terça-feira, 5 de abril de 2011

AMLOOP - Caminhando e Cantando single remixes (novo!!!!!!!)

Capa
...Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...

É muito engraçado perceber como algumas pessoas tratam as musicas sem ter o discernimento de que tudo passa, se transforma, se deforma e renasce. Mas é como alguns sábios nos dizem: Cada um com seu carma e sua escravidão!
Antes de postar esse tópico dei uma vasculhada em alguns sites na internet procurando informações a respeito do cantor Geraldo Vandré que foi o compositor da música cujo sample foi utilizado neste single. Após longa busca encontrei uma entrevista feita pelo pessoal do site Cliquemusic que entre várias perguntas sobre a composição musical dessa canção feita na época da ditadura, arrancou  de Geraldo, uma resposta  clara e objetiva dizendo:
- Não quero falar do passado!!!!....
Análise: É isso mesmo Geraldo! Estamos em 2011 e pra quê ficar sapateando ao redor do passado!!? ...Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...
Então vamos aproveitar o que for possível, refletir sobre os erros de nossos pais e fazer o que eles não fizeram quando eram pessoas jovens e maduras!
Seguindo a fila em direção ao futuro, é preciso saber apenas que o nome original dessa música é: “Pra não dizer que falei de flores”. Ela também foi popularmente chamada de “Caminhando e Cantando” e utilizada pelo povo como música de protesto junto a ditadura militar, num trágico período político brasileiro, lá pela década de 60. Leia mais sobre o assunto nos livros de história!

Pergunta 1: - Mas o quê isso tudo tem a ver com música?

Uma galera em Berlim, na Alemanha, sob o nome artístico de AMLOOP, pegou a versão original da música brasileira, editou, remixou e transformou a canção em um novo hit com estética eletrônica dançante e lançou no mercado internacional. Só isso!

Pergunta 2: – Mas como eles fizeram ?

Ahhhhh prezado leitor! Quem está na ponta tecnológica MANDA! SINTO MUITO! TECNOLOGIA É PODER!!!! ...Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...lembra?!!
É assim que funciona!!!! Enquanto parte do Brasil ainda está resolvendo o problema da reforma agrária, da reforma política, da reforma jurídica, do salário mínimo, da fome, da miséria, entre outras tantas questões; parte do mundo já resolveu essa situação e agora definem em seu plano de desenvolvimento ações voltadas para o avanço intelectual e tecnológico!!  São pessoas normais que seguem o caminho natural da evolução, iclusive na música!!!!
Talvez você já tenha percebido algumas vezes a minha rixa, quase depressão, com uma parte da galera musical brasileira que não consegue sair das amarras do conceito “raíz-banquinho-voz-violão”. Certo!?
Mas, saiba que a estética musical não gira em torno de raiz-banquinho-voz-violão! Entendeu?
Quer ganhar dinheiro? Quer evoluir? Para isso muitas vezes é preciso fazer algo novo, livre e renovado! Porque o óbvio todo mundo já fez!
Você quer ser um repetidor do passado ou um inovador do futuro? SINTO MUITO! o puxão de orelha no Brasil é o fato desse remix não ter sido feito por brasileiros, mas pelos gringos. Além de tudo, isso prova que discurso de palanque não é intocável, imaculado ou imortal. Com ressentimento ou não, tudo passa! Por enquanto este single, lançado em 2011, possui sete versões. Muitas delas, não possuem um nome próprio, mas carregam o nome de quem as remixou! A base melódica de todas segue o estilo eletrônico. Alguns remixes mais rápidos (electro, tech house), outros moderados (house, minimal) e outros mais suaves (deep house, beach house).

Caminhando e cantando – Original Club Mix
Caminhando e cantando – Deniz Koyu remix
Caminhando e cantando – D-Nox & Beckers remix
Caminhando e cantando – Flow & Zeo remix
Caminhando e cantando – Michael Kutalek and Klaus Bierdermann remix
Caminhando e cantando – Paula Pedroza remix
Caminhando e cantando – Plastik Funk remix

Para quem quiser ouvir e comprar o single da música “Caminhando e Cantando” reproduzida por AMLOOP e remixada por vários djs é preciso acessar o site: 

Obs:  Se alguém não gostar desses remixes é bom saber que essa situação é normal por dois motivos:

1) Os remixes dessa música não são e não representam a oitava maravinha do mundo. Pois se tratam apenas de uma proposta e um olhar musical relacionado ao tempo atual.
2) Nem todas as pessoas conseguem ou conseguiram se libertar da escravidão e domesticação musical do passado! Por esse motivo não entendem a diversidade e as concepções musicais da nova geração.

sábado, 2 de abril de 2011

Ponte Aérea - Dancin´ Days 89 (single 12" - item de colecionador)

Capa
Para início de conversa foi um privilégio se divertir ao som de Dancin´Days 89. Aliás, este single editado em vinil 12” é um artigo raro na cena musical brasileira, na concepção de dance music.  Sem duvida, trata-se de uma época de ouro para os amantes das festas, dos clubes e das luzes estroboscópicas. Seja na linha dance, no pop, no rock ou em outros gêneros musicais eletrônicos, ninguém pode se queixar. Era um período em que a galera do dance floor se esbaldava ao som do mega sucesso “Blue Monday” do New Order. O Depeche Mode conquistava a América com sua “Strange Love” gravada ao vivo numa turnê com a participação de mais de 600 mil espectadores. Bomb the Bass, agitava a moçada do rap e hip hop levando as colagens e sobreposições musicais ao extremo no álbum “Into to the Dragon” com o hit  “Beat This”. A Europa fervia com muita Acid House e o famoso verão do amor (88/89) e parte do Brasil caía na farra ao som de Dancin Days´89, do projeto Ponte Aérea. O assunto musical nessa época é vasto e nem vou mencionar outros sucessos musicais nacionais e internacionais que agitavam a moçada, para a postagem não ficar muito longa.
Bastidores: Dj Memê e Dj Iraí Campos na produção do remix
(imagem reprodução)

A regravação da canção “Dancin´Days” feita pelo Ponte Aérea é fantástica e deliciosamente eufórica, pois representa uma parte de toda a criatividade e tecnologia disponível por alguns músicos e Djs, naquele período no Brasil. Não há o que tirar ou colocar nesta versão. Não há bateria exagerada ou sintetizador faltando. O clima festivo da canção predomina do início ao fim. Seguramente, a música Dancin´days foi ápice dançante na cena club musical brasileira na quela época! Sorte de quem aproveitou.. ...Gravadora EMI-Odeon, 1989. 

Verso
O projeto Ponte Aérea era o nome artístico utilizado pelos djs Memê e Iraí Campos. Porém, o nome de ambos não foi creditado no álbum. Especula-se que seja por 3 motivos:
A) Ou foi erro gráfico;
C) Ou a gravadora (empresa) não permitiu colocar por não achar necessário.
B) Ou sob o ponto de vista estratégico os nomes foram preservados. Tipo assim: Não vamos colocar os créditos porque não sabemos efetivamente no que vai dar. Se for sucesso mostramos a cara. Mas se for um fracasso ninguém vai assumir a culpa e ninguém vai ficar sabendo quem foi!
Isso acontece para preservar o nome das pessoas envolvidas para – num caso negativo  – não prejudicá-las para não ficarem “marcadas” no meio musical.  Afinal, como as musicas também são um produto, se houver uma canção ruim, não significa que todo o trabalho artístico e musical de determinada pessoa seja considerado ruim. E vice-versa.
Partindo do princípio de que ambos realmente tenham produzido essa nova versão, tanto Iraí Campos quanto Dj Memê, também foram os responsáveis pela produção de outro single de remixes. Dessa vez, a música escolhida foi “Romance Ideal” (que já foi postada pelo blog). Alguns anos após essa postagem ter sido feita, o Dj Memê se manisfestou nos cometários sobre a não inclusão dos nomes dos Djs na produção feita pelo projeto Ponte Aérea. Para ler, basta ir até a seção de comentários ao final da página. 

Lado A – Dancin´ Days  89 (Club Mix) 8:26

Análise: Remix ao estilo house com influência da acid house e pitadas da disco music. Essa versão tem direito a colagens musicais, efeitos eletrônicos, gritos e vozes sobrepostas que garantiram e ainda garantem 8 minutos e 26 segundos de pura festa nas pistas de dança! Defendo que todo o Dj brasileiro que se preze deveria ter este single remix em seu case ou pelo menos a gravação digital desta música que, por enquanto, está fora de catálogo. (Entende-se que por essa situação paira um dos motivos da pirataria na internet; ou seja, músicas fora do catálago para compra. Logo, quem não tem cão, caça com gato! E viva a pirataria, sinto muito se algumas gravadoras estão atrasadas!).
Além de todo o contexto histórico da composição feita por Nelson Motta em parceria com Ruban, a música foi gravada originalmente em 1977 pelas Frenéticas no auge da disco music. Sob vários aspectos, este single remix em vinil é um artigo sumaríssimo no contexto musical brasileiro. Ainda mais se for um vinil de remixes 12'' comercializado na ocasião especialmente para atender tanto ao público quanto aos Djs.
Após um longo período de pesquisa e informações desencontradas se percebe que este vinil 12” remix (com música brasileira dançante) talvez tenha sido uma das poucas canções comercializadas em lojas de discos no Brasil nesse formato. Houve a comercialização de single remix em CD, mas em vinil 12” remix é raro. Na década de 80 o cantor Gilberto Gil lançou o single remix da música “Pessoa nefasta”, mas era promocional e não foi oficialmente comercializado.  Caetano Veloso inovou  e lançou um single remix da música “Sozinho”, mas foi editado apenas em CD e não em vinil (até o momento não há registro). Lulu Santos lançou o single vinil 12” remixes para a música “Assim caminha a humanidade”, porém o single foi editado apenas para promover a música junto a alguns djs e emissoras de rádio e não para ser vendido normalmente nas lojas musicais. Então, entre outros exemplos, por enquanto, o single da música Dancin´ Days,  se trata de um single 12" remix histórico na musicalidade brasileira!





















Lado B1 – Dancin´ Days 89 (radio edit) 5:37

Análise: Este remix é igual a versão Club Mix, porém com menor tempo (editada).

Lado B2 - Dancin´ Days 89 (Acapella Dub) 5:05

Análise: Prezado leitor, você sabe que a palavra “Dub” não se refere, necessariamente, ao “DUB jamaicano”, mas é como se fosse uma versão instrumental, apenas.
No ambiente musical a expressão “A capella” ou “capella você também já sabe que se trata de uma música  cantada sem o acompanhamento de instrumentos musicais (apenas a voz). Porém, no caso deste remix a ausência de acompanhamento musical não é, necessariamente, uma regra! Porque algumas versões musicais remixadas chamadas de “acapella” possuem um  discreto acompanhamento musical de um piano ou um chocalho, ou ainda, as palmas das mãos, o estalar dos dedos, o tilintar de sinos e strings ou uma linha de baixo sintetizado tudo muito sutil e relaxante. Apenas para ser apreciado! Entendeu!?
Não confunda versão acapella com versão musical feita pelo coral religioso. Uma coisa não tem nada a ver com a outra!
E esse remix possui os dois entendimentos; Isto é, a canção é levemente cantada (acapella) e levemente acompanhada por alguns beats musicais, apenas. Por isso o nome do remix ser chamado de “acapella Dub”!





















Lado B3 – Dancin´ Days 89 ( Bonus Dj) 0:54

Análise: São apenas frases soltas e colagens musicais utilizadas na produção do remix principal (club mix). Essas frases também são chamadas em inglês de “spoken words” e entram nos efeitos sonoros de apoio chamados de “tools”. Isto é, são ferramentas no formato de frases utilizadas por musicos,  produtores e Djs para criar ou adicionar efeitos sonoros nas melodias!!!! Inclusive, essas frases também podem ser utilizadas com moderação pelos djs em outras canções, livremente!. Neste single, as frases e gritos de festa que aparecem são os seguintes: 

- Dance bem, dance mal (ah ah ah ah ah ah aaieee!)

- Dance bem, dance até  (tu-quiti-tu tu-quiti-tu tu tu (scratch)

- Dance bem, dance mal  (can you feeeeeeleeeet!!!!!!)

- Dance bem, dance até  (he he he he he he he he hey DJ!)

- Dance bem, dance mal  (brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr Let´s go!)

Dance bem, dance até (oooooooooooooooooo radio body.........) essa parte mistura com o efeito do som de um avião decolando. Por isso que na capa do disco tem a imagem de um avião! Entendeu a brincadeira!!!!!!!? Tudo se conecta, não se trata apenas de fazer um som para se divertir! Tudo tem um motivo!

* Não há registro que este single tenha sido lançado em CD.

quinta-feira, 24 de março de 2011

POP ROCK REMIXES Vol. 2 (coletânea)

Capa do cd
Confesso que fiquei muito chateado em relação ao CD Pop Rock Brasil Remixes Vol. 2. Mas, antes de pôr as cartas na mesa, gostaria de fazer um agradecimento aos idealizadores desta coletânea, pois ao mesmo tempo que  criticamos o resultado final, também reconhecemos que não é fácil lançar um produto, diante de um público domesticado para consumir sempre a mesma coisa. 

Sim, prezado leitor, eu gosto de provocar os brasileiros doutrinados, que se fazem de desentendidos! São pessoas queridas, mas exageradamente simplórias.  Por essa simplicidade preguiçosa, perdem grandes oportunidades e de braços cruzados, aguardam o tempo passar!!! Ou seja, muitas pessoas ficam sapateando ao redor do fogo de chão, da praia, da cerveja e das bundas. Comem feijão com arroz e de tão simplórias, dizem amém para tudo e para e para todos! 

É preciso parar com essa história de raiz e domesticação, porque a vida passa rápido. É necessário se libertar do passado e colocar um pouco de tecnologia no contexto social! Para piorar a situação, o resultado dos remixes deste CD são difíceis de serem avaliados. Existem remixes pobres que foram considerados tudo e remixes grandes que não deram em nada! Triste paradoxo musical tupiniquim! Gravadora BMG - 2000.

1 - Adriana Calcanhotto – Maresia (Club mix)
Análise: O remix é fraco. Porém, do que adianta fazer um super remix se uma parte atrasada da musicalidade brasileira não está preocupada com isso? E o público então? Nem se fala! O estilo house meia boca predomina nesta versão. Infelizmente, não rolou química entre o estilo da cantora e a dance music. Mas valeu a tentativa. Quem sabe na próxima!  

2 - Daniela Mercury – Ilê pérola negra  (Pablo Flores Club Mix)
Análise:O DJ Pablo Flores acertou na remodelagem musical, mas o remix tem muita informação e os brasileiros não conhecem a ginga latina. Ou seja, esse remix é enquadrado no estilo Latin House (house latino) mas tem muito suingue, muita sobreposição de metais, muito piano, muita percussão e é preciso tomar cuidado. O remix é ótimo, mas não foi realizado para satisfazer o paladar brasileiro e sim, destinado ao mercado internacional com  algumas ressalvas!

3 - Pato Fu – Made in japan (remix)
Análise: Remix ao estilo drum n´ bass produzido pelo DJ Marky. A versão parece que está na coletânea errada! O remix é interessante mas não vingou nem para apreciadores da música eletrônica e nem para os fãs da banda. 

4 - Patrícia Coelho – Vem  (Paul Ralphes Remix)
Análise: O mercado musical está precisando diariamente de novos talentos e inovação musical. A proposta da cantora Patrícia Coelho é bem interessante, mas nesse remix faltou um pouco mais de empolgação. 


5 - Biquíni Cavadão – Sabor do Sol  (G-vô Mix)
Análise: Remix básico e pop sem inovações. Ótimo para FMs da vida, mas longe das pistas de dança. Produzido por DJ Leo e Paulo Jeveaux (leia-se Paulo Gevô) por isso que o remix se chama G-vô mix. Jeveaux é um sobrenome francês que se escreve de uma forma e se pronuncia de outra!!!

6 - Negril – Pense bem (remix)
Análise: Remix pop com direito a passinho, riffs de guitarra e pitadas românticas de soul. Ótima melodia para fazer charme ou para embalar os namorados perdidos nas ondas do rádio, bem longe da pista de dança!

7 - Arnaldo Antunes – O silêncio (remix refrão Brown)
Análise: Arnaldo Antunes (ex-Titãs) sempre foi um artista com um conceito musical interessante, por utilizar um repertório criativo e inovador no cenário rock-pop-mpb brasileiro. Mesmo com a participação de Carlinhos Brown, o remix dessa música produzida por Mitar Subotic é limitado e de certa forma não consideraria essa versão como um remix. Mas apenas uma versão melhorada da versão original. Sinto muito! Queremos remix!





Contracapa

















8 - Daúde – Pata  Pata  (The Turbomix)
Análise: O problema aqui não se trata da melodia, mas da letra da canção. Imagine alguém cantarolando o dia inteiro o refrão da música dizendo Pata-pata Pata-pata Pata-pata, é muito chato!!!  Infernooooooooooooooooo! Quem esses músicos pensam que os ouvintes são? Mas o que esta ruim pode ficar ainda pior, quando se percebe que o remix tem de tudo, menos “turbo”! Aliás, O nome pomposo do remix não corresponde a melodia, infelizmente. O trabalho da cantora Daúde é divertido, mas essa música é muito chata! Nem a participação de Carlinhos Brown e nem o remix feito pelo produtor Will Mowat ajudou!  Lamentável!

9 - Ana Carolina – Garganta  (Dance 130 mix)
Análise: A introdução desse remix possui arranjos de funk carioca que se misturam a batida house básica. Produzido por Billy Umbella, o remix é legal para FMs. Na pista de dança não funciona. Mas valeu pelo registro! A vida é assim mesmo! Você tem que pensar em tudo! Um remix para o rádio FM, uma outra versão para o clube, outro remix para a outra rádio AM, um remix para a periferia, outro remix para a classe rica, um remix para a classe pobre, outro remix para os negros, um remix para os surfistas etc e etc....Pode parecer um tanto paranóico, mas faz parte do negócio!!! É bom o ouvinte saber que para cada musica de sucesso internacional, existem no mínimo, umas cinco versões diferentes pra ela. Por exemplo, a música “American Pie” da cantora Madonna existem nada mais nada menos que 50 versões diferentes! Depois, muitas pessoas não entendem porque Madonna faz tanto sucesso!!! O artista tem que pensar em tudo e em todos !!! Simplicidade, voz e violão já era! 

10 - Fabio Jr – Só você (Extended)
Análise: Se o assunto é dança, esse é o melhor remix dessa coletânea. A letra e a melodia são pegajosas e a batida house com sotaque da Italo house oitentista agitaram programas dançantes de rádios FMs e até embalaram o set de remixes nacionais de algumas danceterias espalhadas pelo Brasil. Porém não foi em todos os lugares que a versão  funcionou! A produção do remix ficou a cargo de Nado Leal e Paulo Jeveaux. O nome do remix está errado porque “extended” não diz nada além de ser uma versão mais longa (estendida). E versão longa não significa que seja remix. OK! Existe muita diferença entre o “subentende-se” e a “realidade”!

11 - Lulu Santos – Fogo de Palha (Fubá Mix extended version)
Análise: Esse remix ao estilo house foi produzido por Alex Dias e Nado Leal. É uma versão simples, que possui arranjos musicais e riffs de bateria de escola de samba misturados com a voz de Lulu Santos,  muitas vezes camuflada sob o efeito do vocoder. Interessante! 


CD

domingo, 20 de março de 2011

Para fãs da cantora Marina Lima

imagem do site

















Quem é fã da cantora Marina Lima, não pode deixar de conferir o site Encanto de Marina http://encantodemarina.wordpress.com/
Nele, você vai encontrar uma ótima lista de informações relacionadas a cantora  que vão  desde a discografia, letras de suas músicas,  agenda de shows pelo Brasil, fotografias  reportagens entre outros. O site é organizado por Welbert G. Neves e possui quase tudo o que você imaginar referente a carreira de sucesso de Marina. Ainda bem que existem os sites dos fãs para dar um trato na música e nos artistas brasileiros, porque se dependesse de algumas gravadoras....sei não!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Luciana Mello - Olha pra mim (single remixes) promocional

Capa

Senhoras e senhores aqui está o single promocional da música "Olha Pra Mim" da cantora Luciana Mello. Lançado em 2002 pela gravadora Universal, a canção foi composta por Edu Tedeschi e possui remixes produzidos Mad Zoo, Silvera, Tchorta, Jair Oliveira e o DJ Memê. Talvez algumas pessoas não tenham percebido, mas apoiar novos artistas na musicalidade brasileira é muito importante para dar uma equilibrada na cena musical tupiniquim, marcada muitas vezes por artistas carimbados e queridinhos do público domesticado para consumir sempre a mesma coisa. Portanto, a cantora Luciana Mello mesmo tendo seu trabalho voltado para a MPB, sem perder o charme, suas melodias possuem um sotaque bem contemporâneo, contribuindo para a diversidade musical sem cair no pastelão!

1 - Olha pra mim (MADZOO CLASSIC SESSIONS)
Análise: Apesar de parte do Brasil tratar o drum n´bass como modismo, lembro ao leitor que esse problema só ocorre por aqui! Afinal, no mercado internacional o drum n´bass continua sendo tocado e respeitado normalmente. Não é porque alguns artistas gringos popezinhos deixaram de fazer remixes em versões drum n´bass que o estilo acabou. Assim como, também não é porque a novela Caminho das índias (transmitida pela rede Globo de TV) terminou, que a musicalidade oriental também tenha deixado de ser atraente e divertida. Independente da domesticação musical brasileira, a vida internacional continua. Aliás, o mundo não se resume naquilo que as rádios brasileiras tocam em sua programação! Mas retornando ao assunto principal, este remix produzido por Mad Zoo segue o estilo Drum n´ bass bem parecido com a ginga eletrônica que alavancou a carreira da cantora Fernanda Porto.

2 - Olha pra mim (REMIX BY JAIR OLIVEIRA)
Análise: Nesta versão temos influências da black music e uma levada bem sutil de hip-hop. Uma boa versão pra quem gosta de fazer charme.

3 - Olha pra mim (SILVERA LOVE REMIX)
Análise: Esse remix não é dançante, mas uma versão perfeita para aqueles momentos românticos entre o sofá, o corredor escuro, a cama...enfim, com muitas influências do Soul e da Black music. Só entende quem namora!

4 - Olha pra mim (DARK SIDE MIX RADIO EDIT)
Análise: Opa! Opa! Opa! Ok galera o love terminou. Tá na hora de levantar da cama e sacudir a poeira. Mexa esse corpo num remix interessante produzido por Tchorta. Porém essa é a versão menor editada para tocar no rádio. Esta faltando a versão completa. Cadê???? Até agora não encontramos a versão longa desse remix. Sinto muito! Deve estar trancada a sete chaves no case do produtor. Vai saber.

5 - Olha pra mim (MEMÊ´S PENTHOUSE IN PARIS MIX)
Análise: Lady, hear me tonight, cause my feeling….Ops, Olha pra mim, quero ver que é você, olha pra mim....Tá bom pessoal. Esse remix produzido pelo DJ Memê é um dos melhores deste single e contém sample da música “Lady (hear me tonight)” da banda francesa Modjo, que por sua vez também utilizou o sample da música “Soup for one” da  banda “Chic” que fez sucesso na década de setenta. É assim mesmo. Tudo se copia se transforma, se destrói, se reconstrói e se renova. Viva a reciclagem musical! Esse remix não é tão dançante, porém tem um riff de guitarra bem gostoso tipo Lady, hear me tonight, cause my felling..la, la la, la..
CD


* Este single também foi lançado no formato de vinil 12”. Em breve será postado pelo site, aguarde! 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lulu Santos - Cadê você?/Dancin´ Days single remixes (item de colecionador)

Capa
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todas as pessoas que trabalharam na realização desta música. É um presente para os apreciadores da dance music cantada em português! Esses remixes foram e pertencem a uma fase musical muito inspiradora e iluminada do cantor Lulu Santos
Lançada em 1996 no álbum Anticiclone Tropical, com certeza será um privilégio para qualquer artista daqui há cinqüenta ou sessenta anos regravar essa canção. A produção geral é de Alex de Souza e Robson Vidal. Mixado por Marcelo Sussekind. 
A capa deste single tem uma ilusão de ótica bem engraçada. A primeira vista acreditei que imagem de fundo (tecnicamente distorcida) era de um estádio de futebol com arquibancada superior mais escura, a arquibancada inferior mais clara e no centro eram as luzes do estádio e o placar de gols. Porém, ao olhar fixamente, percebi que na verdade, a perspectiva fotográfica retrata uma praia e as ondas do mar. A proposta deste single promocional é muito interessante, pois trás aos fãs num único Cd, os remixes para as músicas Cadê Você? e Dancin Days. Gravadora BMG.

1 – Cadê você? (DO-RE-MIX 12” radio)
Análise: As influências da disco music foram fundamentais na concepção melódica dessa versão.  Na prática, se trata de um remix house com arranjos, percussão, metais, breaks, harmonia e melodia inspirada na disco music. Um remix festivo e gostoso para chacoalhar qualquer festa de respeito.

2 – Cadê você? (DO-RE-MIX 12” vocal)
Análise: Esse remix é igual ao remix anterior, porém mais longo e destinado a pista de dança.

3 - Cadê você? (original version)
Análise: Você já sabe que original version é igual a versão do álbum. Nessa melodia, tanto os riffs de guitarra e baixo como também, o acompanhamento da bateria e dos metais possuem uma clara inspiração disco.

4 - Cadê você? (DO-RE-MIX Instrumental)
Análise: É uma pena que a maioria das musicas brasileiras lançadas em single não contemplem a versão instrumental. Pelo que lembro algum sociólogo deve ter dito por ai que parte do povo  brasileiro não sabe curtir a melodia. Talvez seja pela falta de independência ou até mesmo por sua domesticação musical direcionada aos ritmos consumidos pela massa. Vai saber!? Talvez o blá-blá-blá musical seja para suprir a falta de leitura de grande parte do Brasil que prefere ouvir e assistir a alguém falando do que propriamente lendo!? Enfim.
O remix foi produzido pelo renomado produtor Tuta Aquino que já assinou trabalhos musicais dançantes e eletrônicos de vários artistas nacionais e internacionais. Infelizmente até o fechamento dessa postagem este cd single ainda não foi creditado ao produtor, no site Discogs. http://www.discogs.com/artist/Tuta+Aquino

5 – Cadê você? (TWILO VOCAL MIX)
Análise: Remix ao estilo house com vários efeitos eletrônicos inspirados no extinto clube nova-iorquino chamado Twilo.

6 – Cadê você? (TWILO DUB)
Análise: Esse remix tem a mesma base melódica da versão twilo vocal mix, porém é um remix instrumental. É importante o leitor ficar atento para dois entendimentos musicais diferenciados que utilizam o mesmo nome. Ou seja, DUB.
O estilo musical chamado DUB é muito popular na Jamaica com uma atmosfera instrumental que lembra o reggae, dancehall, etc... Mas o DUB jamaicano também pode ser cantado.
Por outro lado, o remix  chamado de DUB não significa que seja parente do reggae, mas o nome “DUB”  também é muito utilizado pelos gringos para definir uma versão musical instrumental, apenas. Para entender melhor irei utilizar a palavra “Skank” que serve tanto como nome daquela banda brasileira de poprock de Minas Gerais, quanto para definir uma espécie de droga utilizada no mercado internacional. Entendeu! Temos a mesma palavra, mas sua aplicação é diferente! Por que isso ocorre? Muito simples, não havia internet e nem educação musical globalizada na época de definição das expressões musicais. (A palavra"DUB" é utilizada como termo de música instrumental desde a década de 80). Por isso que a ciência inventou o nome científico para cada organismo que vive na face da terra para evitar confusões de entendimento. Esse é um problema mundial. Como o Brasil não foi o responsável pelo invento da música e seus termos, cabe a nós seguir o que os outros definiram. Por isso que muita gente briga com a doutrinação e o sistema educacional brasileiro, baseado em coisas que nós não inventamos, mas temos que aguentar e nos adaptar a evolução trazida por outras civilizações. Porém já é outra história.....
E você pensava que a vida era simples!!!!???
Hahahahahahahahaha! 
Contracapa

7 – Dancin´ Days (CLUB MIX)
Análise: Composta por Nelson Motta/Ruban e originalmente gravada pela turma das Frenéticas em 1977, essa música virou um raro hit da disco music cantado em português e um grande sucesso da dance music no Brasil. Já que  o cantor Lulu santos é da galera antenada com a evolução musical mundial, a disponibilidade e a segurança em regravar essa versão não deve ter sido tão difícil. Afinal, Lulu Santos é um dos poucos artistas brasileiros que conseguiu aprimorar sua capacidade e desenvoltura musical em vários estilos que vão do pop ao rock, passando pela música eletrônica, as baladas românticas e os hits dançantes. A versão feita para essa música foi produzida por Alex de Souza e Robson Vidal. É um remix house repleto de efeitos eletrônicos para incendiar qualquer pista de dança de respeito.

8 – Dancin´ Days (DISCOTEQUE SPACE MIX)
Análise: É muito provável que o nome desse remix seja uma referência ou homenagem ao remix da música “Discoteque” do U2. Aliás, a batida eletrônica nos tráz influências do house e o sample de bateria utilizado na época tanto pelo DJ e produtor David Morales para um dos remixes da música “Discotequedo U2, quanto pelo DJ e produtor Armand van Helden para um dos remixes da música “Ain´t talkin´bout Dub” do Apollo Four Forty. Esse mesmo riff de bateria apareceu em vários remixes internacionais e até na versão produzida pelo DJ Memê em 1997 para a música “Gata” da cantora Deborah Blando, que posteriormente também será comentada neste blog.

9 – Dancin´ Days (CLUB MIX RADIO EDIT)
Análise: Esse remix é igual a versão (CLUB MIX) porém, editado em tempo menor para tocar no rádio.
CD

* Não há informações até o momento de que este single tenha sido lançado no formato de vinil 12” ou que tenha sido lançado comercialmente ou ainda, que o single tenha sido lançado com remixes separados. 

* A versão original de Dancin´ Days tanto das Frenéticas como de Lulu Santos contém o sample da música  "I´ve been hurt" do grupo Bill Deal and the Rhondels, gravada em 1969.