sábado, 2 de abril de 2011

Ponte Aérea - Dancin´ Days 89 (single 12" - item de colecionador)

Capa
Para início de conversa foi um privilégio se divertir ao som de Dancin´Days 89. Aliás, este single editado em vinil 12” é um artigo raro na cena musical brasileira, na concepção de dance music.  Sem duvida, trata-se de uma época de ouro para os amantes das festas, dos clubes e das luzes estroboscópicas. Seja na linha dance, no pop, no rock ou em outros gêneros musicais eletrônicos, ninguém pode se queixar. Era um período em que a galera do dance floor se esbaldava ao som do mega sucesso “Blue Monday” do New Order. O Depeche Mode conquistava a América com sua “Strange Love” gravada ao vivo numa turnê com a participação de mais de 600 mil espectadores. Bomb the Bass, agitava a moçada do rap e hip hop levando as colagens e sobreposições musicais ao extremo no álbum “Into to the Dragon” com o hit  “Beat This”. A Europa fervia com muita Acid House e o famoso verão do amor (88/89) e parte do Brasil caía na farra ao som de Dancin Days´89, do projeto Ponte Aérea. O assunto musical nessa época é vasto e nem vou mencionar outros sucessos musicais nacionais e internacionais que agitavam a moçada, para a postagem não ficar muito longa.
Bastidores: Dj Memê e Dj Iraí Campos na produção do remix
(imagem reprodução)

A regravação da canção “Dancin´Days” feita pelo Ponte Aérea é fantástica e deliciosamente eufórica, pois representa uma parte de toda a criatividade e tecnologia disponível por alguns músicos e Djs, naquele período no Brasil. Não há o que tirar ou colocar nesta versão. Não há bateria exagerada ou sintetizador faltando. O clima festivo da canção predomina do início ao fim. Seguramente, a música Dancin´days foi ápice dançante na cena club musical brasileira na quela época! Sorte de quem aproveitou.. ...Gravadora EMI-Odeon, 1989. 

Verso
O projeto Ponte Aérea era o nome artístico utilizado pelos djs Memê e Iraí Campos. Porém, o nome de ambos não foi creditado no álbum. Especula-se que seja por 3 motivos:
A) Ou foi erro gráfico;
C) Ou a gravadora (empresa) não permitiu colocar por não achar necessário.
B) Ou sob o ponto de vista estratégico os nomes foram preservados. Tipo assim: Não vamos colocar os créditos porque não sabemos efetivamente no que vai dar. Se for sucesso mostramos a cara. Mas se for um fracasso ninguém vai assumir a culpa e ninguém vai ficar sabendo quem foi!
Isso acontece para preservar o nome das pessoas envolvidas para – num caso negativo  – não prejudicá-las para não ficarem “marcadas” no meio musical.  Afinal, como as musicas também são um produto, se houver uma canção ruim, não significa que todo o trabalho artístico e musical de determinada pessoa seja considerado ruim. E vice-versa.
Partindo do princípio de que ambos realmente tenham produzido essa nova versão, tanto Iraí Campos quanto Dj Memê, também foram os responsáveis pela produção de outro single de remixes. Dessa vez, a música escolhida foi “Romance Ideal” (que já foi postada pelo blog). Alguns anos após essa postagem ter sido feita, o Dj Memê se manisfestou nos cometários sobre a não inclusão dos nomes dos Djs na produção feita pelo projeto Ponte Aérea. Para ler, basta ir até a seção de comentários ao final da página. 

Lado A – Dancin´ Days  89 (Club Mix) 8:26

Análise: Remix ao estilo house com influência da acid house e pitadas da disco music. Essa versão tem direito a colagens musicais, efeitos eletrônicos, gritos e vozes sobrepostas que garantiram e ainda garantem 8 minutos e 26 segundos de pura festa nas pistas de dança! Defendo que todo o Dj brasileiro que se preze deveria ter este single remix em seu case ou pelo menos a gravação digital desta música que, por enquanto, está fora de catálogo. (Entende-se que por essa situação paira um dos motivos da pirataria na internet; ou seja, músicas fora do catálago para compra. Logo, quem não tem cão, caça com gato! E viva a pirataria, sinto muito se algumas gravadoras estão atrasadas!).
Além de todo o contexto histórico da composição feita por Nelson Motta em parceria com Ruban, a música foi gravada originalmente em 1977 pelas Frenéticas no auge da disco music. Sob vários aspectos, este single remix em vinil é um artigo sumaríssimo no contexto musical brasileiro. Ainda mais se for um vinil de remixes 12'' comercializado na ocasião especialmente para atender tanto ao público quanto aos Djs.
Após um longo período de pesquisa e informações desencontradas se percebe que este vinil 12” remix (com música brasileira dançante) talvez tenha sido uma das poucas canções comercializadas em lojas de discos no Brasil nesse formato. Houve a comercialização de single remix em CD, mas em vinil 12” remix é raro. Na década de 80 o cantor Gilberto Gil lançou o single remix da música “Pessoa nefasta”, mas era promocional e não foi oficialmente comercializado.  Caetano Veloso inovou  e lançou um single remix da música “Sozinho”, mas foi editado apenas em CD e não em vinil (até o momento não há registro). Lulu Santos lançou o single vinil 12” remixes para a música “Assim caminha a humanidade”, porém o single foi editado apenas para promover a música junto a alguns djs e emissoras de rádio e não para ser vendido normalmente nas lojas musicais. Então, entre outros exemplos, por enquanto, o single da música Dancin´ Days,  se trata de um single 12" remix histórico na musicalidade brasileira!





















Lado B1 – Dancin´ Days 89 (radio edit) 5:37

Análise: Este remix é igual a versão Club Mix, porém com menor tempo (editada).

Lado B2 - Dancin´ Days 89 (Acapella Dub) 5:05

Análise: Prezado leitor, você sabe que a palavra “Dub” não se refere, necessariamente, ao “DUB jamaicano”, mas é como se fosse uma versão instrumental, apenas.
No ambiente musical a expressão “A capella” ou “capella você também já sabe que se trata de uma música  cantada sem o acompanhamento de instrumentos musicais (apenas a voz). Porém, no caso deste remix a ausência de acompanhamento musical não é, necessariamente, uma regra! Porque algumas versões musicais remixadas chamadas de “acapella” possuem um  discreto acompanhamento musical de um piano ou um chocalho, ou ainda, as palmas das mãos, o estalar dos dedos, o tilintar de sinos e strings ou uma linha de baixo sintetizado tudo muito sutil e relaxante. Apenas para ser apreciado! Entendeu!?
Não confunda versão acapella com versão musical feita pelo coral religioso. Uma coisa não tem nada a ver com a outra!
E esse remix possui os dois entendimentos; Isto é, a canção é levemente cantada (acapella) e levemente acompanhada por alguns beats musicais, apenas. Por isso o nome do remix ser chamado de “acapella Dub”!





















Lado B3 – Dancin´ Days 89 ( Bonus Dj) 0:54

Análise: São apenas frases soltas e colagens musicais utilizadas na produção do remix principal (club mix). Essas frases também são chamadas em inglês de “spoken words” e entram nos efeitos sonoros de apoio chamados de “tools”. Isto é, são ferramentas no formato de frases utilizadas por musicos,  produtores e Djs para criar ou adicionar efeitos sonoros nas melodias!!!! Inclusive, essas frases também podem ser utilizadas com moderação pelos djs em outras canções, livremente!. Neste single, as frases e gritos de festa que aparecem são os seguintes: 

- Dance bem, dance mal (ah ah ah ah ah ah aaieee!)

- Dance bem, dance até  (tu-quiti-tu tu-quiti-tu tu tu (scratch)

- Dance bem, dance mal  (can you feeeeeeleeeet!!!!!!)

- Dance bem, dance até  (he he he he he he he he hey DJ!)

- Dance bem, dance mal  (brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr Let´s go!)

Dance bem, dance até (oooooooooooooooooo radio body.........) essa parte mistura com o efeito do som de um avião decolando. Por isso que na capa do disco tem a imagem de um avião! Entendeu a brincadeira!!!!!!!? Tudo se conecta, não se trata apenas de fazer um som para se divertir! Tudo tem um motivo!

* Não há registro que este single tenha sido lançado em CD.

quinta-feira, 24 de março de 2011

POP ROCK REMIXES Vol. 2 (coletânea)

Capa do cd
Confesso que fiquei muito chateado em relação ao CD Pop Rock Brasil Remixes Vol. 2. Mas, antes de pôr as cartas na mesa, gostaria de fazer um agradecimento aos idealizadores desta coletânea, pois ao mesmo tempo que  criticamos o resultado final, também reconhecemos que não é fácil lançar um produto, diante de um público domesticado para consumir sempre a mesma coisa. 

Sim, prezado leitor, eu gosto de provocar os brasileiros doutrinados, que se fazem de desentendidos! São pessoas queridas, mas exageradamente simplórias.  Por essa simplicidade preguiçosa, perdem grandes oportunidades e de braços cruzados, aguardam o tempo passar!!! Ou seja, muitas pessoas ficam sapateando ao redor do fogo de chão, da praia, da cerveja e das bundas. Comem feijão com arroz e de tão simplórias, dizem amém para tudo e para e para todos! 

É preciso parar com essa história de raiz e domesticação, porque a vida passa rápido. É necessário se libertar do passado e colocar um pouco de tecnologia no contexto social! Para piorar a situação, o resultado dos remixes deste CD são difíceis de serem avaliados. Existem remixes pobres que foram considerados tudo e remixes grandes que não deram em nada! Triste paradoxo musical tupiniquim! Gravadora BMG - 2000.

1 - Adriana Calcanhotto – Maresia (Club mix)
Análise: O remix é fraco. Porém, do que adianta fazer um super remix se uma parte atrasada da musicalidade brasileira não está preocupada com isso? E o público então? Nem se fala! O estilo house meia boca predomina nesta versão. Infelizmente, não rolou química entre o estilo da cantora e a dance music. Mas valeu a tentativa. Quem sabe na próxima!  

2 - Daniela Mercury – Ilê pérola negra  (Pablo Flores Club Mix)
Análise:O DJ Pablo Flores acertou na remodelagem musical, mas o remix tem muita informação e os brasileiros não conhecem a ginga latina. Ou seja, esse remix é enquadrado no estilo Latin House (house latino) mas tem muito suingue, muita sobreposição de metais, muito piano, muita percussão e é preciso tomar cuidado. O remix é ótimo, mas não foi realizado para satisfazer o paladar brasileiro e sim, destinado ao mercado internacional com  algumas ressalvas!

3 - Pato Fu – Made in japan (remix)
Análise: Remix ao estilo drum n´ bass produzido pelo DJ Marky. A versão parece que está na coletânea errada! O remix é interessante mas não vingou nem para apreciadores da música eletrônica e nem para os fãs da banda. 

4 - Patrícia Coelho – Vem  (Paul Ralphes Remix)
Análise: O mercado musical está precisando diariamente de novos talentos e inovação musical. A proposta da cantora Patrícia Coelho é bem interessante, mas nesse remix faltou um pouco mais de empolgação. 


5 - Biquíni Cavadão – Sabor do Sol  (G-vô Mix)
Análise: Remix básico e pop sem inovações. Ótimo para FMs da vida, mas longe das pistas de dança. Produzido por DJ Leo e Paulo Jeveaux (leia-se Paulo Gevô) por isso que o remix se chama G-vô mix. Jeveaux é um sobrenome francês que se escreve de uma forma e se pronuncia de outra!!!

6 - Negril – Pense bem (remix)
Análise: Remix pop com direito a passinho, riffs de guitarra e pitadas românticas de soul. Ótima melodia para fazer charme ou para embalar os namorados perdidos nas ondas do rádio, bem longe da pista de dança!

7 - Arnaldo Antunes – O silêncio (remix refrão Brown)
Análise: Arnaldo Antunes (ex-Titãs) sempre foi um artista com um conceito musical interessante, por utilizar um repertório criativo e inovador no cenário rock-pop-mpb brasileiro. Mesmo com a participação de Carlinhos Brown, o remix dessa música produzida por Mitar Subotic é limitado e de certa forma não consideraria essa versão como um remix. Mas apenas uma versão melhorada da versão original. Sinto muito! Queremos remix!





Contracapa

















8 - Daúde – Pata  Pata  (The Turbomix)
Análise: O problema aqui não se trata da melodia, mas da letra da canção. Imagine alguém cantarolando o dia inteiro o refrão da música dizendo Pata-pata Pata-pata Pata-pata, é muito chato!!!  Infernooooooooooooooooo! Quem esses músicos pensam que os ouvintes são? Mas o que esta ruim pode ficar ainda pior, quando se percebe que o remix tem de tudo, menos “turbo”! Aliás, O nome pomposo do remix não corresponde a melodia, infelizmente. O trabalho da cantora Daúde é divertido, mas essa música é muito chata! Nem a participação de Carlinhos Brown e nem o remix feito pelo produtor Will Mowat ajudou!  Lamentável!

9 - Ana Carolina – Garganta  (Dance 130 mix)
Análise: A introdução desse remix possui arranjos de funk carioca que se misturam a batida house básica. Produzido por Billy Umbella, o remix é legal para FMs. Na pista de dança não funciona. Mas valeu pelo registro! A vida é assim mesmo! Você tem que pensar em tudo! Um remix para o rádio FM, uma outra versão para o clube, outro remix para a outra rádio AM, um remix para a periferia, outro remix para a classe rica, um remix para a classe pobre, outro remix para os negros, um remix para os surfistas etc e etc....Pode parecer um tanto paranóico, mas faz parte do negócio!!! É bom o ouvinte saber que para cada musica de sucesso internacional, existem no mínimo, umas cinco versões diferentes pra ela. Por exemplo, a música “American Pie” da cantora Madonna existem nada mais nada menos que 50 versões diferentes! Depois, muitas pessoas não entendem porque Madonna faz tanto sucesso!!! O artista tem que pensar em tudo e em todos !!! Simplicidade, voz e violão já era! 

10 - Fabio Jr – Só você (Extended)
Análise: Se o assunto é dança, esse é o melhor remix dessa coletânea. A letra e a melodia são pegajosas e a batida house com sotaque da Italo house oitentista agitaram programas dançantes de rádios FMs e até embalaram o set de remixes nacionais de algumas danceterias espalhadas pelo Brasil. Porém não foi em todos os lugares que a versão  funcionou! A produção do remix ficou a cargo de Nado Leal e Paulo Jeveaux. O nome do remix está errado porque “extended” não diz nada além de ser uma versão mais longa (estendida). E versão longa não significa que seja remix. OK! Existe muita diferença entre o “subentende-se” e a “realidade”!

11 - Lulu Santos – Fogo de Palha (Fubá Mix extended version)
Análise: Esse remix ao estilo house foi produzido por Alex Dias e Nado Leal. É uma versão simples, que possui arranjos musicais e riffs de bateria de escola de samba misturados com a voz de Lulu Santos,  muitas vezes camuflada sob o efeito do vocoder. Interessante! 


CD

domingo, 20 de março de 2011

Para fãs da cantora Marina Lima

imagem do site

















Quem é fã da cantora Marina Lima, não pode deixar de conferir o site Encanto de Marina http://encantodemarina.wordpress.com/
Nele, você vai encontrar uma ótima lista de informações relacionadas a cantora  que vão  desde a discografia, letras de suas músicas,  agenda de shows pelo Brasil, fotografias  reportagens entre outros. O site é organizado por Welbert G. Neves e possui quase tudo o que você imaginar referente a carreira de sucesso de Marina. Ainda bem que existem os sites dos fãs para dar um trato na música e nos artistas brasileiros, porque se dependesse de algumas gravadoras....sei não!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Luciana Mello - Olha pra mim (single remixes) promocional

Capa

Senhoras e senhores aqui está o single promocional da música "Olha Pra Mim" da cantora Luciana Mello. Lançado em 2002 pela gravadora Universal, a canção foi composta por Edu Tedeschi e possui remixes produzidos Mad Zoo, Silvera, Tchorta, Jair Oliveira e o DJ Memê. Talvez algumas pessoas não tenham percebido, mas apoiar novos artistas na musicalidade brasileira é muito importante para dar uma equilibrada na cena musical tupiniquim, marcada muitas vezes por artistas carimbados e queridinhos do público domesticado para consumir sempre a mesma coisa. Portanto, a cantora Luciana Mello mesmo tendo seu trabalho voltado para a MPB, sem perder o charme, suas melodias possuem um sotaque bem contemporâneo, contribuindo para a diversidade musical sem cair no pastelão!

1 - Olha pra mim (MADZOO CLASSIC SESSIONS)
Análise: Apesar de parte do Brasil tratar o drum n´bass como modismo, lembro ao leitor que esse problema só ocorre por aqui! Afinal, no mercado internacional o drum n´bass continua sendo tocado e respeitado normalmente. Não é porque alguns artistas gringos popezinhos deixaram de fazer remixes em versões drum n´bass que o estilo acabou. Assim como, também não é porque a novela Caminho das índias (transmitida pela rede Globo de TV) terminou, que a musicalidade oriental também tenha deixado de ser atraente e divertida. Independente da domesticação musical brasileira, a vida internacional continua. Aliás, o mundo não se resume naquilo que as rádios brasileiras tocam em sua programação! Mas retornando ao assunto principal, este remix produzido por Mad Zoo segue o estilo Drum n´ bass bem parecido com a ginga eletrônica que alavancou a carreira da cantora Fernanda Porto.

2 - Olha pra mim (REMIX BY JAIR OLIVEIRA)
Análise: Nesta versão temos influências da black music e uma levada bem sutil de hip-hop. Uma boa versão pra quem gosta de fazer charme.

3 - Olha pra mim (SILVERA LOVE REMIX)
Análise: Esse remix não é dançante, mas uma versão perfeita para aqueles momentos românticos entre o sofá, o corredor escuro, a cama...enfim, com muitas influências do Soul e da Black music. Só entende quem namora!

4 - Olha pra mim (DARK SIDE MIX RADIO EDIT)
Análise: Opa! Opa! Opa! Ok galera o love terminou. Tá na hora de levantar da cama e sacudir a poeira. Mexa esse corpo num remix interessante produzido por Tchorta. Porém essa é a versão menor editada para tocar no rádio. Esta faltando a versão completa. Cadê???? Até agora não encontramos a versão longa desse remix. Sinto muito! Deve estar trancada a sete chaves no case do produtor. Vai saber.

5 - Olha pra mim (MEMÊ´S PENTHOUSE IN PARIS MIX)
Análise: Lady, hear me tonight, cause my feeling….Ops, Olha pra mim, quero ver que é você, olha pra mim....Tá bom pessoal. Esse remix produzido pelo DJ Memê é um dos melhores deste single e contém sample da música “Lady (hear me tonight)” da banda francesa Modjo, que por sua vez também utilizou o sample da música “Soup for one” da  banda “Chic” que fez sucesso na década de setenta. É assim mesmo. Tudo se copia se transforma, se destrói, se reconstrói e se renova. Viva a reciclagem musical! Esse remix não é tão dançante, porém tem um riff de guitarra bem gostoso tipo Lady, hear me tonight, cause my felling..la, la la, la..
CD


* Este single também foi lançado no formato de vinil 12”. Em breve será postado pelo site, aguarde! 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lulu Santos - Cadê você?/Dancin´ Days single remixes (item de colecionador)

Capa
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todas as pessoas que trabalharam na realização desta música. É um presente para os apreciadores da dance music cantada em português! Esses remixes foram e pertencem a uma fase musical muito inspiradora e iluminada do cantor Lulu Santos
Lançada em 1996 no álbum Anticiclone Tropical, com certeza será um privilégio para qualquer artista daqui há cinqüenta ou sessenta anos regravar essa canção. A produção geral é de Alex de Souza e Robson Vidal. Mixado por Marcelo Sussekind. 
A capa deste single tem uma ilusão de ótica bem engraçada. A primeira vista acreditei que imagem de fundo (tecnicamente distorcida) era de um estádio de futebol com arquibancada superior mais escura, a arquibancada inferior mais clara e no centro eram as luzes do estádio e o placar de gols. Porém, ao olhar fixamente, percebi que na verdade, a perspectiva fotográfica retrata uma praia e as ondas do mar. A proposta deste single promocional é muito interessante, pois trás aos fãs num único Cd, os remixes para as músicas Cadê Você? e Dancin Days. Gravadora BMG.

1 – Cadê você? (DO-RE-MIX 12” radio)
Análise: As influências da disco music foram fundamentais na concepção melódica dessa versão.  Na prática, se trata de um remix house com arranjos, percussão, metais, breaks, harmonia e melodia inspirada na disco music. Um remix festivo e gostoso para chacoalhar qualquer festa de respeito.

2 – Cadê você? (DO-RE-MIX 12” vocal)
Análise: Esse remix é igual ao remix anterior, porém mais longo e destinado a pista de dança.

3 - Cadê você? (original version)
Análise: Você já sabe que original version é igual a versão do álbum. Nessa melodia, tanto os riffs de guitarra e baixo como também, o acompanhamento da bateria e dos metais possuem uma clara inspiração disco.

4 - Cadê você? (DO-RE-MIX Instrumental)
Análise: É uma pena que a maioria das musicas brasileiras lançadas em single não contemplem a versão instrumental. Pelo que lembro algum sociólogo deve ter dito por ai que parte do povo  brasileiro não sabe curtir a melodia. Talvez seja pela falta de independência ou até mesmo por sua domesticação musical direcionada aos ritmos consumidos pela massa. Vai saber!? Talvez o blá-blá-blá musical seja para suprir a falta de leitura de grande parte do Brasil que prefere ouvir e assistir a alguém falando do que propriamente lendo!? Enfim.
O remix foi produzido pelo renomado produtor Tuta Aquino que já assinou trabalhos musicais dançantes e eletrônicos de vários artistas nacionais e internacionais. Infelizmente até o fechamento dessa postagem este cd single ainda não foi creditado ao produtor, no site Discogs. http://www.discogs.com/artist/Tuta+Aquino

5 – Cadê você? (TWILO VOCAL MIX)
Análise: Remix ao estilo house com vários efeitos eletrônicos inspirados no extinto clube nova-iorquino chamado Twilo.

6 – Cadê você? (TWILO DUB)
Análise: Esse remix tem a mesma base melódica da versão twilo vocal mix, porém é um remix instrumental. É importante o leitor ficar atento para dois entendimentos musicais diferenciados que utilizam o mesmo nome. Ou seja, DUB.
O estilo musical chamado DUB é muito popular na Jamaica com uma atmosfera instrumental que lembra o reggae, dancehall, etc... Mas o DUB jamaicano também pode ser cantado.
Por outro lado, o remix  chamado de DUB não significa que seja parente do reggae, mas o nome “DUB”  também é muito utilizado pelos gringos para definir uma versão musical instrumental, apenas. Para entender melhor irei utilizar a palavra “Skank” que serve tanto como nome daquela banda brasileira de poprock de Minas Gerais, quanto para definir uma espécie de droga utilizada no mercado internacional. Entendeu! Temos a mesma palavra, mas sua aplicação é diferente! Por que isso ocorre? Muito simples, não havia internet e nem educação musical globalizada na época de definição das expressões musicais. (A palavra"DUB" é utilizada como termo de música instrumental desde a década de 80). Por isso que a ciência inventou o nome científico para cada organismo que vive na face da terra para evitar confusões de entendimento. Esse é um problema mundial. Como o Brasil não foi o responsável pelo invento da música e seus termos, cabe a nós seguir o que os outros definiram. Por isso que muita gente briga com a doutrinação e o sistema educacional brasileiro, baseado em coisas que nós não inventamos, mas temos que aguentar e nos adaptar a evolução trazida por outras civilizações. Porém já é outra história.....
E você pensava que a vida era simples!!!!???
Hahahahahahahahaha! 
Contracapa

7 – Dancin´ Days (CLUB MIX)
Análise: Composta por Nelson Motta/Ruban e originalmente gravada pela turma das Frenéticas em 1977, essa música virou um raro hit da disco music cantado em português e um grande sucesso da dance music no Brasil. Já que  o cantor Lulu santos é da galera antenada com a evolução musical mundial, a disponibilidade e a segurança em regravar essa versão não deve ter sido tão difícil. Afinal, Lulu Santos é um dos poucos artistas brasileiros que conseguiu aprimorar sua capacidade e desenvoltura musical em vários estilos que vão do pop ao rock, passando pela música eletrônica, as baladas românticas e os hits dançantes. A versão feita para essa música foi produzida por Alex de Souza e Robson Vidal. É um remix house repleto de efeitos eletrônicos para incendiar qualquer pista de dança de respeito.

8 – Dancin´ Days (DISCOTEQUE SPACE MIX)
Análise: É muito provável que o nome desse remix seja uma referência ou homenagem ao remix da música “Discoteque” do U2. Aliás, a batida eletrônica nos tráz influências do house e o sample de bateria utilizado na época tanto pelo DJ e produtor David Morales para um dos remixes da música “Discotequedo U2, quanto pelo DJ e produtor Armand van Helden para um dos remixes da música “Ain´t talkin´bout Dub” do Apollo Four Forty. Esse mesmo riff de bateria apareceu em vários remixes internacionais e até na versão produzida pelo DJ Memê em 1997 para a música “Gata” da cantora Deborah Blando, que posteriormente também será comentada neste blog.

9 – Dancin´ Days (CLUB MIX RADIO EDIT)
Análise: Esse remix é igual a versão (CLUB MIX) porém, editado em tempo menor para tocar no rádio.
CD

* Não há informações até o momento de que este single tenha sido lançado no formato de vinil 12” ou que tenha sido lançado comercialmente ou ainda, que o single tenha sido lançado com remixes separados. 

* A versão original de Dancin´ Days tanto das Frenéticas como de Lulu Santos contém o sample da música  "I´ve been hurt" do grupo Bill Deal and the Rhondels, gravada em 1969.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Rita Lee - Lança Perfume (Memê Club Mix 2009) *

A versão remix da música possui uma base eletrônica com influências do deep house e nuances de minimal. A sonoridade é muito interessante e contemporânea. De forma clara, o remix possui uma boa estética melódica, mas sua performance se restringe em alguns programas de rádio e alguns clubes.  Por enquanto, não existem dados oficiais que afirmem que o Dj Memê tenha remixado essa canção. Inclusive, nem o site do próprio dj faz referência ao remix. O que existe apenas é que a versão que vazou na internet se chama Rita Lee - Lança Perfume (Memê Club mix 2009).

Por enquanto (até fevereiro de 2011) não há informações oficiais de que o remix tenha sido editado tanto em cd quanto em vinil. Até o momento permanece como uma produção não autorizada e disponível em alguns sites de musicas brasileiras, que disponibilizam remixes para downloading.

Nota de esclarecimento importante

Dizem que a verdade tarda, mas não falha. Para a felicidade dos fãs, em junho de 2014, o Dj Memê se pronunciou nas redes sociais a respeito do remix da música Lança Perfume 2009. Na ocasião ele confirmou a produção do remix e esclareceu alguns detalhes que envolveram a mixagem da canção. Dessa forma, a equipe do blog Brasil remixes, reproduz na íntegra o manifesto feito pelo DJ Memê:

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Segue agora a história de cada remix:

1 - O CLASSIC REMIX '95 foi criado a pedido de João Augusto, na época então diretor artístico da EMI-ODEON, que havia acabado de contratar Rita Lee e Roberto de Carvalho para o seu cast, e com isso, por alguma razão, recebeu junto alguns fonogramas antigos de outra gravadora.

Entusiasmado com a chegada do casal da música à sua gravadora, João quis recolocar nas rádios antigos singles produzidos por Rita e Roberto para chamar a atenção de todos aos seus novos contratados, e assim, entre seus planos estava um remix de Lança Perfume, que coube a mim executar. Quando o remix ficou pronto, houve algum problema com a autorização da faixa, que era originalmente da gravadora SOM LIVRE, e o remix foi infelizmente arquivado, sem o tempo necessário para descomplicar tal fato.

O tempo passou...e 5 anos depois, a EMI quis colocar na rua um album de remixes da RITA LEE chamado RITA RELEEDA (sic!), onde fui de novo convidado, e entrei com 2 remixes : MANIA DE VOCE, e aquela jóia quase perdida em gavetas de arquivo, o meu tal remix de '95 de LANÇA PERFUME. Enfim brilhou a luz do dia.

2 - O REMIX 2009 foi criado para o REMIX WORKSHOP que apresentei no 1º ano de RIO MUSIC CONFERENCE.

Neste workshop, eu explicava o passo a passo da criação de um remix, remontando uma música do zero, usando apenas a voz original do artista somada a uma base criada na hora.

Escolhi a Rita com LANÇA PERFUME, por tratar-se de uma música conhecida por todas as gerações, e porque eu tinha em mãos aquela belíssima raridade, que eram as partes originais separadas.

O remix ficou tão bacana e contemporâneo que resolvi finalizá-lo no meu estúdio, ao final do RMC.

Este, ao contrario do outro, nunca foi lançado oficialmente, apenas em bootleg na internet, mas...eu sei que a Rita e o Roberto já ouviram, e não disseram nada. Isto pra mim foi um aval, e é o suficiente.

Parte técnica:

É super possível ouvir entre ambos a evolução da minha experiência em estúdio no quesito mixagem de áudio, já que sou eu mesmo que mixo meus trabalhos desde '93.

Lembro-me inclusive que o remix de '95 deu um trabalho descomunal, pois eu não usava computador e nem havia automação para as minhas mixagens, e a minha mesa na época era 100% analógica...ou seja: Errou algo...VOLTA ! Essa mixagem acabou às 3 da tarde do dia seguinte, e eu estava destruído de tão cansado.

Os remixes estão com a máxima qualidade possível para todos os players digitais: WAV 16bits 44.1k, porque...gente amiga...qualidade SEMPRE fará a diferença!
Enjoy !!! :: Meme   "

* mensagem editada na página do Dj no Facebook, para acessar digite: www.facebook.com/DJ.Meme


A equipe do blog agradece o esclarecimento! Os fãs também! (eeeeeeeeeeeeeba)

Fernanda Porto - Tudo de bom single remix promocional

CD
Entre vários artistas nacionais respeito muito a originalidade e a coragem da Fernanda Porto ao lançar no Brasil (um país domesticado pelo tradicionalismo ultrapassado da MPB e do Rock n´roll) um cd de música eletrônica com canções em português. 
Fernanda Porto não tem apenas talento, mas ela deu um “peitaço” no atraso musical tupininquin mandando muito bem em seu álbum de estréia com cinco hits musicais que tocaram nas rádios em varias partes do Brasil. A música Tudo de bom pertence ao álbum Fernanda Porto lançado em 2002 pela gravadora Trama. Resta saber se o público consumidor vai dar sustentação ao trabalho realizado por Fernanda Porto nos próximos anos. Afinal, o público troca de música e de artista como quem troca de roupa! Este single promocional de rádio possui apenas informações gravadas na imagem do cd. Ele traz sete músicas, das quais, somente cinco são remixes.

1 - Linndrum remix
Análise: Produzido por “O time”, trata-se de um remix com boas influências de hip hop e da soul music. Não é uma versão, necessariamente, dançante. Mas tem uma atmosfera ideal para lounges e chill outs perdidos na madrugada.   

2 – Mad Zoo está na Europa
Análise: Versão nervosa produzida pelo “O Time e Fat Head”  mas sem exageros. O remix em estilo drum n´ bass é perfeito para tocar nas rádios comerciais contemporâneas.

3 – Rythm´n bossa remix
Análise: Para quem gosta de Black music e balada romântica, sem dúvida esse é o remix perfeito. Inclusive, com direito a um sutil riff de bossa nova, só para deixar a melodia mais gostosa.

4 – E Samba remix
Análise: Seguindo a versão original, esse remix foi muito bem produzido. Todos os efeitos e timbres foram sincronizados na medida certa. A melodia possui uma cadência bem estruturada ao mesclar as batidas do drum n´bass, bossa nova e até uma levada meio samba pós-moderno.

5 – Acoustic
Análise: É apenas a versão acústica e sem graça da música. Sem graça? Sim, caro leitor!!! Estou pagando por sofisticação, por tecnologia e por psicodelismo! Quando quero ouvir versão acústica, vou até o quintal da minha vizinha e peço para ela tocar violão. Aliás, qualquer pessoa toca violão!

6 – Surfing on vinil
Análise: Outro remix bem legal e nervoso ao estilo drum n´bass com direito a efeitos de scratch.

7 – Álbum version (É a versão da música igual a versão original)

* Até o momento não há informações de que este single tenha sido lançado no formato de vinil 12". 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Skank - Tão seu (single remixes) Item de colecionador


capa/interno
Não há muito que falar desses remixes. A versão original ficou do jeito que o povo gosta. Ao menos é o que dizem! 
Meio namoradeira, meio cafuné, popezinho embalado pelas ondas do mar acompanhado pela fumaça de um Skank, quer dizer, de um baseado básico! (deixa pra lá, faz parte do show!) A música “Tão seu” foi laçada em 1996 no álbum O Samba Pocomé. As faixas 2,3,4,5 e 6 do single foram remixadas por  Michael Fossenkemper e as faixas 7 e 8 foram remixadas por Dudu Marote. Gravadora Sony Music.

1 – Álbum (versão álbum é igual a mesma versão original lançada no álbum e não é um remix)

2 – Late night mix
Análise: Neste mix destinado ao estilo musical conhecido como downtempo não há compasso de bateria e os sintetizadores se encarregam de sobrepor camadas melódicas viajantes (landscapes) para criar uma atmosfera relaxante e contemplativa. Esse remix também pode ser enquadrado no conceito de dub jamaicano.

3-The horny european
Analise: Outro remix com atmosfera viajante bem parecido com a versão anterior, mas com um compasso de bateria para dar andamento a viagem cósmica e profunda. O próprio nome do remix já diz tudo: “The horny european”, ou seja, o tesão europeu!

4-A stroll trough the park
Análise: Essa versão é puro Reggae com influências marcantes de Bob Marley. É um legitimo passeio pelo parque, pela praia, pela praça .....

5- I´m horny
Análise: Estou com tesão??? Não senti nada até agora!!! Enfim! Esse remix é praticamente igual ao remix anterior com muito reggae, paz, amor, fumaça e sussurros femininos dizendo ieeeeeeeeee ieeeeeeee ieeeeeeeeee.

6- Alternate horny
Análise: Que culpa a gente  tem se quase todos os remixes são iguais? Aliás, não vejo nada de tesão alternativo como se refere o nome deste remix. Reggae, dub, fumaça, dub, reggae e mais vocais femininos dizendo agora aaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh!

7- The not so late ragga Voyage
Análise: E a viagem cósmica do Skank continua. Este remix produzido por Dudu Marote segue seu destino interestelar com tecladinho romântico tipo “Rebel in me” da canção do Jimi Cliff, mas dá uma parada e requebra com a levada sutil de drum n´ bass! E só!

8 - The not so late jungle Voyage
Análise: Nos primórdios o Drum n´ bass era chamado de “Jungle”, mas esse remix também segue a mesma fórmula da versão anterior. Isto é, Me sinto só, me sinto só, me sinto tão....chapado, quer dizer, (desculpa) me sinto tão seu!  

CD















* Até o momento não existem informações referentes ao lançamanto deste single no formato de vinil 12”.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ed Motta - Tem espaço na van (single remixes) promocional

single remixes
Alerta!!!! 
Muitas vezes é injusto fazer comparação da qualidade dos remixes brasileiros frente aos remixes internacionais. Aliás, com algumas exceções, os remixes produzidos pelos gringos estão vários anos luz na frente dos remixes produzidos no Brasil, por enquanto. Porém, é fundamental a galera saber que ser brasileiro não significa que todo mundo esteja condenado ao atraso musical!!! Tem muita gente preguiçosa que veste a carapuça de brasileiro pobre e utiliza essa “pobreza de espírito” como desculpa para fazer um péssimo trabalho! 

É importante ter consciência desse fato, porque se você pegar o single promocional de remixes da música Tem espaço na van do Ed Motta, você poderá torcer o nariz para algumas das versões remixadas pelos brasileiros, pela falta de entusiasmo e vibração.
A letra é interessante, porém dizem que a concepção melódica original não se enquadrou muito bem na história da música. Mas, o cd de remixes vale pela experiência. A edição deste single não consta capa e contém apenas as informações impressas no cd. Foi editado em 2003 pela gravadora Trama e a versão original da música pertence ao álbum Poptical lançado pelo cantor no mesmo ano. 

1 – Original Version
Análise: Você já sabe que “original version” não é um remix, mas a versão original igual a lançada no álbum.

2 – Linn Remix

Análise: Esse remix foi creditado por alguém cujo nome de identificação é “O time”. Não me perguntem porquê ou o quê isso significa! Não tenho culpa! Tá impresso nos créditos oficiais do cd!
A versão desse remix deveria ter sido a versão original, porém sabe-se que alguns artistas nacionais não gravam suas músicas de forma turbinada porque não possuem recursos financeiros suficientes para reproduzir essas canções ao vivo com toda a qualidade tecnológica que tenha sido gravada em estúdio.  E, também porque parte do povo brasileiro, pré-doutrinado a se contentar com migalhas, não gosta e não está acostumado com todo o aparato tecnológico que por exemplo,  os gringos da nova geração, utilizam nos shows internacionais! Então parte da galera brasileira se contenta com uma musiquinha e não com um musicão!  Talvez por esses dois motivos apresentados, a produção de Ed Motta tenha optado por gravar a versão original da música de forma simplezinha sem todo o aparato tecnológico que ela merece. Por isso que se entende que esse remix deveria ter sido, na verdade a versão original. Porque a melodia foi apenas incremetada e não remixada.

3 – Max Remix

Análise: Esse remix produzido por Max de Castro segue o estilo do próprio cantor. Utilizando conceitos musicais de suas influencias que vão desde o funk, soul e a  black music, o remix cai muito bem para ser ouvido naquele barzinho descolado que a galera se encontra antes ou depois do festerê! Essa versão se encaixa no conceito musical popularizado pelos lounges.

4 -  Memê Mix

Análise: É muito complicado avaliar uma remixagem porque existem remixes maravilhosos de musicas que não deram em nada. Mas em contrapartida, também existem remixes pobres que levaram a carreira do artista nas alturas. Vai entender!!! Essa versão produzida pelo Dj Memê tem nove minutos de duração. O arranjo inicial tem uma linha de baixo progressivo que se funde com uma levada dançante ao estilo “House”. Sem dúvida, é a versão destinada para a pista.

5 – Memê Club Mix

Análise: Engraçado, essa versão dançante mais parece o remix editado da versão anterior sem a levada de baixo inicial progressiva, sem os loops com o refrão principal da canção dizendo “Tem espaço na van” e com a metade do tempo. Isto é, 4:45min. As diferenças são poucas, mas o gênero da House music permanece.

6 – Silver remix

Análise: Essa versão segue o estilo funk-soul-black music com acompanhamento de loop eletrônico. Boa pedida para lounges e chill outs. Produzido por Silvera.

7 – Tiburceland remix

Análise: Respeito a criatividade e ousadia, mas o remix se chamar de “Tiburceland” ninguém merece! Imagine o locutor de radio dizendo: vamos ouvir agora o remix do Tibúr sei lá o quê! Qual é!? Enfim, tem gente que não aprende!
Lembre-se que é mais fácil mudar de nome do que a sociedade se acostumar ou evoluir! Se você não sabe, então preste atenção na regra da vida que nem a família e nem as escolas nos ensinam:
" É proibido utilizar em nomes próprios de pessoas, lugares, objetos ou coisas, palavras que possam ter um entendimento ambíguo, jocoso e engraçado. Isso se deve ao fato para não desviar a atenção das pessoas para o real sentido do objeto." 
- Mas no passado as pessoas faziam assim e ninguém dizia nada! 
O passado era parcialmente burro! Eram pessoas que não sabiam onde começava o inicio e terminava o fim! Eram pessoas carentes que dependiam do Estado, clamavam por justiça e rezavam pra Deus ajudar! Não havia discernimento no povo das palavras certas para serem utilizadas.  Era quase tudo aos trancos e barrancos!!! A Europa tem 2000 mil anos de história e desenvolvimento. O Brasil é um nenê de 510 anos!
Muitos querem fazer diferente e acabam estragando tudo! A filha de uma amiga minha se chama Morgara! Isso mesmo! Morgara! É uma menina linda que vai ficar a vida toda explicando que seu nome verdadeiro não é Morgana, mas sim, Morgara! Isso sem falar que Morgara lembra moranga que é uma espécie de abóbora. Imagine essa criança na escola! O bullying que o diga!
 A versão produzida por Carlos Carlomagno é muito boa. A começar pelo teclado fazendo linha de baixo seguindo a melodia musical. (ainda bem que alguém pensou nisso, para não deixar a canção crua e perdida no meio do batuque). Esse remix tem clima sofisticado, fazendo o estilo downtempo com ares de Black music e muito soul. Vale a pena ouvir em qualquer momento.

8 – Jair Oliveira Remix

Os riffs de guitarra wah wah abrem caminho para esse remix que traz influências do estilo musical chamado de 2 Step, também conhecido como UK garage. Produzido por Jair Oliveira, a melodia tem um ótimo balanço e uma batida quebrada que faz toda a diferença num set musical elegante. Sem dúvida é uma versão para um público mais exigente, visto que o gênero UK Garage não pegou muito no Brasil. 

9 – House mix

Produzido por Mad Zoo esse remix ao estilo house não tem muitas novidades ou sintetizadores adicionais. Também é direcionado para a pista de dança. Aliás, como é interessante ouvir remixes na versão house que não tenham sido produzidos pelo Dj Meme. Assim, o consumidor pode apreciar remixes feitos por outros produtores dentro do mesmo estilo, sem que fique aquela escravidão musical em torno de apenas um.

10 – M.P.C Remix

Até que enfim alguém fez alguma coisa diferente! Sim, caro leitor. Porque alguns remixes já são tão manjados pelo público que se limitam em um “tum-tis-tum”, apenas. Produzido por Dj Marcelinho, essa versão mantém o andamento melódico original, mas adicionou riffs de bateria de escola de samba. Também é possível perceber o sample de um timbre de teclado electro mixado junto com barulhos musicais que lembram o scratch de um DJ.  Pode não ser um remix dançante, mas é bem criativo.

11 – House Edit

Cadê a versão Club? Sim, caro leitor. Toda a vez que aparece a palavra “edit” na música, significa que se trata de uma versão editada ou uma versão menor para ser tocada no rádio. Então, a pergunta se faz necessária. Cadê a versão Club? Será que não teve mais espaço no CD? Enfim. Coisas do Brasil. Se não tem mais espaço no single, acho que a versão Club deve estar perdida na van. (risos) Quem sabe?! Talvez o dj e produtor Deep Lick saiba. Aliás, foi ele mesmo que produziu essa bela versão direcionada para aquecer o dancefloor.

12 – Parteum remix

Esta versão musical “um tanto discreta” conta com a produção e a participação de Fabio Luis também conhecido pelo nome artístico de rapper Parteum. O qual, poderia ter ousado um pouco mais na levada de rap e hip hop que acompanha a melodia. Porém, a gente entende.

13 – Franco Junior remix

Utilizando como base a música eletrônica, Franco Junior produziu esse remix bem ao estilo techno que o consagrou nas produções para o projeto “M4J” e para o projeto chamado “Lunatics”. Não se trata de um remix dançante porque nem toda a música techno possui empolgação para ser dançada.

Na imagem abaixo está a outra capa da versão promocional de rádio, também em cd single, que traz apenas duas faixas para a mesma música. Isto é a versão original e versão editada.

capa single promocional













contra capa













CD single simples














* Não foram localizadas informações a respeito da música ter sido lançada no formato de single vinil.  
** Existe uma versão remix não autorizada chamada de "Johnny remix " e está disponível  para downloading em alguns sites na internet. Esse remix segue o estilo funk carioca e não foi editado em nenhum dos cds oficiais. 
*** Ed Motta é um dos poucos artistas brasileiros que explica direitinho para o público e para os fãs sobre todos os singles e discos lançados em sua carreira. Veja discografia no site: www2.uol.com.br/edmotta

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Paralamas do Sucesso - Dos Margaritas (single remix) Item de colecionador

capa interna
capa externa

“Pero nada me hará tan feliz como dos Margaritas” é o refrão da música “Dos Margaritas” que a banda Paralamas do Sucesso lançou em cd single remix promocional digipack em 1994. Este single apresenta 3 remixes e foram produzidos pelo Dj Memê. O qual, na época já chamava  atenção do mercado brasileiro com suas misturas e montagens musicais. 

É importante recordar que naquele período, o Brasil ainda estava assimilando a construção melódica feita por Madonna ao lançar o álbum Erótica em 1992. Na área roqueira...., bem vamos pular essa parte porque novidade no rock não havia nada comercial além da continuidade da mesma coisa.  E na música brasileira, o axé já começava a agitar o povão bem antes de se tornar uma festividade nacional. 

Aliás, jornalistas, fofoqueiros de plantão e paparazzis em busca de novidades, tiravam férias na Bahia e voltavam para São Paulo e Rio de Janeiro contagiados pelos ritmos nordestinos. Isso não é uma crítica, mas apenas uma constatação de como aconteceram as coisas. Se não foi dessa forma, por favor, que provem ao contrário! A mídia não é a culpada, mas foi ela quem deu um “empurranzinho” para a consagração do axé em terras tropicais, entre outros tantos ritmos e estilos! 

Ninguém esta dizendo que o axé é bom ou ruim. Apenas lembramos ao leitor como as coisas aconteceram e ainda movimentam a música no Brasil. Logo, é preciso tomar cuidado para não misturar música de comércio com música de talento! O remix da canção "Dos margaritas" também foi compilado no álbum de remixes “Só Dance” , que foi lançado em 1994 com remixes de canções de vários artistas brasileiros e que em breve será postado pelo blog.

 1- Dos Margaritas – Technotribal Mix

Análise: Se você pensou em uma batida forte como o estrondo de um tambor, infelizmente, terá que se contentar com um batuquezito meia boca. Sabe aquela bateria de escola de samba? Sabe aquele som produzido pelos tambores japoneses? Pois é, infelizmente, em todas as versões deste single você vai encontrar uma bateria chupada à la Kraftwerk. Nada contra as influências musicais kraftwerkianas, as quais o Dj Memê buscou inspiração para produzir os remixes,  mas a batida da música merecia ganhar mais peso e mais empolgação!
Outro detalhe importante é que se você tirar a voz do vocalista, mudar um pouco a velocidade da canção e adicionar os vocais Hip hop de um MC, com certeza a música se transformaria num belo funk carioca. O remix é interessante, mas se comparado com as possibilidades tecnológicas atuais, a vibração da melodia seria bem diferente. De qualquer forma, vale pelo registro.

2 - Dos Margaritas –  Original version
Análise: Versão original é igual a versão apresentada pelo álbum. Não é um remix 

3 - Dos Margaritas – Memê´s Technological 12"
Análise:  Esse  remix é o mais longo de todos e segue a mesma linha da versão Technotribal, porém com arranjos iniciais diferentes. Direcionado para as festas e para os clubs, se fosse hoje, iria sugerir para o dj memê sobrepor  ou duplicar as camadas melódicas (landscapes) que garantem a sustentabilidade na canção, para marcar melhor o andamento melódico da música. 

4- Dos Margaritas – Technological radio mix
Análise: Esse remix tem a mesma estrutura da versão anterior, porém com menor tempo e produzido para tocar no rádio.

* Caso tivesse postado o single há quinze anos, diversos fãs iriam se descabelar para comprar esse cd raro que virou item de colecionador. 

** Essa música foi lançada originalmente no álbum Severino em 1994, Gravadora Emi-Odeon.
CD





















**** Seis meses após essa postagem ter sido divulgada, recebemos a informação de que este single também foi editado em vinil 12" promocional junto com a música "Eu ví o Rei" da cantora Marina Lima. As músicas dos Paralamas do Sucesso que aparecem no lado A do vinil são: 

1- Dos Margaritas – Memê´s Technological 12" 
2- Dos Margaritas – Technotribal Mix
3 - Dos Margaritas – Technological radio mix 

* Sem dúvida um item raro de colecionador! Veja imagem abaixo:
Foto do single editado em vinil