domingo, 27 de outubro de 2013

Banda ZERØ – Agora eu sei remix / Formosa (single promocional – item de colecionador)

Capa

Resgatando um grande momento do pop rock nacional na década de 80, apresentamos o single remix da canção “Agora eu sei” da banda ZERØ. O grupo surgiu em 1983 no estado de São Paulo e seu estilo musical passeava entre o pop rock, new wave, new romantic e até algumas influências do synth pop. O sucesso comercial da banda em várias partes do Brasil, ocorreu após o lançamento de seu o disco de estreia chamado “Passos no Escuro”, em 1985, pela gravadora EMI-Odeon.
Banda ZERØ na década de 80 / imagem reprodução

Neste álbum, as canções “Agora eu sei” e “Formosa” ganharam notoriedade em várias emissoras de rádio e agitaram o set de diversos djs pelo país. Pelo sucesso alcançado com as vendas do LP “Passos no escuro”, a banda ZERØ recebeu o disco de ouro. Nessa faze, o grupo era formado por Guilherme Isnard nos vocais, Eduardo Amarante (ex-Agentss e Azul 29) na guitarra, Ricky Villas-Boas (ex-Joe Euthanázia) no baixo, Freddy Haiat (ex-Degradée) nos teclados e Athos Costa (ex. Tan-Tan Club) na bateria.

Contracapa 

A canção "Agora eu sei" também contava com a participação de outro ícone dos anos 80, o cantor Paulo Ricardo, líder a banda RPM, que também estava no auge do sucesso com seu grupo pelo Brasil. O remix deste single vinil 12” foi produzido pelo dj Irai Campos com participação de Guilherme Canais. O disco apresenta as versões remix e a capella + a versão original da música “Formosa”. A qual, também recebeu um remix editado e distribuído separadamente, que em breve será postado pelo blog.

No remix de “Agora eu sei” o dj Irai Campos junto com Guilherme Canais mantiveram a estrutura original da canção, limitando-se a adicionar algumas passagens melódicas instrumentais (dubs), que deixaram a música mais longa. No caso da versão a capella, trata-se apenas de uma versão sem os riffs de bateria, permitindo que fãs e ouvintes tenham a possibilidade de apreciar a desenvoltura vocal do cantor.

LADO A


1- Agora eu sei – Nova versão remix 6´00

LADO B


1- Agora eu sei – Versão a capella 5´01

2- Formosa 4´17

*Não há informação que este single tenha sido editado em CD.

** Como você pode observar na impressão da contracapa do disco, o remix também foi chamado de “nova versão”.
*** Existem algumas informações não confirmadas sobre a existência de outros remixes para a música Agora eu Sei. São eles: versão eletrofunk e versão house.

**** Em 2000 a banda lançou um Cd chamado Eletro acústico e mais um outro  CD single promocional para a canção Agora eu sei, trazendo as seguintes versões: electro acústico rádio, electro acústico extended, versão electro, versão electro extended e versão acústica.

*** A equipe do blog Brasilremixes agradece ao colecionador, radialista e DJ Cleberson Ribeiro por ter gentilmente, fornecido as imagens do tópico de hoje; para que os fãs e o público em geral pudessem ter a oportunidade de conhecer e saber um pouco mais sobre este single de remixes da banda ZERØ. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

FAT FAMILY – Madrugada / Eu não vou remixes (single promocional – item de colecionador)


Capa 

Com influências da Black music americana e uma afinada composição vocal,  o grupo Fat Family  lançou em 1999,  o Cd chamado FAT FESTA pela gravadora EMI Odeon. Entre várias canções, duas musicas ganharam destaque na mídia e foram lançadas promocionalmente em single remix. São elas: “Madrugada” e “Eu não vou”. Um fato que chama a atenção de fãs e do público foi o lançamento de dois singles de remixes diferentes para promover as mesmas canções. Algo até então, pouco comum no mercado musical brasileiro. 

Encarte

Os remixes produzidos pelo pessoal do Hitmakers, seguem a linha pop dançante comercial recheada de influências da Black music, perfeitas para serem tocadas em programas de rádio. Em virtude do tempo limitado das canções, infelizmente, nem todos os remixes serviram para agitar o povo do festerê!  Mas, vale pelo registro e aguardamos novas versões e regravações no futuro!  Como de praxe, no que se refere a singles promocionais brasileiros, não há informações sobre qual dos dois singles foi distribuído por primeiro no mercado para promover a divulgação do álbum. De qualquer forma, aqui estão eles com suas respectivas canções:
 
CD single FAT Festa

1 - Fat Family – We are Family
2 - Madrugada - Versão original 4´39
3 - Madrugada - Versão Hitmakers radio black 3´36
4 - Madrugada - Versão Hitmakers “B” radio 3´32
5 - Eu não vou - Versão original 4´06
6 - Eu não vou - Versão Hitmaker´s radio Edit 3´20

CD

CD single FAT Family – Madrugada / Eu não vou (versões originais e remixes)

 Capa

Encarte

1- Madrugada – Versão original 4´39
2- Madrugada – Hitmakers radio Black 3´06 
*(também conhecida como "Charme remix")
4- Madrugada – Hitmakers “B” radio 3´32
5- Madrugada – Hitmakers “B” Extended 4´42 

6- Eu não vou - Versão original 5´07 
7- Eu não vou - Hitmakers radio Edit 3´20 
8- Eu não vou - Hitmakers extended mix 4´35
CD

*Até o momento não há registro que este single tenha sido editado em vinil 12”.

Na imagem seguinte você pode ver a capa do single promocional simples, que trás apenas a versão original da canção. 

**Não confunda o “álbum” Fat Festa como o “single”  Fat Festa!

***No Cd single “Fat Festa” foram incluídas seis faixas com apenas quatro remixes.

****No Cd single “Versões originais e remixes” foram incluídas oito faixas e seis remixes.

*****Na imagem abaixo você pode ver a capa do Cd álbum chamado Fat festa!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

AMP MTV BRASIL 02 - Coletânea Vários

Capa

Relembrando parte da história musical eletrônica brasileira, trouxemos hoje a ótima compilação chamada AMP MTV 2. Este projeto segue a linha musical apresentada anteriormente na coletânea AMP MTV 1, (que já foi postado pelo blog e você pode rever clicando aqui!). Nesta edição, lançada em 2002 pela Muquifo Records/Sony, foram incluídas 14 canções produzidas por vários Djs e produtores musicais. São eles, DJ Marky, DJ Mau Mau, Anderson Noise, Cosmonautics (Mad Zoo & DJ Patife), DJ Murphy, XRS, Dj Andy, Philip Braunstein, Nego Moçambique entre outros. 

Encarte 

Melodicamente falando, o Cd possui uma pegada forte na batida sintetizada trazendo influências musicais que vão do Techno, Drum n´bass, Breakbeats, Trance, Tech-House até chegar aos beats moderados do Downtempo.  Independente do programa “AMP” - apresentado pela MTV - ser considerado uma droga por muitos telespectadores, a coletânea possui uma trilha musical muito boa. É um belo registro de canções eletrônicas produzidas por artistas nacionais que possuem um nível de desenvolvimento tão próximo aos artistas internacionais que trabalham no mesmo gênero.  “....Vâmo pro agito galera!” 

Este Cd apresenta as seguintes canções:


1- 1974 – Superágua  3´42
2 - I Need You – Cosmonautics (Patife + Mad Zoo)  4´41    
3 - Dia de Sol – XRS (participação especial: Gilberto Gil)  3´20  
4 - LK (instrumental version) - DJ Marky + XRS  4´28        
5 - Gil para B-Boys – Nego Moçambique  7´10        
6 - Nonsensi - Jonas Rocha  4´55       
7 - Kamasutra – Gabo & Denise  6´59
8 - Space Funk – DJ Mau Mau  3`14    
9 - Você Mesmo – Anderson Noise  6´10      
10 – Anairda – Philip Braunstein          3´57   
11 - Afinidade – DJ Murphy   4´37        
12 - 1 Ghz – Ney + Thiago M  3´01       
13 - Shock Mind – DJ Andy (participação especial Mikrob) 5´04           
14 – Tsunami – Superágua  4´17 

  
Contracapa

CD

*Para ouvir as faixas desta compilação clique aqui!

**Não há registro que esta compilação tenha sido editada em vinil.

MTV e o modelo musical vazio

Já mencionamos em outras postagens, a nossa indignação sobre o posicionamento adotado pela MTV brasileira, pelo fato da emissora não cumprir seu papel de valorização musical de forma ampla. De um lado a emissora afirmava que dava oportunidade para todos os estilos musicais, mas do outro, a prática, não correspondia ao seu discurso de palanque. Isto é, uma emissora de televisão musical direcionada apenas pra valorizar e prestigiar o rock. 
Em dado momento, a MTV se posicionou como vítima afirmando que não podia competir com o formato de visualização de vídeos apresentado por sites como Youtube.  Ora,  como assim!? A MTV não pode, mas o You tube pode? Então por esse e por inúmeros outros motivos, a equipe do blog considera a MTV como a maior decepção musical midiática brasileira. Tá certo que a MTV não era tudo, mas tanto seus comerciais, como seus apresentadores atuavam da mesma forma como os tradicionalistas no sul do país fazem. Isto é, posam que são os melhores do Brasil, mas na prática, representam um grande saco furado. Lamentável!

Dinheiro x música

Não tem dinheiro para pagar os vídeos de música eletrônica, mas tem dinheiro para patrocinar o rock n´roll! Certo! E quando acabar o dinheiro patrocinado para tocar rock n´ roll ou quando as pessoas enjoarem de rock, você vai fazer o quê? Programa humorístico? Ficar de braços cruzados vendo o tempo passar? Você pensa que o mundo gira em torno de um único estilo musical? Tudo acontecendo na música no Brasil e no planeta inteiro, e a MTV posando de Deusa musical do saco vazio!!?  Fora meu! Tá fora de noção sobre passado-presente-futuro!!! A sociedade está cheia de coxinhas e oportunistas querendo manipular a educação musical das pessoas! Hoje, em vários setores midiáticos é preciso ter duas atitudes. Ou você assume uma proposta musical democrática com sentido amplo ou você se caracteriza num determinado segmento, com todas as alegrias e tristezas que sua escolha possibilitou. A MTV escolheu ficar em cima do muro, desejando agradar a todos e no final acabou não agradando a ninguém! Fechou as portas e teve que abandonar o modelo musical ultrapassado! Já vai tarde!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Biquini Cavadão - Remixes

Capa

Aproveitando o momento dance que passou pelo Brasil no final da década de 1990, a extinta gravadora Polygram lançou uma coletânea de hits do grupo Biquini Cavadão, repaginados por diversos djs. Algumas pessoas imaginam que basta remixar que a festa está garantida. Mas, a história não é tão simples assim!  Independente de estilo, este álbum apresenta alguns remixes que nunca deveriam ter saído do estúdio de produção, por estarem perdidos em meio a enxurrada de ideias e tentativas dançantes de apelo comercial para agradar a todos. Dessa forma, o resultado do trabalho correu sério risco de não agradar a ninguém.

A equipe do blog Brasilremixes gostaria de separar o joio do trigo e detonar os responsáveis pelo pastelão de versões. Porém, lembramos que a compilação não é definitiva. Logo, os remixes acabam representando alguma coisa no meio do quase nada em termos de música eletrônica comercial no Brasil. Se não ficou bom?! Quem sabe na próxima! Vale ficar na torcida!
Encarte

Colocando mais lenha na fogueira, muitos fãs entendem que a edição de arte e concepção fotográfica do álbum, prejudicou o trabalho ao apresentar um projeto lúdico com imagens, que além de lembrar capas de discos de festas infantis, demonstram que a produção da coletânea pode ter sido feita à toque de caixa! Os remixes foram produzidos por DJ Memê, Cuca, Nado Leal, Rodrigo Kuster, Fábio Talbach, Marco Zappala, Walace DJ, Marcelo Mistake, Marcio New Voice, Sandro Tausz, Luis Carlos “Meu Bom” e Rodrigo Ferraz.

Esta compilação registra os seguintes remixes:

1.Tédio - Cuca's Mix 3´26 
Análise: Versão bacana para tocar no rádio, mas de curta duração para a pista de dança...

2. Vento ventania - Hitmakers Radio Mix 3´35
Análise: Ótimo remix para tocar em programas de rádio FM e bem longe do dancefloor...

3.Timidez - Memê Radio Mix' 98  4´08
Análise: Bom remix para programas de rádio. Mas na pista de dança, pule para a faixa 10!...

4.Zé Ninguém - Digital Track DJ's  4´55
Análise: Versão diferente que tenta revigorar um pouco a melodia original desgastada pelo tempo...

5.Impossível - Bizarre Remix  3´15
Análise: Versão extremamente pop e descartável...

6.No mundo da lua - Tausz Mix  2´57
Análise: Bom remix para programas de rádio, mas além de ter curta duração, não segura o pique na pista de dança...

7.Ida e volta - Hitmakers Bell's Remix  3´59
Análise: Bom remix para programas de rádio, mas longe das pistas...

8.Meu reino - Zappala's Radio Mix 4´19
Análise: Remixagem diferente ao apresentar melodia que não convenceu...

9.Teoria - Hitmakers Push Remix  3´58
Análise: Remix fraco com referências musicais rebuscadas pelo tempo…

10.Timidez - Memê Super Club Mix'98  6´44
Análise: Ótimo remix, mas não funciona  em todas  as festas....

11.Vento ventania - Hitmakers "My Good" Extended Mix  4´57
Análise: Boa versão para ser tocada em programas de rádio e bem longe das pistas. Em caso de dúvida, desista!... 

12.Impossível - Bizarre Extended Mix 5´36
Análise: Remix extremamente pop e chato, fuja!.....

13.No mundo da lua - Memê Nerd Extended Mix 3´45
Análise: Remix clássico produzido na década de 80 e lançado como faixa bônus nesta compilação. A versão é ideal para programas de rádio, mas de curta duração para agitar a pista de dança....

14.Bem-vindo ao mundo adulto - Memês Egyptian Dance Mix  3´34
Análise: Remix com timbres eletrônicos descartáveis! Freestyle enfadonho!  Fuja!....
Contracapa
CD

* Ainda é possível adquirir o Cd em lojas que comercializam produtos musicais antigos e usados, bem como em lojas na internet que vendem musicas no formato digital.

** Na época de lançamento, foram distribuídos alguns singles promocionais contendo remixes apresentados nesta coletânea e outras versões adicionais para as músicas “Tédio” e “Vento ventania”. O single já foi postado pelo blog e você pode rever clicando aqui!

*** Esta coletânea de remixes foi lançada em 1998 e até o momento, não há registro que o álbum tenha sido lançado em vinil.

domingo, 29 de setembro de 2013

Joe Euthanazia - Joe (álbum / remix promocional) - Item de colecionador

 Capa
“...Já naquela época Joe fazia rock e era muito ligado ao som que ele define como Tecno-pop.”

A citação que abre a postagem de hoje, foi originalmente impressa no encarte que acompanhava o compacto simples em vinil lançado em 1983, pela gravadora CBS (atual Sony) com as canções: “Mujer Ingrata” e “Tensao no Rio”, ambas cantadas por Joe Euthanazia. Na imagem abaixo você pode ver a foto do encarte.


Antes de falar sobre o trabalho artístico do cantor é preciso fazer várias considerações sobre o ambiente musical, ao qual ele foi lançado. Principalmente, em se tratando de Brasil, cuja nação ainda esta tentando ser alguma coisa no mundo, diante de várias fantasias culturais que ora se prendem ao passado e ora seguem o caminho do presente em direção ao futuro. Para complicar, alguns sociólogos afirmam que o Brasil concentra a maior diversidade étnica do planeta, em meio aos 210 milhões de habitantes. E, para piorar, observa-se a existência de uma competição entre vários estilos musicais, disputando o mesmo público em todas as regiões do país.

Da mesma forma que as pessoas ganham em diversidade musical, elas perdem, ao se encontrar desorientadas diante de tantas ofertas, afirmam pesquisadores. Pra começar todos os artistas e simpatizantes dos mais diversos estilos, declaram que sua música é melhor que a música do outro. Tem gente que fala de raízes, simplicidade e devoção sem ser, necessariamente, um representante religioso. Tem gente que fala em modernidade e evolução mesmo que a tecnologia não seja algo compreendido no país. Existem também, pessoas que sapateiam ao redor do passado para defender os interesses musicais da velharia. Por outro lado, tem aqueles que promovem o futuro por conter uma abordagem mais contemporânea. Há os paraquedistas que pensam que são celebridades. Os oportunistas que seguem modinhas musicais lucrativas. Os tradicionalistas que perpetuam conceitos folclóricos do passado e os nacionalistas que defendem uma saraivada musical de hábitos regionais vaidosos, que se misturam aos costumes inventados pelos descendentes dos índios, dos negros e de outros habitantes que um dia passaram por aqui.

Pobre Brasil! Perdidos no caldeirão de influências e influenciados, resta a comunidade musical, o desafio de viver num país em que “Vence o artista que conseguir reunir o maior número de pessoas e de likes (curtidas) a seu favor; como se fosse um político!”. A manifestação feita pelo DJ Cédrik Damábiah, no documentário “Profissão músico”, parece delinear de forma provocativa o ambiente musical brasileiro, em que a fauna e a flora se encontram na tentativa de estabelecer regras e definir os rumos da música tupiniquim. Nesta realidade, já em 1989 - há quase 25 anos - o cantor, compositor e guitarrista Joe Euthanázia, lançava o disco chamado “JOE”. O álbum também trazia a participação da cantora Virginie, descendente de franceses, que era vocalista da banda Metrô.

Contracapa

Desafios musicais

Antropólogos afirmam que qualquer artista em qualquer classe social, ao fazer um trabalho muito avançado, estará condenado ou ao sucesso ou descaso. Nesta situação, esquecido pelo público adulto e desconhecido pela maior parte dos jovens, o álbum do cantor JOE chega aos dias atuais, mostrando um artista corajoso ao apresentar um trabalho comercial, com boas doses de música eletrônica; numa época em que a instalação da internet estava começando a ser discutida no Brasil, por grupos isolados formados por professores universitários e burocratas do governo.

Produzido pelo próprio artista e lançado pela extinta gravadora Estúdio Eldorado, algumas canções causaram surpresa para ouvintes alheios ao desenvolvimento musical mundial. Mas não se deixe enganar. Em termos de Brasil, há quem afirme que o álbum expõe uma sonoridade bem diferente do padrão musical que a maior parte da população estava programada para cultuar. O disco apresenta dez canções influenciadas pelos ritmos contemporâneos, samples, colagens e sobreposições de timbres musicais sintetizados que variam entre poprock e synthpop. O álbum registra novas musicas como “Uma rajada de balas”, “Anjo da guarda”, “Cem mil dólares” e também destaca antigos sucessos repaginados em “Me leva pra casa” e “Tudo pode mudar”.

Detalhe da capa

Este álbum apresenta as seguintes canções:

LADO A


1-Cem mil dólares
2-Ligação direta
3-Anjo da guarda 
4-Me leva pra casa
5-Beijo no ar 

LADO B


1-Uma rajada de balas (participação especial de Virginie)
2-Tudo pode mudar
3-Imagine o Brasil
4-Tem sol aqui
5- Rotina

História

José Luís Athanázio de Almeida, também conhecido como “Joe Euthanazia”, “Zezinho Athanazio” ou simplesmente “Joe”, nasceu em Porto Alegre e mudou-se para o Rio de janeiro ainda na década de 70. Chegou a trabalhar com outros artistas como Cazuza, Ivan Lins, Lobão e até Neuzinha Brizola. Em sua curta, mas promissora carreira, lançou dois álbuns de estúdio e vários compactos (singles).

Morte

Ainda em 1989, poucos meses depois do lançamento do álbum “JOE” e em plena campanha de divulgação do disco pelo Brasil, a notícia da morte do cantor pegou todo mundo de surpresa. Após participar de uma festa, Joe voltava para casa de carro e acabou se envolvendo em um acidente de trânsito causando a morte do artista. 

Remixes nunca lançados!

Um tempo depois do ocorrido, alguns fãs descobriram a existência de um single remix nunca lançado até o momento, oficialmente. Trata-se de três versões para a canção “Cem mil dólares”. São elas:

2-Cem mil dólares – Legal tender version
3-Cem mil dólares – Instrumental version

Dj Benno, que é um dos colaboradores do blog, possui uma fita K7 gravada em ótima qualidade com os remixes da canção que foram adquiridos gentilmente junto aos profissionais que trabalhavam na gravadora, na época de lançamento do álbum do cantor. É provável que algumas emissoras de rádio pelo Brasil, também tenham recebido os remixes gravados em fitas rolo, para serem tocadas durante a programação. Porém, em meio a total falta de informações, tanto de familiares quanto da própria gravadora detentora dos direitos autorais das canções, ficam perguntas como:

- Quem recebeu os remixes guardou em arquivo devidamente protegido ou jogou a gravação fora?

- Será que a gravadora guardou uma cópia dos remixes a salvo para lançar  posteriormente?

- Quando a obra completa do cantor será remasterizada e estará disponível no mercado?  

Enfim, coisas da música brasileira recheada de profissionais inconsequentes ou com interesse voltado apenas ao que lhe convém. Lamentável.

Na imagem seguinte, você pode ver com exclusividade, a cópia da capa promocional e da fita K7, que mostram os remixes das canções não oficialmente lançados até o momento:


Rápidas

*A Câmara Municipal de vereadores de Porto alegre, aprovou o projeto do vereador Mauro Zacher , que denomina uma Praça no bairro Cristo Redentor com o nome do compositor José Luís Athanázio de Almeida (Joe Euthanazia). A praça fica entre as ruas Pirangi,  Limoeiro e  Amaragi.

** O álbum “JOE” foi editado em vinil e nunca lançado em CD. O disco está fora de catálogo e por esse motivo é considerado como um artigo raro por alguns de seus fãs e colecionadores. Com sorte, poderá ser adquirido em lojas que vendem discos usados e antigos ou ser adquirido em sites piratas de compartilhamento musical.

***Em um site de relacionamento social localizamos um depoimento do artista Geraldo Flach falando sobre o trabalho do cantor JOE:

"Quando o conheci, era simplesmente Zezinho, o Athanásio, um garoto cheio de musicalidade e talento, fazendo música, sem vergonha de ser feliz. Passeou pela milonga, MPB, Pop, Rock, abraçado em sua guitarra, companheira permanente e portadora de sua inquietude. Queria que sua música não tivesse fronteiras. Virou “Joe Euthanásia”, até adotar o, simplesmente, “Joe”. O mundo estava pequeno para ele. Na última vez em que convivemos, ele estava cheio de planos e otimismo, navegando num mar de felicidade. Naquela noite combinamos compor uma milonga, com solo de guitarra. Estava tão feliz, que resolveu voar." Geraldo Flach

**** Sabe-se oficialmente que foi produzido um vídeo clip pela RBS TV, para promover e divulgar a música “Anjo da guarda”. Entretanto, até o momento, não está disponível em nenhum blog ou site na internet.

*****A canção Me leva pra casa divulgada no site do Youtube (você pode ouvir clicando aqui ), trata-se da gravação original lançada em compacto em 1984 (CBS/SONY) e incluída no álbum "Tudo pode mudar" lançado em 1986, pela gravadora RCA. Logo, a versão é um pouco diferente da regravação da mesma música que foi relançada em 1989 no álbum “JOE” e que você também pode ouvir clicando aqui!

Atrás da maquiagem figurativa se escondia um grande artista pop mal valorizado no Brasil.

Agradecimento especial ao Dj Benno por ter fornecido algumas imagens e algumas canções do artista para ilustrar a postagem de hoje. Bem como, agradecimentos gerais para a cantora Virginie (banda Metrô) e algumas pessoas perdidas na internet que colaboram com várias informações a respeito de Joe Euthanazia.

O show não pode parar...

Um ano após a postagem ser feita pelo blog Brasilremixes, recebemos novas informações sobre o álbum do cantor Joe. O produtor musical Ricardo Severo - que participou da concepção do álbum - se manifestou a respeito da postagem do disco nos enviando o seguinte depoimento: 

Olá, tudo bem?

Li hoje a matéria que vocês publicaram no blog de remixes em 29 de setembro de 2013 sobre o Joe e a fita de remixes dele, e fiquei bem emocionado.

Meu nome é Ricardo Severo, co-produzi o disco CEM MIL DÓLARES com ele, e fiz todos os arranjos eletrônicos do disco. Inclusive compus UMA RAJADA DE BALAS especialmente pra ele e pra Virginie.

Quando conheci o Joe, eu estava tocando com a Adriana Calcanhotto e com o Bebeto Alves, um grande compositor gaúcho, que tem uma parceria com o Joe. Eu apresentei pro Joe algumas bandas que usavam bases totalmente eletrônicas e samplers, e pros DJ que já trabalhavam com house. Foi incrível a aposta que o Joe fez no meu trabalho, e depois a aposta da gravadora em investir num artista que lançou as primeiras faixas originais brasileiras com essa tendência. Foi um trabalho que já havíamos começado em 1988, mostrado em shows e nessas gravações de Porto Alegre.

Esse remix (o Interview) foi produzido por mim durante nossas sessões no Estúdio Eldorado... como comentei, já havíamos gravado uma parte do disco em Porto Alegre um ano antes, e levamos as fitas para aproveitar alguns takes (todos os backing vocals, por exemplo, são dessas sessões gaúchas, com a Nara Sarmento, a Regina Machado e a irmã do Joe, Glorinha Athanazio).

O disco foi lançado em novembro de 1989 e em dezembro, depois de um descanso, estávamos planejando os ensaios da turnê de lançamento. Nessa mesma noite, depois que falamos, o Joe sofreu o acidente fatal. Fiquei muito mal na época, e acabei me afastando por um tempo da música, trabalhando apenas com publicidade. Acabei retomando meu trabalho, doze anos depois, e me mudei pra São Paulo, onde estou só com a música novamente. Atualmente, componho muito para teatro, dança e cinema.

Um abraço e obrigado,"

RICARDO SEVERO

As homenagens continuam.....

Para a alegria da equipe do blog e dos fãs do cantor JOE, dessa vez, quem apareceu por aqui foi a cantora Virginie (vocalista da banda Metrô) que deixou um belo recado que diz assim:

"Oi Gente,

Aqui Virginie, cantora da banda Metrô e, portanto uma das portadoras de Tudo pode mudar, de Joe e Ronaldo Santhos. Obrigada por permitir que o grande Joe possa ser lembrado pois ele era um Grande compositor, guitarrista, artista original e pop, teve parceiros diversos com quem sempre soube fazer coisas emocionantes, dançantes, cheias de energia e com muita paixão. Hiteiro mor :) Além do que era meu amigo, e sinto saudades dele e de sua risada esperta. Torcíamos muito um pelo outro e fizemos um bom time, e tive o prazer e a honra de cantar com ele neste disco super legal. Aqui està o link para escutar o disco tinho, se quiserem. Espero que curtam. Beijos!..."

A equipe do blog Brasilremixes, os fãs do artista e o público brasileiro agradecem as informações adicionais, que complementam a formatação de um ótimo trabalho musical do cantor Joe Euthanazia! 

domingo, 22 de setembro de 2013

HOUSE & REMIX Nacional Vol. 2 (compilação - item de colecionador)

Capa 

Além de lembrar um período interessante do dance nacional, que agitou algumas baladas de parte do Brasil entre as décadas de 80/90, este disco também pode deixar muitos internautas e colecionadores surpresos pelo redescobrimento. Sim, caro leitor! Para muitas pessoas este disco é visto como novidade em meio ao abandono e desdenho de parte da critica musical brasileira, que não quer ou não consegue ouvir nada mais que seu gosto musical particular. O disco pode não significar um trabalho perfeito, mas é alguma coisa produzida no meio do quase nada!

Contracapa

Lançado em 1990 pela gravadora WEA e distribuído pela BMG Ariola, o disco  apresenta remixes de canções de artistas como Titãs, Jorge Benjor, Ed Motta, Kid abelha, Que fim levou Robin? e Sylvia James.  A exemplo do que ocorreu no disco House & Remix vol 1, todas as musicas que compõem a edição  House e Remix vol 2 -  também foram distribuídas em singles promocionais. Alguns destes singles serão postados pelo blog gradativamente.

Esta compilação destaca as seguintes musicas:

LADO A


1 Titãs –  Marvin (Patches) (Remix) 4:25  
Análise: A letra da canção segue a linha “história de novela” tipo dramalhão mexicano, com muita luta e sofrimento. Coisa de parte da música brasileira que adora contar histórias sobre o quanto sua vida é ou foi difícil. A banda Legião Urbana entre outros artistas em vários seguimentos musicais, também já beberam da mesma fonte. O remix produzido por Liminha mantém as bases originais da canção e adiciona um pouco mais de brilho. O que também é outra característica simplória de fazer remix e foi muito explorada por vários produtores nacionais naquela época.

2 Kid Abelha –  Todo O Meu Ouro (Remix) 4:34  
Análise: O remix produzido pelo DJ Leandro Rezende mantém o estilo pop rock característico da banda,  numa época em que ainda era chamada de Kid Abelha e os aboboras Selvagens. Na prática, a remixagem possui alguns loops, efeitos de scratch, sobreposição de bateria e efeitos eletrônicos simplórios.

3 Que Fim Levou Robin? –  Aqui Não Tem Chanel (Remix)  4:34  
Análise: Este remix é festivo com levada de House music. Possui uma atmosfera diferente de todos os outros remixes apresentados nesta compilação. O projeto QFLV? contemplava o pop dance eletrônico com influências melódicas muitas vezes comparadas ao estilo da banda americana Deee Lite,  Nesta versão, o remix não ficou tão diferente da melodia original. Porém, conseguiu colocar a canção na a galeria de hits da música eletrônica popular brasileira comercial, numa época ainda dominada pelo rock n´roll.

4 Sylvia James –  Overdose (Bang Remix) 3:53  
Análise: Infelizmente, tanto a versão original quanto o remix não alcançaram o estrelato comercial ao qual era esperado. Apesar do remix ser interessante ao utilizar vários efeitos eletrônicos do pop rock e synth pop, a canção não conseguiu conquistar o sucesso junto ao público consumidor. Vale pelo registro. 

LADO B


1 E. Motta –  Um Jantar Pra Dois (Remix) 4:26  
Análise: Influenciado pelos timbres sensuais e musicais da Black Music, este remix é considerado um clássico na obra do cantor Ed Motta. Remixado pelo DJ Leandro Resende, com o perdão do trocadilho, esta versão é ótima para embalar “um jantar pra dois”. Sem mais comentários.

2 Kid Abelha –  De Quem é o Poder (Club Version) 6:20  
Análise: Temos aqui outro remix pop simples que preserva a canção original, mas tem sua criatividade diluída ao apresentar uma melodia perdida em riffs de bateria eletrônica superficial ao estilo Duran Duran, em início de carreira. Os efeitos de guitarra beiram a obviedade e os timbres de sintetizador não empolgam. Na época de lançamento o remix se tornou interessante pois era alguma coisa no meio do nada. Vale pelo registro.

3 Jorge Ben –  Norma Jean (Extended House Remix) 6:37  
Análise: Este remix feito pelo Dj Grego Bournellis possui um construção melódica suave e interessante. Mesmo que o suingue musical do cantor Jorge Benjor tenha combinado com as referências eletrônicas da House music, a versão também não chegou a enlouquecer a galera no dance floor.  Vale pelo registro!

* Ainda é possível adquirir este disco - que virou item raro para colecionadores - em lojas ou sebos que vendem artigos musicais usados.

* Não há registro que esta compilação tenha sido editada em CD. Entretanto, alguns remixes foram incluídos em coletâneas musicais de seus respectivos artistas, de acordo com o intresse das gravadoras ao qual seus trabalhos pertencem. 

* As imagens do vinil foram gentilmente cedidas pelo Dj F.MIX.