segunda-feira, 20 de abril de 2015

M4J - Folklore nuts (Brazilian electronic experience) - CD álbum

Capa

É importantíssimo lembrar ao leitor que a proposta do M4J é fazer música eletrônica com influências da musicalidade brasileira. Então não adianta reclamar se você sentir falta de instrumentos musicais orgânicos. A graça do projeto M4J é a música eletrônica! Sintética, robótica, tecnológica, etc.. Aqui não existe esse papo de "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos....blá-blá-blá"  que não vai rolar....Se liga! 

Os Djs não foram as pessoas que inventaram a música eletrônica, mas não há dúvidas que o trabalho dos Djs,  auxiliou no desenvolvimento do estilo musical no mundo inteiro. Mesmo com parte de uma população, digamos, um tanto displicente com o que ocorre no planeta, o Brasil não poderia ficar de fora desse movimento. Foi então que começaram a surgir vários núcleos musicais compostos por Djs, produtores independentes e músicos espalhados pelo país, com a proposta de utilizar um conceito musical mais moderno e tecnológico, de acordo com o processo de vida existente no século XXI.
Encarte 1

Independente do conflito de gerações e culturas existentes no Brasil, sociólogos analisam que a música eletrônica nada mais é do que a formatação digital dos instrumentos musicais acústicos e analógicos inventados no passado. O que antes era feito com a participação de várias pessoas, a parafernália eletrônica acabou democratizando o acesso musical e dissipou conflitos e discussões ideológicas, em que cada participante queria fazer do seu jeito. Dessa forma, além de diminuir o tempo para a formatação de um determinado trabalho musical, os beats eletrônicos também contribuíram para redução de custos de produção e possibilitaram ao autor, maior autonomia na elaboração estética de seu trabalho.
Encarte 2
Detalhe

Atento as novas possibilidades e ao desenvolvimento musical no mundo, ao final da década de 90 surge o projeto chamado M4J, que era composto por DJ Mau Mau e pelos produtores Manoel Vanni, Macel SK e Franco Junior. A vibração eletrônica do M4J é inspirada em vários gêneros e subgêneros musicais sintéticos, que passam pelo Techno, Tech house, Tribal House, Downtempo, Minimal, IDM, etc. Tudo é claro, temperado com os ritmos folclóricos inventados pela musicalidade brasileira. Afinal, se a música eletrônica foi inventada, os ritmos folclóricos brasileiros também foram inventados no passado. Ou vai dizer que você nunca tinha percebido isso???!!!
Encarte 3
Contracapa

Diferente do álbum anterior que estava mais voltado para o Techno com influências musicais do samba, os produtores do M4J decidiram utilizar em “Folklore Nuts”, uma textura melódica composta por ritmos folclóricos brazucas, que fazem parte do balaio musical da região norte e nordeste do país. Folklore nuts é um ótimo álbum que registra um momento bem interessante na musicalidade eletrônica Brasileira, que servirá como fonte de pesquisa musical para as futuras gerações. Lançado em 2000 pela gravadora TRAMA. Recomendamos!

Este álbum possui as seguintes canções:

1 Ser Tão (Ambience) 3:14
2 Um Baião  3:48
3 Favela é Fato 5:05
4 Folk'n'Beat 5:31
7 Embolada (RMX)  5:57
8 Paulicéia   6:41
9 Tuning...0:42
10 Paulicéia (RMX) 5:36
11 Tropicália 5:39
12 A Chave do Paraíso 5:36
13 Macumba 6:28

CD

* Não há informação que o álbum inteiro tenha sido lançado em vinil.

Na sequência os internautas podem observar a imagem do single vinil 12” editado pela gravadora TRAMA com as canções “Favela é fato”, “Embolada”, “Macumba” e “Chave do paraíso”.

Também podemos ver a imagem de outro single vinil 12” com a canção “Forró com F” e a inédita “Madalena” remixada pelo próprio M4J.
Um outro single também foi editado em vinil 12” pela Tropic records com as canções “Macumba “, “Tropicália”, “Three Lovers (Mix 2)” e “Stage Piano (Mix 2)”.
Para finalizar, temos mais um single editado em vinil 12”, também pela Tropic Records, com as músicas “Ziriguidum”, “Tereza”, “Paulicéia” e “Tropicália”.


domingo, 12 de abril de 2015

Lilith - Sex Appel + Todo amor é bom remix (single comercial - Item de colecionador)

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Com a proposta musical voltada para a música pop + referências eletrônicas + um pouco de Soul Music, em 1993 chegou ao mercado o Cd single do grupo Lilith. Infelizmente, este trabalho lançado pela gravadora Polygram não apresenta remix. A versão remixada foi lançada num single promo individual exclusivo para a canção "Todo amor é bom". O single de hoje, é apenas um registro de quatro canções, que faziam parte de um projeto musical formado por Valéria Valenssa, Carla Alexandar e Cristina Ribeiro. O trio Lilith ficou conhecido em quase todo o Brasil com a música “Todo Amor e Bom”. A canção foi tema de abertura da minissérie “Sex Appeal”, exibida em 1993 pela rede Globo de televisão.
Encarte

O visual das cantoras que formavam o grupo Lilith, apresentava claras influências de um tipo de figurino, que foi tendência na moda no início da década de 90. O famoso “corpete com sutiã pontudo” desenhado pelo estilista Jean Paul Gaultier, ganhou notoriedade depois que a cantora Madonna, utilizou a peça de roupa em sua turnê Blond Ambilition World Tour, em 1990. Desde então, muitos artistas no mundo inteiro, vestem o modelo de roupa em suas apresentações musicais, para transmitir sensualidade, ousadia e estilo.
Contracapa

Como já foi mencionado, a canção principal “Todo amor é bom” possui referências da música pop americana. A terceira faixa do single que leva o nome de “Neném”, foi produzida com influências do Eurohouse bem ao estilo do hit de sucesso “The Music got me”, do grupo Bass Bumpers. Coincidência ou não, a textura melódica do Lilith era confundida com as canções do trio Sublimes, que também fazia sucesso na época.

Apesar do grupo Lilith ter sido dissolvido, as integrantes (Valéria Valenssa, Carla Alexandar e Cristina Ribeiro) continuam realizando trabalhos individuais no meio artístico. Mesmo que este single não apresente remixes, a equipe do blog lembra que a qualquer momento, as canções poderão ser regravadas ou remixadas por outros artistas. É apenas uma questão de tempo.

Este single apresenta as seguintes canções:

1- Todo amor é bom 3´26
2- Lilith 3´30
3- Neném 3´42
4- Sex Appel 3´20
CD

* Até o fechamento da postagem não havia informações que confirmassem a edição deste single em vinil. Entretanto, graças a ajuda dos internautas, a equipe do Brasilremixes conseguiu localizar as imagens do single vinil 12", para a canção "Todo amor é bom", que foi distribuído de forma promocional em 1993, pela gravadora Polygram. O disco apresenta a versão original e o remix destacando apenas a produção musical, sem fazer o registro do autor da remixagem.

Na sequência podemos ver as imagens do disco:

Capa

Contracapa

LADO A
1- Todo amor é bom - Versão álbum

LADO B
1- Todo amor é bom - Versão remix

* A equipe do blog agradece aos colecionadores Júlio dos Santos e Amanda Borges por terem disponibilizado as imagens complementares do single remix editado em vinil 12".

** Em 2019, a gravadora Hello Sailor Recordings lançou nos Estados Unidos a compilação Street Soul Brasil (1987 - 1995) com vários artistas brasileiros e incluiu a versão remix de Todo amor é bom, de Lilith. A compilação foi editada em vinil.
Capa
Contracapa

domingo, 5 de abril de 2015

Fincabaute - Coisa de maluco remix (single promocional)

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Sim! Sim! Sim! A postagem de hoje pegou muita gente de surpresa!

- O quê???? Baixaram o nível??

Calma leitor! Num passado não muito distante você ou algum amigo(a) seu com mais de 30 anos, se esbaldou na pista de dança com a galera ao som de Fincabaute! Não tenha medo. Não contaremos pra ninguém! HAHAHA!

Nós sabemos que existem remixes e musicas brasileiras que nunca deveriam ter saído do estúdio de gravação. Essas canções não serão postadas pelo blog. Mas a música “Coisa de maluco”, além de ser divertidíssima e falar sobre coisas malucas que as pessoas fazem na vida, obteve um enorme sucesso nas festas em quase todo o Brasil! O que de certa forma, já é um bom motivo para estar aqui. Portanto, crianças não se desesperem! O Brasil não vai acabar por isso!
Contracapa

Lançado em 1997 pela gravadora Spotlight, este Cd single promo apresenta um total de sete versões da música “Coisa de maluco", do grupo Fincabaute, incluindo remixes do Dj Cuca e produção da galera do Hitmakers. A banda Fincaboute surgiu no cenário musical brasileiro de repente e fez um enorme sucesso popular. Da mesma forma que veio, acabou desaparecendo sem explicações. O grupo era formado por Marcelo Ramos (vocal), Celso Rangel (guitarra) e convidados. A banda lançou dois álbuns com boas vendas; entretanto, divergências conceituais e ideológicas entre os participantes do grupo e a gravadora, prejudicaram a continuidade do trabalho musical do Fincabaute.

Entenda-se como “divergências conceituais e ideológicas” aquela velha história de música X dinheiro.  De um lado as pessoas só querem grana e do outro as pessoas querem fazer música e passar uma mensagem positiva. Além disso, também tem outra questão relacionada a fama X sexo. De um lado os artistas querem fazer sucesso como celebridades e do outro só querem aproveitar os prazeres da vida. Realmente, para algumas pessoas viverem de música no Brasil, parece ser uma “Coisa de maluco”!

Os remixes

Quanto aos remixes, os leitores do blog podem ficar tranquilos, pois o single não registra nada de mais que as pessoas já não conheçam. Temos aqui a versão pop produzida e não remixada pelo pessoal do Hitmakers (original radio version e extended version); a versão instrumental (instrumental); e os remixes comerciais que foram produzidos pelo DJ Cuca com influencias do funk carioca (Tekno funk Edit e Tekno funk extended) e os remixes com a vibração melódica da house music (House party extended e House party edit). Só isso!

Este single registra as seguintes faixas:

1- Coisa de maluco – Tekno funk extended 5´20
2- Coisa de maluco – Tekno funk Edit 4´06
3- Coisa de maluco – House party extended 4´58
4- Coisa de maluco – House party edit 4´02
5- Coisa de maluco – Extended version 4´25
6- Coisa de maluco – Original radio version 3´48
7- Coisa de maluco – Instrumental 3´47
 CD

Na sequência você pode lembrar da imagem da capa do álbum  “Coisa de maluco” que foi foi lançado pelo Fincabaute em 1997, com a versão original da canção.
Capa do álbum original

* Não há informação que o single tenha sido editado em vinil 12’.

** No final de 2014 surgiram rumores sobre o retorno do grupo com a canção “Coisa de maluco 2”. O vídeo que registra a tentativa de retorno da banda, você pode visualizar clicando aqui!

*** O vídeo com a entrevista do cantor relatando os motivos da separação da banda, você pode ver clicando aqui!

domingo, 29 de março de 2015

TRAMA Sambaloco 1 compilação - Original e remixes (vários - promocional)

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Quando entra em análise um Cd recheado com remixes de diversos artistas, a equipe do blog logo se emociona! Também pudera, de certa forma no Brasil, a escassez de remixes oficiais tem feito com que alguns apreciadores façam de tudo para ter um exemplar garantido na sua coleção!
Contracapa

Na postagem de hoje, revisitamos a compilação nacional TRAMA Sambaloco 1, com versões originais e remixes de diversas melodias de vários artistas, que faziam parte do elenco de trabalho da gravadora TRAMA. O Cd possui um total de 14 faixas. A coletânea promocional foi lançada em 2001.

A compilação apresenta as seguintes canções:

1- Dj Patife – Só tinha de ser com você (Cosmonautics extended remix) 7´00”
2- Dj Patife – Só tinha de ser com você (Cosmonautics edit remix) 4´58”
Análise: A música é cantada por Fernanda Porto e o remix foi produzido por Cosmonautics. A versão é muito boa e possui referências do Drumn´bass. Os remixes são iguais com apenas uma diferença de tempo de duração. Uma (extended remix) é para tocar nos clubes e a outra (edit remix) é para tocar nas rádios.

3- Dj Patife – Sambassim (Dj Patife extended remix) 8´05”
4- Dj Patife – Sambassim (Dj Patife edit remix) 3´36”
Análise: Outra melodia que traz a voz de Fernanda Porto com remix produzido pelo próprio DJ Patife. A remixagem com referências de cuíca e vários beats eletrônicos formam a autêntica malevolência do Brazilian Drum´n´bass. Uma versão é pra tocar nos clubes e a outra para animar programas de rádio.
Encarte 01

5- Dj Marky – Shake it (Extended version) 5´42”
6- Dj Marky – Shake it (Edit version) 5´42”
Análise: O estilo do Drum´n´bass é a característica principal da melodia que não possui créditos na interpretação da canção. Tá, mas os créditos falam num tal de “Shy FX”!? Certo! Mas esse tal de “Shy FX” é um músico inglês que disponibilizou a canção “Shake it” para ser incluída na coletânea “Áudio Architecture 2” mixada pelo DJ Marky!  Só isso! Uma versão é pra tocar nos clubes e a outra é para animar programas de rádio.

7- Dj Marky – Carolina Carol Bela (Dj Marky & XRSland extended remix) 5´59”
Análise: Mais um remix no estilo Drum´n´bass!


8- Dj Anderson Soares - My boo (Extended version) 9´05”
9- Dj Anderson Soares - My boo (Edit version) 5´02”
Análise: Aqui temos uma melodia original não remixada com referências da House Music. Melodia original não remixada - neste caso - significa que a canção já foi originalmente produzida dentro do conceito musical da House Music. A diferença é que uma versão é para tocar nos clubes e a outra para tocar nas rádios. Boa melodia pra quem gosta de House Music comportado.
Encarte 02

10-  Dj Anderson Soares – Sunday Shoutin’ (Original version) 5´41”
Análise: Também cantada em inglês como na canção anterior, “Sunday Shoutin´, não foi remixada e pertence a estética musical da House Music. Ótima para agitar o Warm up, a exemplo da melodia anterior, essa canção também faz parte da coletânea “Houses essencials” que foi organizada pelo DJ Anderson Soares.

11- M4J – Forró com F (Original version) 4’54”
Análise: Voltando ao Brasil, o projeto M4J apresenta uma ótima melodia com vibração sonora que faz uma ponte musical entre os ritmos folclóricos brasileiros e os beats eletrônicos modernos. Recomendamos! Em breve o álbum Folclore Nuts do M4J (que traz a mesma canção) será postado pelo blog.

12- AD – Ad#8 Contact (Original version) 4’05”
Análise: Com uma pegada eletrônica de alto impacto e uma linha de baixo quase “Trancedental” a dupla AD (Jarbas Agnelli e Waldo Denuzzo), impressiona e provoca os ouvintes ao som timbres sintetizados e uma ambiência musical tecno-científica! Muito bom!

13- O Discurso – Mr. Pharmacist (Cosmonautics samba jazz edit mix) 4´37”
Análise: O Discurso é um projeto do produtor e músico Bruno E. Essa versão foi  remixada pelo pessoal do Cosmonautics. A canção possui influências do Drum´n´bass com um sotaque samba-jazzístico da ginga musical tupiniquim.

14- Dj Patife – Esfera (Cosmonautics edit remix) 5´18
Análise: Pra fechar, a coletânea apresenta a canção  “Esfera” que possui os vocais de Rosy Aragão com a levada do Drum´n´bass.
CD

* Não há informação que esta compilação tenha sido editada em vinil ou que as canções tenham sido promovidas em singles individuais.

domingo, 22 de março de 2015

Chico Science & Nação Zumbi remix (single promocional - Item de colecionador)

Capa

Lançado em 1997 pela gravadora Sony, o single promocional da Banda Chico Science & Nação Zumbi (CCNZ) apresenta um total de cinco canções, mas apenas quatro foram remexidas. Chico Science foi o codinome do cantor pernambucano conhecido como Francisco de Assis França. Fundador do movimento Manguebeat - desde a sua estreia no mercado musical brasileiro nos anos 90 - a banda Chico Science e Nação Zumbi lançou dois álbuns: Da Lama ao Caos e Afrociberdelia.  Aclamados pela crítica brasileira e pelos gringos, os trabalhos da banda tiveram bastante destaque no meio musical. Porém, o cantor Chico Science acabou se envolvendo num acidente de trânsito que ocasionou sua morte em 1997.
Contracapa

Os remixes apresentados neste single, seguem a estética melódica do MangueBeat com muito Hip Hop, Funk, Soul, Rock, Beats, Dubs e nuances de música eletrônica. Honestamente falando, não se tratam de remixes para a pista de dança ou para os clubes. Sabemos que muitos fãs de remixes irão ficar decepcionados, mas as versões são para admiradores do grupo que não estão preocupados com a estética musical  “Dance Club”.

Para os mais conservadores, as canções apresentam todos os timbres e características musicais da banda acrescidos com doses moderadas de música eletrônica. Os remixes não alcançaram sucesso comercial, mas valem pelo registro e pela coragem da banda em fazer algo diferente.

Este single possui as seguintes canções:

1- Rios, Pontes e Overdrives (Remix David Byrne) 6´39

2- Banditismo Por Uma Questão de Classe (Remix DZCutz) 3´34


4- Coco Dub (Afrociberdelia) (Remix Mad Professor) 6´06

5- Malungo 4´18 
CD

* Não há informação que o single tenha sido editado em vinil 12”.

** Para a felicidade de fãs, os remixes foram lançados comercialmente em 1998, no álbum duplo chamado Chico Science & Nação Zumbi, conforme o leitor pode ver nas imagens postadas em sequência.
Capa do álbum duplo comercial
 
Contracapa do álbum duplo comercial 

sábado, 14 de março de 2015

Fresno - Eu sou a maré viva remixes (EP digital)

Capa do EP digital

Em 2014 a banda de rock Fresno lançou o álbum chamado “Eu sou a maré Viva” e no final do mesmo ano, integrantes do grupo anunciaram o lançamento de três canções remixadas. O EP (Extended play) trazendo remixes recebeu o nome de “Eu sou a maré Viva: REMIXES” e foi editado originalmente no formato digital. O assunto acabou gerando uma surpresa positiva entre os fãs.  A novidade se deve ao fato de uma banda de rock estar sintonizada com várias estéticas musicais em meio ao posicionamento “radical roqueiro” que é defendido por alguns artistas do passado e por alguns extremistas do rock n´roll. 

É necessário compreender que até a banda Rolling Stones, ao longo de sua carreira, possui várias canções remixadas e ninguém morreu por causa disso. A banda U2 entre outras tantas no mundo inteiro, também possui vários remixes tão bons ou até melhores que as versões originais - depende do gosto de cada pessoa - e nem por isso deixou de ser um grupo de rock ou fez com os roqueiros cortassem os pulsos!

O problema é que uma minoria de pessoas no Brasil - distante do desenvolvimento musical - ficam idolatrando melodias como se fossem um objeto imaculado. É preciso encarar a verdade dos fatos. Ou seja, música também é negócio, música também é produto. Tratar uma melodia como se fosse algo divino e imaculado não passa de um conto de fadas! 
Fresno - Imagem reprodução

A proposta da banda Fresno está 100% de acordo com o desenvolvimento musical mundial, que é trabalhado por incontáveis artistas que possuem a capacidade e a disponibilidade de diversificar os beats sonoros que agitam a galera em todo o planeta.

Os remixes

A proposta dos remixes das canções da banda Fresno é bem interessante e marca a coragem do grupo em derrubar fórmulas musicais pré-definidas pela velharia do passado, que se julga “dona” do ambiente cultural brasileiro. As musicas foram remixadas por FTampa, Dirtyloud e Modern Dealer e possuem várias influências do Electro-house, Dup Step e Breaks eletrônicos. 

O EP (Extended play)  que de certa forma não deixa de ser um single, possui as seguintes faixas:

01 - À Prova de Balas (Dirtyloud Remix)
Análise: O clima Dub Step é presença garantida nesse remix que mistura muito bem os timbres de sintetizador e a levada roqueira característica da banda. Se o filme "Transformers" fosse brasileiro, com certeza essa melodia faria parte da trilha sonora. Se joga!

02 - Manifesto (feat. Lenine e Emicida - Modern Dealer Remix)
Análise: Ótima versão com referências do Reggae, Dub Step e pitadas de Hip Hop. Um remix adulto pra quem tem atitude e sabe onde quer chegar.

03 - O Único a Perder (FTampa Remix)
Análise: Bem-vindos ao lado negro da força! Aqui temos uma versão épica com referências do Electro-house e uma linha de baixo de grande impacto, que faz o sangue ferver nas festas do gênero. O produtor FTampa acertou a mão ao transformar a melodia num dos melhores remixes do EP. Sem dúvida uma boa alternativa melódica para remixes de artistas roqueiros e pra quem gosta do Dark side of the moon. Recomendamos!

* Não há informação que o EP tenha sido editado em CD ou em vinil 12”.

** Os remixes estão sendo comercializados digitalmente nos melhores sites de vendas de musicas. 

sábado, 7 de março de 2015

Maurício Manieri – Bem querer remixes + Minha Menina remix (single promocional – Item de colecionador)

Capa

Existem algumas informações sobre cantores, cantoras e bandas brasileiras que os internautas só encontram no Blog Brasilremixes. O trabalho de hoje é um exemplo disso. Em 1999 o cantor, compositor e produtor Maurício Manieri divulgou promocionalmente um Cd single oficial de remixes para a música “Bem querer”, que também fazia parte do ótimo álbum chamado “A noite inteira”.  Vendendo mais de 500 mil cópias, o álbum de estréia do artista pegou carona na música pop comercial e chegou ao mercado em 1998 pela gravadora Abril Music.No ano seguinte, foram produzidos três singles promocionais com remixes das canções "Bem querer e Minha menina".

Contracapa

Além do remix da canção Bem querer, os singles trouxeram uma surpresa para fãs do cantor. Ou seja, devido ao enorme sucesso alcançado pela música “Minha menina”, os fãs foram presenteados com um remix "escondido" pra canção.

- Remix escondido? Como assim?

Um remix escondido é uma gíria popular para definir um remix “inesperado”, “um remix sem divulgação” ou um “remix caroneiro”.

- Remix caroneiro? Não entendi!?

Remix caroneiro é outra gíria popular para definir uma música de apoio, que não é a música principal de trabalho na divulgação do single remix. No exemplo de Mauricio Manieri, a chamada principal dos remixes do Cd foi feita para promover a canção “Bem querer”. Pois a música “Minha menina” já tinha feito sucesso satisfatório no passado.

- Porque as gravadoras fazem isso?

Simples! Jogada de marketing. No meio de tantos artistas e tantas canções nacionais e internacionais, a concorrência é grande e a população inocente – não percebe  - que é catequizada, para pedir sempre as mesmas canções, dos mesmos artistas. Dessa forma, para evitar o mimimi, o departamento de marketing da gravadora, distribui uma nova canção de forma promocional. Esse produto, tem o objetivo de relembrar aos radialistas, djs e o público, que determinado artista está lançando uma nova melodia. Simples!

Os remixes CD1, CD2 e CD3 

No Cd promocional que o blog vai chamar de CD1, foram disponibilizadas apenas as canções Bem querer, em (versão original) e Minha menina, na versão (G-Vô extended mix). O remix foi produzido por Paulo Jeveaux (leia-se Paulo G-Vô). A versão é um pouco mais empolgante que a melodia original, porém o remix não chegou a convencer a galera tanto quanto deveria. Vale pelo registro. 
Cd Single 1 - remix editado sem encarte

1- Bem querer - Versão original 3´59
2- Minha menina - G-Vô Extended mix 6´09


No Cd promocional que o blog vai chamar de Cd2, poderíamos dizer que, originalmente, a canção “Bem querer” possui uma vibração romântica com uma levada de Black Music e muito Soul (Versão original e Balada mix). Os outros dois remixes (Dance mix e Extended Version) são remixes comerciais e possuem uma estética que remete as festas em clima do anos 70 - com altas doses de Funk à la James Brown e uma atmosfera disco. Mas atenção! Não misture "Funk tipo James Brown" com "Funk carioca", pois a levada é diferente! Já o remix da canção Minha menina, também ficou simples. Digamos, que a versão apresentada neste single, seja apenas um pouco mais longa que a versão original. Só isso! Um outro detalhe importante do single é que (pra variar), a sequência das canções está impressa de forma errada com as seguintes faixas:

1- Bem querer – Dance mix 3´58
2- Bem querer – Extended version 5´33
3- Bem querer – Balada mix 4´08
4- Bem querer – Original version 3´58
5- Minha menina - Remix 6´09

A sequência verdadeira das canções no áudio do Cd é:

1- Bem querer – Original version 3´58
2- Bem querer – Dance mix 3´58
3- Bem querer – Extended version 5´33
4- Bem querer – Balada mix 4´08
5- Minha menina - Remix 6´09
Cd Single 2 - remixes editado sem encarte


O Cd promocional que o blog vai chamar de Cd3, apresenta seis versões da canção Bem querer e dois remixes da canção Minha menina. Os remixes (G-Vô radio mix e G-Vô extended remix) da música Bem querer são ótimos. Foram produzidos por Paulo Jeveaux e possuem o sample da canção "Celebration" da banda Chic.  As outras versões são iguais ao single anterior (Cd2). Além da música Bem querer, os singles promocionais (Cd2 e CD3) também trouxeram o remix da canção “Minha menina”, que foi assinado por Paulo Jeveaux. Nos três singles promocionais (Cd1, Cd2 e Cd3), as versões "Minha Menina remix" e "Minha menina G-Vô extended mix", são iguais. 
Cd Single 3 - remixes / editado com capa e contracapa

1- Bem querer – G-Vô radio mix 4´12
2- Bem querer – G-Vô extended remix 5´42
3- Bem querer – Dance mix 3´58
4- Bem querer – Extended version 5´33
5- Bem querer – Balada mix 4´08
6- Bem querer – Original version 3´58
7- Minha menina - G-Vô extended  mix 6´09
8- Minha menina - Original version 4´44

* Todos os singles promocionais foram distribuídos pela gravadora Abril Music em 1999. 

** Não há registro que todos os singles tenham sido editados em vinil 12”.

*** O remix da canção Minha menina (G-Vô extended mix), foi lançado comercialmente na coletânea de sucessos chamada Festa da Música volume 3 – Som Livre.

*** Agradecimento especial ao Dj Cláudio Soares por ter fornecido as imagens para ilustrar  a postagem de hoje.