domingo, 14 de fevereiro de 2016

Remix nacional/internacional vários promo BMG

Capa

Saudações aos internautas que acompanham o blog Brasilremixes. Hoje destacamos mais uma compilação promocional que pode ser considerada uma raridade entre colecionadores de remixes. É a coletânea Remix Nacional/Internacional, que reúne diversas canções remixadas de vários artistas que estavam em evidência na virada do século 1999/2000. A coleção de remixes foi lançada pela gravadora BMG e está dividida em duas partes. A primeira se refere aos cantores gringos e a segunda valoriza os artistas nacionais. Como os internautas já sabem, é óbvio que daremos destaque aos remixes de artistas brasileiros que são: Daniela Mercury, Pato Fú, Paula Coelho e Adriana Calcanhotto.
Contracapa

O play list completo de todos os artistas que fazem parte da coletânea é o seguinte:

1 –Takfarinas - Zaama Zaama (álbum version)
2 -Christina Aguilera - I turn to you (Thundepuss remix)
3 -Pink - There you go (X-Mix)
4 -Pink - There you go (Hani mix show edit)
5 -Toni Braxton – He Wasn´t man enough (Jr. Marathon mix)
6 -Simon Says – Karima (Radio edit)
7 -French Affair – My heart goes boom (X-tended club version)

8 -Patrícia Coelho – Vem (Paul Ralphes remix) 3´39
Análise: Pra início de conversa esse remix ficou curto e é direcionado para programas de rádio. Com referências urbanas da Black music, Soul e Hip hop, o produtor Paul Ralphes remexeu na canção da cantora Patrícia Coelho deixando a melodia bem ao gosto do público que adora música pop. A versão poderia ter ganhado mais vibração, porém quem sabe um novo remix. Dizem que a artista possui uma impostação vocal que poderá lembrar a cantora Deborah Blando, mas fique calmo porque são apenas lembranças....

9 -Daniela Mercury – Santa Helena (Paul Ralphes mix) 3´27
Análise: Belo remix pop cantado em português com sotaque Reggae e Dance hall indicado para programas de rádio. A canção é ótima, mas a melodia não caiu no gosto popular, infelizmente.

10 -Daniela Mercury – Santa Helena (Paul Ragga vox mix) 3´27
Análise: Também produzido por Paul Ralphes, esse remix ficou curto é ótimo para tocar em programas de rádio. Essa versão é igual ao remix anterior e possui apenas a participação especial de Paul Ralphes fazendo as vozes de um MC no início e no meio da melodia. O remix cantado em espanhol não foi editado nessa compilação.

11 -Pato Fu – Made in Japan (Extended) 5´16
Análise: Essa versão pop é um pouco confusa. Veja bem, ela foi descrita no folheto impresso como se fosse uma versão Extended. Lembramos que nem sempre uma versão “Extended” pode ser considerada um remix. A versão Extended pode ser apenas uma versão mais estendida que a versão original. Nesse caso, então não temos um remix, mas apenas uma versão estendida da versão original que foi lançada pelo grupo no álbum Isopor em 1999. Ponto final!

12 - Pato Fu – Made in Japan (Remix) 6´50
Análise: Agora sim temos um remix. Embora tenha sido produzido pelo Dj Marky, a introdução (Fade in) de pouco mais de 1 minuto e 20 segundos de duração ficou horrível. Sabemos que na área de Drum n´ bass a atmosfera do remix também é importante, mas a canção acabou ficando diluída e irreconhecível. Não serviu para tocar no rádio e não convenceu a galera na pista. Particularmente, a equipe do blog prefere o outro remix cantado da mesma música, que também foi produzido pelo Dj marky e lançado comercialmente na coletânea MOTOMIX 04. Mas para não deixar dúvida, os dois remixes foram produzidos pelo Dj Marky. Um deles é instrumental e se chama “Remix”. O outro é cantado e se chama “Dj Marky Remix”! Entendeu!

13 - Daniela Mercury – Ilê pérola negra (Pablo Flores Club mix) 10´37
Análise: A versão original da canção Ilê Perola Negra também não caiu no gosto popular do brasileiro. Talvez por ser latina demais, nordestina demais, festiva demais, baiana demais, enfim. A versão produzida pelo Dj Pablo Flores possui diversas referências melódicas pra não deixar ninguém ficar parado ao longo de seus dez minutos de duração. A proposta do remix talvez tenha apresentado muitas informações o que tornou a versão um tanto confusa para o paladar musical brasileiro limitado em preto e branco. Mas como já dissemos, o conceito de remixes é uma loteria. Existem canções de tudo que não deram em nada e canções do nada que se tornaram tudo!  Na música, vence o artista que conseguir convencer o maior número de pessoas a seu favor – como se fosse um político.

14 - Adriana Calcanhotto – Maresia (Club mix) 4´08
Análise: Análise: O remix é fraco. Porém, do que adianta fazer um super-remix se uma parte atrasada da musicalidade brasileira não está preocupada com isso? E o público então? O estilo House meia boca predomina nessa versão. Infelizmente, não rolou química entre o estilo da cantora e a Dance music. Mas valeu a tentativa.
CD

* Com exceção da música Santa Helena de Daniela Mercury, todas os outros remixes  dos artistas brasileiros listados nessa coletânea promocional, foram oficialmente lançados em 2000, na compilação Pop Rock Remixes 2, que já foi postado pelo blog e para rever clique aqui.

** A seleção promocional não foi editada em vinil.

*** A música Ilê Perola Negra da cantora Daniela Mercury foi lançada em Cd single no mercado Europeu e em breve também será postada pelo blog. Aguardem.  

**** A versão remix da canção Made in Japan, apresentada pela banda Pato Fu nessa coletânea promocional, é igual ao remix editado na compilação oficial Pop Rock Remixes Vol. 2. Se os fãs desejarem ouvir a versão cantada que recebeu o nome de “Dj Marky remix”, eles devem procurar uma outra coletânea chamada MOTOMIX 04, que em breve também será postada pelo blog!!! Logo abaixo a equipe do blog editou a imagem para os internautas verem antecipadamente.
Capa

sábado, 30 de janeiro de 2016

Lulu Santos - Dance bem - Dance mal - Dance sem parar + remixes (compilação)

Capa

O cantor Lulu Santos já foi o protagonista musical de festas memoráveis pelo Brasil. Entre 1994 e 2001, era fácil encontrar no play list dos Djs, um remix ou uma canção do artista. Poderia ser “Descobridor dos sete mares”, “Tudo Igual”, “Condição”, “Hiperconectividade”, “Aviso aos Navegantes”, “Dancing Days”, “Assim caminha a humanidade”, “Fulgás”, “Cadê você”, entre outros hits que marcaram época e agitaram a galera.

Na lista de sucessos, há canções de outros artistas que também ganharam notoriedade com a participação de Lulu. É o caso da música “Sábado a Noite”, da banda Cidade Negra e da canção “Astronauta”, do Gabriel o Pensador. Dizem que pra geração anos 90, Lulu Santos se tornou o rei da música pop brasileira. Suas canções não paravam de tocar nas emissoras de rádio e os shows do cantor lotavam estádios e casas de espetáculo, nas principais capitais do país.
Contracapa interna

Para fãs de música dançante como nós, bem ao contrário daqueles que preferem a simploriedade de voz e violão em versões acústicas enfadonhas e chaaaaaatas, existe uma compilação musical do cantor Lulu Santos que registra o ótimo momento do artista. Ela se chama Dance Bem – Dance Mal – Dance sem parar. A coletânea mixada foi lançada em 1998 pela gravadora Som Livre. Entretanto, no meio de toda a festança, é claro, não basta apenas o talento do cantor. É preciso uma boa produção para arquitetar e manter o nível de qualidade musical das canções. Eis que entra em ação, as mãos mágicas dos Djs!! (Nossa! Quanta rasgação de ceda! há! há! há! ....) Mas é verdade!
Capa e contracapa interna montagem

Se não fosse pelo conhecimento melódico e o desenvolvimento técnico dos Djs na produção das musicas, não haveria festa e talvez, Lulu santos nem conseguisse alcançar o sucesso que teve. Afinal, quantos artistas brasileiros já produziram ótimas canções e quantos conseguiram chegar ao estrelato sem o apoio de um Dj? Seria isso uma provocação ou a nova realidade do mercado? Enfim, façam as suas apostas.....

A seleção musical apresenta as seguintes canções:

1- O Descobridor Dos Setes Mares (Original version) 3:32
Análise: Aqui temos uma versão original e não um remix. Além de ter sido incluída como tema publicitário de uma marca famosa, a música fez um grande sucesso nas rádios e nos clubes de todo o país. A melodia dançante faz referência a Disco music e possui o sampler da música "Disco inferno" lançada pelos The Tramps na década de 70. Essa música é uma regravação da versão original feita pelo cantor Tim Maia.

2- Assim Caminha AHumanidade (Extended 70's mix) 6:19
Análise: Nesse remix há um resgate de uma vibração que foi esquecida pela maioria dos artistas nacionais e do público brasileiro. Ou seja, a harmonia musical. Dizem que a diferença entre a cerveja e o vinho é que cerveja você toma e o vinho você aprecia. A característica dessa canção é justamente o fato de apreciar, degustar e curtir a composição melódica do inicio ao fim. Não se trata de uma música para dançar e ir embora! Estamos falando de uma melodia que inicia com um arranjo instrumental de dois minutos, plenamente influenciado pelos acordes da Disco Music. Na sequência da canção, temos a parte cantada que se adiciona a melodia sem pasteurizar o resultado final. Se joga! 

3- Casa (O Eterno Retorno) (A House in the jungle mix) 5:34
Análise: O refrão da música utiliza arranjos em loop (repetição) da frase: “Eu tô voltando pra casa.... eu tô voltando.....” O remix apresenta referências do Tribal house moderado que se mistura aos timbres de Eurohouse made in Brazil.

4-  Condição (Extended mix) 5:14
Análise: Esse belo remix com influências da House music foi produzido por Nado Leal e Paulo Jeveaux (G-vô) e editado junto ao Cd single promocional da canção Hiperconectividade - já postada pelo blog. Aliás, antes que caia no esquecimento, a música “Condição” é cantada por Lulu Santos com a participação especial do cantor Milton Guedes.

5-  Dancin' Days (Club mix)  4:51
Análise: Composta por Nelson Motta/Ruban e originalmente gravada pela turma das Frenéticas em 1977, essa música virou um raro hit da Disco music cantado em português e um grande sucesso da dance music no Brasil. Já que  o cantor Lulu santos era da galera antenada com a evolução musical mundial, a disponibilidade e a segurança em regravar essa versão não deve ter sido tão difícil. Afinal, Lulu Santos é um dos poucos artistas brasileiros que conseguiu aprimorar sua capacidade e desenvoltura musical, em vários estilos que vão do pop ao rock, passando pela música eletrônica, as baladas românticas e os hits dançantes. A versão feita para essa canção foi produzida por Alex de Souza e Robson Vidal. É um remix House festivo repleto de efeitos eletrônicos para incendiar qualquer pista de respeito.
Encarte interno 

6-  Cadê Você (Do-Re-Mi 12" vocal) 6:41
Análise: As influências da Disco music foram fundamentais na concepção melódica dessa versão.  Na prática, temos um remix House com arranjos, percussão, metais, breaks, harmonia e melodia inspirados no universo Boogie oogie oogie. Um remix festivo para agitar a galera em clima de nostalgia.

7-  Aviso Aos Navegantes (Remix)  3:43
Análise: Desconhecido do grande público, o remix não apresenta surpresas e não possui créditos de autoria. A versão ficou simples e foi apenas levemente melhorada da versão original. A remixagem possui um conceito dançante com influências da Black music e do Rhythm and blues. 

8-  Fullgás (Original version) 4:57
Análise: Essa faixa é ótima, mas não foi remixada. A construção melódica original da canção possui acordes sofisticados e uma cadência bem interessante. Mesmo que não seja considerada uma canção romântica, a melodia acabou sendo utilizada por parte do público, como trilha musical de um ambiente mais apaixonado. Isso ocorreu pelo fato da canção apresentar instrumentos como saxofone e guitarra wah wah.
Explicação: Acontece que no Brasil, os riffs de saxofone estão mais presentes em canções tranquilas e românticas. Dessa forma, o saxofone acabou sendo condicionado a baladas românticas. O destaque vai para os arranjos finais da música, em que o ouvinte tem a impressão de que a melodia esta sendo conduzida para o além, permanecendo apenas os acordes do sintetizador.

9-  Se Você Pensa (Original version) 3:04
Análise: A melodia possui o sampler de "Long Train Runnin" de Doobie Brothers e influências do Miami bass (no Brasil, erroneamente confundido com o funk carioca).
Encarte interno 

10-  Tudo Igual (Memê vocal club anthem) 7:41
Análise: Esse remix possui influências da dance music mundial praticado na época em que a canção foi lançada (1994). A palavra "Anthem" é utilizada pelos ingleses para classificar uma melodia como se fosse um "hino musical". Trata-se de um remix muito bem produzido pelo Dj Memê. A versão possui um timbre de piano e de bateria que são considerados por muitos como um estilo clássico de composição melódica da House music.

11-  Hiperconectividade (Fubá mix) 3:27
Análise: Produzido por Ramiro Musotto (1964 – 2009), a sonoridade melódica oriental e a rima da palavra “Hy-per-co-ne-cti-vi-da-de” cantada por Lulu Santos fazem toda a diferença nesse remix com levada House e riffs moderados de Drum n´bass. Sem dúvida uma releitura simples e fácil de produzir por pessoas que estão conectadas com a musicalidade mundial e que entendem de percussão e programação tecnológica. Ao contrário de muitos produtores que só sabiam tocar guitarra e produzir sons eletrônicos fajutas, infelizmente.

12-  La Danza Del Tezcatlipoca Rojo (Original version) 2:25
Análise: Essa canção não é remix. Ela foi produzida por Ramiro Musotto e originalmente lançada por Lulu santos em 1997, no álbum Liga lá. A canção foi gravada ao vivo num evento da MTV e embora não tenha sido um hit de sucesso, ela registra um momento musicalmente peculiar e bem experimental na carreira do artista.  A faixa utiliza um berimbau eletrônico e faz a plateia enlouquecer....recomendamos!
Contracapa externa 

13-  Ando Meio Desligado (C-B Jungle mix) 4:43
Análise: Originalmente gravado pelo grupo Mutantes na década de setenta, esse remix acabou aparecendo de surpresa na compilação. A faixa foi produzida por Carlos Alburquerque, Alexandre Moreira, Dj Marcelinho da lua e Marcio Menescal. Voltado para a musicalidade pop, o remix utiliza uma base moderada de Drum n´ bass, uma linha de baixo atmosférica e vários efeitos eletrônicos. Bem interessante.

14-  Cyberia (Original version)
Análise: A melodia foi produzida por Alkez (Alex de Sousa) e Sasha (Sasha Amback). Não se trata de remix. A canção possui um conceito musical que utiliza a sobreposição melódica bem ao estilo Downtempo, para fazer um clima que mistura expectativa e mistério, com gritos de guerra e efeitos sonoros que lembram o trote de cavalos.
CD 

* Até o momento a compilação não foi lançada em vinil e acreditamos que nunca será lançada nesse formato.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Dj Memê - Patolada (Single 12")

Capa

A situação dos profissionais em vários setores de trabalho na esfera empresarial, tecnológica, cultural, artística,  pesquisa e desenvolvimento, entre outros no Brasil pode ser considerada uma experiência emblemática. Ou seja, a pessoa dispõe dos mecanismos e habilidades necessárias, mas não tem um público consumidor que esteja preparado para lhe acompanhar. Com certeza, diversos artistas nos mais diferentes estilos musicais já passaram por essa situação. Isto é, ter um produto musical incompreendido no Brasil, mas bem visto no mercado Internacional. Ou ao contrário, um produto excelente para o Brasil, mas insuficiente (fraco) para o mercado exterior.

Já comentamos em outras postagens, que a virada do século marcou para o Brasil um ajuste de contas no cenário musical. A mídia percebeu sua própria falta de conhecimento sobre o assunto e começou a evitar as generalidades musicais, que antes dominavam o ambiente de trabalho jornalístico e blogueiro, em quase toda a sociedade, de norte a sul do país. 

Antigamente, dadas as proporções, para a velharia de conhecimento limitado tudo que tinha um “tum tis tum” era considerado eletrônico ou dance. Não importava se fosse Rock, Poprock, Sambarock ou se James Brown cantasse “I feel Good sem a bateria eletrônica”! Pode ter certeza, tudo que era próximo ao “tum tis tum” era futilmente classificado e chamado de dance.
Contracapa

Devido a confusão intelectual das pessoas, diversos trabalhos musicais de artistas brasileiros foram prejudicados, desmerecidos ou ignorados pelo público, pela mídia e até pelos próprios colegas de profissão. Num período aproximado de dez anos (1996 - 2006)* a nova geração, conseguiu assimilar melhor as “diferenças” musicais e compreender a importância da evolução. É claro, que o advento da internet ajudou em muito nesse processo de conhecimento, pois libertou as pessoas da influência assustadora dos profissionais de interesse limitado, ligados as grandes empresas midiáticas, donos de jornais, gravadoras e de emissoras de rádio e TV, que dominavam o gosto e controlavam até então o conhecimento superficial do público.

Nessa fase, a diferença entre musicas para serem tocadas nos clubes e musicas para serem tocadas na raves ficou explícita. Bem como, nem tudo que possuía uma batida “dançante” significava, necessariamente, que poderia ser dançada em qualquer lugar. A divisão de estilos musicais ficou mais definida. Vários djs deixaram de ser generalistas para se tornarem especializados em determinados estilos como Techno, Drum n´ bass, Trance, House, Psytrance, Deep House, Electro, Hard Techno, Hard Trance, Hip Hop, Techouse, Downtempo, etc... O entendimento do remix se transformou em remix comercial, remix conceitual, remix sofisticado, remix alternativo entre outras variações. Os grandes produtores musicais não frequentavam os clubes e as festas dançantes. Então, foi necessário que os djs arregaçassem as mangas e invadissem os estúdios profissionais ou até mesmo os estúdios caseiros, para produzir novos e reconfigurar velhos artistas, para o novo ambiente sonoro, que potencializou um grande crescimento nos últimos 20 anos. A melodia eletrônica entrava definitivamente no cotidiano musical da sociedade.
Dj Memê / Imagem reprodução

É evidente que existem vários detalhes de toda essa situação e inúmeros aspectos históricos para serem analisados. Foi nesse caldeirão de tentativas, que em 2006 o Dj Memê lançou o single oficial da música Patolada”. O single no formato digital, em Cd e em vinil 12” foram lançados apenas no mercado internacional, pela gravadora Fluential ligada a Defected records. Dizem que a canção possuía o título original de “Vitrola”, mas posteriormente acabou sendo chamada de “Patolada”. O single apresenta duas versões produzidas pelo próprio Dj Memê: Original mix e Memê beatzzzz. Patolada não é uma música cantada, mas essa característica não é motivo para defeito. Apesar da batida da House music ter contagiado os fãs do estilo, a canção não se encaixa em todos os tipos de festas e nem em programas de rádio exageradamente comerciais.

A parte importante nesse contexto, foi o fato do Dj Memê mostrar um novo trabalho, independente do interesse das gravadoras nacionais e de parte do público brasileiro de conhecimento restrito. Ou seja, outros djs no Brasil também já estavam lançando suas produções artísticas, numa forma de marcar presença no território musical mundial e não apenas depender do mercado tupiniquim, muitas vezes fechado e egoísta - como se o Brasil tivesse a obrigação - de girar em torno de um único estilo musical, definido por meia dúzia de pessoas. Por isso que trabalhos independentes, são superimportantes para que o desenvolvimento musical brasileiro, não caia na mesmice.

Toda essa questão musical que envolve evolução, desenvolvimento, produto, cultura e conceito é gigantesca e precisa ser discutida, analisada, questionada, comparada e estar sempre presente no cenário musical, em todas as classes sociais do país. Caso contrário, voltaremos a viver uma vida doutrinada, pelo bel prazer e entendimento particular de pessoas preguiçosas, que se contentam com um desenvolvimento de vida limitado.

* Período aproximado de dez anos, porém muitos pesquisadores também acreditam que esse tempo seria de 20 anos (1990 - 2010)

** Na imagem seguinte podemos visualizar a capa e contracapa do single promocional editado em CD.
Capa 
Contracapa

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Fernanda Porto - Sambassim remix / Só tinha de ser com você remix (Single promo e comercial - Item de colecionador)

Capa

A cantora Fernanda Porto é considerada por muitos como uma verdadeira heroína no estilo musical de Drum´n´bass no Brasil. Não foi a primeira artista brasileira a se envolver diretamente com os beats eletrônicos. Porém, sem dúvida, foi uma das precursoras mais bem sucedidas no mercado nacional/internacional, ao misturar MPB com o Drum ´n´bass, fazendo a linha musical “tipo exportação” da música brasileira moderna para o mundo ver e ouvir, em pleno século XXI.
Contracapa

Fernanda Porto nasceu em São Paulo, em 1965. Trabalhando com música há algum tempo, a cantora aproveitou muito bem o sucesso que a melodia eletrônica fazia no país, na virada do milênio 1999/2000. Ao ser lançada no mercado, sua vibração inovadora contagiou uma parte do público,  marcando forte presença no cenário musical tupiniquim. O single em vinil 12” remix contendo as canções “Sambassim” e Só tinha de ser com você”,  foi distribuído promocionalmente no Brasil, para alguns djs e algumas emissoras de rádio no ano de 2000, pela gravadora TRAMA. Entretanto, ele também foi lançado de forma comercial em alguns países europeus em 2003, pelo selo Sambaloco Records.  As versões originais foram incluídas no primeiro álbum homônimo da artista lançado oficialmente em 2002.
Fernanda Porto / Imagem reprodução 

Os remixes deste single foram produzidos por Mad Zoo e como já foi explicado, possuem referências do Drum ´n´bass ou Drumba, como queira chamar. O público leigo poderá dizer que Drum´n´bass é tudo igual. Porém, para ouvintes mais atentos não é bem assim. Aliás, o sucesso internacional da canção, também ocorreu pela qualidade do produto e pela qualidade musical do estilo, que era carinhosamente chamado pelos gringos de “Brazilian Drum´n´Bass”. Recomendamos.....

O single vinil 12” apresenta as seguintes canções:

LADO A
1-Sambassim / Mad Zoo Holographic mix – 6´29

LADO B
1-Só tinha de ser com você / Mad Zoo Back to mine mix – 7´29

Capa do álbum da artista 

* Não há registro que o single tenha sido editado em CD, mas ele ainda pode ser importado ou as tracks podem ser adquiridas em sites que vendem canções no formato digital.

** Os remixes foram incluídos como faixa bônus, no Cd álbum "Fernanda Porto" lançado pela cantora no mercado europeu e asiático, em 2003 pela Toy´s factory. 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Claudio Zoli - Clube remixes (Compilação promocional - Item de colecionador)

Capa

Mesmo com a limitada divulgação de seu mais recente álbum “Amar amanhecer’, lançado em 2014, o cantor Claudio Zoli anda meio sumido das paradas musicais. Para celebrar uma época bem interessante na carreira do artista, apresentamos a compilação Claudio Zoli Club Remixes vol. 1.

A seleção musical do cantor foi registrada num daqueles Cds escondidos e pouco divulgados, que aparece sem explicação, para a equipe do blog Brasilremixes postar. Quer dizer, nossa equipe de colaboradores sabia da existência da coletânea e das dificuldades de obter um exemplar do mesmo. Entretanto, a exemplo de outros discos perdidos pelo Brasil - que por obra do destino, acabaram chegando às mãos do Brasilremixes, com muita satisfação mostramos aqui um exemplar raro da coletânea Claudio Zoli Club Remixes vol. 1. 
Contracapa

Distribuído de forma promocional pela gravadora Trama em 2005, a compilação é filha do álbum Zoli Clube Vol. 1. A coleção apresenta seis canções do artista em versões originais e remixes, somando um total de 15 faixas. Tem remix do Dj e produtor Gui Boratto, Eddie Valdez, Bruno E entre outros.

A trilha musical da compilação apresenta as seguintes canções:

01 - Acenda O Farol (Versão Original) 4:13

02 - Acenda O Farol (Overdrive Mix) 8:23
Análise: O remix produzido pelo Dj Gui Boratto e Alexandre Medeiros foi abastecido com riffs de guitarra, o que tornou a versão dançante e levemente roqueira. O remix é indicado pra que não gosta de canções muito comerciais e sebosas. Se joga!

03 - Estou Livre (Versão Original) 3:03

04 - Estou Livre (Grand & Shark Remix) 3:55
Análise: A questão aqui não foi o remix, mas música original que não caiu nas graças do público. Faz parte do trabalho tanto quanto outros artistas. Nem tudo que os cantores lançam significa que irá fazer sucesso -  independente de remix.

05 - Lábios De Mel (Versão Original) 3:55
06 - Lábios De Mel (Honey Lips Mix) 5:38
Análise:
Remixado por Eddie Valdez e Fernandinho Dj, essa versão possui uma atmosfera musical com referências da Black Music. É ótima para tocar no rádio e seduzir corações apaixonados em bailes Charm.

07 - Lábios De Mel (Eddie Valdez Club Mix) 8:14
Análise: Agora sim, a pista de dança esquenta ao som de um belo remix com levada House de muito bom gosto, que é marca registrada do Dj Eddie Valdez. Recomendamos.

08 - Pensando Nela (Versão Original) 4:08
09 - Pensando Nela (KRS Remix) 4:06
Análise: A versão remix produzida por Silvinho Dj e Rick Dub também possui características da Black e Soul music. Boa para tocar no rádio, no bar, no restaurante e até em lounges para fazer aquele clima romântico.

10 - Pensando Nela (Bruno E São Paulo Def Mix) 4:56
Análise: Um pouco mais balançado que a versão anterior, o remix feito por Bruno E, vai direto para pista do bailes Charm.

11 - Eva (Versão Original) 5:06
12 - Eva (No Paraíso Mix) 5:45
Análise: Essa canção dispensa comentários, pois qualquer artista que gravar, será um sucesso muito bem-vindo. Temos aqui uma melodia originalmente produzida pela dupla Robson Jorge e Lincoln Olivetti. Entretanto, esse remix editado em 2005 foi produzido, programado e arranjado pelo Dj Luciano.  Recomendamos!

13 - Festa Funk (Versão Original) 4:52
14 - Festa Funk (Bounce Remix) 3:52
Análise: DJ Puff e Dj Milk foram os responsáveis por mais um remix direcionado as pistas de baile Charm.

15 - Acenda O Farol (Overdrive Radio) 3:42
Análise: Esse remix é igual a versão Overdrive Mix, já comentada. Porém, com tempo de duração menor para tocar em programas de rádio.
CD

* Aqui você pode ver as imagens do álbum Claudio Zoli Clube Vol. 1 editado em Cd, sem o remixes, mas com faixa bônus.
Capa
Contracapa

** Não há informação que os remixes tenham sido editados no formato de vinil 12”.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Skank - Baixada News remixes (Single promocional – Item de colecionador)

Capa

Já era tempo do Skank aparecer por aqui com remixes oficiais. Para a alegria dos fãs e colecionadores, voltamos ao início de careira da banda. Estávamos em 1993 e naquela época foi distribuído para emissoras de rádio e alguns Djs, um single vinil 12” especial, com remixes da canção “Baixada News”.
Contracapa

A música foi originalmente lançada pela gravadora Sony, no primeiro álbum homônimo do grupo, também em 1993. A canção Baixada News é meio reggae, meio pop, meio rock, enfim uma mistura de ritmos temperados com a ginga brasileira. Este single promocional apresenta seis remixes, mas não há versões super dançantes ou um remix pista cheia. Diríamos que foi uma tentativa musical de uma banda, que procurava marcar território no competitivo mercado brasileiro, lá no início dos anos 90.

A letra da música seguia o estilo que o brasileiro gostava de se identificar e adorava cantar pra todo mundo, lembrando o quanto sua vida era difícil. A exemplo da canção “O homem que sabia demais”, a melodia é perfeita para quem curte Dub-reggae e Raggamuffin!!!!!!

O single possui as seguintes versões:

LADO A
1 Baixada News (Junka Mix) 4´16
2 Baixada News (Guanabara Mix) 4´24
3 Baixada News (Skank's Jungle Techno Trip) 3´30

LADO B
1 Baixada News (Grego's Mix - Short Version) 4´02
2 Baixada News (Grego's Mix - Extended Version) 5´23
3 Baixada News (Rasta Groove Edit) 3´46

* Até o momento o single não foi editado no formato de Cd.

** Agradecimento especial ao Dj Paulo de Castro, por ter fornecido gentilmente as imagens para ilustrar a postagem de hoje.