácias coloquiais, que imperam em algumas regiões e em alguns países. Outras canções internacionais regravadas por artistas brasileiros também não alcançaram sucesso pelo mesmo motivo. Ou seja, o Brasil não está ligado em “todos” os modismos e em “todas” as brincadeiras e bobagens internacionais. Lembre-se! É apenas um punhado de brasileiros que se deixa envolver com esse tipo de situação!

5 Teoria é diferente da prática. A letra pode até ser “engraçadinha” ou chamar atenção, mas não se engane, a composição é irritante!

6 Artistas ligados ao cenário pop não devem transformar melodias coloquiais em produto musical popular. O motivo é simples, a geração de pessoas de 1997 era bem diferente da geração de pessoas de 1957 – ano em que a canção foi originalmente escrita. Afinal, as brincadeiras também perdem a graça com o tempo.

7 Mesmo diante de outras tantas chatisses musicais que volta e meia os artistas insistem em apresentar para o Brasil,  vamos fingir que a ótima cantora DAÚDE não tenha regravado essa bobagem junto com Carlinhos Brown.

8 O refrão da música é muito inconveniente, aporrinhante e repetitivo. Pata Pata pra cá, Pata Pata pra lá, Pata aqui, Pata acolá, a Pata, a Peta, a Pita, a Pota, a Puta e o Pateta! Aff....

9 Vamos esquecer que isso aconteceu. Até mesmo porque, nenhum remix convenceu a galera dos clubes, como também nem Suba, nem o Dj Cuca e nem o Dj Will Mowatt são responsáveis pela escolha musical equivocada de alguns artistas e suas influências desmioladas. Não é Carlinhos????

O Cd single editado no Brasil registra as seguintes faixas:

1- Pata Pata (Versão original) 4´05
2- Pata Pata (The Turbomix) 5´36
3- Pata Pata (Pop Club Edit) 4´17
4- Pata Pata (Pop Club Extended) 5´14
5- Pata Pata (House edit) 4´15
6- Pata Pata (House Extended) 5´14
7- Pata Pata (Ultraviolet Mix) 5´40
8- Pata Pata (Cuca´s Amazon Florest Edit) 3´52
9- Pata Pata (Cuca´s Amazon Florest Jungle Edit) 5´12
CD

* A equipe do blog Brasilremixes espera que essa bobagem musical não tenha sido lançada em vinil.

** Mesmo diante de outras músicas bem legais cantadas por Daúde, foram escolher justamente a pior canção para ser lançada no mercado europeu.
- E o resultado? 
O resultado não deu em nada! Óbvio!

*** É mais fácil o público cantar um funk pornográfico do tipo “Meu pau de ama”, do que essa papagaiada de Pata aqui Pata acolá!

**** Depois vão dizer que a culpa é do Brasilremixes por falar a verdade!!!! kkkkkkkk

terça-feira, 21 de março de 2017

Só Pra Contrariar - Dance remixes Go Back / A Barata (Single promocional - Item de colecionador)

Capa single importado

Hoje apresentamos um outro single de remixes do grupo de pagode Só Pra contrariar. Na semana passada destacamos a canção Santo, Santo remixes, mas dessa vez, a festa fica por conta das músicas Go Back e A Barata.
Contracapa single importado

Lançado em 1993 pela gravadora BMG, a edição do single brasileiro em vinil 12” foi distribuída de forma promocional para algumas emissoras de rádio e para alguns djs. O disco registra de um lado os remixes da música "A Barata" e, do outro, remixes para a canção "Go Back" (que foi grande sucesso da banda Titãs no final dos anos 80).

Todas versões foram produzidas pelo Dj Memê. A equipe do blog entende a proposta da gravadora em valorizar o conceito de remix e a tentativa de colocar o grupo na lista de canções que agitavam danceterias e clubes pelo Brasil. Entretanto, como o público consumidor brasileiro é preconceituoso, infelizmente ambas as músicas remixadas não alcançaram o resultado esperado.

Já mencionamos que o Brasil não se resume aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Aliás, para grande parte do país, quem era do rock deveria ficar no rock até o fim. A turma do pagode deveria ficar no pagode até o fim e o pessoal do funk deveria ficar no funk até o fim. E, assim sucessivamente. Não existia esse conceito de fazer trabalhos musicais diferentes para pessoas diferentes. Parte do público até fazia "vista grossa" diante de roqueiros que se aventuravam em águas dançantes. Mas, se tratava de exceções! Pode ser horrível e cruel? Sim! Mas era a lei do mercado consumidor de remixes. Naquele ano (1993), Michael Jackson e Madonna estavam desembarcando no país para celebrar grandes shows. Logo,  imagine se a classe média e a classe alta dos brasileiros - metidos a modernos - se estavam interessados no pagode perifericamente pobre, do Só Pra Contrariar - que até então era megassucesso junto ao povo, apenas!?

Sociólogos dizem que o Brasil é confuso e ainda possui um conhecimento limitado e preconceituoso sobre o que se passa a seu redor. O país não se identifica e não vive o mundo das comunidades, da periferia, das favelas. O Brasil não consegue nem se identificar com a América Latina! Então, imagine se o público frequentador das danceterias e dos clubes, iria ficar dando trela para artistas ligados ao meio social rotulado de pobre, preto, brega, atrasado e abandonado pelo mundo?

A mesma coisa acontece agora com os remixes do estilo musical sertanejo. Apesar da ascensão e do sucesso da música sertaneja no país, os remixes são considerados superficiais e passageiros. Em cinco anos vai estar tudo esquecido, pois a galera que curte e que gosta do conceito de remix para os clubes, nem está dando importância.

Os remixes produzidos pelo Dj Memê para a canção A Barata, possuem influências da House music e  efeitos tribais com samples da canção "Give it up" do projeto The Goodmen, que foi sucesso nas pistas mundo afora  em 1992. Já os remixes editados para a música Go Back revelam o sample da canção "All that she wants" dos suecos do Ace Of Base. Em ambas melodias o resultado é fraco. Novos remixes podem ser produzidos no futuro, porém a equipe do blog prefere que não seja feito mais nada com essas canções. Afinal, se na época já era ruim ouvir os remixes, imagine para a equipe do blog ter que relembrá-los!!!!!!

O single latino-europeu possui as seguintes faixas:
LADO A

A1 A Barata (Meme's Eurohouse 12") 4´46
A2 A Barata (Meme's Radio House) 3´41
A3 A Barata (The Samba Of The Mad Black) 3´58
A4 A Barata (Eurodub Trip Mix) 3´35
LADO B

B1 Go Back (Meme's Ace Of Ragga Mix) 6´08
B2 Go Back (Meme's Radio Ragga Mix) 4´45
B3 Go Back (The Masterkeys Dub) 6´40

* Até o momento não há informação que o single tenha sido editado em CD.

** O single promocional em vinil 12” editado no Brasil não apresenta capa e possui a seguinte ordem musical:
LADO A

A1 A Barata (Meme's Eurohouse 12") 4´46
A2 A Barata (Meme's Radio House) 3´41
A3 A Barata (The Samba Of The Mad Black) 3´58
A4 A Barata (Eurodub Trip Mix) 3´35
A5 A Barata (Versão original) 3´17
LADO B

B1 Go Back (Meme's Ace Of Ragga Mix) 6´08
B2 Go Back (Meme's Radio Ragga Mix) 4´45
B3 Go Back (The Masterkeys Dub) 6´40
B4 Go Back (Versão original) 3´10

*** Nem vamos comentar a letra de duplo sentido com apelo sexual da canção A Barata. Afinal, dessa forma é muito fácil fazer sucesso!

segunda-feira, 13 de março de 2017

SPC & Glória Stefan - Santo, Santo remixes (Single promocional e single comercial)

Capa do single com remixes

Santo, Santo foi a canção gravada pelos artistas Alexandre Pires (ex- Só Pra Contrariar) e Glória Stefan, em 1999. Naquele ano, ambos foram indicados e venceram o prêmio do Grammy Latino. A cantora Glória Stefan dispensa apresentações, mas a grande surpresa musical foi a escalada de sucesso feita por Alexandre Pires.

Verdade seja dita, no Brasil, Alexandre fazia sucesso com o grupo de pagode Só pra Contrariar e era visto por muitos como um simples pagodeiro de periferia como tantos outros. Também pudera, a concepção artística utilizada nas capas dos Cds do grupo em início de carreira, era mega popular!! Porém, a estética musical antiga acabou funcionando como uma espécie de laboratório para o cantor.

Já falamos várias vezes, que existem artistas de “tudo” que não deram em nada e artistas do nada que deram “tudo” de certo. Então o potencial do cantor foi reconhecido por produtores internacionais e Alexandre Pires se tornou o mais novo pop star latino americano. O visual repaginado, cantando em espanhol e fazendo pinta de bom moço, foram os ingredientes necessários para turbinar a carreira de Alexandre Pires, que possui diversos vídeos nas redes sociais com milhões de acessos e milhares de seguidores.
Glória Stefan e Alexandre Pires

Na época, a música Santo, Santo foi o pontapé inicial na carreira do artista no mercado internacional (América Latina-América do Norte-Europa). O Brasil por sua vez, perdido no excesso de misturas culturais e ignorando o fato que também faz parte da América Latina, não digeriu muito bem a transformação artística do cantor. Dessa forma, por incrível que possa parecer – o Brasil ficou ao lado do passado e da fase artística “mais antiga e conveniente”.
Cantracapa

A melodia e a letra da canção não obtiveram no país, toda a repercussão esperada e acabaram fazendo sucesso em algumas regiões, apenas. O single lançado pela gravadora BMG, foi distribuído de forma promocional para algumas emissoras de rádio e registram seis versões. Contudo, somente cinco faixas são remixes produzidos por Pablo Flores, com referências do Latin House, Tribal e a tradicional ginga latina. 

A edição brasileira do single promocional apresenta as seguintes versões:

1-Santo Santo (Versión Español) 4:11
2-Santo Santo (Pablo Flores Spanish Club Mix) 10:23
3-Santo Santo (Spanish Club Mix Radio Edit) 4:20
4-Santo Santo (Pablo Flores Portuguese Club Mix) 10:26
5-Santo Santo (Portuguese Club Mix Radio Edit) 4:21
6-Santo Santo (Pablo Flores Dub-Strametal) 6:02
CD

Quase todos os singles com remixes editados em vários países possuem capas iguais.

** No Brasil também foi lançado o álbum comemorativo 10 anos de Só pra contrariar, com a canção + o single simples sem remix.
Capa Cd Álbum
Single simples capa
Single simples contracapa
Single simples CD

Na sequência podemos ver as imagens do single editado em vinil 12" , que foi lançado comercialmente na Espanha e no mercado europeu, com seis versões. 
Capa
Contracapa

A1 Santo, Santo (Pablo Flores Spanish Club Mix) 10:23
A2 Santo, Santo (Spanish Club Mix Radio Edit) 4:18
A3 Santo, Santo (Version Espanol) 4:08
B1 Santo, Santo (Pablo Flores Portuguese Club Mix) 10:24
B2 Santo, Santo (Portuguese Club Mix Radio Edit) 4:08
B3 Santo, Santo (Pablo Flores Dub Scramecal) 6:02

Também temos um outro single promocional em vinil 12" para o mercado Europeu, com três versões.
Capa

A1 Santo Santo (Pablo Flores Spanish Club Mix)10:23
B1 Santo Santo (Pablo Flores Dub) 6:02
B2 Santo Santo (Spanish Club Mix Radio Edit) 4:18

A edição Americana do single apresenta uma capa diferente e traz apenas cinco versões.
1 Santo, Santo (Pablo Flores Spanish Club Mix) 10:23
2 Santo, Santo (Spanish Club Mix Radio Edit) 4:18
3 Santo, Santo (Pablo Flores Portuguese Club Mix) 10:24
4 Santo, Santo (Portuguese Club Mix Radio Edit) 4:18
5 Santo, Santo (Pablo Flores Dub-Strumental) 6:02

E também mais outro single europeu com remixes produzidos pelo pessoal do Syndicate.
1 Santo Santo (Radio Mix) Remix 3:22
2 Santo Santo (Dance Mix) Remix  3:47
3 Santo Santo (Original Single Version) 4:09

Ao total foram lançadas 19 edições (singles com remixes ou singles simples) para o mercado Latino, Americano e Europeu. 

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Jovem Pan Radio Hits 2 (+ remixes) – Compilação vários

Capa

Em plena época de carnaval, continuamos a história do Axé e do Pagode que beberam na fonte estética do remix - mesmo sem precisar desse conceito para fazer sucesso. Hoje apresentamos o segundo volume da compilação JP (Jovem Pan) / Radio Hits 2. A concepção melódica da coletânea segue a mesma linha musical (Axé + Pagode) da seleção anterior. Porém, o título ficou reduzido. Ao invés de ser escrito como: Jovem Pan / Radio Hits - Dance Remix Nacional 2 ele foi nomeado apenas como:
"Jovem Pan Radio Hits 2".

A seleção foi editada em 1998 pela gravadora Polygram e mostra um total de 14 canções do estilo Pagode e Axé music, que foram grande sucesso popular na época. Mas atenção, seguindo o mesmo exemplo da compilação anterior Jovem Pan / Radio Hits - Dance Remix Nacional, nem todas as canções foram remixadas.
Contracapa

Os bastidores da música brasileira fervem e algumas pessoas ligadas a cena musical afirmam que a estética do remix foi utilizada em algumas canções para que pudessem ser tocadas nos clubes. Porém, nem todos os djs e nem todos os clubes aceitaram essa proposta. Afinal, Axé music é ótimo para ser ouvido na praia, nos blocos de carnaval e ao ar livre, bem longe do dance floor! Algumas pessoas até respeitam as diferenças e entendem que cada cidadão deve ficar no seu quadrado. Mas, há quem não compreenda essa ordem natural dos fatos. Na realidade, são pessoas que não aceitam a organização do sistema e afirmam que a vida é assim mesmo..... que tudo deve ser misturado...... que tudo é de todo mundo sem recalque, sem pecado e sem juízo, pois o que vale é o amor e o dinheiro no bolso.

Mas o que é confuso pode ficar pior. Repleto de hipocrisia, parte do público  não aceita ser contrariado. E, além de ignorar o resultado de suas atitudes, tentam justificar a confusão de conceitos educacionais e organizacionais da sociedade, utilizando o argumento de defesa da teoria das exceções sobre o todo.

Em 1999, a revista brasileira Dj World trouxe na capa um dos objetos sexuais mais famosos da época, a dançarina Tiazinha (personagem erótica da atriz e empresária Suzana Alves) – figura obrigatória nos sonhos eróticos de nove a cada dez homens. O conteúdo da revista também fazia referência ao fato de que muitos djs estavam fazendo boicote ao axé music nos clubes.
Capa da revista DJ World nº 12
Matéria contra o axé nos clubes (parte 1)
Matéria contra o axé nos clubes (parte 2)

Pede pra sair e nasce de novo!

Aproveitando a situação, a equipe do blog nem vai citar que parte dos artistas no Brasil adoram utilizar o tema sexual na letra das canções. Agindo de forma inconsequente, eles ignoram o resultado de suas atitudes, mesmo sabendo que serão imitados por centenas de crianças inocentes que acreditam que o contexto da melodia é natural. Aliás, mesmo sem haver necessidade, quase sempre aparece na música popular tupiniquim, alguma referência, piada, gíria, preconceito ou várias intenções relacionadas a genitália do homem ou a genitália da mulher, bem como  as proezas do sexo. Principalmente, nos estilos musicais comerciais e altamente populares. 

Se um artista quer chamar atenção basta colocar um assunto sexual na letra da música e pronto!  Em seguida aparece outro artista e faz uma nova melodia utilizando o mesmo tema e assim a história se repete. Então, você não está diante de uma música, você está diante de uma competição repetitiva entre artistas para ver quem é mais pornográfico. Quanto aos remixes apresentados na seleção do CD, não há necessidade de se preocupar, visto que a versão original já é “feliz” o suficiente para dançar e pular ao ar livre e o remix nem fez diferença para os clubes! 

A compilação registra as seguintes canções:

1-Timbalada -  A Latinha (Cuca's Drum & Bass Feeling)  3´50
2- É O Tchan  -  Ralando O Tchan (Arabian Dance Hall mix)  6´45
3- Netinho  - Fim-De-Semana (Cuca's Club Radio Edit)  3´34
4- Cheiro De Amor  -  Olha Eu Aí (Ao Vivo - Pop Dance mix)  3´30
5- Companhia Do Pagode  -  Bicicletinha (Motor Bicycle mix)  3´27
6- É O Tchan  -  Dança Do Põe Põe (Reggae Jump Mix)  3´32
7- Banda Eva  -  Vem, Meu Amor (Ao Vivo - Dance Hall edit)  3´30
8- Akundum  -  Havaí (Radio Edit)  3´37
9- Pimenta Nativa -  Pileque (Pop Reggae)  3´44
10- Grupo Cafuné -  Dança Do Maluquinho (Dance Hall edit)  3´30
11- Cuca's Medley -  (Timbalada/ Banda Eva / Cheiro de amor)  4´51
12- Netinho -  Fim-De-Semana (Cuca's Club Mix)  5´06
13- É O Tchan -  Ralando O Tchan (Memê Radio)  3´28
14- É O Tchan  -  Ralando O Tchan (Kibe Dub)  4´44

* Não há registro que a coletânea tenha sido lançada em vinil.